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MAMOGRAFIA
Belo Horizonte
Faculdade de Tecnologia Novo Rumo
Diretor Geral
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MAMOGRAFIA
Coordenação Pedagógica
Cleilda Amorim de Paula
Rejane Prates Crisóstomo
Silvana Aparecida Filgueiras
Bibliotecário
Claydson Silva Rodrigues
Mantenedora
Expansão Tecnologia de Ensino e Imagens Ltda
S943
Magalhães, Fabíola Cristina Rodrigues
Apostila: O essencial sobre ressonância magnética. / Fabíola
Cristina Rodrigues Magalhães
Colaboradores: Flávio Glueck, Dr. Evandro Barros Naves
Belo Horizonte: Faculdade Novo Rumo, 1ed, 2010.
Inclui Bibliografia
1. Ressonância magnética.
I. Magalhães, Fabíola II. Savione, Herick III. Glueck, Flávio IV.
Faculdade Novo Rumo VI. Título
CDD: 616.07549
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SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS:
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Capítulo 1
Até recentemente, o câncer de mama era o principal causa de morte por câncer entre
mulheres, o de pulmão atualmente tornou-se o de maior incidência.
Para garantir o desempenho da mamografia, a imagem obtida deve ter alta qualidade e,
para tanto, são necessários: equipamento adequado, técnica radiológica correta,
conhecimento, prática e dedicação dos profissionais envolvidos.
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Até o nascimento não haverá mais modificação do sistema. Na mama do feto a termo, ductos
estão ramificados em forma de rede. Os lobos não são visualizados, podendo haver secreção
mamária estimulada pelos hormônios maternos. O processo evolutivo permanece inalterado
até a puberdade. Quando ocorre a menarca, sob os novos estímulos hormonais, os brotos
mamários crescem, o tecido adiposo subcutâneo e o tecido conectivo aumentam de volume e o
sistema ductal prolífera. Os ductos alongam-se na profundidade tecido subcutâneo e ocorre o
desenvolvimento de ductos lobares,
Ductos lobulares e ácinos. A maturação da glândula mamária pode ocorrer até a terceira
década da vida.
Entre outros problemas de formação das mamas, pode-se citar a ginecomastia em meninos
adolescentes e atelia ou amastia (ausência de mamas).
1.
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2. Ducto principal
3. Mamilo ou papila
Ducto lobar
Ducto lobular
6. Ácino
ANATOMIA DA MAMA
O tamanho da mama varia de uma mulher para outra e, inclusive, na mesma mulher,
dependendo da sua idade e da influência dos vários hormônios. No entanto, a mama se
estende, para baixo, da porção anterior da segunda costela, até a sexta ou sétima costela, e da
borda lateral do esterno até a axila.
As glândulas mamárias estão situadas na parede anterior do tórax, de cada lado do esterno.
Sob a fáscia superficial anterior aos músculos grande e pequeno peitoral, estendendo-se,
anteriormente, em geral da segunda costela (ao nível da clavícula) à sexta costela, limitando-se
pelo bordo lateral do esterno, na face interna, e pela linha medioaxilar, externamente.
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ANATOMIA DA SUPERFÍCIE
A anatomia da superfície inclui o mamilo, uma pequena projeção que contém uma coleção de
aberturas de ductos provenientes das glândulas secretoras no interior do tecido mamário.
A área pigmentada que circunda o mamilo é denominada aréola, definida como uma área
circular de cor diferente que circunda um ponto central.
A junção da parte inferior da mama com a parede anterior do tórax é chamada de prega
inframámaria.
O prolongamento axilar é uma faixa de tecido que envolve o músculo peitoral lateralmente. Há
Tecido mamário que chega até a axila é denominada cauda da mama ou prolongamento axilar
da mama.
Um plano sagital através da mama madura mostra a relação entre a glândula mamária e as
estruturas subjacentes da parede torácica.
A prega inframamária está ao nível da sexta costela, mas existe grande variação entre
indivíduos.
O músculo peitoral maior é observado sobre a caixa torácica. A porção central da mama é
constituída basicamente de tecido glandular. Quantidades variáveis de tecido adiposo ou
gorduroso circundam o glandular.
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A pele que recobre a mama possui espessura uniforme, exceto na área da aréola e do mamilo
onde a pele é um pouco mais espessa.
O tecido glandular da mama é dividido em 15 a 20 lobos dispostos como os raios de uma roda
em torno do mamilo.
Uma camada do tecido adiposo logo abaixo da pele circunda e recobre o tecido glandular. O
tecido adiposo dos lóbulos mamários, a gordura subcutânea, está entremeada nos elementos
glandulares. O tecido conjuntivo (ou fibroso) interlobular circunda e dá apoio aos lobos e a
outras estruturas glandulares. Extensões formando faixas de tecido fibroso são conhecidas
como ligamentos de Cooper (ou suspensores) da mama, e sua função é dar suporte às
glândulas mamárias.
Cada mama é abundantemente suprida por vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos.
Geralmente, algumas veias maiores podem ser distinguidas na mamografia.
O termo trabéculas é usado pelos radiologistas para descrever as várias estruturas de pequeno
tamanho encontradas na radiografia, como vasos sanguíneos, ductos e outras, que não podem
ser diferenciadas.
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MAMOGRAFIA
A principal diferença nos tecidos mamários é o fato de o tecido adiposo ser menos denso que o
fibroso ou glandular. Esta distinção na densidade entre tecido adiposo e os tecidos
remanescentes produz as diferenças da densidade fotográfica que aparecem na radiografia
pronta.
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MAMOGRAFIA
A mamografia mostra diferenças nas densidades dos tecidos. Estas diferenças são a base da
imagem estruturas ou regiões “claras”. Os tecidos adiposos menos densos apresentam-se
cinza-claros a cinza-escuros, dependendo da espessura destes tecidos.
CLASSIFICAÇÃO DA MAMA
Portanto, as mamas podem ser classificadas em três categorias, dependendo das quantidades
relativas de tecido glandular versus adiposo, sendo:
1. Mama Fibroglandular
A mama jovem geralmente é muito densa, pois contém quantidade relativamente pequena
de tecido adiposo. A faixa etária comum para a mama fibroglandular varia da pós-
puberdade até cerca de trinta anos, mas, as mulheres com mais de 30 anos que nunca
amamentaram provavelmente também pertencerão a este grupo. Mulheres grávidas ou
lactentes de qualquer idade também sã incluídas neste porque um tipo de mama muito
denso.
2. Mama Fibrogordurosa
À medida que a mulher envelhece e ocorrem mais alterações nos tecidos mamários, há
uma mudança gradual da pequena quantidade de tecido adiposo para uma distribuição
mais igual de tecido gorduroso e fibroglandular, este grupo varia dos 30 aos 50 anos idade,
a mama não é tão densa quanto no grupo jovem. Radiologicamente, esta mama tem
densidade média e requer menor exposição que a mama do tipo fibroglandular. Várias
gestações na vida reprodutiva de uma mulher acelerarão o desenvolvimento de sua mama
para esta categoria Fibrogordurosa.
3. Mama Gordurosa
Ocorre após a menopausa, comumente à partir dos 50 anos de idade. Após a idade
reprodutora da mulher, a maior parte do tecido glandular da mama sofre atrofia, sendo
convertida em tecido adiposo em um processo denominado involução. É necessária uma
exposição ainda menor neste tipo de mama que nos primeiros dois tipos.
As mamas das crianças e da maioria dos homens contêm principalmente gordura em
pequenas proporções e, portanto, também pertencem a esta categoria.
Observações:
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MÉTODOS DE LOCALIZAÇÃO
Dois métodos são comumente usados para subdividir a mama em pequenas áreas com o
propósito de descrever a localização de lesões encontradas.
Sistema de Quadrante: é mais fácil de ser usado. Podem ser descritos quatro quadrantes
que utilizam o mamilo como o centro.
Questionário
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6) O que são mamas acessórias e qual é o local mais comum do seu aparecimento?
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MAMOGRAFIA
Capítulo 2
MAMOGRAFIA: CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS
Enquanto um tubo com anódio de tugstênio(W) apresenta um espectro contínuo na faixa de 25-
40kV (quilovolt), o espectro de emissão do anódio de molibidênio é descontínuo, com ondas de
0,63 e 0,70 A (ampere).
O feixe útil desses agrupamentos é atenuado por um filtro de 0,03mm de molibidênio. Devido à
banda de absorção K desse elemento, que é de 20 keV(keV= 1000 elétrons-volt), esse filtro
proporciona a mesma absorção que um filtro de alumínio para raios X de energia superior a 20
keV, e uma absorção muito mais intensa para energias superiores.
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MAMOGRAFIA
Os tubos com anódio de tungstênio normalmente portam janela de vidro. O espectro de raios X
desses equipamentos é contínuo, na faixa de 25-40 kVp.
Nos aparelhos de mamografia, são utilizados filtros de 0,1 a 0,3mm de alumínio ou equivalente
ao alumínio, dependendo do tipo de janela do tubo e do tipo de receptor de imagem.
A colimação do feixe e a distância foco-filme (que pode variar de 30 a 80 cm) são fornecidas
pelos cones localizadores. Cada unidade possui um conjunto de cones intercambiáveis,
confeccionados para comprimir adequadamente diferentes tamanhos de mama. Sua escolha
depende de uma série de fatores, tais como a espessura da mama e a projeção desejada.
A dimensão dos pontos focais dos aparelhos mamográficos varia de 0,1 a 0,3 mm. Devido à
sua grande influência sobre a nitidez da imagem radiográfica, o tamanho do ponto focal deve
ser medido quando se avalia ou se compara essas unidades.
De acordo com as dimensões da mama, a tensão do anódio fica entre 25kv a 35kv. Com esta
tensão, o comprimento de onda é de 0,6 A a 0,75 A. Todavia, o kV e o mA variam de acordo
com a espessura e a constituição do corpo glandular. Fazendo-se um ajuste adequado,
consegue-se uma boa definição das imagens e visualização das estruturas anatômicas: pele,
mamilo, aréola, tecido celular subcutâneo e região retroareolar, estroma fibroadiposo e
parênquima glandular.
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MAMOGRAFIA
Observações Importantes
Tubo de Raios X
O aspecto mais distinto do aparelho de mamografia é o desenho peculiar do tubo de raios X,
que tem um alvo de molibdênio com pequenos pontos focais de 0,3 e 0,1mm.
A configuração anódica produz um efeito anódico proeminente devido à curta distância foco-
filme e o uso de um pequeno ângulo alvo de referência.
O lado catodo esta colocado sobre a base da mama (parede torácica) e o lado externamente
em direção ao ápice (área mamilar). A razão inicial pela qual a extremidade catódica de tubo
de raios X é colocada diretamente sobre a base ou borda da parede torácica, da imagem é tirar
vantagem do efeito anódico.
A dose recebida pelo paciente é significativa na mamografia. Uma dose cutânea de 800 – 900
mrad é comum, que é muito maior que aquela para a maioria da outras partes do corpo.
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MAMOGRAFIA
Exemplo: Uma incidência lateral da coluna lombar em 90Kvp, 50mas, tem uma dose cutânea
de 700 -800 mrad, está é uma das 9 incidências de maior dose de qualquer parte do corpo.
A principal forma de reduzir a dose para o paciente é através do posicionamento correto o que
minimiza a necessidade de repetições. A única proteção possível é um avental para a região
gonodal.
MAMÓGRAFOS
REQUISITOS TÉCNICOS
MODOS DE OPERAÇÃO
Exemplos: 25 kV – 80 mAs
27 kV _ 120 mAs (mama densa)
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MAMOGRAFIA
volumosas e em mamas com grandes tumores, a célula deve ser deslocada para a segunda ou
terceira posição. Nas mamas com implante de silicone, se o exame não for realizado no modo
manual, a célula deve ser deslocada.
Questionário
10) De acordo com as normas da Portaria nº453/98 quais são as exigências para adquirir
um mamógrafo?
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MAMOGRAFIA
11) Quais são os três modos de operação de um mamógrafo? Explique cada um deles?
Capítulo 3
MAMOGRAFIA: TÉCNICA RADIOLÓGICA
A mamografia é um exame que utiliza baixo kV e alto mAs, para gerar alto contraste,
necessário na identificação das estruturas que compõem a mama, todas com densidade
semelhante.
Vantagens da compressão:
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INCIDÊNCIAS BÁSICAS
Posicionamento
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MAMOGRAFIA
Posicionamento
Rodar o tubo até que o bucky esteja paralelo ao músculo grande peitoral, variando a
angulação ente 30º e 60º (pacientes baixas e médias de 30º a 50º; pacientes altas,
até 60º)
Feixe perpendicular à margem lateral do músculo grande peitoral.
Paciente de frente para o bucky com o braço do lado examinado fazendo 90º com o tórax;
encaixar a axila e o grande peitoral e a mama para o bucky ( colocar a mama para cima,
“abrindo” o sulco inframamário); rodar o paciente (lado oposto ao exame para fora) e
comprimir.
Centralizar a mama, mamilo paralelo ao filme.
Filme mais próximo aos quadrantes externos.
As mamas devem ser posicionadas de forma simétrica com a mesma angulação.
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INCIDÊNCIAS AVANÇADAS
As incidências avançadas são as incidências ou posições mais comuns realizadas como
extras ou adicionais para demonstrar melhor certas condições patológicas ou partes
específicas do corpo.
Posicionamento
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Posicionamento
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Note: A paciente é girada de modo que o tecido axilar (setas) seja incluído na imagem.
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Posicionamento
Técnica de Eklund
Permite melhor visibilização do parênquima mamário, de mais fácil execução na localização
retropeitoral e não deve ser usada quando há contratura capsular (o implante está fixo
endurecido pela cápsula fibrosa). Consiste em “empurrar” o implante de encontro ao tórax e
“puxar” a mama. A placa compressora comprime a mama livre de quase todo ( em alguns
casos de todo) o implante. De preferência usar o modo manual.
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INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES
São recursos para estudar as alterações detectadas na mamografia e que podem ser
associadas a qualquer incidência.
COMPRESSÃO LOCALIZADA
Indicação:
Estudo de áreas densas e análise do contorno de nódulos.
Nos casos de áreas densas (assimetrias), quando a lesão é de natureza benigna ou
quando representa superposição de estruturas, geralmente ocorre mudança de
aspecto da área densa.
AMPLIAÇÃO
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MAMOGRAFIA
Indicação:
Visibilizar detalhes nas áreas suspeitas e, principalmente, estudar a morfologia das
microcalcificações.
Indicação:
Estudo de lesões nos quadrantes internos, principalmente as localizadas no quadrante
superior interno, próximas do esterno.
Indicação:
Estudo de áreas densas, identificadas na incidência CC.
CLEAVAGE – CV
Indicação:
AXILAR
Indicação:
Suspeita de nódulo na região axilar e que não pode ser visibilizada na incidência médio
lateral oblíqua.
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CAUDOCRANIAL
Indicação:
Mama masculina ou mama feminina muito pequena (se houver dificuldade de realizar a
craniocaudal, face ao pequeno volume da mama).
Questionário
1) O que é mamografia?
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13) Para que serve as seguintes incidências complementares abaixo e relate suas
indicações.
Perfil Interno
Manobra Rotacional
Cleavage
Axilar
Caudo Cranial
Capitulo 4
AMBIENTE DE TRABALHO
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RESPONSABILIDADES
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ARTEFATOS
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MAMOGRAFIA
Mais de 90% dos artefatos são causados pelos próprios técnicos, devido à manipulação
inadequada dos filmes. Esse tipo de artefato, causado por sobras, amassamento ou excesso
de pressão sobre o filme durante a manipulação, antes ou depois da revelação, aparece na
imagem como mancha clara ou escura, em forma de meia-lua. O armazenamento incorreto
das caixas de filmes, na posição horizontal, também é causa de artefatos ocasionados por
pressão.
No caso dos filmes de mamografia, um cuidado extra deve ser tomado no momento em que o
chassi é carregado, pois o filme possui emulsão somente em um dos lados (o lado fosco) e a
orientação correta do filme no chassi é fundamental para a produção de uma boa imagem.
A eletricidade estática pode produzir artefatos em forma de árvore ou coroa, ou como pontos
ou manchas na imagem radiográfica, causada por uma faísca, observada em alguns casos
durante a manipulação do filme. O uso periódico de substância antiestáticas para limpeza dos
écrans e a manutenção do nível de umidade na sala escura em torno de 50% podem auxiliar
no controle desse problema.
A câmara escura deve ser limpa para evitar que poeira ou outros materiais entrem em contato
com o écran ou com os filmes, favorecendo a formação de inúmeros artefatos. Para verificar
a presença de poeira ou danos na tela intensificadora, pode-se utilizar uma lâmpada de luz
ultravioleta, que faz com que defeitos no écran, não visíveis a olho nu, possam ser
visualizados.
Danos no chassi também são causas comuns de artefatos. Problemas como rachaduras ou
amassamentos na superfície, danos nas dobradiças ou nos fechos e ar ou substâncias
estranhas entre a superfície do écran e filme prejudicam a boa formação da imagem.
O mal funcionamento da grade antidifusora proporciona uma imagem final gradeada, na qual
podem ser observadas listras ocasionadas pela imobilidade ou movimentação inadequada da
grade.
A luz de segurança da câmara escura também pode ser um elemento causador de artefatos.
O filtro deve estar íntegro e a potência da lâmpada deve ser adequada ao filtro utilizado, a fim
de evitar o velamento dos filmes.
Os artefatos causados por processadoras automáticas podem ter duas origens: problemas
nas soluções químicas ou problemas no transporte dos filmes. Rolos sujos causam marcas
de ou arranhões nos filmes, que se repetem de maneira sistemática, independentemente da
posição em que o filme for inserido na processadora. Por isso, esse tipo de artefato pode ser
facilmente detectável.
ROTINAS DE MANUTENÇÃO
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MAMÓGRAFO
PROCESSADORA
Manutenção Semanal
Limpeza completa, com retirada dos rolos e lavagem com esponja tipo 3M e sabão
neutro (sabão de coco);
Lavar o interior da processadora com esponja tipo 3M e sabão neutro;
Montar as partes da processadora que foram removidas e limpas, encher o tanque de
lavagem e ligar a processadora.
Manutenção Diária
A manutenção diária deve ser feita pela manhã de acordo com a seqüência abaixo:
Pela manhã
Ligar a processadora, esperar 15 minutos;
Abrir o registro de água;
Passar três filmes virgens, não expostos, com o objetivo de garantir que a processadora
não está causando artefatos de imagem ou marcas de rolo.
No final do expediente
Desligar a processadora;
Abrir a tampa superior e deixá-la semi-aberta;
Fechar o registro de água;
Desligar a chave de energia elétrica da processadora.
CHASSIS E ÉCRANS
Cada chassi deverá ser identificado com a data do início de uso. A limpeza dos écrans deve
ser realizada diariamente (e sempre que for necessária), com auxílio de compressa
cirúrgica limpa e seca.
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CÂMARA ESCURA
A limpeza da câmara escura deve ser rigorosa, realizada diariamente, para evitar o acúmulo
de poeira.
A vedação deve ser sempre verificada e o filtro da lanterna de segurança deve ser
específico para filmes sensíveis à luz verde.
Recomenda-se o seguinte material para limpeza: pano tipo Perflex, esponja tipo 3M, pano
de limpeza, compressa cirúrgica para limpeza dos écrans, duas jarras de plástico de 2 litros
de capacidade e com a marcação de volume, um bastão de plástico para misturar o
revelador, um bastão de plástico para misturar o fixador.
No final de cada mês, os filmes são separados pelo tipo de erro (técnica inadequada,
posicionamento incorreto, processadora com problema etc.), sendo possível assim
identificar a causa das perdas e tentar corrigi-las, na área específica.
Cada técnico do serviço de mamografia deverá ter um código (número, letra), que será
colocado no numerador, permitindo identificar o autor do filme perdido, com finalidade
educativa (jamais punitiva).
As causas mais comuns de perda de filme estão relacionadas com a paciente (movimentos,
biótipo), com a técnica (posicionamento inadequado, identificação incorreta, técnica
radiológica inadequada), com o aparelho (grade fixa, falta de constância do controle
automático de exposição, falta de regulagem no sistema de compressão), artefatos de
manuseio (riscos no filme, marcas de dedo), velamento do filme, defeitos no écran
(arranhão, falta de contato com o filme), defeitos de revelação (marcas de rolo, resíduo de
químico, sub-revelação). Admite-se perda de até 5% dos filmes utilizados.
Questionário
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MAMOGRAFIA
8) Como deve ser feita a limpeza dos chassis, écrans, câmara clara e escura?
11) Por que a eletricidade estática pode causar artefatos nos exames mamográficos?
REFERENCIAS
Bibliografia Básica:
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