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«pot press? Tave eproble PRs Ot soso da eet See a pede cae oo uma exponia. © term pode absorver tum amplo co CO es sr 5 Lets ok vitor Se Ne ee hel ne le el Ee cont hoe Fae arena on eo oaeu pen fc can um ont eo 0 ie ee mae a ee era Se gnuncza um pouco estranba, mas era doce como uma noite Ge verio é longa, Quando ele bebe demas, deve-se ligar para a fauna dele e alguém ver buseé-lo, Na Casa da Perfeigdo, a seid cts Non cu re see cor Se, te ee a a A ecole cores rox ws Cad refi el a et neni sorte ors it ecole! Se ee ere anton ra gen ee Sees oes Seen oe 2 ee ee oe arrestee Som Sta Soe tenor ae ee come ee te 2 | assim, 0 conhecimento de en etre, i en sei nse eee oe ig. pedro se tornou criminoso enn iar chainar a pli Pee oe 0 asso a sade Mpafoncia tern sido ajudado a Voltay PETS i Cling Ne tae casa, Ea or de certo sistema social possiilitm @ wm 289 ‘eruibuido o significado de crime. - Tron ¢ sonsequencias na percepsio do que é o crime « Ce quem soos cimincsos, Em sistemas socials em que hé mals quem 0 so interna, pode-se colher mais informagso sobre as mio, valia, Entre pessoas quc ndo se conhecem, funcio~ Pessoa ngencins de controle se ansformam na tnica alterna miestais funcionévies, porém, produzem o crime por sua s6 Gre gncia, O sistema penal € andlogo a0 rei Midas. Tudo o que Sis tocava se tornava ouro e, como sabemos, ele morreu de fo- tne, Muito do que polciae prio tocam se converte em eri- hes ecriminosoo, e intorpretagOes alternativas de atos e atores se dasvanecem. Nesse tipo de sociedade, as atividades de sobre ‘Vencatalvez estejam tum pouco fora da zona do legalmente acei- tivel. Uma ampla rede também aumentard as chances de que se cover pesous definids plas utridades como eriminosas Wate, iw i as an nan Petes nh ess tora, Ua ara rode social com pitmepaenias, compartilhat . nOe nada de Cased Perf vivam a vida moder tm. Moravam em csi o ula ds visa, evo quer dase se olvam também da nfrmagao a Tepeto locas. sea falta de informacio os levou a chamar a Policia. O caso virou cas it Theciam muito pouco. de policia porque estes vizinhos co- 2B 1.5, Filhas ema ee RAE te pn er conrad criminose, O dnb tars secs es a we on a sen Fe Sealers me oe ee ome mito a respite, Conheceinos as erangas cectepenlt insert Cat cemn oso eh Ca si oho Se Co es mtn ao ot, poe “ES nets mn vp wii noe smog cinne, vit ee ba pan ore me nt ee Tener caster pa te Nose cere ann es Som ae sce man oR sem pte So way ts ee a Sis eee eon sO agar ten ce an prin ei ef patted to 4 das de crime, Crime € ui, apenas ura, das iimeras formas de Glassifiearatos deplord ivettha da familia é, para quase todos nés, um exemplo re iativamente ffeil para iustrar 0 efeito benéfieo da proximidade lativarmuagbes. Agui no hd espago para o crime. Nossas ci nest extdo ita dele, salvo nos casos mais extremes. Mas, s anges Tentender o exemplo da filha, nfo o é relativamente 2 4 her cujo marido € violento. Ele é forte, perigoso ¢ tem po- ullrequentemente, isolaré a mulher para fazer prevalecer seu seep de tratar a situagdo, Do seu préprio ponto de vista, ele no Pojolento, estd apenas disciplinando-a. Ela talvez seja depen- lente dele ou mesmo se lembre dos dias de amor e, entlo, por inn razio ou por outra, sucumba 3s suas vontades. ‘A intimida- de eventualmente evita que os atos sejam percebidos como cri- nes, Iss0 nio é necessarlamente uma vantagem, na perspectiva da taulher. Este livro tem como parte do seu objeto a anélise Sobre o que é adequadamente visto como crime, Para mim, est uma questio em aberto, passfvel de discussio e, particular. ‘mente, para ser Vista contra nossos valores. Nossa racionalidade no nega que 0 conceito de crime, em certas situagdes © para cares propia, lve sea 0 adaquado. Assim se dé expect almente onde existe desigualdade de poder entre as partes. Re- tomnarei a isto no capftulo 6. peiee peenhe 1.6. A velha escola ea nova _ Nos meus dias de escola, recorrentemente ocorria um epi- sédio. Lugar: o patio. Hora: 0 reereio, quando 0 pétio estava tomado de criangas. Evento: formavam-se pequenos circulos de ¢rlangas. Em segundos, multiplicavam-se. No meio de cada um deles,podia-se obscrvar, se se aproximsse o suficiente, doi meninos brigando, Mas a brign nfo durava muito. © ingpeter inho no meio da criangada e levava os briges pelas arelbas ou pescogas para um destino supestamente terivel pe nto dito. Hoje em dia, talvezsejam levados a delegacia de policia, ou & presenga dos policiaislotados na escola. Estade © 2001, particularmente pp. 650-1) descreven esses dois 2s su iia escolar sue. © elo dizer do sistema resins one sen - ae eu pore gue secre i am Nn ar ses rca, iy 9 olin epee sie cn oa ede nermament, 2 0 fr ah a deco «reaps ‘O novo diretor, por sua vez, observa o segninte: ‘Quand alge acontece, dese repotislo 2 poici de wd Send ae ace primero oe #02 do crim, 10 @ ‘atribuicaa da polici. [As diferentes visbes se refletern no significative aumento na conunicasio de “violéneia juvenil” & polfcia, mas mesmo wa fade ator violeatos de pouca gravidade, Os métodos de sere icagto anidaram das visitas & delegacia para o encami- ‘hamento das ocorréncias por telefone ou fix. 1.7. 1dosos raivosos Idosos so vistos como pessoas doces, simples, serenas. A dade os amadureceu. Agora, préximos da morte, $40 gratos pelo que a vida Ihes reservou e carinhosos com os enfermeicos fe cuidam deles nos aslos. Este 60 retrato, quase sempre exa- {. Mas ba exceydes, que Malin Akerstrm (2000, 2002) anali- ‘sou, Alguns idosos mordem ou batem nas enfermeiras, puxam seus eabelos, empurram-nas contra a parede, machueam-nas com alguma gravidade e se comportam de maneira que em ot teas cireunsthncias certamente seria considerada violenta, Mas ‘lo nos aslos. De acordo com Akerstr8m, um tergo dos funcionérios dos silos relata ser vitima, semanalmente, de tais agress6es, 20 asso que, em hospitais psiqudtricos, o indice de casos seme- Thantes gira em torno de apenas 14%. No obstante, os enfer- 26 dos asilos de idosos no ehamam de violéncia 0 que ameiros dos asi 6001S dro, os enfermeiros tendem a desdsamalinat t¢, edn ceindo 0 deserevem. Fazem varias piadis 20 WiSE D piso quando © ae ustentam a ideologia geral entre os en. cre Os pacientes devem ser tratados, literalmente, com pacléncia, Adicionalmente, ocorte que as agressOes praticadas Pf idavos nfo eaem na categoria de violéncia, pois freqvet- aerate se encontram em estado de confusio mental, de manei {Sique nlo hi propésito em considerar seus atos criminosos. lee nao podem ser punidas; jé esto em uma instituigo que deve traté-ls. 1.8, Recuperagio da guerra Nao deze m scicdade modern 6 0 de viver entre susan” Hn tag purenarmente propia Para pets cis ane derece dpc rnc, loca prone ce um ello de se sid det oases da ie send eoperanste Toran gre msl conosco seo sc or nou inmigr do gue esas prose noe unite priminsieanca grate spots a pure ibis qundos Aleman ui dena ae i Sa ae cxeerto tlie stores truepuesas deem Bice ses ‘Go ject imal sonra ages qe eva sb coma i 'sores. Todos os membros do partido nazista foram lo sla, como tne eae a hhaviam ajudado os i cose Iv he navres de slguta formas Exes he sitet oo emo es Cnt fam Soe ie ve ner sean oaisas,Darane« ovpele smediaanere seks ‘endigdo da Alemanha, a fantasia pdblica de mocte e Geportagto “isbn So take a avia, com o passar do tempo, duas tendénci sum Pane, ws pms rea ca We an i, ate hove 8 necsiinde de Toe oe pines a i ans. A autra tendéncia foi a de conteri ague- Fete om cto ra eave rnito, cou, assim, ais e mais efi! considerar weg ae Ha ck Sa mee clea an! 28 . o denn de um hom ira too ee ie ae me contac hs Bo eq a do, NI free mus colsbebgeo posse Ce ee quince nasa endo por Vid i esta de mint de pete cl ing Ea es hore Ser process chop 4 Supre 2 trem acsado ne va poscalfente 8 Ct cae ere pu in em pesca ohare a i binant ay ce, pg de srr 2 nando nial Cansa, palo pom vr cr te ae unde nemelante aque eam ignore or Ma ar vor pin vocal art. Rvogudo Pr sae mtyneaonte sea um dow see Cay sete et nets num sera pio trent. Seer teeta ie ‘Une pesson que pariipou do process, chja wentidad ito quero fevelar insist em dizer que o que salvpu sn vida fo © fato de ter ido diariamente ao tribunal. Nto havia ddvida de due no atx eram eriminosor, de ncordo com interpreta EM erento em vogi, mn ele fcou mulo préalmo dos nus julgadores para sr retratado eomo umn criminoso gue merecesse ‘mort 1.9. 0 crime como recurso natural ilimitado © crime estd em permanente oferta, Atos . Atos pifsstveis de cri ‘minalizagfo stlo como recurso natura ilimitado, Sonsiderado erime = ou muito. Atos no sho seus significados sto erindos ‘no 1e ocor Avalire clasitiar eo atividdes essenciis ap sres hua: Bes, O mundo nes vem na forma em que o consftumor. O eri- me, Porlanto, 6 0 produto de procesios cultufas, socials ¢ iments. Para todas as conduts, inclusive aqueis tides como cjdveis, hd alzias cle alternativas poss(veis para sua comm Preensilo: perversidade, loucura, honra distorcidd, {mpeto juve- nil, herofsmo politico ~ ou crime. As “'mesiuas” condutas 29 ps ts eto inst pn sta, 0 pedagonid, 0 olSgiea . ei Fe porem caro sequins: ato digo, nem dic fe tine naveiaveis, completamente inaceitdveis tambérn Pore ge ses ttTam Nao nego que pessoas sejam baleadss elas ‘les 13 go manasendas por evtras pessoas. Tampouco NEE Soe pes scam ns pls vos ihn oy ewes Peon inbeto ela retro das gavetas ou Gas cotss EESSRSS lcementmento 60 dono, Nao neg, ainda, ae possuo fortes objesdes morais 2 ‘maioria desses atos — tento Bee tanto prevents, Também nfo nego que talver sa Suleonsidera gone desesafos como crime. " Tmeress-me pela fora por cio ca qual os sinifcados do catsn © moldados, Bisa io, comudo, ui posigfo amo- SP Mas mundo ¢ repleto de valores, amis dos quats guia ‘Bnhas agbse rages. Poréa isso no afta meu vivo int- ‘ase xa como os ato recebem seus sgnificados Comm esa pespoctiva geal alguastadcionsis pergun- tas chminolopieas que ndo me fare. Paticularment, no vio Sthaue em pergunar quil€ 0 dedobramento ma siuagso da Chminaliade Isso no significa que a5 estattcas criminals Sam desnportanes, Eas refletem os Tondmenosvistos © regis- ‘cbs como crimes por una dda sociedade, beim como 0 Ge (rome com ales visto como seus are principals. No entan- chess estates enn lo, las propria, fendmenos soc Indicam o gle ossterm vé como crime cagulo que ve dsp a rc tem a capacidade de enfestar. Estas criminals so tum fo social mato pceasiado de nterpretagso. Essa vis Sckre nics de ermanalidade tem suas conseuencias. El sigi- fa qe io ¢l mdaga ea crminalidade enema, estvel cu em bala. O crime existe como entidae dada. Medi as Naciagies ma oconéncia de um fenOmeno eujo contesdo mda Som tempo io ett eae as elas mais teadoras Nesse ponto, provavelmente estou em discordancia com o ger eater tnietae, due peesmonr's tamewm qucceiiee pessoas com dificuldades extracrdingrias, Mas ad pescons qua tmoram nas vilas quase nto possuem economia privada, A vill ec ie gua orig oma ime Avie carras, seguros. Assim, a maior parte do dinheiro permancce ne fas abe sane Bg alo parece no as moradias, comy irados recursos para reformar , comprar eavalos noves, comprar mai para constmuir novos teatros ou'novas habllagSes pata, Gs ue ion ng cds Basie era ‘ecompensas adiconais para moradores specifi 43 sings ter sido coca em isco no pea falta de dnb, aie plo excess, n Pee ple foi reslvido pela generosidade Ese rg min owdvelaconteces dvd 25 mints obsr~ ona as ars enorme expansto do ctl de vida das was X50 i oe Cao nova vile estabeloceram: Uma nt a ett, uma na PolOnia e, rns recenterent, Rasen tnt Tena elas receberam suxto das vils nor us forme de dnhero, constugDes, equpamento © Peso sees orgs case moviront,inalente tei que a5 Wilas 8 Ober veacin ae expandido além dn cont, Disheto © nase am necessdios nas propias vias NOrUcEUeSS, se scado manta tao pra o Leste ° Ta evi tet me Tembrado do poate, ov de cures tages deseties, por anzopélogos socks, segundo os eae re excedente cra dacartad, abandanado 08 T=: aus on eta que a estrtura basen da ibo tJ distin Go fone mpnificada dstrua. A ajuda dada comrade rae gan vias no Leste Europe permits las Dara conse rare sua Kentdade. Seu eforgoemprecn- ORES Pese forma nko detrtiva de Se expressat,O &X- Seder emo wm go pare filidades n0DTeS) PAE © cele fo nde nova vi, sais exemplos de modos a desenvolvment 3° Gn patos os ais tis alternatives muito necessérias ante a competigio das ‘conhecidas ideias oci- mult nec eta Leste com sus apologi COME” iaoecobem eno desenvolvimento. 2.8. Como fazer as criangas pararem de construir Gate sempre, as clangas so aves, Eas alimentam suas ton ecrias imagindria,constroem castels © pals aon Ete fem so para se dvr cram por mivo ser tcqao plo proceso em st questo importante € mart’ poag, Gvsigurm momento las param de 821, por tue porum decir Porque uma avidade extemante? 4 Vejam, ow pelo menos imaginem, adolescentes erguendo uma casa na drvore. les trabalham desde o inicio da manha até turde da noite, arastando pedagos de madeira, manuseando 0 {Ero e 0 martelo, com of quais machueam os dedos. Fazem So por dias ou semanas a fio até que a casa fique pronta, © a parr da passam a fazer planos para o seguinta projeto. 'Nascemos como criadores, mas o trabalho se nos esvai de vérias maneiras. A mais perigosa é 0 salério. Ele deflete nossa ‘engi da atividade em si. O principal nfo é 0 que se faz, mas fo que se gana. O trabalho se transforma em meio para algo diverso, e @ alividade se torna 0 que os alemiies chamariam de tuneigentlich ~nilo se trata mais de atividade para criar algo, ¢, sim, para conseguir outro objetivo além da eriagio: a recompen- sa monetéria. Paguem as criangas para que construam uma casa ‘a érvore, € atividade em breve desaparecers. ‘Ao remover-se a relagio entre trabalho e salério, outra coisa também é removida: a crenga peculiar de que as pessoas ganham ‘© que mexecem. Ao merecido, ou a mais do que merecido, cor- responde o maior salério? Por que alguém faz as melhores bone- cas na cidade ou no pais? Por que bonecas sto mais procuradas do que cavalos de balango? Por que alguém nasceu em uma famt- lia de produtores de bonecas? Por que alguém teve poder sufici- ent, ou foi impiedoso bastante, para monopoizar a produgto de bonecas? Onde a recompensn pelo trabalho 60 proprio tnba- , torma-se claro que as diferengas monetérias na sociedade comm én mnitos cures msives que nfo. taba em si. dag Litho seria capaz de detativar o fmpeto corstruivo dhs cxlangas, Fora o dineio, conhego apenas um modo eficaz de anular sua capacidade de constr, que 6 ensing-las a feat eu pegs o marcel ¢ Is mestasse como usa 6 em seguida, eu organizasse um pequeno curso sobre construsio de casas em érvores, 20 final do qual baveria uma prove que servria para clasificar aqueles habiltados para a atvidad, egaria 20 mesmo resultado. Em relagdo a “casa nas drvores”, 4 ideia € absurda. Socialmente, € exatamente dessa forma que 45 136 nos eabe especular por coisas, ¢ ptr disso 38 08 63 ocdenames as soa gradamente S€ apass cue tantas eri 2.6. Capital orems que Gevege Simsnel (2X 1990, p. 400) S20 “ecto 0 neo € 0 inimig das relagdes primase inheiso ceo pete, sobrrudo caqueles qe GUETET NON TT ra rrangac o que querer” © dinero storm simbolo ene pogo 2 urn amigo primo que me ae oe) tmudanga e, a0 final de ur ava casa, solictarThe que me mande a cont aoe ee que esto rincando 0 feartofendigo, OF” cetament Permit inhezo signficaré 0 mesimo que dizer [ue cn somos amigos” (Gerais, 2002 p-24))- ‘Riga tempo atrds, pedi a um grupo de esmdanics 0° ee ae es evocava a plavra “capital”, Quase odos, cise hestagdo, dsseram “dinheire”. No dia anterior © sm ie Mieyondrio e constatara que dinheiro era apsnis 0 core eicns Topo de wma cluna, cabest, ckiade PinsPsl aaa eo cipal estes slo signfieados mais prOximos Co inns dena x comets. Thee do Toi do ered exté to claaente preset na nnso tempo gues ome vise Trnsforma se rm prs vn da a, Como pia er ferent? Para gue quetincnos 0 dvi wocomon agus ports ge See neon epee 2.10, Uma solugio total Para se entender um fendmeno, é stil comparar, 14 descre- situago em que uma instituiglo penetrou as demais instituigbes principais. O que se assemelha a isso? Olhemos para o fendmeno do totalitarismo. A origem da palavra 6 incerta. Klein (1971) sugere, em seu icionério etimolégico, que o conceito de totalitarismo ests relacionado a fowetos ~ saturado—, que, por sua vez, se relacio- ‘maa fumere ~ dilatar, expandir, distender, como no clncer. Até ‘aqui, nfo estamos muito distantes do que vern ocorrendo com a ‘economia de mercado. Mas pode-se dizer mais s ems pode-s sobre sociedades 50 a yor Linz (1975, pp- 187-9), formula edrich, citado Carl Friedrich, citado por Ling CC". a seguinte definigto de regimes (1) uma ideotogia total; ua ym esta ideologia ¢ um nico partido comprometido co Oa le race porn intco home, 0 ditador uma policia secreta plenamente desenvolvida e trés tipo Gama eta i tieo de (a) érgaos de comunicasto, (2) armas operacionais ¢ (6) todas as organizagBes, inclusive as econdmicas, © que en Volve, portanto, uma economia central planificada. Bernt Hagtvet (1981, pp. 285-6) afirma o seguinte: Estados totalitérlos represeniam uma tentativa de suspender ‘ou enfraquecer a diferenciagao estrutural normalmente en- contrada nos Estados modemos. Em ditaduras totalitérias, observamos que a economia, a vida cultural, a familia, 0 a ‘parato legal « todos os outros subsistemas possuem autono- ‘ma timitada se comparados com 0 sistema politico. Contrastada a economia de mercado com as ditaduras tota- litérias, no parece adequado dizer que vivemos em regimes ‘otalitérios, apenas em razio da enorme predominancia daquela, Se considerarmos, porém, que a ditadura no é requisito de fendmenos totalitérios, a situaglo muda de figura. Se nos ati- vermos & histéria do conceito, tumere — expandir, dilatar, dis- tender , ¢ completamente razosvel dispensar alguma atengao aos aspectos totalitdrios inerentes ao nasso sistema atual. Talvez a tradigio de olharmos para regimes totalitérios como produto exclusivo de seus ditadores nos impega de divisar o carter tota- litério da nossa existéncia. ‘Meu argumento ¢ 0 de que nés, na sociedade recente, nos ‘movemos na diregiio da velha situaglo, com apenas uma institu- 51 spo completamente dvninante penetranda as demain, Am Ei enconra na proxiuyio € no consume seu miclea, Nao SEX Com wim bomen ou um s6 plane, mito embora 0s ee eentom mundiais que buscar aumentar © comércio inter raat eatejam proximos disso, Nenbum ditador afirma que aeeyeire € consumo S80 8 objetivas na vida. Mas isso € dite, Nto pelos grandes espeticulos ~ as grandes paradas, a mvisica Muay, Nosso tempo € aquele das pessoas bonitas, da exposigo fe como vivem, como se fornaram © que slo. E uma vergonha fnio ter sucesso. Na transmissao de sua mensagem, @ atual in Gietnia da mercado € provavelmente muito mais eficiente do ue a maquina de propaganda das velhas ditaduras totalitsras 2.11, Os custos de um sistema monolitico de re- compensa ‘Ainda existem alguns espagos em que valores alternatives sao levados em considerago ~ alguns jardins secretos ¢ monas- tenion, academias, circulos boémios, aigumas culturas jovens de Gposige, Mas as ideias dominantes slo encontradas no seio dp sete go eeondmica, com a produgo, 0 ganho monetério ¢ o feonsume no centro, rere Palades azaimm organizadas, com seus sistemas altamen- te simplficados de recompensa, deparam com certos problemas aeeiais, Em sociedades rulti-institucionais, existem insti Sees nas quais o tema da recompensa monetria nfo ent, FA $FSigo pelo simples ato de fazé-to, atravessa-se 0 rio pelo Si Bee ae atravesar, fazemse amigos ou conbocidos Pele Pictpics prazer da amizade. Com a introdugio do dinheiro ery warPlnbro erescente de atividades, surge a situago em que 0 ae aerge atividades que $30 recompensadas por si prdprias cet Alem disso, s€.0 dinheiro, ov seu uso, torna-se 0 Obje- ce caas as atividades, a vida daqueles que no o possuer ee Eee aria, Resta muito pouco. Falta de dinheiro se con- vere em claro invdicador de que a Vida fracassou. ‘Ta monina que conbeso razoavelmente bem disse 203 13 nen: pontara de munca erescer. Provavelmente, ela queria dizer 2 fs dos adultos nio ¢ especialmente atraente, Diz-se que que a vida dos ah special r n ane elhon tempos mito havi alt ‘or em casa, sabendo que sua vida seria igual 3 ure na Lavo dtaue ancestrais, Enurementes, as estamos livres para ae no proprio destino, E possivel, por certo, Moon ov vets nha muita tarefas alin da lavoura ow dos neice domnésticos, a0 passo qc nossas vidas se restringe Sina e gastardinheiro, como iresstiveis objetivos de todas as eividades, Quando se fala em objetivos, vivemos em um mons- jue esta sempre Ii, como os de pet ‘Do ponto de vista da racionalidade econdmica, nas socie- dades alamente inslustrializadas milo hi muita necessidade da {orga de trabalho do homem ou ca mulher. Aquito que a maioria far'bem, as méquinas ou trabalhadores de palsex menos desen- volvidos podem fazer melhor. A redundancia é 0 destino de um Considerdvel niimero de pessoas entre nds ~ os jovens, os ve~ thos, 08 invdlidas, os menos qualificados, as que tém a cor ou a cultura errads, Para muitos destes, o trabalho remunerado é um Sonho distante, bem como sua participago como consumidores ‘que ganharam seu dinheiro na forma bblica do suor. Seres hu- ‘manos nessa situago podem se envolver em problems graves, assim como a prOpria Sociedade, 2.12. Sao Paulo reluzente Hi nilo muito tempo, visitei 0 Brasil. Sto Paulo — uma ci- dade agin © incrivelmente rea ~ € 0 cent econtmico do pais. Como ocorre em lugares novos para mim, levei algum ‘tempo para entender o significado das mensagens. Fui logo ‘confrontado com dois testemunhos € uma observa 1) Mesmo em dias frioe, sempre dirijo com as janclas f- chadas ¢ com 0 ar-condicionado ligado, disse ume mi- Ther. Quanta despreocupasio para com a economia de energia, pense. 2) A noite, nunca paro nos sinais vermelhos, foi outro teste- rmunbo. Que motorist antssocal, fi meu pensamesto. 33 14). Entfo vem a abservagdor um fenéméno comum em pal- Ek pobres € a aglomeragio de criangas bos cruzanet> Se Penis movimentades, oferecendo café, limonad, Jerais, um lustre no pare-brise. Mas, em Sio Paulo, ‘Sem muito SUCESSO. © denominador comum: © medo do crime. Os motoristas tem de usar ar-condicionado porque os vidros devem permanecer eahados, em fungfo do medo de assaltos. Parar nos cruzamentos ‘considerado perigoso, razio pela qual se avanga o sinal verme- ho F devido as janelas fechadas c aos avangos de sinal, hé pou- cas possbilidades de se oferecerem servigas ox objets. ‘ma colega me entrevistou para uma publicago juridica, Ela era uma ativista do direito dos presos. Casualmente, men- aaa cu ter sido roubada oito Yezes nos vtimos anos. Uma ami- fg dels, cimindloga palestrante, envolven-se em outro tipo Je Froblena poucos dias antes de eu a conkecer. Ea tinha um car Profelho, que afl tinba ar-condicionado. Entio, para sobreviver no walor, dirigia com os Vidros abertos. O tréfego estava pesado, Ghegando a parar. Uma méo que portaya uma navalla entrou fels jane e encostou-a na sua garganta. O ladro — ums r- Ther ~ exigia dinheiro. Minha informante, a crimindloga, estava ‘consada, farainta e a caminho de casa para dar o jantar 20s fi- Thos. "Leso jé 6 demais, no vou ser roubada hoje,” ela disse, € ‘arancou com. carro, A mulher com a navalha recothew © braco ¢ fagin ~ sacudindo a cabega negativamente. Muito imerecida- mente, ela encontrara uma vitima sem educagio. is Tocal no dia seguinte. Era um prédio pequeno, préximo a um grande hotel internacional. com {Quartos simples duplos, muito bem paramentado para acomo- dar os visitantes. Na cadeia policial, 70 homens dividiam ape- ‘pas um cémodo. Néo havia espago para que todos sentassem a0 ‘mesmo tempo. Os dois ehuveiros nflo podiam ser usados duran- te 0 dia, pois o espago era ocupado pelos presos para alivinr a pressio no pétio principal. A temperatura, o fedor, a superlota- 34 scudir dos bragos por entre as grades — Dante teria difi fo, 0 sacudit etitar naquela Cena. em acre ve cereas cléricas em todo lugar © Vig ‘edificios. Protege-se 0 que s armatipom todas os recursos de que se Pode dispor. A confort i os Cendominios residenciais, podiam-sc ver a ‘eins vinham das favelas — as comunidades ¢ suimaeitas pelos préprios moradores pobres. Sehreal nao é a Escandindvia, mas talvez a Escandindvi gouca a pouco ae paresa mais com o Brasil a cada vez que in {alamos tima nova fechadura. ‘uma vez por ano, na Noruega, organiza-se um grande ¢ vento para arrecadar dinbeiro. para alguma boa causa, qu 'steja no topo da agenda social — para refugiados, entidades di Gssisténcia ts criangas, combate & Aids ou para lutar contr: Gualquer outro tipo de miséria. Jornais, rédios e emissoras de Tpevisio geram entusiasmo em torno da boa causa, ¢ milhares Ge coletores voluntéris vao de casa cm casa para recolher 0 ‘dinheico. Recentemente, alguns dos coletores voluntérios foram ‘entrevistados no rédio. O trabalho agora era mais érduo, disse- ram. No porque as pessoas dessem menos dinheiro, mas por- que era mais dificil estabelecer contato com as pessoas. Nos Yelhos tempos, podia-se entrar livremente no prédio e bater de porta em porta. Hoje em dia, os coletores no tém acesso aos Prédios, a menos que conhegam algum morador. As entradas Princip eto quae sempre rancadas. Hes tram o ntrfone necessariamente as portas se abrem. 08 omens em 2.13. Territ6rios crime-free depts ME gen ata Nea Sno apa cers ara o seu dono, o qual, nesse es ar da mai ‘sola privacidad, sap pose eat ca mae Privacidade? 55 he ae ee me (Eosio do importante, levado dali. ial, nase ee cunmts eT ie ear an NE ee eee enn ‘est fe varus do age’ ao lags alan: Levavee: mula tropes see tay teeta ae ee eoeumccpenee oes Ee ene ce eae SE ee ee ee ee piakonmemiy pnp er Se eS ei io pen epee ny SS Ct wat cree srorac un on ep enn des sine, maa emu te ino condo occ ner de crt Pe, Eo ee 0 Um perme eer ee re tare pe perder, Elas surgem agora em todos os pa PErradas, vigilantes se cortifiam de que somen! SMocnitonvalidos e boas credenciais ganem acoso, Atos vir das chiades, nos locas publicos, nas és 2 postareote destnadas a tris, remaneste um problen™. renege mais dibias podem apareccr foi confert ste tetas podem aparecar. Vina solugto foi OME Beane ri avanus de seapivados, No se pode NGM 1” 2 i oat is a0 desocupado sobri, mas quando 3 so Bs rane Pines P ai cncera a algae, 0 controle Se SimpATSS: nas Betacado por Batioms e Wiles (1992), es Of Co cesta manter afastadas as pestons 2 ie nso ao screen Ai OST Tear longe, Outs, possbilidades 1

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