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Efeito da Porcentagem de Fe-Si Utilizado como Inoculante na Estrutura e Propriedades de Ferro Nodular Sio upresentados os resultados relativos as fundido nodular. 08 efeitos de diferentes velocidudes de esfriamento, 1, INTRODUGAO A formacao da grafita nos ferros fundidos ve- rifica-se em algumas regides preferenciais do banho metilico, sendo portanto um processo de nucleacao heterogénea -™. Como a temperatura do eutético estavel (austenita-grafita) € mais elevada que a do eutético metaestavel (austenita-cementita), a nu cleacdo da grafita pode ocorrer antes que se tenha condigdes para a nucleacao da cementita (ou outros carbonetos) ¢, por isso, a solidificagao deveria se iniciar com a formacao do eutético estavel, depen- dendo entre outros fatores da composi¢éo. quimica, velocidade de extracao de calor pelo molde e grau de nucleagio do banho. Tendo-se um pequeno niimero de centros efe tivos para a nucleacao da grafita, aumentam as dis- tincias através das quais 0 carbono tera que se difundir para alcangar esses centros, podendo-se ter um super-resfriamento tal que dé origem 4 forma- g40 de carbonetos eutéticos. Se, para um dado mtimero de centros efetivos de nucleagao, for elevada a velocidade de extragao de calor pelo molde, nao haverd tempo suficiente para que ocorra difus4o do carbono para esses cen- fros. Desse modo a temperatura do eutético meta~ estavel poder ser atingida, tendo-se assim condi- Ges para a nucleagéo de carbonetos. Conclui-se portanto que o niimero de centros efetivos de nu cleacéo para a formagao da grafita é que decide, para um dado conjunto de condigdes, se a soli cacao ocorrerd segundo o sistema estavel e/ou me- taestavel Contribuicdo ‘Técnica n» 1.279, Apresentada ao XXX Congresto Anual da ABM; Rio de Janeiro RJ; junho/iu- tho de 1975. (2) Membro da ABM. Estudante do 5» ano de Engenharia Metalurgica; Estaglério-Aluno: Divisto de Metalurgia do apt, Sto Paulo SP. (2) Membro da ABM. Engenhelro Metalurgista; Engenheiro Assistente do Laboratério de Fundicio da Divisio de Me- talurgla do TPT; Sio Paulo SP. ADALBERTO BIERRENBACH DE SOUZA § influencias du porcentagem de Rei, empregado como inoculante, na estrutura e propriedades mecinicas de ferro Foram utilizadas as técnicas de simples ¢ dupla inoculacdo para trés composicées quimicas de mesmo teor de silicio final, tendo também analisados 255 > AMILTON SINATORA ©) SANTOS ( Nos ferros fundidos nodulares cada niicleo em crescimento da origem a um nédulo de grafita; dessa forma a determinagio do mimero de nédulos for- nece uma medida do grau de nucleacio do metal liquido. £ necessério, todavia, que esas determi- nagdes sejam efetuadas em posigGes que corres- pondam a velocidade de esfriamento equivalen- tes ©. © superaquecimento € outra_variavel de pro- cesso que afeta o grau de nucleacao dos ferros fun- didos . © banho metilico possui muitos niicleos nao estaveis para a solidificagao; esses mticleos po- dem ser destruidos ou ter seu tamanho diminufdo através do superaquecimento #), A destruicio dos micleos & processada com 0 objetivo de se ho- mogeneizar o banho, tornando o ferro fundido me- nos susceptivel aos efeitos do emprego de diferen- tes matérias-primas ©), E necessario depois ef tuar-se a inoculacdo com compostos gra propiciando a restituigao dos micleos necessarios pa- ra que a solidificacdo se dé segundo o sistema e: tavel. A inoculacdo de ferros fundidos consiste na ad 40 ao banho metdlico, momentos antes do vaza~ mento, de compostos grafitizantes, geralmente ricos em silico. Consegue-se obter com a_inoculacao um mimero suficiente de centros efetivos para a nucleaco fazendo com que a solidificagio ocorra com a formacao do eutético estavel. A inoculacao provoca um aumento do grau de nucleacZo do metal lo, diminuindo assim o super-resfriamento ne- ssirio para a solidificagdo, além de reduzir a ve- locidade de crescimento. A inoculagio minimiza, para uma dada velocidade de extracdo de calor pelo molde, a tendéncia a formagéo de carbonetos. Um grande mimero de inoculantes de fungdo grafitizante é utilizado para ferros fundidos noduta- res. Embora tenham sido desenvolvidos inoculan- tes mais eficientes contendo bario ="), estron- cio 2%. ou terras raras, notadamente sério ( *), 0 Fe-Si (75-80% Si) contendo teores resi duais de calcio © aluminio @.* continua mee ) mais. utilizado. io 256 A superficie do banho metalico, no_ momento em que se vai proceder a inoculagéo, deve estar limpa, uma vez que a escoria dos ferros fundidos € geralmente composta de dxidos. Como todos os inoculantes de func3o grafitizante empregados na fabricago de ferros fundidos nodulares sio exce- lentes desoxidantes, deve-se retirar toda a escéria existente antes de se efetuar a inoculagéo; caso con- trario, a quantidade de inoculante empregada sera parcialmente consumida na reducdo desses dxidos. A granulometria do inoculante deve também, ser controlada. As particulas devem ser suficien- temente pequenas para que se dissolvam rapidamen- fe, mas ainda razovalmente grandes para que nao se oxidem ou flutuem antes de se dissolver comple- tamente. A granulometria do inoculante esta con- dicionada a quantidade de metal a ser tratado ¢ & temperatura de adicio. A temperatura em que se processa a inoculacao é de fundamental importan- cia, Dessa forma, em temperaturas elevadas, os centros efetivos para a nucleacio da grafita podem ser destruidos, dissolvidos ou envenenados, ficando assim diminuida a eficiéncia do inoculante.' Se, por outro lado, a adigao do composto grafitizante for feita em temperaturas muito baixas, sua dissolucao pode nao ser completa, o que além de diminuir sua cficiéncia, pode causar defeitos nas pecas. Outro parametro importante em relagdo 4 ino- culagio & 0 tempo transcorrido entre a inoculagdo 0 vazamento. Com o tempo, ocorre uma dimi- nuigéo da eficiéncia do inoculante (fading) “**) As conseqiiéncias sio: aumento do. super-resfria~ mento necessario & solidificacdo, diminuigao do. ni- mero de nédulos da grafita e, portanto, aumento da tendéncia a formacio de carbonetos eutéticos na estrutura. Procurando minimizar esses efeitos tém sido desenvolvidas técnicas como a de dupla ino- culagdo (inoculago em duas panelas) ¢ inoculagao complementar no molde *. *, A quantidade do inoculante utilizado na fabri- cacao de ferros fundidos nodulares depende de vé- rios fatores, entre os quais: tipo e granulometria do inoculanie, composi¢ao do ferro base, temperatu- ra de inoculacao, segao da pega, tempo transcorrido entre inocula¢ao'e vazamento'e’ técnica de inocula ho Este trabalho tem por objetivo estudar 0 efeito da quantidade de Fe-Si, utilizado como inoculante, na estrutura e propriedades de ferros fundidos no- dulares de trés composigées, a saber: (CE = 4,3%), (CE = 4,5%) e (CE = 4,7%), para um mesmo teor de silicio, obtidos através das técnicas de sim- ples e dupla inoculagao. Procurow-se manter cons- fantes as temperaturas de nodulizaco e vazamento para que, dessa maneira, a temperatura de inocula~ ¢40 € 0 tempo transcorrido entre inoculagao ¢ va~ zamento permanecessem constantes. Em todas as experiéncias efetuadas utilizou-se uma mesma gra- nulometria de inoculante, tornando assim possivel a andlise das variaveis mencionadas. METALURGIA — V. 32 — N2 221 — ABR, 1976 > 2. MATERIAIS E METODOS As experiéncias foram efetuadas em forno a arco, tipo “Detroit”, de 400 kg de capacidade nomi- nal e 250 kVa de poténcia. “A carga metilica era constituida de gusa para nodular e sucata de chapas de ago doce, num total de 300 kg por experiéncia. Para uma dada composicio base efetuavam-se seis vazamentos do forno a arco, sendo entZo 0 ba~ nho metilico submetido aos tratamentos de nodu- lizagao e inoculagao. Retiravami-se em cada vaza~ mento 50 kg de material que eram tratados a 1.500°C numa panela pré-aquecida com relacao altura-dia- metro de 2:1. A técnica de incorporago de liga empregada foi a de sandwich, sendo utilizados 2% de liga Fe-Si-Mg (8-10% Mg). Os dois primeiros vazamentos do forno eram inoculados com 0,75% de Fe-Si utilizando-se as técnicas de simples e dupla inoculacdo. Corrigia-se a seguir 0 teor de silicio no forno para que se efetuasse mais dois vazamen tos, referentes a inoculacZo com 0,50% de Fe-Si de modo a se ter um mesmo teor de silicio final Procedia-se novamente & correcio do teor de silicio no forno para se efetuar os dois tiltimos vazamen- tos relativos a 0,25% de Fe-Si. Foram utilizadas as técnicas de simples e dupla inoculacZo com Fe-Si (75-80% Si), com granulometria de 3 mm para baixo Nas experitncias referentes a simples inocula- cdo, a adicao de Fe-Si era efetuada na panela de fratamento quando o volume do banho metalico atingia cerca de 2/3 do volume total. Quando se utilizou a técnica de dupla inoculagéo, a adi¢ao do composto grafitizante era efetuada na transferéncia da pancla de tratamento para uma segunda pa- nela, também pré-aquecida, quando haviam sido transferidos 2/3 do volume de metal liquido. Para cada um dos tratamentos de noduliza- ¢40 © inoculagéo efetuados, eram vazados blocos em “y” de 12,5 mm e de 25 mm de espessura (norma ASTM A 536-72) em areia estufada, veri- ando-se 0 esfriamento no proprio molde. Os blocos de 12,5 mm de espessura eram vazados entre 1.415 e 1.425°C e os de 25 mm entre 1.400 © 1.410°C. Foram utilizadas trés composigdes base finais: 1 (C — 34% Si — 2,8%); I (C — 3,6% Si — 2,8%) © I (C — 38% Si — 2.8%). Para cada uma dessas composigdes foram efetuadas duas repeticdes, para que se pudesse avaliar a reprodu- tibilidade ‘dos resultados obtidos As andlises quimicas de carbono e silicio efettua~ das indicaram os seguintes resultados: Liga I—C—3,40a3,45% — Si—2,77a2,97% Liga 1I—C—3,603,65% — Si—2,70.a2,81% Liga Ill — C— 3,80 a 3,84% — 2,68 a 2,929% Os resultados das andlises dos demais elemen- tos situaram-se, para as trés ligas utilizadas, nas se- guintes faixas: 0,135 a 0,168% Mn; 0,087 a 0,135% P; 0,013 a 0,022¢% S; e 0,020 a 0,064% Mg. 7 EFEITO DO Fe-Si NO FERRO NODULAR Efetuou-se exame metalografico, em que se procurou observar a forma dos nédulos de grafita, a presenca de cementita livre e a estrutura da ma- triz metalica. Determinou-se 0 miimero de nédulos de grafita por milimetro quadrado, numa area real de 0,12 mm, através de média de 18 contagens. Foram ainda efetuados ensaios mecanicos de tracéo e determinagdes de dureza Brinell com carga de 187,5 kg ¢ esfera de 2,5 mm de diametro. 3. RESULTADOS Em todas as experiéncias efetuadas obteve-se exclusivamente nédulos de grafita dos tipos I e I da classificagio ASTM-A-247. As figuras 1 e 2 apresentam as microestruturas sem ataque corres- pondentes a técnica de dupla inoculagao com 0,75% Fe-Si, para as ligas | (CE = 4,3%) e I (CE = 4,5%), respectivamente. Pode-se observar nes- sas figuras a inexisténcia de formas mais degene- radas de grafita em relac3o a nodular. * pa e : eee Pm « ioe 7 9 @ se | 2: +e: . Fig 1 — Microestruturas sem atague referentes & ga T (C — 4% S81 — 25%), dupla inoculacdo com 0.75% Fest AX eaquerda, corpo-de-prova de 125 mma alett corpo-de-prova de 25 mm. Fig, 2 — Microestruturas sem ataque referentes & liga 11 (C — 36% Si — 289%), dupla inoculacdo com 0.75% Fei A esquerda, corpo-de-prova de 125 mm: A direita, corpo-de-prova de 25 mm 257 ~\ As tabelas I, IIe III apresentam, para os cor pos-de-prova de 12,5 © 25 mm de espessura, 0 nii- mero de nédulos de grafita/mm* para as ligas de composicao I, IIe Ill, respectivamente. TABELAS I, II e It — Numero de nédulos de graft ta/mm® para’os corpos-de-prova de espessura de 12,5 mm (A) e 25 mm (B), referentes as Ligas I (Tab. 1), I (Tab. 1) e TIT (Tab, TH) Os resultados da tabela | (liga 1 C — 34% Si — 28%) mosiram, para os corpos-de-prova reterentes a blocos de 12,5 e 25 mm de espessura, que a técnica de dupla inoculagao mostrou ser mais eficiente que a de simples inoculagao, para uma mesma porcentagem de Fe-Si. O miimero de né- dulos de grafita’variou pouco com o aumento da quantidade de inoculante para uma mesma técnica de inoculagao, principalmente para os corpos-de-pro- va correspondentes a 12,5 mm. efeito da maior velocidade de esfriamento parece ter sido mais im- portante que o acréscimo da porcentagem de ino- culante, registrando-se por isso maiores diferengas para os blocos de 25 mm de espessura, A figura 3 apresenta a variacio do ntimero de nédulos de grafita/mm* com a porcentagem de i para os corpos-de-prova de 25 mm de espe: sura da liga I. Observa-se, para as duas técnicas de inocula~ co empregadas, um aumento do niimero dem dulos como acréscimo da porcentagem de Fe-Si mais acentuado quando se passa de 0,25 para 0,50% de Fe-Si, evidenciando que um maior aumento da quantidade de inoculante tem um efeito menos pro- nunciado. Na tabela | observa-se ainda, para os corpo: -de-prova de 12,5 © 25 mm de espessura, que as Oo 258 Ne ndo/mm2 Ho 70} 0,75 Fe si Fig. 8 — Variacio do numero de nédulos de gratita por milimetro quadrado com a porcentagem de_inoculante para as téenicas de simples (S) e de dupla (D) inocu eo, Liga T (C — 3496 Si — 28%), corpos-de-prova ae 25 mm. duplas inoculagdes com 0,25 e 0,50% de Fe-Si ti- veram eficigncias maiores que as simples inocula~ ges com 0,50 ¢ 0,75% de Fe-Si, respectivamente, Para a liga Il (C — 3,6% Si — 2,8%) os resultados da tabela II mostram que a técnica de dupla inoculacao foi mais eficiente que a de simples inoculacao, para as tres porcentagens de Fe-Si uti- lizadas, tanto nos corpos-de-prova de 12,5 mm quanto'nos de 25 mm de espessura. Pode-se cons- tatar ainda que a simples inoculagao com 0,50% de Fe-Si apresentou eficiéncia comparivel a obtida com 0,25% de Fe-Si, dupla inoculagao; da mesma forma, a dupla inoculagao com 0,50% de Fe-Si f equivatente 4 simples com 0,75%. _ Essas constata- goes foram notadas nas duas velocidades de esiria~ mento estudadas. Para a liga IM (C — 3.8% Si — 2,8%) os resultados da tabela Ill mostram que a técnica de dupla inoculagao foi mais eficiente que a de simples inoculaczo para as duas velocidades de esfriamento estudadas, como mostra a figura 4 Observando-se a_tabela Ill pode-se ainda ve- rificar que as duplas inoculagdes com 0,25 ¢ 0,50% de Fe-Si tiveram eficiéncias maiores que as simples inoculagdes com 0,50 ¢ 0,75% de Fe-Si, respectiva- mente, para as duas velocidades de esfriamento e tudadas © efeito do aumento do carbono equivalente no nimero de nédulos de grafita mostrado nas figuras 6 e 7, para as técnicas de simples e dupla inoculagio, respectivamente. Pode-se notar que as diferengas entre os ni ros de nédulos obtidos com as técnicas de sim- ‘ALURGIA — v.92 No 221 — ABR. 1976 ~\ 510) Ne NdO/ mm? 250 190) + 0,25 0,50 0,78 Fig, 4 — Variacdo do numero de nédulos de gratita com a porcentagem de Fe-Si cespessura da liga TIT (C ‘corpos-de-prova de 38% St 28%). ples e de dupla inoculagdo acentuam-se a medida que aumenta a porcentagem de Fe-Si utilizado como inoculante. Para 0,25% de Fe-Si o efeito da ve- locidade de esfriamento tende a diminuir a variacao entre os nimeros de nédulos, enquanto para maio- res porcentagens de inoculante essas diferencas for- mam-se mais nitidas. A figura 5 apresenta o efeito da variagao da quantidade de Fe-Si no nimero de nédulos, para corpos-de-prova de 12,5 e 25 mm de espessura, para a liga II (C — 38% 2,89). Essa figura mostra que o nimero de nédulos foi sempre maior nos corpos-de-prova correspondentes 4 velo- cidade de esfriamento mais elevada voor ne néoren® | oe ene ors Fig, 5 — Vartaco do numero de nédulos de grafita por milimetro quadrado com a porcentagem de Fe-Si, para a liga M1 (C — 38% St 289%), corposde-prova de 125 © 25 mm de espessura EFEITO DO Fe-Si F NO FERRO NODULAR Fig. 6 6 carvono equivalente para a téeniea eo com 0.25; 050 © 075% Fe-Si, ‘25 mm de espessura Variacio do numero de nédulos de grafita com c simples inocula ‘corposde-prova de Para as duas técnicas de inoculagao empre~ gadas ocorreu aumento do nimero de nédulos com 0 carbono equivalente, para as trés porcentagens de inoculante estudadas.' Os niimeros de nédulos fo- ram sempre mais elevados para os corpos-de-prova de 12,9 mm de espessura, em virtude do efeito da maior velocidade de solidificacdo, como mostram os resultados das tabelas 1, Ie TIL. Para a técnica de simples inoculagao 0 acrés- cimo do ntimero de nédulos com 0 carbono equi- valente tende a diminuir 4 medida que este aumenta. Por outro lado, para a técnica de dupla inoculacao observou-se 0 contrario, isto é 0 aumento do mi- mero de nédulos foi maior quando se passou de carbono equivalente 4,5 para 4,7%. Fig. 7 — Variacio do niimero de nédulos de grafita com © earbono equivalente para a técnica de dupla inocu eho com 0,25; 0,80 € 0.75% Fe-SI, corpos-de-prova de 25 mm de espessura. Fig, 8 — Microestruturas referentes aos corpos-de-prova de 12,8 mm de espessura, submetidos a simples inoeula- edo com 050% de Fe-si. Nital, 00x. a) A esquerda, liga T (CE = 43%); b) no centro, liga 11 (CE = 45%) ©) A diveita, liga HI (CE = 47%), As micrografias com ataque dos corpos-de-pro- va referentes aos blocos de 25 mm apresentaram-se sempre ferritico-perliticas, com predominancia de ferrita. Ja os corpos-de-prova de 12,5 mm pos- suiam maior quantidade de perlita, sendo, porém, ainda ferritico-perliticas. As figuras 8 © 9 apresentam as microestrutu- ras com ataque, para os corpos-de-prova correspon- dentes aos blocos de 12,5 mm (Fig. 8) ¢ 25 mm de espessura (Fig. 9) inoculados com 0,50% Fe-Si, simples inoculacao, para as ligas I (Figs. 8a e 9a), IL (Figs. 8b ¢ 9b) € III (Figs. 8c ¢ 9c). Pode-se observar que ocorreu um aumento da quantidade de ferrita presente nas microestruturas com 0 acrés- cimo do carbono equivalente. Com o aumento de: te ocorre, para uma mesma técnica de inoculagéo uma mesma porcentagem de inoculante, um acrés~ cimo do mimero de nédulos de grafita; as distin cias para difusio do carbono até esses nédulos di- minuem, tendo-se assim a formagao de maior quan- tidade de ferrita na transformagao que ocorre no estado s6lido para uma mesma velocidade de e friamento, 0 efeito da variagio da velocidade de esfria- mento na estrutura da matriz pode ser observado na comparacao das figuras 8a ¢ Ya, 8b ¢ 9b e 8c e 9c. Para’a mesma composi¢ao quimica final, a Fig. 9 — Mieroestruturas referentes aos eorpos-de- de 25 mm de espessura, submetidos dupla.inoculacko com 050% de Fe-Si. Nital, 100x. a) A esquerda, liga T (CE = 43%); b) no centro, tiga 1 (CE = 45%): ©) a direita, tiga TT (CE = 4.7%) 260 mesma técnica de inoculagéo © a mesma quantidade de inoculante, a quantidade de perlita presente na microestrutura aumenta com 0 acréscimo da ve- locidade de resfriamento. Propriedades mecénicas — As tabelas IV, V © VI apresentam os resultados dos ensaios mecani- cos para os corpos-de-prova de 12,5 e 25 mm das ligas 1, Ile Il, respectivamente, 'TABELA IV — Propriedades mecanicas para a liga I (C — 34% Si — 289%), corpos-de-prova de 12,5 mm © 25 mm’ de espessura, METALURGIA — V. 32 — N21 — ABR, 1976 alec f cain Tae incmlaonl fuss Pons [ns | jum | eno | one) 20 | see 'TABELA V — Propriedades mecanicas para a liga II (C — 360% Si — 286%), corpos-de-prova de 12,5. mm © 25'mm' de espessura, wm—sie| sue | no [ase | sao | ous |e | aso Tiote Toes iets Tice om t/t vata UE = Lines eonrenlone ae eneanenta 128 en tt/en? Para a liga | (C — 34% Si — 28%) os limites de resistencia e de escoamento, tanto para corpos-de-prova extraidos de blocos de 12,5 mm de espessura quanto para os de 25 mm, pratica~ mente ndo variaram com o aumento da quantidade de inoculante para uma mesma técnica de inocula- co. O alongamento apresentou maiores disper- sdes, principalmente nos corpos-de-prova submeti- dos a simples inoculacdo. A dureza Brinell, para uma mesma técnica de inoculagdo variou pouco com © aumento da quantidade de inoculante. Comparando-se agora os resultados obtidos com a técnica de dupla inoculagao com os corres- pondentes 4 de simples inoculagao, pode-se observar que para a iiltima os limites de resistencia e de escoamento s40 mais elevados que os obtidos com a primeira, As durezas Brinell correspondentes aos corpos-de-prova submetidos a dupla inoculagao sao inferiores 4 obtida com a de simples inocul co, enquanto os alongamentos sao sempre mais clevados. Esses resultados devem-se principalmen- as diferencas observadas nas microestruturas, de- correntes do emprego de diferentes ténicas de ino- culagao. Para a liga 1 (C — 3,4% Si — 28%) a quantidade de ferrita presente na estrutura em virtude do maior ntimero de nédulos, foi sempre maior nos corpos-de-prova correspondentes a dupla inoculacdo, evidentemente para uma mesma veloci- dade de esfriamento, como pode ser visto na figu- ra 10, que corresponde a inoculagio com 0,50% de Fe-Si, corpos-de-prova de 25 mm de espessura. As tabelas Ve VI referentes as ligas IIe IIL as de composicao hipereutética) mostram que (li w, 13, 4 16 \ 262 BIBLIOGRAFIA KARSAY, S. 1. — Hypothetical considerations on the role of phase boundaries during graphitization. Recent Re- search on Cast Iron. Gordon & Breach, 1908 RIDING, A, & GRUZLESKI, J. E, — Solute distribu- tion around graphite nodules. AFS Cast Metals Research Journal, V. 7, n 4, p. 126, dezembro de 1971. MORROGH, 1. — The status of the metalurgy of cast iron, JIST, V. 206, parte 1, p. 1, Janeiro de 1968: WIESER, P. F.; BATES, C. B, & WALLACE, J. 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AMILTON SINATORA — © objetivo principal era 0 de verificar o efeito de porcentagens diferentes de Fe-Si utilizado como inoculante, para uma mesma composicao quimica final. Foram empregadas as técnicas de sim- ples e dupla inoculacao, pois essas sao utilizadas indus- trialmente. Nao havia’ portanto, inicialmente, objetiv cespecifico de se comparar a eficiéncia dessas duas téen cas, 0 que todavia surgiu evidenciado nos resultados. L. M. C. FILHO — Nao seria de se esperar um. melhor desempenho da técnica de dupla inoculacio, uma vez que varios so os fatores que contribuem para se obter maior eficiéncia com essa técnica? A. SINATORA — Perfeitamente, uma vez que na dupla inoculacio 0 tempo transcorrido entre inoculacio e vazamento 6 menor, a temperatura de adicao do ino- eulante é inferior e por ocasifio da adicao do composto grafitizante 0 banho metalico nfo mais se encontra em contato com a escéria formada no tratamento de nodu- lizacio. ADALBERTO BIERRENBACH DE SOUZA SANTOS. — Sem diivida a técnica de dupla inoculacao deveria for- necer melhores resultados. Utilizamos as duas técnicas por facilidade de execucdo da parte experimental e tam- bém para enfatizar quantitativamente essa diferenca, que nfo se encontra ressaltada na literatura. PAULO PINHEIRO DA SILVA NETO © — 0 Prof. Rhines chamou-nos a atencdo de que a microestrutura @ basicamente uma entidade tridimensional ). Gostaria de sugerir aos autores que no futuro eles utilizassem outros métodos e nfio apenas aqueles que permitem exa- minar sob 0 aspecto bidimensional uma entidade que é, nna realidade, tridimensional; com isso, poderiam alean~ car resultados bem mais. interessantes A. B. S. SANTOS — Como @ de conhecimento geral, a especificacdo dos ferros fundidos nodulares 6 Sempre funcao de suas propriedades mecanicas, que de- pendem da morfologia da grafita e estrutura da matriz metilica. Desa forma, a analise dessas duas variaveis, associada As propriedades mecanicas, 6 suficiente para caracterizar completamente 0 materjal. Foseco do Brasil — Produtos para Metalurgia Ltda, — Maia Farina Assessoria Empresarial Ltda GHH Sterkrade AG — Behrendt & Co. ATALIMPIANTI Societa tala = Publicitas S.p.A. Impianti_ p.a. Liquid Carbonic Indistrias S.A. = Maia Farina Assessoria Empresarial Ltda Schloomann-Siemag AG = Behrendt & Co. \ Mero Univer lorie ANUNCIANTES 263 > CLARA McCORD SIMOFS DE FARIA — Por que, quando ocorre um acréscimo do numero de nédulos, a matriz passa a ser mais ferritica? A. SINATORA — Porque ocorre uma diminuigio das distneias para difusio do carbono da austenita para esses nédulos, 0 que faz com que ocorra a formacio de uma maior quantidade de ferrita nas transformacées que ocorrem no estado sélido. EDYL PATURY MONTEIRO () — Qual o efeit das diferentes técnicas de inoculacio na matriz meté- Tica resultante? A. SINATORA — Mantidas constantes a composicao quimiea e a quantidade de Fe-Si utilizado na inoculacao, ‘obtém-se um maior nimero de nédulos com a técnica de dupla inoculacio. Pela razio que acabel de expor, isso faz com que a estrutura seja mais ferritica. MIGUEL SIEGEL (®) — Pude observar uma gran- de diferenca entre os resultados obtidos com quantidades erescentes de inoculantes, para uma mesma composicio final e uma mesma técnica de inoculacdo. Em. fornos cubild, onde se obtém material mais oxidado, seria de se esperar maior influéncia da quantidade de inoculante na eficiéneia da inoculacao? A. SINATORA — Em banhos mais oxidados parte do inoculante sera consumido na desoxidacio, uma vez que 0s inoculantes de funcao grafitizante empregados em ferro fundido sio excelentes desoxidantes. Portanto, em cubild, seria de se esperar menor eficiéncia do inoculante do que a obtida em forno a arco. Entao, o cfeito da varlacdo da quantidade de Fe-Si seria mais marcante em ferros fundidos obtides em forno cubilé que nos produ- zidos em forno a arco. (2) Membro da ABM, Engenheiro; Fundieto Tupy SA. Toinville SC. (2) Membro da ABM PhD.; Cia. Vale do Rio Doce: (8) _Engenheira Civil, Meciniea e Metalirgiea; vldria Federal SA; Rio de Janeiro RJ (4) Membro da ABM. Engenhelro; Diretor da Escola de En- Renharia Industrial Metalirgien da UFF; Rio de Janel- ro BU. (5) Socio Honorério e Conselheiro da ABM. Engenhelro Ci- vil e Eletricista; Consultor; Sao Paulo SP. ©) VA Metaturgia Fisica do Futuro; Metalurgla-ABM, 82, no 220, mar. 1976, p. 149/56. Engenheiro _Motalurgista: MSc. ¢ Belo Horizonte MG. Rede Ferro: 4 capa 264 © 265 2 capa 269 200 © 248 287

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