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Andre Gunder Frank ACUMULACAO DEPENDENTE E SUBDESENVOLVIMENTO repensando a teoria da dependéneia Mespias lp Glows. 0 editora brasiliense 1980 1 Questdes Introdutérias FRERC AG Dee Bappiedis > ‘ SY Hes: So | Ente lvoe estas quests introdutérias constitvem uma tents tiva de romper o cree viloso da “tcorin deseuvolvimentista™ ‘A imairia dos teGricos desenvolvimentistae contemporincos, sto sooclssons, sto apanhados em um eireuloviioo ‘pro: \duzido por ele mésmos ao argumentarem que os pobres #30 | Pobres porgue sto pubves,« que oF rior s40 ices porque slo ‘eos (Myrdal, 1957) Para alguns economists @ armnadihn do baio nivel dé equilibria (Leibenstein) manifetase através de } ‘ums demanda Keynesiana ou pelo lado das tronas de mercado? ‘amo as pobres no podem pagar, os rics nfo heram a0 lave tir,eos pobre continuam pobres: cents socials em socio teria dele stents ste 0s pobres permanecem pobres porque Ihes flla capital Sentida empresariale outras earacteristcas soci, cultural, | scogiese politieas que, suptem esses terico,caracterizam ‘0s piss capitalists industrilizadose que, portant, suponta ‘mente slo necessirias para a investinento eo deseuvalvimento Presos em um estrelto cirnlovicioro de sus Prbprin cago, 6 ‘qual define efetivamente os imitestedrios Sua propria cist videde mas que nlo corresponde 4 realidade do desenvalviment> i © do subdesenvlvimento, a msiora dot tacos contempor ‘eos € totalmente incapaz de expliar(@ os planejadores poll {isos, ainda menos, de muda) a atureza.e as eausas da pobreza da riqueza das nagbes. Para se romper erculoviso pro- ‘omos, como ponto de prtida, que se retorme & economia pll- ticadsscae que se tent contibuir para sua amplingto 8 do desenvolvimento histrico eteério posterior. Para nos ibertarmos da irrelevania da esteltament Kimi- ‘da teoria cissiea em relapto a qualquer investigagbo conse ‘aente da natueza eas causas da pobreza da riqueza das hagbes, podemes consderar « perspestivahistrica global de ‘Adam Smith a anise histvieaedialeGca de Karl Marx como Pontos de partida para uma tenttva de aproximagto 8 uma feoria holistica do" desenvolvimento © do subdesenvolvimen'o, ‘ve abranja 0 mundo todo e sea historicamente verdaduita 6 ‘Sovialmente estrutural (portant, de fato, tencamente ial ca). sta tarefaexigied 0 exame eientfico dos decumentos 6 cevidéncas histricas do desenvolvinento capitalists e ema me- Thor reletura (no sentido de Althusser) de Smith e Marx b tux estas evidncias, as quas foram todas delieradamenteexbo- ‘das pela “teora desenvolvimentrta” neoclésica. Com esto ‘bjetivo e neste sentido, rcexarinaremosa partcipasto da Asi, Altica« América Latina neste process histrico de amplitude ‘mundial; ¢ enfatzaremes dependéncia subordinada destas freas no interior do deseavolvimento captaliste mundial en: ‘quanto eaurs do desenvolvimento de seu subdesenralvimento, [Este ensalowérieo fentasvangar um passoalém a abordagera 4a “dependéncia” © propse uma investigario do procesto Jo cumulagdo de capital enquantonatureza e causa determinantes Ga riquera ¢ da pobreza das nagGes. Conseqdentement, ese leo sua releture da economia politica cléssien também Toe rminam os documentos eas evidincias hstrieas estabelesids, 1A Questo da Delerminasio “Interna” vers Podemos examinar a questio dese 0 desenvolvimento o sub- desenvolvimento sto ou no determisados intema ow exter ‘namente unidade social que sore a mudangae questo dese ‘dominio determinante Cou no ods produqao ovo da toca — ouambor. ACUMOLAGIO DERENDEREESUBDESEIVOLVIMEIT 23 Diz Manx: “a mato de produgto moderno deseavolve-se apenas onde se haram frmado infemamentsas condigges para e-.",¢, com edloca Map Tsé-Tung: “uma temperatura nde- ‘gual oipente pode tansformar um ovo, mas nfo wma pera, ‘muma geliaha”, Noentano, toda economia politi clissiea fe marta, inclusive Smith, Marx e Mao, reconhecem que @ fxpansto do capitalism e a5 concomitantes relagbes de Wace ‘Se dominacto entre a metépotecapialista suas colénias na ‘sia, Arica © Amésica Latina exerceram influéncia determi- ‘ane sobre o desenvolvimento, ou melhor, subdesenvolvimento istic dessasrepies. psa’ dist, atentatva de dar coats ot explcar — para se compreender, som falar em intervie — essa Stina fase do processo histrico mundial ainda suscta srios problemas trices. De que modo pode nossa andlisereconhecer {A primazia do processo prodotivo “interno” das clbnias e apesa ‘iso reconelicloe relaconslo como intercambio “externa” ‘qualmente determinanteo outras relagbes de dopendéncia em Telagio A metrole capitalist? Neste ponto Smith & de pouco Auslio(embora nos reportemes abaizo sua anise "Das clo- his", pois tendea se estringir trea, excluindo a producto, © chega mesmo a sugert em certo ponto que ss desvnturas das ‘oléias "parecem mals ter surgdo por acidente"/A preoet pagio de Marx com o process prodoti na metiipole leva-0 8 Felegar nossos problemas a um volume de O Capital que nonca ‘Gagou escrever, coniderando, nose fatrim, as conse- ‘ncas do comércio internacional com “na verdade, alm do mbito oa moss [dele] andlise",¢ finalizando seu curto (ez piginss)capielo XXIII do volume I, sobre "A moderna tora ‘dn colontzagao, com oreconbesimento: "Contudo, nao estamos preecupador ago com a condgio das clas. A Gass ena ‘ave nor interesa 69 setielo deseerto no Novo Mundo pel Economia Poca do Velho Mundo (..) que © modo de pro- seo e scumulaco captalista(.) tem como condi fund» mental (.) « expropriago do trabslbador™ (Mare. 1,779) "A qucstto a determinasio extra verur interna fi colo cada erespondia por outros. Mao Tsé-Tung eereveu em "So- ‘rea contradigao™ Em oposgio A visio do mundo metas, a visso'do mn do da dsitica mereantilistarustenta que, para se compre tender o desenvalimento de uma coisa, deremos estudila Jnternamente © naz suas Flagses com outras coisas () Acausa fundamental do desenvolvimento de uma cogs 840 externa mas interna; lt se encontra na contradigbo 89 interior da eosa(.) sua iter relages com outras eons ‘lo causassecundirae, este modo a dilétia materialist ‘ombateefedvamente a teria das cauras externas, 08 de ‘uma fea metivadora externa, proposta pelo materialismo ‘mecinicoe pelo evtuionismo valgarmetaisco(..) Exclu diate teint as casas txermas? Abuootameate Fla sustenta que at causes externas so a conde Je mo ddanga eas cans internas base da mudanga, © qe #8 ‘ausas externas fornam-se operatias atravée dae casas Internas. Aum temperatura adeguad um oo trassorma: seem uma galiaha, mas neabuma temperatura pode Wans formar uma pedra em galinba, porque a pedra © © ovo tm bases diferentes, Referindo-soeipecficamente so nosso problema, Palo excreve ‘no mesmo espirito: "Na mini pinto, penso que se deve partir a exigincia (interna) dis econamias dominantes para chepat= ‘os aver no outro extremo da corrente — através go interes: bio desigual — ses efito sobre o desenvolvimento dat ovtras, O Interedmbiodesigal ema conexto, um clo nto wa fim em st mesmo" (Palos, 19694, 2). Contudo, em relagio aos proprios pases subdesenrolvidos, prossegue Paloix em outro lal: "A dinimica externa aunes onduz a uma diaimiea intema mas, pelo contri, € conda. ‘kde por esta: ela nunca # automa, mas sim produzida pela ‘inkmica interna Fora dst, o que 6 chamado de dinamica ox- tema nada mas é do qu a ranllestado externa dos problemas suscitados pla dina interna” (Palloi, 1903, 20- Betielheim, de maneirasemelhaate, rgumedta Que: “exporagio dos paises pobres pelos regs est igads, 20 ‘mesmo tempo, a0 importante fato da "penetrapio™ Jo ‘modo de produgdo captalista nor paises dominads © 2s rmudangas de estutura que 0 movimentes do capital pro: ‘ocam no centro da economia expat mundial...) Por- “uty, fomase aecesério consider eida “pale” como constituinde uma formagdo social cascterizada por uma. csirutura espectica e, principalmente, pela existéncia de classes com interesses contraditGrioe, B ese eteutira que ACOMULACKODEFENDENTESUIDESENVOLYIMENTO. ‘determina © todo deinsergto de cada formagio socia nas relagesintomacionsis de produto. Agu encontramos n0- *amente esa proposieo Fundamental: Relagbes de expor®- {Hono podem constitulrae n0nivel dus cas”; sla p= sam, necessriamente, esta enraizadas no nivel 8a produ flo, sem o qual as trocas Alo Poder renovarse, (Bete Feit, apud Emimanael, 1969, 325: lion do origina) Estas consideragtes nos eolocam frente a um problema formi- ive: idealmente, deveriamostentar uma andi tebreae Hist- "Set do proceso foal de acumulaga0capitalisa no mundo como tom todo e das mudangas nog odos de produgdo asociadas & partir da pelo mundo todo, Mas aandlise eo desenvolvimento ‘88 eora necessria para exa tala esto liad mbito deste tensa edo ro a0 qual & introdueto. Isto impoe severasSni- {agbes sobre a adequaeto ds tora do subdesenvolvimeato que pode ser desenvofida dentro deste Ambito, Mas o deseo ‘nto da teria adequada & andie da acumlagto e desenval. vimento capitalists ~ e, portanto, do subdesenvolvimeato —, ‘mescala mundial, permanece além de nossa eapacdade: Desde nin, © apés Baran e Sweery, quase meio sdculo depois, 25 cbtas gue prometem um avago fundamental em diego ams teoria lobai dese tipo foram muito poueas e recentes —¢ também erontadas principmeate, no Setido da parte subde- senvorida do sistema capitalista mundial: ee estudos de Pro- biomes de la croissance en éeonomie ouverte, de Palio (369), de Fehange inal, de Esmnariel (1969), ¢0 male anbieios, ‘Théorie de Yaccumbltioncaptalistetéshele mondiale" de ‘Amin indo na époea em que este livo fo eset), A Himitagdo virtual da nossa investiga fondamentalmente as pases rab ‘desenolvido e& sua dependéncia em relagio aos pales deen: volvidos nfo 6 portant, arbitrria, mas antes de tudo neces: ‘ina, ssa Tmihagin, porsua vez, ns apresenta por sl mesma um ‘outro problema teérico cexpasio. A andlise marisa do desea ‘volvimento capitalista evaminou basicamente 0 modo de Dro- ‘dugdo 4 acomilagto de expital na metripole capita, Po- ‘demos, simplesment,transpor as eategorias merusts do inte- Flor da metrépole para o interior das coiniae? No, pois os pscudomarsstas que asim o fizram somente obliveram resul- {adosdesastrosos tanto centica como palideamente (Para er teas, veia Frank, 1969; Vitale, 1968.) Podemos simplesmente considerar as coldias como nagies qué sto inocentemente vit ‘adas (ou redimids) por forgasextraas emanadas da metré- Dole? Nio, pot ot autodenominados estruuralsas, tals como ‘avelesassciados&ComissaoEconbmica para a América Latina (CEPAD), das Nagies Unidas, que assim ¢ facram, obtiveram uma imagem meramente superfial de alguns sintomas de fependéncia, or quais desviam nossa atenclo da natureza ou {dar caueas internat fundamentals da "dependGnca externa” (para eritcas, ven Retire, 1966; dos Santos, 1969, Frank, 1969). Como poiemos, eno, anslisar o modo “interno” de rodugdo e acumulagio, ou nlo-acumulacto, nas eolnias , finda, rar em conta devidamente dependéncia colonial das Telagbes de inercimbi “extrmas”e ds fuxos de capital entre ‘cola sua metropate? lise, como Palate Betepelm sto orgados a observa, leva-nos ‘erate, inevitaelmente, a0 exame das exntradiqbes interas do Sistoma captalista mundial como-um todo e de sua metrople ‘denizo del, Alm disto para se adequar a estes ens, nossa Snilise feria que ser sinrOnica e dinamicamente daletica em ‘Seala mundial: sepa tecessrioavalisar as ineracSes mituas © Smultaneas de todas as partes do sistoma mundial em cada ins- tant do tempo histco,e examinar de que modo suas contra dighesengendraram a natureza e a inferacio delas em cada ‘cesioinrante no tempo, Isto est alm da nossa eapacidade presente, mas foi fend (potterormente) em Frank, cum Tao Mindi 1492-1789, ecm Wallerstein, The Modern World ‘Sytem ‘Neste i, por outro lado, dedicames aeneto (ainda muito inadequada) a Sinimica intra do deseavlvaeato © da acu Imulagto capitalista na metrépalee no mundo; © procaramos [vangar em digo a uma anise sinerénica por melo da tentar tiva de ideoiiaplo de ts estgioshistrcos principals no ‘Sesnvolimentoe acarulasao capitalista mundial até recete- ‘nente;eextminamos de que manera a comtadieio Tundamen- Talent relagdes de amplitude mundial em cada estigiolevou so desenvolimento do estilo seguinte.Particalarmente, para a parte subdeseaveida do sistema capitalista mundial, proce: mos enftizar as princpaiscontradibes internas que carac feria seus modos de produgis, No entanto, a despeto das melhores intenes,nossnslmitagbes est erplto podem ser ‘nfo abenas quantitatvas mas também qualities, ACUMULAGIODEFENDENTEESUIDESENVOLVIMENTO 2 ‘Ao omentar wm esboro anterior deste mesmo ens, nosso amigo Giovanni Amighi observ coretamente: "Chea agora 8 ‘Questo mats importants. Eon toda eta introducHo, assim como fem suas cbrasastrires, «anise daestrutura interna sempre ‘xt subordinaga dandlise das condiges externas, Voc adota 0 ‘que Ma, em sobre a contradiao' cham de perspectva met Fist, Explicagbes do desenvolvimento de cosus no so, enter dled, procuradas em suas eseutura econtradigs intrnas, Sinallcndo, uma ver que estas foram identificada, suas inte ‘agtes dalGcascomascondigbesertemas. Voc em atendEnca, fem lugar disto, de procurar a determinagio extern tanto dos fenfmenos como das estruturas e eoatradighes internas (..) [Nilo acho, em outraspalaras, que oct mantém a pretensto de fanalsa dslericomente as intertelagae entzeoiaterchmbio de, Saval ¢ limitagSes impostas sobre os fatores de prodagao pelascondigbes socials de producto. O aspecto principal desta Tendéacla @-subordinagto da andlise de clase A andlise da ‘strutura colonial. As duas podem e deem sr relacionadas...) ‘A dilerenca cate a abordagem de Mao e a sua € que, na pi naira, a estrtura colonial ¢‘enuertada’ em uma andlise de ‘lasses, ebquanto no seu trabalho € a anise de estrtura de ‘lasses (quando €realizada) que es ‘enxetada’ na anise da ‘ratura colonial. Embor freqdentemente as conlusies sjam fagio das foryas 2 contradigdeshistricas que podem onrias(..)(b) De maneira sind ‘Gua, contrariamente&sbstragio,€ealmente alhela a0 método ‘marist e, portato, desencorala as andlzes concretas de st {uagdesconeetas, que sto a essénca do marsismo (isto apesar do fata de suas conclustes derivarem de andises concreay): E tevidente que, politicamente, as gneralizagées sto muito pevigr S25, pois condozem com freqUéncia a agbes desvindladas das 5 ‘Arsgh 1970, 1972), TBridentemente, «nossa inten aqui € evitat 0s errs men ionados por Arighi. Mas as nossa imitagdes quantitativasex- ‘luem algumas veres a anise dos fetores“externos” enquanto ‘contradiges internas 20 mundo ou ao capitalismo mettopol- fano, eas Himitages qualitativas nos lovam a dsloar as contr «digs interns das coldnias dos seus locals préprios, nama ten {ativa de analisar as eauss externas depéndenter, as quale Mao ‘nfo exclai mat que muitos marsstas (pare nio diver nada dos {eoricosneo-lissios) tm neligenciado ao estudatosubdesen- ‘volvimento. A nose tentative nfo 6 de generalizar a partir da ‘expericiaconcretaespctfic, mas abstrarosprnciptosgeals ‘ve sustentam e governam ess ealidadeconcreta, para que les ossam ser usados mais efetvamente na transformapto da real ‘dade conereta om cada momenta elec. 2. A Questo da Pesodizacio (0 problema da periodizagt foi enfentado por outros estulosos ‘da questio com ebjetvossemelhantes embora nlo exatamente ‘osmesmos que os nosos. Denre ees poderos mencionar Preo- ‘bashensky, Manda e Amin. Na sua dacassto da scumulaglo lira Preobarhnty civ 0 sept, a dead “Temos que dstnguir es pefodos na histria da explora lo pele captalimo, sobre una base ecndmiea, de formas pré-capitalistas. Houre um period de juventde do capita lismo, de concorséacia teoricameate livre mas de monops lio de fato (..) Apis esse perodo seguese outo de lire ‘concorténca(.) Finalmente hi um teecro periodo, 0 40 *apitalsmo monopolista. Neste periodo, gragas a0 estabele mento de um stoma de organismos naconal-ceitalisas )encontrames, de um lado, por parte de cada grande sragas 2 exportagao de capital para as eolbias, © luero fxcedente das coldnas cada vez mais assume a forma de Icros excedetes provenients de empresas com 0 mesmo lel tenico mas com salsrios menores. Esta mudanga gr Sativa de-um tipo de exploragio pare outra (..) (Pre. bazhensky, 94.5). ‘Mandel distinguepestodos similares em cada um dele, enfa- tiza. as relagdes de trocatpicas entre a metopole eas colds: ACUMULAGAO DEMENDENTE ESUBDESENVOLVIMENTO = Aux da teoria econdmica marisa, © process histrico 4a origem ¢ da spropriagio da maisvaia constitu, por- tanto, uma unidade dalétca com rls momentos diferentes: ‘ntercimbio desigul bascado em valores desiguals,Intr- ‘dmb equivalent baseado em valores equivalents, intr ‘Ambo desigual baseado em velores equvalenes. Somente ‘consideragdo destes ts moments histrico permite wma ‘Tesposta& questio de como o capital se eiginow no mundo ‘cident, como foi capaz de erescore como fol capar de ‘expandirse sobre grande parte do globo. Esta revisto pel ‘mina j4nos confront, portanto, com dois momentos — o interctmbio desigual da época pre-capitalist; intercimm bio desigul no Amago do coméreo mundial contempors- ‘eo — com uma relagdo especifia entre o capital ocidental ‘Cos assim chamads pales em deseavlvanento(..) (Mas! “el, “L'Accumulation primitive et Tindustalisation du tiersmonde") (Cada um dos estigios de Mandel corrsponde aproximada- mente, em tempo hisirco, as estgios lissios de Preobs hensky, mas, como enfatizaremesabalxo, os és tpos de rele: Ges de toca entre a metrcpole eas suas clinias pem sempre foram experimentados exatamente nu mesma époea por cada uma das cola, Sami Amin, cuoineresse peo desenvolvimento eapitalsta de subdesenvolvimentoestratural se asemetha 80 00S, mas ajo trabalho na prepuragio de "L' Accumulation capitalise A échelle mondiale” ultrapassa 0 nosso em aleance, ditingue ‘stigis similares nesta obra posterior. DA grande ateng2o 205, Sierentes paps e fungdes das colénias no processo de acumu- lagi manga ist € metropalitana, do capital em cada um dos {tis estigos, rlacionando-o aos proceso tposparticuares de subdesenvolvimento estratural experimentados, em consequéa- Gla, por colGuis ou grupos de calalas particulars. Amin re- sume (em carta possoal ~ nto destinada a publicagde — que ‘omenta um rrumo enterior do presente ens): Distingo trés perodos: (1) mercantilsta, (2) capitalista \esenvolvido(achevé) (pésrevelugto industrial, pré-mono- polis) ¢ (3) imperaisme. A cada um deses periodos cor Fespondem fangaes especificas da perferia a servgo das necesidades esencais de acumulapio no centro. No esti | ‘io (1) funcio esencat da peers (princpalmente a Emercana e, de modo complementar «aieana, que fr roves exeravs Aqua) € permit acumblagao de rigqueza ‘monetira pela burguesia mercant-atintica, rigueza que se transformou em capital real ackevé) aps revlucio Industral Dao sstema de plantations (pois da pilhagem das minas) em trno do qual if toda a América, do séeulo XVI ao XVIIL Esta fungi dela de ter Importinea com ' revolugto industrial, quando o centro de gravidade do ‘capital passa do comércio para a indéstia. A nova funclo ‘i perferiatornase, asim, diminvir (a valor da frga de twatalo (através do forssimento de produtos agreolas Dara consua em masse) e(8) 0 valor dos elementos conte {inter do capita contante (através do fornecimento de matériaeprimas). Em sutras palavras, 0 perferia tomma postive! aIuta contra a tendéecia decinante da taxa de Tro [o que também fi fisado por Marx ~ AGF). Para consegulo durante petiodo (2, o capital aha apenas um meio & sua disporigt 0 comércio. Durante 0 petodo (3), Bor oto lado, o ceital dspbe também do meio bastante Sfiiente da exportatlo deeapitas, Entio,e apenas a partir ‘deem, surge o verdadero jntereimbio desigal, © 40 Aqui, podemos sup que “verdadir se refere ao que Mandet ‘cham de “ntercimbio desigual baseado em valores gals” e a0 ‘que Prcobazhensky assciava aos “Tucos exceentes proven {ts de empress com o mesmo nivel téenico mas com salisios menores"y e a0 principal tipo de intereimbio analisado por Emmanvel yb ottulo"L'Echangeindgal”, os quas sto proble- mas de andlie ede periodizaplo que refomaremos cm nossa Ascussio do século XIX. Amin seria o titimo a negara predo ‘mindncis anterior do que Mandel cham “intercimbio dsigual bhseado em valores dsiguals” durante 9 periodo mereantlt, sg qual este tipo menos refinade de exporapio tee importante papel ns acomblagdo mundial de capital no desenvolvimento da ‘etrépale € no subJesenvolvimento da maoria das clbnias, ‘ome ja fol notado poe Smith e por Marx. Este periodo inca, ‘especialmente astransformayiesestruturaisinternas das cola ‘durante este perodo, ¢ cxaminado am nossa anise Jo desen: ‘elvimento de subdecenvolvimento nos capitulos 23, ACUMULAGAO DEPENDENT ESUNDESENVOLYMENTO. a4 13. Quests de Produc ede Intercimbio Podemos notar que, no ermos da nossa problemstic trie, ‘cada um destesenquemas do procssohistrice de acumulagao doseavalvimentoespitalista enfatza um aspecto diferente (em ‘ora esta Enfase, nas brevespassagenscitadss acta, mio carac- terize nevessariamente @ obra principal de-qualgeer dos ts Autores): no Primeiro esqueme, a distingdo enty os esiios deriva, primariamente, de dferengas na estratura de prodagao nna meipole- No segundo esquema, estas diferengas sto imp ‘Gtamente relacionadas as difeeneatasscladss nos tpos de Te laghes de interedmbio entre a merdpole e a8 colonas. Amin & ais explicito sobre TungZo dests Ups de iteretmbio no ‘rocesto metropolitan de acumulasaoe producto, eenftia a ‘eterninagio do primeito pelo segundo, Considerando o imbito mmencionado antenormentee a5 limitagoes deste ensao, nossa atensao se voltardprineipalmente para a ransformacdo extra tural anterna das colbmas neste proceso para a tentatva de cexaminar de que modo a funplo delas em cada estgio do pro ‘eso de acumulagto capitaista mundial est relacionada a0 procesto produiv (e, 0 que & importante, alo-ecumulativo) e ‘ta organizagto através do modo de produce nas colbnias. Re- ‘omldamente, nossa sugestio sora qe, no primelro esti, a6 ‘olbias foram severamente descaptalizadase sua eapacidade ‘Strutural para o desenvolvimento foi severamenteenfraqueca ‘mbora nto eliminade, Durante o segundo estgio, que nto foi fexatamente contemporines a toda a coldnas, os fracas foreas Sciais de desenvolvimento captalistaIutaram sem éxito Pela Sbrevivgnca (exceto nas nora eolias de povoament teans- plantadss) contra a burguesia industrial meopolitana © sus ‘lados nas préprias colds. F durant tereio estgio mone polista ou imperialists, a base cconémica de uma clase bur [nvest nacional e desavalvimentista fo otalmentsetinada 0 unt desenvolvimento mar ou futuro sao capitalism e consol ‘dando o malor desenvolvimento de subdeseavolvimento nas c TBnlae na austnca de uma revlusio socialists, enquantogerava as contradigdes ea luta do atualestigio do noo-mperialsmo © a revlucto socaista. Através de toda esta anise, derido 38, nossa imitates, enfrentaremoso problema mencionado acim ‘osntercimbio “extern” versus determinagao de class ou pro- ‘diva "intern 0 principal objetivo do nosso exam da experincia hist. rica do eatigio de acumulagao e desenvolvimento capitalists € Sbstairo que 6 esencial no modo de produgto enti vigente ‘naguelas ealnias que pariiparam de maneira mais fama © Importante neste processo. Mes 9 (primeira) extgio capitalists mereantil tomou'se a base, dicta indretamente atrvls de ‘Suas relugdes miuas, do segundo e terceiro estigios tanto retrépole como nas col6aas. Portanto, nosso exame do pri ‘eir estigh deve inclu também a anise des ales hits {de processos que alo produzirio seas fros mals importantes ‘ea mals tard, ‘Em nossa investigaclo do primeir esis, surgem as ts vests sguints: (1) Porque a maioria das coiaiaseuropéas Sotreu subdescavolimentoe algomasaleangaram o deseavalV ‘mento; e,especificamente, porque 4 maior parte do Novo Mun- dose sulbdesenolvouesomeate ropes dos Estados Unido do ‘Canad escaparam a este destino? (2) Outo determinante neste process fo a concentrapao na monocultura de matéra prima. para exportagio? (3) Qual éa origem e a expleagao histreas Dara a diferengas nos aves Salarals entre os pales cubdesen- ‘olvidos os paises (realmente) em desevalvimento? Estas tds quests e suas respostas esto intimamente rela clonadas entre se ao processo de acumulagto mundi 6 cap {al, do desenvolvimento subdesenvolvimento capitalists. Sem entrarmos nos detathes, alguns dos quls sero cxaminados mais ‘diante est iro (capitulo 8), podemos fiver provsoramente 4 seguintes obrervagies. O desenvolimento captaita © 2 {ndustializagto prospecaram na Buopa Ocidental(embora no fm suas Areas mediterineas) oom suas colGnias de povoamento ranco de alémmar, expeccamente nos Estados Unidos, Ca ‘adi, Austriliae Nova Zeléndia. Um desenvolvimento pari ‘correa ne Africa do Sul, Rodésia Palestina, que sto octpades por imigrantesbrancos europeus a populagio indigena. Asco- {Bniasrestantes(e semi, neo eex-colbias), que incuem a grande ‘maloria da humanidade, lornaramse subdesenvlvidas. Estas ‘mas coldnas concentearanrse e tomaratise espcialeadat ‘ns onoprodugio de matérss-primas pouco ou nada process ts, destinadas pars a mettépele, embora algumas coldalas de ‘poroamenta também se tenham concentrado na exportag de fmatériasprimas em algumasepocas de su historia, Emmanvel ¢, mais reentements, Amin e Martine (em estudos inéits) ogam que a especializaio em matéas-primas sla per se determined para 0 subdesenvolvimento (embors por tazies Aferentes que as dos economistasneoeisscas ou os da escola ‘eanadense da teora de crescimento do prodato bisico) © pre fendem que o reacionamento aparentemente determinant ¢ ima “isso de Gea” (Emmanvel, 4-50) e sua Gale, uma ‘msticagao” (Amie. "Em lugar disto,o principal analista do intercimbio des gual, Emmanuel, asim como Palo e Amin, argumentam que intercimbio desgual de valores equivalents) entre a melt pole ea colGnias, 0 menos desde o século XIX, ¢ determinado Delos nivel sala dsiguls entre elas. como Marx e Preobs hensky, arenmentam que o comércio ente pales onde 05s Fos sio lose pales onde ests sto baixos resulta no inter ‘lmbiodesigual de valores equivalentes (ov pregos de mercado ‘ue superestimam os bens produzios pr saris altos e subes timam os bens producides por salirios balxos), contibuindo fassim para a acumlagao de capital e 0 desenvolvimento. dos Drimeiros is custas da dseapitalizagio e subdesenvalvimento ‘os tities. Emmanvel também observa que todos os palses Subdesenvolvidos tem tives sara baizos, que altos nies de Salis e de desenvolvimento sto encontradosprecsamente na Europa Ocidental e em suas eoldnias de povoamento menclo- nadas anteriormente,e cle continua, argumentando que "o de- “covolimento aparece, assim, no Como ¢ causa mas como a ‘onseqinca de saliris altos (Emamanvel, 161. Clocando de ‘ado por enduanto os mérlos deste argumento (melhor exami nados abaixo no capitulo 5), podemos apenas abservar aqui 0 fave 0 proprio Emimanvel recanhece sobre sua anlise: © nivel, Salad tornaso, assim, 2 ariel independente em toda sua nds, bo fazendo ele qualquer tentatira para explcar a oi fem dos niveis origins dos salros e suas diferengas entre 0s Dalses comercianes, exceto por algumas poucas observagbes margins (e-em grande pafle ervoncas) que examinaremos fbaixo. Mas isto sigailiea que, juntamente com Bettetheim © ‘Amin, devemoscolocar a torceira perguntareferidaacima 0 que iniia'e dd conta das diferencas originas nos niveissalariis ene a metropole mais suas colémias de poreamento de além- ‘arp a massa dos pales colonais na Asia, Africa e América [Ltia? Este problema étratado nos capitulo sepuintes. t } 2 Acumulagdo Mundial de Capital, Padrées de Comércio e Modos de Producio, 1500-1770 Podemos aalisaro primero dos pefodos ou estos prnsipis de acumulagio de capital, do desenvolvimento subdesenvlv ‘mento captalisas através de breve resumo da divsto do tra batho e do padrio de comérciointernacionae entre sproxima.

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