Faculdade de Cincias Humanas e Exatas do Serto do So Francisco

FACESF

Curso de Bacharelado em Direito 3 Perodo B

Professor: Flawbert Guedes

RAFAELA LEITE DE S

ANLISE DO JRI SIMULADO

 Belm do So Francisco,
2016.

No dia 06 de maio do ano de 2016, presenciei um jri, onde as partes manifestaram-se

em relao as suas teses sobre a EUTANSIA.
A primeira tese, foi a de acusao, que diz ter havido homicdio qualificado por
emprego do veneno, tendo tambm acontecido a instigao ao suicdio. E por fim, alegaram
que o principio da eutansia fere os princpios normativos da Constituio Federal Brasileira,
e tambm do Direito Penal.
Logo aps a acusao, ouvimos o pessoal da defesa que dizia que NO aconteceu
crime algum, pois ele usou do seu livre arbtrio, podendo decidir entre a vida ou a morte, pois
na tese deles no existe vida quando no se pode mais fazer o que se gosta, pelo fato de no
poder se locomover, pois as doenas seriam degenerativas.
Aps anlise dos duas teses e do caso que me foi apresentado, decidir julgar pela tese
da acusao, pois como j demonstrado, a nossa Constituio Federal trouxe para o nosso
ordenamento jurdico a previso de garantia e tem como principal objetivo a preservao da
vida e de todo ato que contra ela atentar. Dessa forma, o entendimento que se tem que o
direito vida deve ser protegido pelo Estado, detentor do dever fundamental de zelar pela
vida de todos os cidados, em face de quem quer que seja. Este instituto se enquadra dentro
do direito brasileiro como homicdio privilegiado, conforme disposto no art. 121, 1 do
Cdigo Penal:
Art. 121 - Matar algum:
Pena - recluso, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.
1 - se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou
sob o domnio de violenta emoo, logo em seguida a injusta provocao da vtima, o juz
pode reduzir a pena de um sexto a um tero.
Art. 122. Induzir ou instigar algum a suicidar-se ou prestar-lhe auxlio para que o faa.
Pena Recluso de dois a seis anos, se o suicdio se consuma, ou recluso de um a trs anos,
se da tentativa de suicdio resulta leso corporal de natureza grave.
Diante do exposto, decido por julgar que HOUVE o crime de HOMICDIO, que foi
cometido por ROSA, pois foi quem lhe 'ofereceu' o veneno, e que caso no seja admitido a
tese do homicdio que seja levado em conta a questo da INSTIGAO ao suicdio tambm
cometida por Rosa.