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pelos motivos nobres do agente, entretanto, vale ressaltar que o atual Cdigo Penal,
com propriedade, no especifica o crime de eutansia. Portanto, o mdico que mata
seu doente alegando compaixo comete crime de homicdio simples, tipificado no Art.
121, do Cdigo Penal.
Dentre as mais possveis variantes de interpretaes, algumas geram
diversas discusses doutrinrias e se fazem necessrias algumas distines.
A eutansia, assim como o suicdio assistido, so claramente diferentes
das decises de retirar ou de no inserir um tratamento, que no tenha efeito ou que
gere desconfortos, unicamente para prolongar a vida de um paciente. Ao contrrio da
eutansia
do
suicdio
assistido,
esta
retirada
ou
no-insero de
meios
considerados fteis no agregam outra causa que possa conduzir morte do paciente.
Esta, porm, no tem sido a posio majoritria nos Tribunais mundiais, que afirmam
no haver diferenas legais e morais entre no implantar ou retirar uma medida
extraordinria e o suicdio assistido.
Ainda neste ponde de vista, a Associao Mundial de Medicina, desde
1987, na Declarao de Madrid, considera a eutansia como sendo um procedimento
eticamente inadequado.
Mantendo-se nesta linha de diferenciaes, alguns autores admitem a
distansia como sendo o oposto o de eutansia, uma vez que esta primeira causa uma
morte lenta, ansiosa e com muito sofrimento.
Tratando das origens, se for considerado apenas o significado literal das
palavras, certamente so contrrias. Se o significado de distansia for entendido como
prolongar o sofrimento, ele se ope claramente ao da eutansia, que utilizado para
abreviar esta situao. Entretanto, se assumido o seu contedo moral, ambas
convergem, sendo por fim, tanto a eutansia quanto a distansia tidas como prticas
eticamente inadequadas. Neste contexto, a conduta mdica no ser ilcita, nem
culpvel, exceto se os elementos extraordinrios forem empregados com o propsito
de encurtar a existncia, caso em que caracterizar tambm o homicdio.