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O GUIA DA IRRIGAÇÃO DE SUCESSO

1
ÍNDICE

1. Introdução........................................................................................................................................................................................................................................................................... 3
2. Panorama nacional da irrigação ................................................................................................................................................................................................................................ 5
2.1 Agricultura irrigada por pivôs centrais......................................................................................................................................................................................................... 6
3. Sistemas de irrigação: vantagens e desvantagens.............................................................................................................................................................................................. 7
3.1 Irrigação superficial............................................................................................................................................................................................................................................... 7
3.2 Irrigação localizada.............................................................................................................................................................................................................................................. 9
3.3 Irrigação por aspersão........................................................................................................................................................................................................................................ 11
4. Antes de implantar o sistema de irrigação............................................................................................................................................................................................................ 13
5. Cuidados após implantar o sistema de irrigação................................................................................................................................................................................................. 14
5.1 Impacto dos custos de energia elétrica ou combustível......................................................................................................................................................................... 14
5.2 Irrigar não é só jogar água: uso sustentável dos recursos hídricos................................................................................................................................................... 15
5.3 Invista em tecnologia........................................................................................................................................................................................................................................... 16
5.4 Esteja atento com a manutenção e calibração.......................................................................................................................................................................................... 17
6. Manejo da irrigação......................................................................................................................................................................................................................................................... 18
6.1 Manejo da irrigação integrado: via solo e atmosfera............................................................................................................................................................................... 19
6.2 Via solo..................................................................................................................................................................................................................................................................... 22
6.3 Via atmosfera.......................................................................................................................................................................................................................................................... 26
6.4 Via Planta................................................................................................................................................................................................................................................................. 30
Planos e Serviços.................................................................................................................................................................................................................................................................. 32

O GUIA DA IRRIGAÇÃO DE SUCESSO


O QUE TODO PRODUTOR DEVE SABER 2
1. INTRODUÇÃO

A irrigação é uma técnica que tem como objetivo suprir as necessidades hídricas de uma
área plantada em decorrência à baixa disponibilidade hídrica ou a má distribuição das
chuvas. Quando bem implantada, a irrigação viabiliza e melhora a qualidade da produção
agrícola ao longo do ano.

Em 2012, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
(FAO), 20% da área cultivada no planeta era irrigada, sendo responsável por 40% na pro-
dução de alimentos. Isso significa que a eficiência na utilização e produtividade da área
irrigada para a não irrigada é de 2 a 3 vezes maior, em relação à agricultura de sequeiro.

Ainda segundo a FAO, a estimativa é de que cerca de metade da água utilizada para irri-
gação é desperdiçada. Entre os motivos do desperdício estão irrigações mal-executadas
e falta de controle do agricultor na quantidade usada em lavouras e no processamento dos
produtos. Os impactos recaem sobre o ecossistema, já que lençóis freáticos e rios sofrem
com a falta de chuvas e correm o risco de secar ao longo dos anos.

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1. INTRODUÇÃO 3
O objetivo de utilizar água na agricultura não é a irrigação, mas a produção de alimentos. A irrigação, na verdade, é a melhor tecnologia para
atender a demanda crescente de alimentos de forma sustentável.

Por outro lado, muitos produtores deixam de utilizar a agricultura irrigada por acreditarem que é uma tecnologia cara, complexa e que, geralmente,
o retorno não supera o investimento.

O futuro na produção de alimentos para uma população mundial, que só tende a crescer, é o potencial de irrigação de áreas agrícolas. Porém, é
importante ressaltar que não basta irrigar, é preciso que haja planejamento, monitoramento e uma boa gestão da irrigação.

A chegada da tecnologia da informação no campo, com uso de tecnologias como Big Data, monitoramento por satélite e sensores, permitem trazer
uma eficiência ainda maior para o campo da irrigação, evitando desperdícios e aproveitando melhor o potencial produtivo de cada cultura.

Por isso, trazemos esse ebook para você. Nele, apresentamos as dificuldades atuais enfrentadas pela irrigação e os fatores que você deve estar
atento, em relação ao planejamento, monitoramento e controle, para garantir uma irrigação sustentável, no sentido ambiental e econômico

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1. INTRODUÇÃO 4
2. PANORAMA NACIONAL DA IRRIGAÇÃO

Nas regiões que são afetadas pela escassez de água contínua, como no Semiárido brasi-
leiro, a irrigação é fundamental, e a maior parte da agricultura só se viabiliza mediante a
aplicação de água. Por outro lado, as regiões afetadas por escassez em alguns períodos
específicos do ano, como na região central do País (entre maio e setembro), diversas culturas
viabilizam-se apenas com a aplicação suplementar de água, embora a produção possa ser
realizada normalmente no período chuvoso.

De acordo com o levantamento da Agência Nacional de Águas (ANA), no Brasil, 75% de


toda água consumida é utilizada por sistemas de irrigação; ficando acima da média mun-
dial que é de 70%. Segundo a FAO, o Brasil ocupa a nona posição em área irrigada no
mundo. Em 2014, o Brasil possuía cerca de 6,1 milhões de hectares irrigados, porém, o
potencial estimado da área irrigável é de 30 milhões de hectares.

Dentre os tipos de irrigação, os que são mais utilizados atualmente são à irrigação super-
ficial, localizada e por aspersão. Dentre os motivos pela expressiva expansão dos tipos
de irrigação localizada e por aspersão estão: a economia de água e energia elétrica pro-
porcionada pela irrigação localizada; a praticidade e o benefício em irrigar com 100 % de
cobertura, no caso da irrigação por aspersão.

Figura 2. Distribuição espacial da precipitação média mensal (médias 1961-2007)


Fonte: Levantamento da Agricultura Irrigada por Pivôs Centrais no Brasil - 2014
(ANA e EMBRAPA)
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2. PANORAMA NACIONAL DA IRRIGAÇÃO 5
2.1 Agricultura irrigada por pivôs centrais
A partir da década de 2000 o Brasil viveu uma expansão da irrigação por pivôs centrais
nos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Bahia. As facilidades operacionais e de
controle da lâmina de irrigação, e a possibilidade de se obter alta eficiência de aplicação e
distribuição de água foram alguns dos fatores que motivaram esse crescimento.

O Brasil possui cerca de 20 mil pivôs centrais que irrigam uma área de 1,275 milhão de hec-
tares. Estamos entre os dez países com maior área irrigada no planeta. Mesmo assim, o País
tem potencial para aumentar em cinco vezes as lavouras com essa tecnologia de irrigação.
Foi o que mostrou estudo feito pela Embrapa e pela ANA. Segundo o levantamento, entre
2006 e 2014 o uso de pivôs centrais no Brasil cresceu 43%.

Foram identificados pivôs em 22 unidades da federação, todavia 80% da área irrigada


encontra-se em quatro estados: Minas Gerais, Goiás, Bahia e São Paulo. O estudo também
registrou uma forte expansão da atividade nos últimos anos em Mato Grosso e Rio Grande
do Sul.

Na divisão hidrográfica nacional, destacam-se maiores áreas ocupadas por pivôs nas regiões
Tocantins-Araguaia e São Francisco e nas bacias dos rios Grande, Paranapanema e Paranaíba
(ambas na região hidrográfica do Paraná)

Figura 3 -
Fonte: Levantamento da agricultura irrigada por pivôs centrais no brasil -
2014 (ANA E EMBRAPA)

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2. PANORAMA NACIONAL DA IRRIGAÇÃO 6
3. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

Não existe um tipo ou sistema ideal para qualquer propriedade, por isso é importante conhecer as vantagens e desvantagens de cada tipo de sis-
tema de irrigação e suas peculiaridades que melhor atendem sua necessidade. Todo sistema de irrigação, qualquer que seja ele, deve ser utilizado
dentro de suas limitações obedecendo a relação água-solo-planta ideal para a região.

3.1 Irrigação superficial


Neste tipo de irrigação a água é conduzida para o ponto de infiltração diretamente pela
superfície do solo. Os sistemas de irrigação mais comuns para esse tipo são as irrigações
por inundações e as irrigações por sulcos. Esse tipo de irrigação é bastante utilizado na
região Sul do Brasil; principalmente na produção de arroz.

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3. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 7
IRRIGAÇÃO POR INUNDAÇÃO

Vantagens
• Baixo custo de implantação e consumo de energia;
• Favorece o aumento da fotossíntese nas folhas mais baixas,
devido ao reflexo da luz na água;
• O vento não limita a irrigação;
• Permite a utilização de água com sólidos em suspensão;
• Promove a fixação do nitrogênio atmosférico, em decorrência
ao favorecimento do crescimento de algas verde-azuis;
• Não requer equipamentos sofisticados e mão de obra qualificada.

Desvantagens
• Água parada pode prejudicar as plantas, principalmente pela
diminuição da respiração das raízes;
• Bastante dependente da declividade do solo;
• Baixa eficiência, pois ocorrem perdas de água por percolação
e evaporação;
• Erosões frequentes nos sulcos;
• Requer muita mão de obra;
• Manejo de irrigação complexo e pouco preciso;
• Método muito agressivo ao meio ambiente, principalmente por
poder causar salinização do solo.

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3. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 8
3.2 Irrigação localizada

Os dois sistemas básicos na irrigação localizada são a microaspersão e o gotejamento. Neste tipo de irrigação, a água é aplicada na área ocupada
pelas raízes das plantas, formando um bulbo molhado ou faixa úmida, sendo o solo o responsável por sua distribuição. Desta forma, as caracterís-
ticas físicas e de estrutura do solo, definem a quantidade de gotejadores ou emissores necessários para aplicar água uniformemente em cada planta.

Esse tipo de irrigação é ideal para solos densos, com baixa taxa de infiltração, pois a água pode ser aplicada em fluxo suficientemente baixo para
que o solo a absorva, reduzindo ou eliminando o escorrimento superficial. Os solos arenosos, sem capacidade de armazenar a umidade, também
podem ser cultivados dessa forma, usando-se irrigação mais freqüente.

Além disso, essa técnica é indicada para áreas áridas, pois a eficiência de aplicação é elevada. Por isso esse tipo de sistema é muito aplicado na
produção de hortaliças e frutas, principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste.

Quando a irrigação pelo sistema de gotejamento ou microaspersor é associada à fertilização ou à quimigação, o sucesso agrícola pode ser muito
maior. Neste caso, a plantação recebe fertilizantes e defensivos, por meio da irrigação. Esses sistemas de irrigação podem ser enterrados a pro-
fundidades de 4 a 30 cm, ou se estender-se pela superfície do terreno. Os sistemas enterrados são menos vulneráveis a danos mecânicos e aos
causados por pragas.

Desta forma, graças ao ciclo de irrigação leve e constante, é possível manter a umidade do solo próxima das condições ideais e levar os nutrientes
de forma contínua para as plantas, reduzindo o estresse.

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3. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 9
IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO

Vantagens
• Baixo custo de mão-de-obra e de energia, pois utiliza bombas
de baixa vazão que consomem até 50% menos energia que os
outros sistemas;
• Elevada eficiência de aplicação, como a água é aplicada
diretamente na raiz, ocorrem poucas perdas por evaporação e
por escorrimento superficial;
• Facilidade e eficiência na aplicação de fertilizantes e defensivos,
com a fertirrigação e a quimigação;
• Grande adaptação aos diferentes tipos de solo;
• Mantém o solo uniformemente úmido e com oxigênio;
• Menos doenças, pois como a folhagem não se molha e a umidade
do solo é controlada, tem-se menor incidência de doenças
fúngicas;
• O vento e a declividade do terreno não limitam a irrigação.

Desvantagens
• Alto custo inicial, devido à grande quantidade de tubulações;
• Bastante sensível ao entupimento dos orifícios de saída de água;
• Diminuição da profundidade das raízes, devido à constante
disponibilidade de água, isso pode diminuir a estabilidade da
planta;
• Requer mão-de-obra especializada.

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3. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 10
3.3 Irrigação por aspersão

Esse tipo de irrigação simula uma chuva artificial onde um aspersor expele água para o ar, que por resistência aerodinâmica se transforma em
pequenas gotículas de água que caem sobre o solo e plantas. O sistema de aspersão convencional é considerado o sistema básico de irrigação por
aspersão, do qual derivaram todos os demais. Seus principais sistemas são a aspersão convencional, o pivô-central e o auto-propelido.

A irrigação por aspersão é indicada para solos de alta permeabilidade e de baixa disponibilidade de água, como a maioria dos solos da região dos
Cerrados. Esses solos requerem irrigações frequentes, com menor quantidade de água por aplicação, o que é mais fácil de ser conseguido com
irrigação por aspersão do que por superfície. Talvez, por isso que as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste; concentram a maioria dos asper-
sores do país.

Com exceção do pivô central, esse tipo de sistema também é indicado para terrenos com declives mais acentuados e até mesmo solos arenosos.
As culturas mais irrigadas por esse sistema são as pastagens e grãos em geral; como a soja, o milho, o feijão.

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3. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 11
PIVÔ CENTRAL

Vantagens
• Dispensa o preparo ou sistematização do terreno;
• Elevada eficiência de aplicação;
• Facilidade e eficiência na aplicação de fertilizantes e defensivos,
com a fertirrigação e a quimigação;
• Melhor controle da lâmina de irrigação;
• Pode ser totalmente automatizado; requerendo baixo custo de
mão de obra.

Desvantagens
• Aumenta o desenvolvimento de doenças, devido às folhagens
úmidas;
• Elevados custos iniciais, de energia e de manutenção;
• Limitada pelo vento;
• Pode causar danos ao solo, devido ao escoamento de água nas
proximidades.

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3. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 12
4. ANTES DE IMPLANTAR O SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

Atualmente, para implantar um sistema de irrigação em sua propriedade é necessário possuir outorga para a atividade. No Brasil, a ANA é a
responsável pela emissão das outorgas de irrigação.

Com essa outorga é até possível solicitar linhas de crédito para irrigação. No entanto, para solicitar a autorização é necessário cumprir os requisitos
estipulados pela agência; que se baseiam principalmente na disponibilidade hídrica local. Também é necessário verificar os critérios estabelecidos
em cada agência estadual de recursos hídricos, pois podem se diferenciar dos estabelecidos pela agência nacional.

Outro aspecto importante de se verificar é se a água disponível para irrigação é boa para-se realizar a atividade. Os teores elevados de sais, mate-
riais em suspensão e a presença de patôgenos, podem afetar a escolha do sistema de irrigação e da cultura a ser implantados, ou até impedir o
uso da água para irrigação. Para verificar a qualidade da água a ser usada na irrigação, podem ser realizadas análises em laboratórios do IPA, da
Embrapa, Universidades Federais e de outras instituições credenciadas.

Além disso, a escolha do sistema mais adequado para a sua propriedade deve considerar o tipo de solo, o relevo, a disponibilidade de água, o
clima, a cultura e o manejo de irrigação. Também é importante verificar se sua propriedade fica em alguma das regiões onde a cobrança da irri-
gação já foi implantada. Portanto, antes de instalar o sistema em sua fazenda é importante que você consulte um engenheiro agrônomo para lhe
orientar na melhor decisão.

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4. ANTES DE IMPLANTAR O SISTEMA DE IRRIGAÇÃO 13
5. CUIDADOS APÓS IMPLANTAR O SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

Sem gerenciamento e sem um manejo de irrigação ideal, qualquer tipo de sistema de irrigação vai gerar desperdícios de água, de dinheiro e perda
de produtividade. Isso ocorre até mesmo com os sistemas mais eficientes e melhores projetados. Por isso são sugeridos 4 recomendações para
uma boa gestão da sua irrigação:

5.1 Impacto dos custos de energia elétrica ou combustível


Com a implantação de um sistema de irrigação, é necessário que você avalie o custo da
energia elétrica nas suas finanças. O investimento na irrigação aumenta a produtividade,
mas tem o seu custo, que pode ser significativo. Porém, existem meios de reduzir os gastos
com a energia elétrica do sistema de irrigação.

Uma das alternativas é utilizar o horário em que a tarifa de energia elétrica é mais barata,
durante a madrugada. Diversas distribuidoras de energia possuem programas que esti-
mulam a ligação do sistema de irrigação após o horário de pico, que vai das 21:30 até as
06:00. Vale à pena procurar a empresa responsável pela energia elétrica de sua região e
se informar dos contratos sobre tarifa verde para sistemas de irrigação.

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5. CUIDADOS APÓS IMPLANTAR O SISTEMA DE IRRIGAÇÃO 14
5.2 Irrigar não é só jogar água: uso sustentável dos recursos hídricos
A prática de irrigação deve considerar restrições relacionadas com a disponibilidade, qualidade e conflitos de uso da água das bacias hidrográficas
em que estão inseridas. Esta afirmação foi feita por Elena Charlotte Landau, uma das pesquisadoras responsáveis pelo levantamento da agricultura
irrigada no Brasil. Segundo ela,

“ações estimulando a melhoria da qualidade da água, conservação de nascentes e áreas de preservação permanente,
bem como o gerenciamento eficiente dos recursos hídricos, contribuirão para a melhoria da qualidade e quantidade
de água disponível, fundamentais para possibilitar a sustentabilidade e expansão futura da agricultura irrigada no Brasil”.

O manejo da irrigação demanda planejamento na propriedade, saber a fonte do recurso hídrico, a quantidade de água que precisará ser armazenada,
se for necessário para a sua região. Para saber exatamente o quando e quanto irrigar, é preciso coletar dados das condições ambientais, como de
evapotranspiração e umidade do solo, por exemplo. Este assunto será abordado no capítulo 6.

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5. CUIDADOS APÓS IMPLANTAR O SISTEMA DE IRRIGAÇÃO 15
5.3 Invista em tecnologia

Investir em tecnologia no manejo da irrigação traz diversos benefícios. Muitos produtores


utilizam equipamentos como tensiômetro ou estação meteorológica para auxiliar no manejo
da irrigação. Estas ferramentas permitem obter mais informações para tomada de decisão.
Porém, apresentam inconvenientes como a complexidade de manuseio, necessidade de
calibração frequentes e falta de praticidade para coleta e interpretação de dados.

Novas tecnologias, da chamada Agricultura Digital, auxiliam o produtor a tomar decisões


mais precisas em relação à irrigação e também trazem soluções para os inconvenientes
relacionados a tecnologias mais antigas e tradicionais. Através de sensores, imagens de
satélite, processamento de dados, os sistemas inteligentes geram informação relevante
para auxiliar na tomada de decisão. Com isso, o produtor consegue monitorar sua lavoura
pelo computador e celular, de onde estiver.

Ao monitorar as condições da lavoura, de forma adequada, o manejo da irrigação é feito de


acordo com a necessidade hídrica real da planta, aumentando assim os ganhos de produti-
vidade e reduzindo os custos operacionais. Além disso, há a economia de água, ao irrigar a
quantidade exata sem desperdícios, e também com mão-de-obra, pois não é preciso mais
ir à campo verificar as condições a todo instante.

Desta forma, a tecnologia deve ser vista como um aliado na tomada de decisão no campo,
facilitando o dia a dia de trabalho dos produtores e contribuindo para uma agricultura mais
sustentável, sem desperdícios.

Produtor utiliza o sistema da Agrosmart para tomar decisões na lavoura.

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5. CUIDADOS APÓS IMPLANTAR O SISTEMA DE IRRIGAÇÃO 16
5.4 Esteja atento com a manutenção e calibração
Os diversos sistemas de irrigação precisam de cuidados especiais para o seu correto fun-
cionamento, que garantam sua eficiência e durabilidade. Nos sistemas que utilizam o pivô
central, deve-se tomar cuidado com o local por onde as rodas irão passar. Podem ocorrer
atolamentos durante o funcionamento do sistema. Também deve-se estar atento à cali-
bração dos aspersores, que podem desregular, comprometendo a eficiência na utilização
da água e na produtividade da lavoura.

Nos sistemas de gotejamento, a utilização de filtros é essencial para garantir que os gote-
jadores não apresentem entupimento. O cuidado deve ser ainda maior principalmente em
fontes hídricas com muitos sólidos dispersos.

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5. CUIDADOS APÓS IMPLANTAR O SISTEMA DE IRRIGAÇÃO 17
6. MANEJO DA IRRIGAÇÃO

O manejo da irrigação consiste na determinação do momento, da quantidade e de como


aplicar a água na plantação, levando em consideração outros aspectos do sistema produtivo
como o controle fitossanitário, as condições meteorológicas, econômicas e as estratégias ATMOSFERA SOLO
de condução da cultura.

Existem três processos de manejo de irrigação: processos baseados nas condições atmosfé-
ricas, nas condições de umidade do solo e nas condições de água na planta. Pode ser feito
também o manejo integrado que controla a irrigação via atmosfera e via solo conjuntamente.

ATMOSFERA + SOLO PLANTA

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6. MANEJO DA IRRIGAÇÃO 18
6.1 Manejo da irrigação integrado: via solo e atmosfera

INDICADO PARA:

Todos os sistemas de irrigação e tipo de cultura.

VANTAGENS: DESVANTAGENS:

Maior precisão na detecção do momento das A viabilidade de implantação do sistema pode


irrigações e auxilia na adequação da lâmina de restringir áreas muito pequenas de determi-
irrigação, pois toda a irrigação é feita com base nadas culturas.
na evapotranspiração e é monitorada pelos sen-
sores de umidade instalados no solo.

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6. MANEJO DA IRRIGAÇÃO 19
Nesse sistema de manejo, são coletados dados tanto do solo como do clima, que são
relacionados com o estágio fenológico da cultura, de forma a gerar a recomendação mais
precisa, como a exata quantidade de água necessária em todos os momentos do cresci-
mento e desenvolvimento da cultura.

Por sua coleta de variáveis de diferentes fontes, possui maior precisão na geração de infor-
mações. Esse é o sistema mais avançado em termos de tecnologia e informação disponível
atualmente, tornando-se um fator primordial no sucesso dos empreendimentos agrícolas.

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6. MANEJO DA IRRIGAÇÃO 20
Advanced Smart

A plataforma mais avançada de apoio a tomada de decisões para a irrigação.


Com mais de 10 sensores espalhados pelo campo, mostramos o que cada um de seus talhões está dizendo.

Equipamentos Inclusos
Recomendações diárias
de quando e quanto irrigar.

Informações, em tempo real:


Condições meteorológicas,
Umidade do solo em 3 profundidades.

Estação Pluviômetro Central de


Sensor de Solo
Chuva, em cada talhão. Meteorológica Digital Comunicação

Relatórios de consumo de água


e energia elétrica / combustível

Software Cultivo Inteligente

Instalação, manutenção e suporte.

SOLICITAR DEMONSTRAÇÃO
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21
6.2 Via solo

INDICADO PARA:

Todos os tipos de irrigação e culturas, porém é mais indicado para irrigação localizada, onde os sistemas mais utilizados
são o gotejamento e a microaspersão. Nestes tipos de irrigação o turno de rega é mais frequente e costuma-se manter
a umidade próxima a capacidade de campo com maior constância, mantendo ar nos macroporos do solo.

VANTAGENS: DESVANTAGENS:

Condiciona o solo a manter-se com teor de Este método é mais dependente de uma curva
água adequado favorecendo o desenvolvi- de retenção , que irá indicar o volume correto
mento da cultura, além de não interferir nos que cabe em cada tipo de solo. Nesta opção,
tratos fitossanitários. não há o registro de dados meteorológicos, que
também são importantes para uma boa gestão
do manejo da irrigação.

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6. MANEJO DA IRRIGAÇÃO 22
Saturação

Com a implantação de equipamentos direto no solo, pode-se medir a disponibilidade hídrica


para as plantas. A capacidade de retenção hídrica de um solo é conhecida como Capacidade CC
de Água Disponível (CAD), que considera um limite máximo onde há água não está sendo
ÁGUA
perdida por percolação e um limite mínimo onde a água está tão aderida aos poros dos
FACILMENTE
agregados do solo que é indisponível para as plantas. O ponto máximo é chamado de DISPONÍVEL
Capacidade de Campo (CC) e o ponto mínimo de Ponto de Murcha Permanente PMP).
Fator CAD
Crítico
Antes de implementar esse tipo de manejo é necessário conhecer as características físico-hí- RESERVA
dricas do solo. O solo possui características que indicam a sua capacidade em reter a água
no solo. Isso é importante para o balanço hídrico de irrigação, pois com essa capacidade
temos o máximo de água que podemos irrigar e o momento certo. Essas características são
PMP
obtidas com a curva característica de água no solo, que é determinada por uma amostra
de solo enviada a algum laboratório de física do solo.

Com essa curva obtemos; a máxima capacidade do solo reter água é chamada de capa- Figura 4: capacidade de água disponível no solo

cidade de campo (CC), e o ponto de murcha permanente (PMP) é o teor de umidade no


qual a planta não consegue mais retirar água do solo. De maneira simples, podemos definir
a CAD como o “tamanho do reservatório” de água a ser consumida pelas plantas e que
deverá ser reposta pelas irrigações.

Curva de retenção de água no solo.


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6. MANEJO DA IRRIGAÇÃO 23
A utilização de tensiômetros ainda é o método mais utilizado para medição de umidade de
solo no Brasil, porém esse método possui algumas limitações. Dentre suas principais limi-
tações, estão a complexidade em realizar instalações corretas e necessidade de frequentes
manutenções, visto que acontece um acúmulo de ar na cavidade da cápsula porosa. Outra
desvantagem significativa é a falta de automação, sendo necessário leituras manuais diárias
do instrumento. Isto consome muito tempo e prejudica as aferições.

O uso de sensores de umidade de solo de leitura automática torna possível a obtenção de


valores de umidade do solo em alta frequência, permitindo a evolução detalhada do com-
portamento da água no solo, bem como a avaliação do efeito de flutuações diurnas de tem-
peratura na leitura de umidade do solo. Além disso são compactos e de baixa manutenção.

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6. MANEJO DA IRRIGAÇÃO 24
Soil Smart

Receba recomendações de irrigação com base na quantidade de água no solo disponível para a planta.

Recomendações diárias
de quando e quanto irrigar.

Sensores em 3 profundidades do solo Equipamentos Inclusos

Chuva, em cada talhão.

Relatórios de consumo
de água e energia elétrica

Central de
Sensor de Solo
Software Cultivo Inteligente Comunicação

Instalação, manutenção e suporte.

SOLICITAR DEMONSTRAÇÃO
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25
6.3 Via atmosfera

INDICADO PARA:

Todos os tipos de cultura e sistemas de irrigação, mas normalmente é mais utilizado


em sistemas de irrigação por aspersão.

VANTAGENS: DESVANTAGENS:

Técnica bastante difundida, principalmente para Uso de muitos cálculos e fórmulas empíricas.
grãos, que permite o monitoramento eficaz das
condições meteorológicas na região e suas
influências no consumo de água da planta
através da evapotranspiração. Pode ser apli-
cado para várias culturas, em várias fases de
desenvolvimento em um mesmo local.

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6. MANEJO DA IRRIGAÇÃO 26
Esse manejo repõe a água perdida pela demanda atmosférica do dia ou de dias anteriores

O
Ã
desde a última irrigação. A contabilização da quantidade de água que deve ser restituída

Ç
IA
D
para o solo é realizada pelo balanço hídrico.

A
R
O balanço hídrico considera todos os fluxos de água que entram e saem do volume de

VA
U
solo explorado pelas raízes. As componentes de entrada do balanço são a precipitação,

H
C
a irrigação e o orvalho. O orvalho possui uma ordem de magnitude menor que o consumo

O
Ã
diário de uma vegetação em locais úmidos, em regiões ou épocas secas sua contribuição

Ç
A
IG
é desprezível em termos de suprimento de água para o cultivo. No entendo, a precipitação

R
IR
e irrigação são as principais componentes de entrada do balanço hídrico.

As perdas de água por percolação profunda, escoamento superficial e subterrâneo e a eva-


potranspiração são as componentes de saída do balanço hídrico. As entradas e saídas do
escoamento superficial e subterrâneo tendem a se compensar e podem ser desprezados.
A percolação profunda expressa o excesso de água que penetrou no solo pelas chuvas ou
irrigação. No entanto, a evapotranspiração é a principal componente de saída do balanço
hídrico.

EVAPORAÇÃO TRANSPIRAÇÃO EVAPOTRANSPIRAÇÃO

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6. MANEJO DA IRRIGAÇÃO 27
A determinação das necessidades hídricas da cultura é estimada com base nos valores de
evapotranspiração associados com o coeficiente do cultivo (Kc), possibilitando determinar
a quantidade de água a ser suprida ao solo. O balanço hídrico para controle de irrigação
considera as variáveis atmosféricas exigidas (radiação, vento, umidade e temperatura)
para estimar a evapotranspiração, além da precipitação. Estes dados são coletados com
a instalação de uma estação meteorológica na propriedade.

Antes de se aplicar essa forma de manejo de irrigação é necessário conhecer alguns aspectos
fundamentais, como a fenologia da cultura, demanda hídrica da cultura e características
físicas do perfil do solo.

Imagem: Estação meteorológica da Agrosmart.


Envio de dados automáticos para a internet.

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6. MANEJO DA IRRIGAÇÃO 28
Climate Smart

Recomendações de irrigação, baseado no balanço hídrico. Saiba como as condições meteorológicas afetam a sua plantação.

Recomendações diárias
de quando e quanto irrigar.

Informação das condições meteorológicas,


em tempo real
Equipamentos Inclusos

Previsão do tempo específica.

Boletim meteorológico

Relatórios de consumo
de água e energia elétrica Estação Central de
Meteorológica Comunicação

Linha direta com meteorologistas

Software Cultivo Inteligente

Instalação, manutenção e suporte.


SOLICITAR DEMONSTRAÇÃO
O GUIA DA IRRIGAÇÃO DE SUCESSO
29
6.4 Via Planta

INDICADO PARA:

Todos os sistemas de irrigação e tipo de cultura.

VANTAGENS: DESVANTAGENS:

Avalia diretamente as condições fisiológicas da Técnica utilizada mais em pesquisas devido às


planta. variáveis complexas que são analisadas, possui
pouco uso prático, análise subjetiva e alto custo
dos instrumentos.

Apesar de ser o manejo que teria a maior precisão e ser bastante promissor, sua medição é muito complexa e normalmente é utilizada e viável em pesquisas, devido às
variáveis que são analisadas e a falta de praticidade para ser utilizado no dia a dia. Se pode medir a necessidade hídrica através da medição do potencial hídrico das folhas,
temperatura foliar, resistência estomática, do grau de turgescência das folhas, fluxo de seiva, diâmetro do caule, além de outros.

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6. MANEJO DA IRRIGAÇÃO 30
Soluções Específicas para sua Lavoura

Muito além do manejo da irrigação, a Agrosmart criou uma forma de


cultivo inteligente, que conecta o produtor à sua plantação.
Irrigação Inteligente
Por meio de sensores no campo, dados meteorológicos, imagens de saté- Soluções Sensores no Campo
lites e processamento de dados ajudamos produtores rurais a tomarem Meteorológicas
melhores decisões no campo. Entregamos recomendações precisas sobre Sensoriamento Remoto
a irrigação, de acordo com a necessidade hídrica real da planta a cada
momento de desenvolvimento. Torne sua irrigação mais rentável e sus-
tentável, economizando energia ou combustível, água, mão de obra, e
aumentando a produtividade da lavoura.

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31
PLANOS E SERVIÇOS

Advanced Smart Soil Smart Climate Smart Rain Smart

Manejo Manejo Manejo Manejo


da Irrigação da Irrigação da Irrigação da Irrigação

Monitoramento Monitoramento Monitoramento Monitoramento


Umidade do Solo Umidade do Solo Umidade do Solo Umidade do Solo

Pluviômetro Pluviômetro Pluviômetro Pluviômetro


Digital Automático Digital Automático Digital Automático Digital Automático

Monitoramento Monitoramento Monitoramento Monitoramento


Meteorológico Meteorológico Meteorológico Meteorológico

Relatório de Consumo Relatório de Consumo Relatório de Consumo Relatório de Consumo


Energia / Água Energia / Água Energia / Água Energia / Água

PACOTES ADICIONAIS

Previsão do Tempo Assessoria Meteorológica Imagens de Satélite - NDVI

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PLANOS E SERVIÇOS 32

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