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Curuçá é uma cidade fascinante, onde inicia sua história no ano de 1652 com a chegada
dos padres JesuÃtas da Companhia de Jesus que vieram de Portugal para catequizarem essa
região, e guarda uma das mais ricas manifestações culturais do Pará. Suas lindas praias
e rios de águas cristalinas encantam quem vem desfrutar desse paraÃso amazônico no litoral
atlântico paraense. Mas esse paraÃso é muito frágil e precisa de pessoas que ajude na
sua conservação. Por esse motivo no ano de 2006, alguns jovens curuçaenses se
reuniram com o Sr. João Meirelles do Instituto Peabiru e discutiram idéias de se organizar
uma juventude consciente, e lhes ofereceu um curso de Monitores de Ecoturismo e de Agentes
Ambientais, realizado pelo mesmo instituto e patrocinado pela Petrobras e Governo Federal.
Depois da realização do curso, alguns desses jovens reunião-se constantemente para
discutirem, estudarem e também procuravam descobrir o que realmente queriam. E como
surpresa para o Instituto Peabiru, esses jovens, filhos de pescadores, agricultores e
educadores de Curuçá, se organizaram e criaram o Instituto Tapiaim que tem como alguns
de seus objetivos, Promover o Ecoturismo de Base Comunitária na Reserva Extrativista Mãe
de Curuçá, Resgatar a cultura, a história e a conservação do meio ambiente. O trabalho
que o Instituto Tapiaim está realizando no momento é o Ecoturismo de Base Comunitária,
com excursões para a praia da Romana, trilhas na comunidade de Murizinho, nas
comunidades de Recreio e Pedras Grandes na Ilha de Fora e outras. A Romana ficou mais
conhecida através de ações de turismo de base comunitária. Em parceria com a Casa da
Virada, projeto da ONG Instituto Peabiru, a comunidade criou roteiros de ecoturismo e
contribuiu para a fundação do Instituto Tapiaim, que organiza as trilhas e conduz os
visitantes na Reserva Extrativista Mãe Grande, mostrando as belezas e riquezas do mangue
e a cultura dos pescadores e catadores de caranguejo que vivem no local. A iniciativa é tão
pioneira que representantes do Instituto Tapiaim, todos curuçaenses, foram participar no
mês de julho de 2009, do IV Salão de Turismo Anhembi, em São Paulo. O trabalho
realizado em Curuçá atraiu o interesse de muitas pessoas e também especialistas da
área. O Instituto Tapiaim é um dos 50 projetos de turismo de base comunitária
selecionados para receber apoio do Ministério do Turismo. Com menos de um ano de
trabalho, o Instituto Tapiaim já levou para a Praia da Romana aproximadamente 100 turistas.
Cerca de 70% foram estrangeiros. O primeiro grupo foi de estudantes canadenses. Os roteiros
são comercializados por duas operadoras de ecoturismo, a Estação Gabiraba de Belém
e o Turismo Consciente de São Paulo. Os monitores do Tapiaim conduzem os visitantes nas
trilhas, preparam a hospedagem e mostram como se vive na região. Os passeios incluem
almoço de comidas regionais com a comunidade, banho de igarapé e praias, passeio pelo
mangue e parada para ver gaivotas, maçaricos e gaviões. É possÃvel conhecer
também a produção artesanal da farinha. A hospedagem é feita em casas rústicas,
mas bem preparadas para receber os turistas. É uma experiência de imersão na cultura de
pescadores, catadores de caranguejo, marisqueiras e pequenos agricultores.
09/12/2009
Clubes sociais negros no Brasil
Comentário de Hugues de Varine: CLUBES SOCIAIS NEGROS: LUGARES DE
SOCIABILIDADE DAS ELITES NEGRAS URBANAS NO Artigo publicado na Revista Mix
Idéias – Diário de Santa∗PERÍODO PÓS-ABOLIÇÃO Maria, em 8 e 09 de agosto de 2009.
Giane Vargas Escobar (*) / Júlio Ricardo Quevedo dos Santos (**) Os Clubes Sociais Negros
são espaços associativos do grupo étnico afro-brasileiro, originário da necessidade de convívio
social do grupo, voluntariamente constituído e com caráter beneficente, recreativo e cultural,
desenvolvendo atividades num espaço físico próprio. (Oliveira Silveira ∗∗(1) e Comissão
Nacional de Clubes Sociais Negros, fevereiro de 2008). * Especialista em
Museologia/UNIFRA, Mestranda em Patrimônio Cultural/UFSM, Diretora Técnica do Museu
Treze de Maio/Santa Maria/RS, representante da Comissão Nacional de Clubes Sociais
Negros/RS/SEPPIR, ativista do Movimento Docente do Departamento de∗∗∗Negro. E-mail:
giane.vargasescobar@gmail.com ** História e do Mestrado em Patrimônio Cultural da
Universidade Federal de Santa Maria; Doutor em História Social pela USP, orientador do
Projeto da acadêmica do Mestrado em Patrimônio Cultural/UFSM, Giane Vargas Escobar,
intitulado: “Clubes Sociais Negros: lugares de memória, resistência negra, patrimônio e
potencial”.
A origem dos Clubes Sociais Negros é anterior a abolição da escravatura, em 1888. Podemos
citar o “Floresta Aurora” de Porto Alegre, Clube Social Negro mais antigo do país, em atividade,
fundado em 1872. Eles surgiram como um contraponto a ordem social vigente, além de
constituírem-se num local de sociabilidade e de lazer para a população negra, que era
impedida de freqüentar os tradicionais “clubes sociais brancos”. Além disso, tinham como
objetivo angariar fundos para o pagamento da liberdade dos trabalhadores negros
escravizados, auxiliar nas despesas com funeral e na educação de seus associados, atuando
de forma incisiva na luta contra a escravidão e a discriminação racial. A maior parte destes
espaços, que se proliferaram pelo país, como um espaço demarcador de “fronteiras étnicas”
são encontrados também em Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, sendo
construídos e idealizados, em especial, no período pós-abolição. O Rio Grande do Sul é a
maior expressividade deste segmento, com 53 Clubes Sociais Negros, mapeados e
cadastrados pelo Museu Treze de Maio de Santa Maria/RS, através de pesquisa realizada no
período 2006-2009. Os grupos étnicos são vistos, segundo Barth (1998, p. 30) como uma
forma de organização social e dessa maneira definir-se enquanto pertencente a um grupo
étnico, pressupõe a característica da “auto-atribuição e atribuição por outros” a uma categoria
étnica. Nesse sentido, na medida em que as pessoas se utilizam das identidades étnicas para
se auto-identificar ou ainda identificar a outros, com objetivos de interação, eles formam grupos
étnicos organizacionais. Assim, os Clubes Sociais Negros constituíram-se enquanto “lugares”
de distinção de uma “raça”, dos negros empoderados pela mobilidade social proporcionada
pelo trabalho remunerado viabilizado, em especial, pelo advento da Ferrovia, que impulsionou
e desenvolveu o Brasil ao longo dos séculos XIX e XX, permitindo aos trabalhadores negros
também construírem os seus espaços de poder e de sociabilidade. É importante ressaltar que
“raça” no sentido biológico do termo não existe, mas ela prevalece sob o ponto de vista de uma
construção histórica, cultural e política das elites dominantes que se utilizam de um discurso
racial para manipular ideologicamente as diferenças fenotípicas entre os grupos humanos, de
maneira a legitimar a dominação das “raças” supostamente superiores sobre as “raças”
supostamente inferiores, impedido assim que determinados grupos como negros e indígenas,
tenham mobilidade social em uma sociedade que se diz pluriétincia e multicultural como a
sociedade brasileira. Estudar e refletir sobre “raça” é importante, pois não é um “dado
absoluto”. Segundo Zanini, em “Por que “raça”? (2007, p. 6) para a Antropologia, talvez, a
riqueza resida justamente nessa multivocalidade classificatória que o termo “raça” invoca em
diferentes contextos. Mas que elite negra era essa? Uma elite de um grupo discriminado? Uma
elite que não tinha acesso aos mesmos lugares que seus pares profissionais, embora tivessem
um nível econômico visivelmente superior ao da maioria dos negros da época? Talvez,
conforme afirma Giacomini, em a Alma da Festa (2006, p. 92-93), “uma elite que somente se
afirma na solidão, separada dos brancos por imposição destes, separada dos demais negros
por exigência do próprio projeto de afirmação da distinção”. OS CLUBES SOCIAIS NEGROS
DO BRASIL E A APROVAÇÃO DE DEMANDAS HISTÓRICAS NA II CONAPIR 2009 A II
Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, realizada em Brasília no período de
25 a 28 de junho de 2009, foi um marco histórico para os Clubes Sociais Negros do Brasil, pois
deu visibilidade, avalizou e respaldou as principais diretrizes e demandas construídas durante o
I Encontro Nacional de Clubes e Sociedades Negras realizado em Santa Maria, em 2006. Em
2005, por ocasião da I Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, foi deliberado
pela necessidade de ações que viessem a promover e salvaguardar os espaços dos Clubes e
Entidades Sociais Negras, tendo em vista a maior parte desses organismos revelarem
sintomas de debilidade, desestruturação, problemas de gestão e perigo de desaparecimento, a
exemplo de tantos que sucumbiram. Diante deste cenário, é que em 2006, numa iniciativa do
Governo Federal, através da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
– SEPPIR, Museu Treze de Maio e Prefeitura Municipal de Santa Maria ocorreu neste
município, o I Encontro Nacional de Clubes e Sociedades Negras. Neste Encontro foram
construídas e deliberadas as principais demandas para a preservação e salvaguarda dos
espaços dos Clubes Sociais Negros descritas na “Carta de Santa Maria” (2006); além da
constituição de uma Comissão Nacional dos Clubes Sociais Negros, que no decorrer desses
três anos vem realizando ações para o encaminhamento das demandas levantadas e descritas
nesta Carta. Durante a II CONAPIR, a delegação gaúcha - com representantes de quilombos,
clubes sociais negros, comunidades de terreiro e lideranças do movimento negro realizou uma
série de reuniões com representantes do Governo Federal e Estadual, mobilização que
garantiu uma agenda com o Ministro Edson Santos e sua posterior presença no Estado do RS
no segundo semestre de 2009. Cerca de 1500 participantes presentes na II CONAPIR 2009
aprovaram na íntegra as demandas apontadas pelos Clubes Sociais Negros, que foram para o
Relatório Final da Conferência, dentre elas destacamos: • Garantir o reconhecimento aos
Clubes Sociais Negros, como Patrimônio Histórico e Cultural Afro-Brasileiro, com
encaminhamento para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN e
Fundação Cultural Palmares, conforme os Artigos 215 e 216 da Constituição Federal de 1988; •
Garantir aos Clubes Sociais Negros a implementação de ações afirmativas a serem
desenvolvidas nos clubes e sociedades negras, como: inclusão digital, geração de trabalho e
renda, esporte, reforço escolar, curso preparatório para concursos e pré-universitário,
contemplando a comunidade negra, em todos os níveis de ensino – alfabetização,
fundamental, médio e superior; • Garantir ao movimento Negro e aos Clubes Sociais Negros
capacitação de gestores nas áreas de administração, planejamento estratégico, de museologia
comunitária e elaboração de projetos, através de cursos específicos para captação de recursos
e o cumprimento da legislação fiscal vigente; • Criar Edital específico para mapeamento do
patrimônio material e imaterial dos Clubes Sociais Negros dentro do Programa Nacional do
Mapeamento do Patrimônio Imaterial/IPHAN, Cultura Viva - Pontos de Cultura/Ministério da
Cultura/MinC; • Criar, no Ministério da Ciência e Tecnologia, políticas de ações afirmativas nas
instituições de ensino para o Movimento Negro, Clubes Sociais Negros e que contemple os
pesquisadores negros com: inclusão digital, geração de trabalho e renda, esporte, reforço
escolar, curso preparatório para concursos e pré-universitário, em todos os níveis de ensino
alfabetização, fundamental, médio e superior. Em outubro de 2009, deverá ocorrer na cidade
de Sabará – MG, o II Encontro Nacional de Clubes Sociais Negros, que está sendo articulado
pelo Governo Federal/SEPPIR, Comissão Nacional dos Clubes Sociais Negros (2) , Prefeitura
Municipal de Sabará, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas e PUC –
Minas. Espera-se com este Encontro dar continuidade aos programas, projetos e ações
coletivas, ganhando visibilidade e força, no sentido de reafirmar-se enquanto importante
política social do Governo Federal no âmbito das relações étnico-raciais e de promoção da
igualdade, bem como vislumbrar o reconhecimento destes “lugares de memória e resistência
negra”, enquanto Patrimônio Cultural Afro-Brasileiro. (1) Poeta, escritor, ativista do Movimento
Negro, idealizador do “20 de Novembro” como Dia Nacional da Consciência Negra e
idealizador do Movimento Clubista. (2) A Comissão Nacional de Clubes Sociais Negros foi
instituída em novembro de 2006, durante o 1º Encontro Nacional de Clubes Sociais Negros,
sendo representada pelos seguintes Clubes/Estados: Sociedade Cultural Beneficente Floresta
Aurora/RS – Luis Alberto da Silva; Museu Treze de Maio/RS - Giane Vargas Escobar; Clube 28
de Setembro/SP – Kelly Cristina da Silva; Instituto Mundo Velho/MG – Kelly Cardozo; Clube 25
de Dezembro/SC – Armando Romualdo Farias e Renascença Clube/RJ – João Carlos Martins.
A representante da SEPPIR é a Técnica em Assuntos Culturais, Renata Melo Barbosa e até
1º/01/09, atuava ativamente como interlocutor junto à SEPPIR, o poeta e escritor Oliveira
Silveira, que veio a falecer nesta data. ____________________________________
Referências Bibliográficas: BARTH, Frederik. Grupos Étnicos e suas Fronteiras. IN: Teorias da
Etnicidade. POUTIGNAT, Philippe et al. São Paulo: UNESP, 1998. p. 187-227. GIACOMINI,
Sonia Maria. A Alma da Festa: família, etnicidade e projetos num clube social da Zona Norte do
Rio de Janeiro – o Renascença Clube. Belo Horizonte: Editora UFMG. Rio de Janeiro: IUPERJ,
2006. 308 p. PAIM, Lisandro. Clubes Sociais Negros aprovam demandas históricas na II
CONAPIR. Jornal de Gravataí. Rio Grande do Sul, 9 jul. 2009. p. 12. ZANINI, Maria Catarina
Chitolina, (org.). Por que “raça”?: breves reflexões sobre a questão racial, no cinema e na
antropologia. Santa Maria: Ed. UFSM, 2007. 280 p. QUEVEDO, Julio; DUTRA, Maria Rita Py
(orgs). Nas Trilhas da Negritude: consciência e afirmação. Porto Alegre: Martins Livreiro-Editor,
2007. 184 p.
17/11/2009
Guimarães Rosa escreveu que o importante não é a partida nem a chegada, mas sim a
travessia. E que travessia! Por mais que se faça um relato minucioso, ainda séria impossível
descrever a riqueza da experiência que foi a Expedição pelo Velhas 2009 - encontros de um
povo com sua bacia. A começar pela equipe de mais de 100 pessoas, de diferentes áreas do
conhecimento, que compartilharam um sentimento único de trabalho coletivo em prol da bacia
do Rio das Velhas, consolidando na prática uma ideia de transversalidade e de universalidade.
0 que dizer da participação efusiva e efetiva das comunidades da bacia, membros de núcleos e
comitês e das escolas que estiveram presentes em todos os eventos, reunindo milhares de
pessoas ao longo dos 22 pontos de parada da Expedição? Não podemos deixar de mencionar
o apoio do governo do estado, das prefeituras e das empresas. Os FestiVelhas, com a
participação voluntária e vigorosa de movimentos culturais e de artistas, celebraram a
vitalidade cultural do povo do Rio das Velhas. As miniexpedições, partindo de diferentes
localidades, foram fundamentais para consolidar os encontros de um povo com a sua bacia. Os
sinais de melhoria do Rio das Velhas e do cumprimento das etapas estabelecidas pela Meta
2010 já puderam ser constatados. A principal e mais visível comprovação foi a volta do peixe
ao Rio. Os pescadores relatavam a presença abundante de matrinxãs e dourados. As crianças
nadavam na região do médio e baixo Velhas. 0 povo estava encantado com o Rio. A Meta
2010 já é um sucesso do médio Velhas até o rio São Francisco, que também é revitalizado
recebendo águas mais límpidas. Consolidamos a ideia de que é possível revitalizar um rio e um
povo, e que as águas são capazes de avaliar os resultados das políticas públicas, das práticas
ambientais das empresas, da agropecuária e da sociedade. Reafirmamos a ideia de que com
saneamento podemos promover a qualidade de ambiente, de vida e saúde. Redefinimos um
território de ação que rompe as fronteiras políticas, administrativas e ideológicas: a bacia
hidrográfica. Mostramos que, apesar da degradação ambiental e ética, outra lógica é possível,
baseada na solidariedade humana e planetária. Estamos mudando a história de um rio e de um
povo. Estamos tirando o Velhas da categoria de esgoto e requalificando-o na catégorie de rio
para navegar, pescar e nadar. A revitalização é irreversível. Mas nos queremos mais!
Queremos nadar na Região Metropolitana de Belo Horizonte e para isso se faz necessário
melhorar a situação do Ribeiro da Onça, fazer a desinfecção das águas que saem das
Estações de Tratamento de Esgoto de Belo Horizonte e o tratamento em Sabará e Sete
Lagoas. As bandeiras da Expedição foram o Planeta Terra e a Meta 2010, representando um
compromisso sem fronteiras, que não observa os limites geográficos e envolve propostas de
ações em todo o mundo. Que os esforços relativos à revitalização da bacia do Rio das Velhas
sejam capazes de desencadear processos semelhantes em outras bacias de Minas, do Brasil e
do Planeta Terra.
03/10/2008
Reconhecer, valorizar e transmitir a cultura
Guarani
Reconnaître,valoriser et transmettre laculture guaranie
Contact: laboiterougevif@yahoo.commailto:Elisabeth_Kaine@uqac.ca
Resumo
Esse projeto inovador, iniciado por La Boîte Rouge vif, visa criar uma oportunidade para o
intercâmbio de conhecimentos e técnicas, bem como fomentar uma inspiração entre as
culturas indígenas canadense e brasileira. Esse projeto torna possível aos Guarani do Rio de
Janeiro beneficiarem-se da expertise desenvolvida por La Boîte Rouge vif na retomada da
gestão de seu patrimônio. Bem como da expressão da identidade indígena em uma
perspectiva de valorização cultural e desenvolvimento sustentável. Através de um inventário
participativo, os membros das comunidades Guarani são convidados, na primeira etapa, a
identificar os elementos de seu patrimônio cultural que desejam perpetuar, sejam eles materiais
ou imateriais. Na segunda etapa, os Guarani valorizam esses elementos através de diferentes
métodos de conservação e divulgação (fotografia,vídeo,materiais sonoros, etc)
Résumé
Ce projet novateur, initié par La Boîte Rouge vif, vise à créer une occasion d'échange
d'expertises et à favoriser une émulation entre des communautés autochtones canadiennes et
brésiliennes dans le domaine de la préservation du patrimoine culturel, de la muséologie
communautaire et de la création (design, photographie, vidéo). Ce projet vise à permettre aux
Guaranis de Rio de Janeiro de bénéficier de l'expertise développée par La Boîte Rouge vif dans
la reprise en main par les communautés autochtones de la gestion de leur patrimoine et
l'expression de leur identité dans une perspective de valorisation culturelle et de développement
durable. Par le biais d'un inventaire participatif, les membres des communautés guaranies sont
amenés, dans un premier temps, à identifier les éléments de leur patrimoine culturel, matériel et
immatériel, qu'ils désirent perpétuer et, dans un deuxième temps, à les mettre en valeur par le
biais de divers outils de conservation et de diffusion (photographie, vidéo, bande sonore, etc.)
Introdução
...........Para marcar as comemorações dos 180 anos da Imigração e Colonização Alemã no Rio
Grande do Sul, e os 160 anos da chegada dos primeiros imigrantes a Picada Café, o
Município, através da sua Secretaria de Educação, Cultura, Desporto e Turismo, decidiu
incrementar as ações de caráter histórico e cultural, investindo em Educação Patrimonial1,
tendo como meta a instalação de um Museu de Rua, ensaio para a criação de um Museu
Municipal. Para tal, foi contratada uma consultora que, pautada na proposta pedagógica e na
filosofia de trabalho educacional do município, traçou um piano de ações educativas e de
implementação dos Museus.
Nos últimos anos tem-se tornado "moda" criar e inaugurar museus em praticamente todos
os municípios do interior do Estado. Geralmente, eles nascem ocupando uma sala junto à
biblioteca ou à própria Secretaria de Educação, e reúnem uma coleção de objetos antigos da
comunidade. No conjunto, eles se parecem muito2, tanto no seu acervo como na sua
organização. Quase todos enfrentam problemas de manutenção e pessoal técnico com um
mínimo de conhecimento para gerenciá-los. A falta de pessoal não esta necessariamente
relacionada à inexistência de pessoas capazes de trabalhar num museu - em muitos municípios estão
atuando professores com licenciatura em Historia, o que tem tornado esses espaços mais
dinâmicos, interessantes e interativos - senão na falta de recursos das prefeituras em manter um
corpo profissional mais qualificado.
Essa situação tem nos levado a trabalhar com a idéia de que esses pequenos museus
podem ser ativados e dinamizados através da intervenção das escolas - ou seja, se
subsidiamos o corpo docente com técnicas e metodologias de pesquisa, princípios básicos de
museologia e museografia, eles, junto com seus alunos, e outros voluntários da comunidade,
podem tratar de manter o museu não sô organizado, mas com permanentes "novidades"
através de exposições temporárias. Assim, além do trabalho na escola ser desenvolvido com
sentido e significado, porque parte da realidade da criança, esse trabalho tem uma repercussão
imediata na comunidade através da ativação do museu local.
Pode parecer que estejamos constituindo uma concorrência ilícita com profissionais e
especialistas da área. Mas não é o caso. Como sabemos das limitações financeiras das
administrações públicas e dos poucos recursos da iniciativa privada, disponíveis nas pequenas
comunidades, estamos, antes, pensando em alternativas de trabalho para esses profissionais -
ou seja, através de consórcios de pequenos municípios, podem ser contratados profissionais e
técnicos da aérea de museus (e arquivos, se for o caso) para trabalhar como facilitadores e
consultores, garantindo, assim, a idoneidade do trabalho. Nesse sentido, estamos propondo a
reunião de esforços e recursos para tratar da guarda, manutenção e divulgação de acervos culturais
locais e, em decorrência, ampliar o campo de trabalho para especialistas. Estamos, também,
"convocando" a comunidade a assumir, de forma sistemática, voluntária e co-operativa, a
responsabilidade pela sua história e sua memória, uma vez que a base, sobre e através da qual
se faz qualquer preservação e continuidade cultural, é a comunidade5. Como escreveu Miriam
Arroyo de Kerriou,
O museu comunitário devolve a palavra àqueles que têm silenciado e que têm
tanto a dizer, cuja história tem sido escrita por outras. Neste sentido se resgatam os
testemunhos e a história oral que foram passados de boca em boca através do
tempo com os mesmos significados. Este museu é participativo e de autogestão, é
a própria comunidade que decide onde deve estar localizado, o que deve conter e
como expressá-lo. Acaba por ser muito específico porque responde a seus próprios
recursos e interesses6.
Em Picada Café, convergiram vários elementos para que, com a Secretaria de Educação,
professores e professoras, alunos e alunas, fosse possível ir construindo a idéia de um Museu
Comunitário, pois, além da preocupação com a preservaç&o da memória e cultura local, o
Município esta integrado, desde o ano de 2000, ao Programa de Educação Cooperativa, A
União Faz a Vida7. Isso significa que, há quatro anos, vem sendo trabalhado, nas escolas, o
espírito cooperativo, solidário e de ajuda mútua e isso, numa comunidade que por tradição e
história vive o cooperativismo. Esses princípios são fundamentais para se pensar um Museu
Comunitário.
1
Esse termo foi usado pela primeira vez, no Brasil, por Maria de Lourdes Parreiras Horta, no I Seminario sobre Uso
Educacional de Museus e Monumentos, em Petrópolis, em 1983. Ver, também: HORTA, Maria de Lourdes Parreiras;
GRUNBERG, Evelina; MONTEIRO, Adriane Queiroz. Guia básico de educação patrimonial. Brasília: Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 1999. No entanto, não nos remetemos à sua metodologia, embora ela conste
em nossas indicações bibliográficas.
2
Nos seminários que realizamos no interior do Estado, pelo Programa A União Faz a Vida, entre os anos de 1996 e 2002,
sugerimos que os museus locais fossem temáticos, enfatizando o que é mais próprio de cada município; e que
regionalmente os museus fossem complementares.
3
Participaram do agenciamento do Museu, além de técnicos do 1PHAN de Porto Alegre, técnicos do Museu Imperial e do
Museu Nacional, do Rio de Janeiro.
4
Ver SPERB, Ângela Tereza; RAMOS, Eloísa Capovilla da Luz. Estudos Sociais: Memória e cotidiano. In: F1ALKOW,
Miriam Zelzer (Coord.). A união faz a vida. Educação cooperativa: subsídios para professores de 1° grau. São
Leopoldo: UNISINOS, 1995.
5
Idem, p. 146-147.
6
KERRIOU, Miriam Arroyo. Museu, patrimônio e cultura: reflexões sobre a experiência mexicana. In: SÂO PAULO
(cidade); SMC, DPH. O direito à memória: Patrimônio histórico e cidadania. São Paulo: DPH, 1992. p. 96.
7
Esse programa de Educação Cooperativa é promovido pelo Sistema de Crédito Cooperativo do Rio Grande do Sul -
SICREDI.
8
Veja-se SESSA, Alberto. Turismo e política de desenvolvimento. Porto» Alegre: UNIONTUR, 1983. p. 36 e ss.
9
O Projeta Caminhos e Trilhas objetiva uma educação voltada para o turismo.
10
ALVAREZ, Rubén del Valle. El turismo en la política cultural latinoamericana. In: ICOM. Museus, patrimonio y turismo cultural.
Paris: Franly, 2001. Tradução nossa.
02/02/2009
Buscar el equilibrio social y eliminar cualquier tipo de diferencia racial que llegue ha existir entre
las culturas, es uno de los objetivos principales que buscan los museos comunitarios, señaló el
representante del Ecomuseo de Santa Cruz, Río de Janeiro, Brasil, Bruno Cruz de
Almeida. ................................................. http://www.imparcialenlinea.com/?
mod=leer&id=72632&sec=cultura&titulo=Museos_comunitarios,_luchan_contra_exclusi
%C3%B3n_social
21/08/2008
Contact: museutrezedemaio@yahoo.com.br
O Museu Treze de Maio tem uma concepção diferente. Inspirado na nova museologia, tem
como objetivo ser um espace para o dialogo, para o lazer, para a transformação e educação.
Assim, o Museu Treze de Maio tem por missão pesquisar, coletar, preservar e difundir o
patrimônio material e imaterial do povo negro na região central do Estado do Rio Grande do
Sul, atuando como agente de transformação e afirmação da identidade negra no sul do país. O
MTM e a AMTM promovem atividades como reuniões do movimento negro, projetos artístico-
culturais e oficinas, tais como: dança afro, capoeira, percussão, dança de rua, artesanato,
culinária afro-brasileira, viabilizando a participação da comunidade como agente ativo das
ações.
A primeira publicação do MTM foi lançada em 13 de maio de 2003. A obra "Os Problemas de ]
únior", da escritora Maria Rita Py Outra, foi feita especialmente para crianças e tem um
enfoque na negritude, tendo como referência à Lei 10.639/03, que trata do ensino da história e
cultura africana e afro-brasileira no currículo escolar.
Outras obras foram editadas com a finalidade de contribuir com o processo educativo e
conscientizar a população.
Reconhecimento
Associação
Tombamento
No 101° aniversário da Sociedade Treze de Maio (13/05/2004) foi realizado ato solene do
tombamento provisório do prédio do MTM, no gabinete do Prefeito Municipal Valdeci de
Oliveira. Em 21/12/2004, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul reconheceu o prédio do
MTM como bem integrante do patrimônio cultural e histórico do Estado do Rio Grande do Sul.
Neste mesmo mês, o Poder Executivo Municipal homologou o tombamento municipal do prédio
do Museu.
Equipe Técnica
No ano de 2003, tomou posse a Equipe Técnica responsável pelo Projeto Museológico,
captação de recursos, promoção, financiamento, fomenta e resgate do patrimônio histórico-
cultural da comunidade negra, promovendo a visibilidade, a valorização e fortalecimento do
Museu enquanto um lugar de memória, identidade e resistência negra.
20/05/2008
Aponto aqui algumas considerações a partir do que observei no encontro que levou ao México
representações de vários países de diferentes continentes, a partir também da minha
comunicação na Mesa Redonda 12 – Educación y ética para sociedades sustentables-
Ecomuseos y museos comunitários: procesos de apropiación /gestión del patrimônio para el
desarrollo local y comunidades sustentables.
Odalice Priosti
Contact: odalice@openlink.com.br
As Mesas Redondas e Posters contemplaram muitos outros casos exitosos em vários países
como Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Paraguai, Cuba, Venezuela, Honduras, Costa Rica,
Canadá, Estados Unidos, Espanha, Malásia, Índia, Nigéria, Sudão e México, que concentrava
a maior parte das comunicações, quer por iniciativas universitárias, quer por outras
organizações da sociedade civil. Com uma grande ênfase na Educação Ambiental formal e
informal , na importância das informações para criar o sujeito e para a tomada das decisões ,
das capacitações para uma participação responsável, o voluntariado como estratégia de
Educação Ambiental, a comunidade participativa (e não “participassiva”) e autônoma , sem
depender de recursos de fora, ações locais para vencer os problemas, enfrentando desafios
sociais, econômicos e ecológicos em conjunto. Enfim, conclui-se que para um mecanismo ou
experiência tornar-se exitosa são necessárias : a motivação da população envolvida, com a
participação de técnicos para a conscientização da situação, a co-adaptação do social (o
social faz parte do ambiente ) e a instituição de uma organização.
21/05/2010
Extrato da Justificativa O bairro da Lomba do Pinheiro situa-se entre os oito descritos como os
de mais alta vulnerabilidade social de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Até meados do século
XX se constituía numa área rural, voltada à produção agrícola e criação de animais. Porém
desde a década de 1950 enfrenta forte processo migratório, tendo se transformado hoje como
uma região de maior crescimento populacional da cidade. Em consequência, é um dos bairros
mais carentes da cidade, com marcado grau de exclusão social em todas as fatias etárias.
Atrelada a isso, a auto-estima e o sentido de pertença da comunidade é muito baixo: as
pessoas têm vergonha de pertencerem ao bairro e, assim que podem, trocam de endereço.
Para reverter essa situação, em 1998 foi criado o IPDAE - Instituto Popular de Arte e
Educação, voltado à construção de alternativas inclusivas para o bairro, e, com ele, nasceu o
Museu da Lomba do Pinheiro. Este, desde sua criação, realiza diferentes linhas de ação
cultural, educativa e de comunicação inerentes à sua condição de museu comunitário cujos
resultados o transformaram em espace de referência, apoio e segurança para a comunidade. A
fim de ampliar o seu raio de ação, o Museu buscou parcerias com diferentes unidades da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Entre elas, situa-se a presente proposta, de
criação do Programa Lomba do Pinheiro, memória, informação e cidadania, que reúne o Museu
ao o recém criado curso de Museologia. Trata-se de uma iniciativa que prevê, sob a forma de
um programa de extensão universitária, a aplicação, no âmbito do Museu, de atividades
práticas vinculadas a diferentes disciplinas do currículo do curso de Museologia, voltadas ao
alcance de objetivos tanto acadêmicos, quanto comunitários. Desse modo, se constitui numa
forma de operacionalização do compromisso social da universidade com o desenvolvimento e
inclusão social e cultural das periferias urbanas. Ao permitir a integração entre o ensino e a
extensão numa ação comunitária, se constitui na primeira oportunidade para que os alunos do
recém criado curso de Museologia possam estabelecer as necessárias relações...
18/03/2010
09/02/2010
25/12/2009
Ecomuseu de Maranguape
Comentário de Hugues de Varine: O Ecomuseu de Maranguape tem a missão de promover
uma ação integradora através de estratégias que contemplem a identificação de elementos
culturais, a conservação desses elementos na educação cultural da comunidade e dos
visitantes do distrito de Cachoeira. Ver a presentação completa no site Contact Tel:
(85)3341.1323 E-Mail: ecomuseu@ecomuseudemaranguape.org.br
12/10/2009
22/05/2009
01/04/2009