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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANT' ANNA

CURSO DE HISTÓRIA
Professor
Marcos Horácio

Resenha de “ História Antiga ” de Paul Petit

Nome: Júlio César Dos Santos Bueno


1º semestre
R.A.:91067/09-7
Sala: I-214

São Paulo/SP
Junho, 2010
Resenha de “A História antiga” - de Paul Petit
(das páginas 105 a 277)

Esta resenha foi baseada em cima dos textos das páginas 105 à 277 da terceira edição
do livro “História antiga”, escrito pelo francês Paul Petit, publicado em português em 1976
pela Difusão europeia do livro -DIFEL, com a exceção de algumas páginas suprimidas.
Os gregos viviam constantemente em batalhas e guerras, o que gera onerosos custos
ao Estado, não só no tocante a parte bélica em si, mas também para suprir as
necessidades da população. Esse tipo de situação mostra-se razoavelmente semelhante
no decorrer dos séculos, sobretudo nos períodos conflituosos.
Atenas, uma das principais cidades-estado grega pelejava contra os persas no século
V, Temístocles tenta reconstruir a cidade e desta vez reforçar a sua segurança, já
prevendo que novos ataques fatalmente seriam sofridos, não só por parte dos persas,
mas de qualquer inimigo que quisesse atacar Atenas. Além disso foram empreendidas
ações que favoreceram a ação dos comerciantes e as classes menos abastadas. Esta
chamada Liga de Delos não conta com a presença nem de Esparta e nem de Corínto,
duas cidades-estado muito fortes, todavia reúne a maioria das cidades da costa do Mar
Egeu.
O governo de Péricles recebe o rótulo de Imperialismo democrático, devido ao não
interrompimento das batalhas para assegurar os domínios gregos frente ao ainda
eminente perigo persa e, assim também tendo uma forma de conseguir aumentar seus
domínios. Sempre durante esse período o tipo de ação da política externa esteve
intimamente ligada com os resultados que isso implicavam de modo direto na vida das
camadas populares. Os esforços de guerra geravam onerosos gastos e o
enfraquecimento militar e econômico de Atenas, que neste momento fica em um estado
de não-beligerância direta, mas se reforçando para eventuais novos empreendimentos
miliares.
Neste período é que se dá a guerra do Peloponeso, onde os rivais dos atenienses
(Corinto, Esparta, Mégara) levam ao extremo a luta pelo controle comercial dos mares e
Atenas perde a guerra e seu império. Esta vitória era a representante direta dos
interesses da aristocracia e ainda por cima dizia ser bastião da liberdades das cidades
contra o imperialismo ateniense, o que de certa forma parece mesmo ter tido esse feitio.
Como era a tônica, outras batalhas foram empreendidas envolvendo Atenas, Esparta,
Tebas, Corinto, ou seja, praticamente todas as grandes cidades gregas, que se
organizavam em ligas quando iam a guerra, mas vez por outra esses agrupamentos em
ligas representava a perda da própria autonomia local para o o inimigo ou até mesmo
para os “aliados”, caso as cidades mais fortes, findassem por sair das batalhas fortificadas
pelas vitórias.
Um novo “inimigo” vai para sempre mudar esse cenário que é a Macedônia, região que
parte dos gregos considerava bárbara e que não lhe havia sido conferida muita
importância, mas que com Filipe e seu devoto e forte exército conquista substancial parte
da Grécia “civilizada”, à exceção de Esparta, que neste momento fica fragilizada frente ao
poderio macedônio. Felipe organiza assim a Liga de Corinto, entre as cidades
conquistadas, prometendo-lhes manter a devida autonomia. Aliás, é interessante notar
como a autonomia das cidades era um aspecto a ser preservado a qualquer custo, vemos
isso em praticamente todas as experiências com ligas, seja a àtico-delíaca, a segunda
liga marítima ou na liga de corinto.
Péricles foi um político de espírito bastante popular. Era instruído e com outras série de
boas características, que lhe manteram no poder durante quinze anos, mesmo sem um
título de rei ou algo que o valha. Era uma liderança espirituosamente natural, o que foi
suficiente para lhe dar nome ao século em que viveu.
Do ponto de vista administrativo, Péricles não tomo nenhuma ação de cunho anti-
democrático, preservando a Bulé e todas as suas tradicionais ações. Aliás, essa condição
das decisões serem tomadas nas Assembleias torna o poder verdadeiramente popular,
entretanto se enfraque o poder executivo. Tratamos aqui então do puro espírito
democrático e suas características como isonomia, as liberdades individuais e o que Paul
Petit chama de “filantropia” no trato com os pobres. Era um mérito dos atenienses, sem
dúvida, preservar esses princípios. No século IV porém, a democracia ateniense veio a
mergulhar em uma serie de ações políticas pessoais, que na tentativa de manter os
mesmo patamares sociais de outras épocas em um momento em que os gastos bélicos
não permitiam acabou por receber o nome de demagogia.
Na Grécia clássica a geografia tem um preponderante papel no plano econômico, ao
ponto em que as práticas agrícolas tornam-se bastante difíceis a exceção de alguns
lugares mais afastados devido às condições do solo, que não era propício para muitas
culturas e ainda mais em uma escala maior de produção, fazendo assim aumentar valor
venal das mercadorias (o trigo se fosse produzido na Tessália ou em outra parte no
Peloponeso, sem dúvida seria mais barato do que o trigo trazido da Cídia, por exemplo,
eis uma questão de distância entre o produtor e o mercado consumidor), ainda temos o
fator marítimo, que praticamente “puxa” os gregos para o mar, sendo este sem dúvida, o
mais fundamental aspecto e econômico neste momento. A Grécia tem uma boa produção
artesanal (cerâmica, objetos de metal) além de vinho e azeite que é comercializado entre
as regiões.
Alexandre, que viria a ficar conhecido também pela alcunha de “O grande” era filho de
Filipe da Macedônia, o mesmo que conquistou toda a Grécia e criou a liga de Corinto.
Tinha ele (Alexandre) uma personalidade bastante exagerada, dada às emoções e aos
“prazeres da carne”, entretanto herdou de seu pai um ótimo senso de organização e as
qualidades militares.
Filipe tinha a intenção de trazer de volta para a Grécia o domínio de cidades na Ásia,
que estavam sob o domínio persa, desde as guerras médicas, mas não consegue por em
prática essas ideias, somente Alexandre é que vai com seu pujante exército recuperar
essas cidades e ainda mais, conquistar outros territórios que não estavam nos planos de
seu pai, eis então o momento em que parece-se querer ter o “império mundial”. Após
conquistar todo o Império persa, fundar cidades, levar a cultura helena, promover a “fusão
das raças” (o que desagrada muito de seus maiorais) chega as portas da Índia, mas já
sem o apoio de seus exércitos.
Com sua morte, o império e o governo acabam por se dividir nas mãos de seus
“marechais”, pois nenhum deles via nos parentes de Alexandre um sucessor e nem
também encontravam um consenso para definir qual desses líderes militares deveria ficar
com a chefia do estado. A solução encontrada foi a divisão.
Para começar a falar das populações habitantes primitivas da Itália citamos aqui os
assim chamados “villanovianos”, também populações do ramo itálico e latino, além
daqueles que vão receber maior atenção por sua importante atuação na formação de
Roma e suas ligações com os gregos, falo aqui dos etruscos. Os etruscos são um povo
originário da Ásia, que ao que tudo indica veio em pequena população para a península
itálica e aculturou os nativos villanovianos. Do ponto de vista religioso os etruscos tinham
costumes mais orientais e aliás algumas crenças religiosas vão ser usadas em Roma,
cidade que eles fundam, e que depois como bem sabemos tornar-se iá no império que
bem conhecemos, no tocante a orientação arquitetônica na construção da cidade.
A data da fundação da cidade de Roma está por volta de 754 e 750 a.C . Na Roma real
quem mantém o poder é aristocracia, aristocracia de três grupos: os Rammnenses,
Ticienses e os Lúceres, que ao que indica seguem o mesmo expediente de outrora
quando havia a divisão entre latinos, sabinos e etruscos.
A ideia de que a aristocracia se dedicava mais em seus negócios à pecuária, formando
assim o patriciado, enquanto a plebe seria agricultora não é muito aceita por Paul Petit
que defende uma espécie de seleção natural indefinida por parte de sabinos ou latinos,
que mais forte economicamente se sobressaiam sobre as demais, independente da etnia
ou do ramo de atividade. Essas famílias, ou seja, os clãs, eram quem governavam a
Roma real, com a chefia de um tirano e a chancela de um senado de chefes de gentes.
Essas aristocracias estavam responsáveis pela organização militar, econômica e social.
A república em Roma aparece quando os etruscos se enfraquecem e famílias patrícias
tomam o comando real, delegando-o a dois pretores e eventualmente a um ditador que
dividiam entre si o poder antes real. O senado, os comícios e os curiatos permanecem
inalterados. Neste momento, a plebe formada por artesãos, camponeses endividados e
estrangeiros sem participação na vida pública quase faz para si uma nova cidade a parte
da Roma das gentes, mas conseguiram pouco a pouco mediante o jogo do poder
envolvendo o capital se inserir na representação pública romana, é então o “momento em
que o domicílio suplanta o nascimento”.
Cabe ainda ressaltar a impressionante capacidade que os romanos tem para se
organizarem militarmente, desde o reino isso é notado, e é em um segundo momento
preponderante para que Roma venha suplantar toda a Itália e posteriormente outras
partes do Mediterrâneo até todos os limites alcançados no Império. Ao momento em que
Roma toma Cártago há a sensação de completa dominação sobre a região do mar
Mediterrâneo.
No século III temos algumas mudanças importantes na administração pública, com a
criação de impostos, colônias, estradas e também a criação de uma nova moeda de prata
e o sestércio. Nesse período a elite política é formada pelos patrícios-plebeus e a
organização institucional se dá através de diversas congregações de cidadãos de suas
respectivas “classes” em suas assembleias e depois em uma assembleia maior o Senado.
É no século III que se inicia o processo de helenização de Roma de modo mais incisivo.
Por volta do ano 100 (pouco antes, pouco depois) o chamado Partido Popular traz
várias complicações ao status quo, exigindo mudanças na política, melhores condições
econômicas (carestias) e também o caso dos triunviratos. A partir de 82 temos em Sila o
primeiro ditador, com absoluto poder e em um período mais extenso. Ele apoia-se no
exército, e pelo que parece pretendia instaurar uma monarquia, claro, tendo ele como rei.
De 70 à 60 Cícero e Pompeu passam um momento de maior paz e sobretudo Cícero
tenta implantar uma aliança entre a nobreza e a ordem equestre e posteriormente
também os homens de bem, para defender o regime republicano contra as investidas dos
ditadores e demagogos, mas o senado cai no problema de ter se afastado de Pompeu, o
que deu brecha para que as conspirações de ascensão ao poder por parte de César e
também de Crasso, que formam assim o primeiro triunvirato, o que acaba por sepultar a
república.
Julio César tem um governo que pode ser rotulado do populista ao estadista. Dá terras
aos veteranos de guerra, conquista novos territórios, acelera o loteamento do Ager
publicus, manda publicar as atas do senado e cria um jornal, ou seja, um órgão oficial de
propaganda e isso ainda no momento do triunvirato, ele ainda não havia começado sua
marcha sobre Roma. Quando chega na “cidade eterna” o senado e Pompeu fogem rumo
ao Oriente e César assume então o poder.
O segundo triunvirato se deu de modo público e não as escondidas como o primeiro, a
bem da verdade, foi criado uma ditadura com o poder repartido entre três pessoas, com a
intenção de se restaurar a república – o que não era tarefa das mais fáceis – tendo em
vista que o modelo que Júlio César havia governado Roma era extremamente popular,
resultado dos ganhos das camadas menos abastadas com este regime. Já se sabia que a
ditadura nos moldes de César não agradava às elites e nem mesmo a monarquia de estilo
helenístico, da qual nutriam terrível asco, tampouco a república conseguiria ser
restaurada, então a solução encontrada foi a instalação do principado, que nada mais é,
segundo as palavras de Petit do que “uma monarquia militar engenhosamente
disfarçada.”.
No principado as dinastias imperiais são as dos Júlio-Cláudios, dos Flávios e por último
dos Antoninos. Tibério foi o principal dos Júlio-Cláudios, era um homem que tinha aquilo
que se costuma dizer de “espírito público” , ou seja, respeitador das leis, do senado e da
ordem pública. Depois já entre os Flávios, Vespasiano, que era oriundo da burguesia
italiana e dava expediente naquele momento nas tropas orientais vira imperador e é tido
como o “imperador do bom senso”, restabelece os poderes imperiais ainda mais ,
cedendo lhe um maior e mais forte caráter monárquico, além disso não fez conceções aos
militares. Com a ascensão de Trajano, após a jogada política com Nerva, temos a vinda
da dinastia dos Antoninos. Trajano também era um homem de virtudes e segue a mesma
linha dos outros dois citados anteriormente, uma linha legalista.
Desde que Augusto conferira póstumamente a César o título augusto, ou seja, a
divinização, esta se torna uma característica dos imperadores, mas esse endeusamento
dos imperadores não seria jamais possível se o senado não tivesse seu devido papel no
equilíbrio e na mantenedura do regime. Também é bom ressaltar que em nenhum
momento temos a perda do feitio militar, embora este fosse com o passar dos tempos,
adquirindo cada vez mais um sentido burocrático e administrativo.

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