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Resumo: Este artigo pretende expor a forma como o socilogo polons Zygmunt
Bauman em sua obra Comunidade aborda a noo de comunidade nas sociedades
contemporneas, afirmando a impossibilidade de realizao da definio clssica
de sociabilidade comunitria em tempos de Modernidade Lquida.
Primeiramente abordam-se as muitas definies do termo comunidade e a
dificuldade de efetivar as definies na sociedade contempornea fazendo-se,
ento, um paralelo entre comunidade e modernidade (aqui entendida como
contemporaneidade). Conclui-se a argumentao refletindo o multiculturalismo
como um fator de unidade, uma luz no fim do tnel que reacende a esperana,
a utopia.
1 Nos ltimos dez anos, a organizao social tem passado por mudanas polticas,
somam, no se acumulam nem condensam numa espcie de causa comum que possa ser
adotada de maneira mais eficaz unindo as foras e agindo em unssono. A decadncia da
comunidade nesse sentido se perpetua; uma vez instalada, h cada vez menos estmulos
para deter a desintegrao dos laos humanos e para procurar meios de unir de novo o que
foi rompido. A sina de indivduos que lutam em solido pode ser dolorosa e pouco
atraente, mas firmes compromissos a atuar em conjunto parecem prometer mais perdas do
que ganhos. Pode-se descobrir que as jangadas so feitas de mata-borro s depois que a
chance de salvao j tiver sido perdida (Bauman, 2003, p.48))
territrio soberano do Estado, parece cada vez mais destituda de substncia. (...) A
exposio dos indivduos aos caprichos dos mercados de mo-de-obra e de mercadorias
inspira e promove a diviso e no a unidade. Incentiva as atitudes competitivas, ao mesmo
tempo em que rebaixa a colaborao e o trabalho em equipe condio de estratagemas
temporrios que precisam ser suspensos ou concludos no momento em que se esgotarem
seus benefcios (BAUMAN, 2007, pp.08-09)
solidariedade esto gravados num dos lados da moeda cuja outra face mostra os contornos
nebulosos da globalizao negativa. Em sua forma atual, puramente negativa, a
globalizao um processo parasitrio e predatrio que se alimenta da energia sugada dos
corpos dos Estados-naes e de seus sujeitos (BAUMAN, 2007, p. 30)
6 Em outras palavras, o reconhecimento da variedade cultural o comeo, e no o fim da
Referncias Bibliogrficas
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