0 оценок0% нашли этот документ полезным (0 голосов)
34 просмотров3 страницы
1) O poema Dia da cidade de Wlademir Dias-Pino é composto por 48 páginas que representam os 48 anos da cidade de Cuiabá. Cada página apresenta versos dispostos em linhas de forma a misturar poesia e elementos visuais.
2) O poema explora a relação entre a cidade de Cuiabá e um livro aberto, representando a cidade como um labirinto tipográfico. Os habitantes da cidade são representados como "palavras-pedras sonâmbulas".
3) A le
1) O poema Dia da cidade de Wlademir Dias-Pino é composto por 48 páginas que representam os 48 anos da cidade de Cuiabá. Cada página apresenta versos dispostos em linhas de forma a misturar poesia e elementos visuais.
2) O poema explora a relação entre a cidade de Cuiabá e um livro aberto, representando a cidade como um labirinto tipográfico. Os habitantes da cidade são representados como "palavras-pedras sonâmbulas".
3) A le
1) O poema Dia da cidade de Wlademir Dias-Pino é composto por 48 páginas que representam os 48 anos da cidade de Cuiabá. Cada página apresenta versos dispostos em linhas de forma a misturar poesia e elementos visuais.
2) O poema explora a relação entre a cidade de Cuiabá e um livro aberto, representando a cidade como um labirinto tipográfico. Os habitantes da cidade são representados como "palavras-pedras sonâmbulas".
3) A le
EXCLUSIVO PARA CONSULTA. POR FAVOR, DEVOLVA. Disponvel em museudeartedorio.org.br
Dia da cidade um poema-cidade. a fora potico-formal desses poemas pr- intenso, que A Ave. Dia da cidade pode Foi escrito em 1948, no mesmo ano em intensivistas com o intensivismo de A Ave, no ser intensivista, mas no deixa de ser e que Wlademir Dias-Pino criou em Cuiab pode-se perceber que a fase pr-intensivista ter uma inten-cidade. Afinal cidade o movimento de vanguarda chamado se insinua na fase intensivista, que o antes beira de virar ave. intensivismo. A proposta do intensivismo prossegue depois e o depois no se separa do antes. Mistrios da intensidade e de seus Esse poema de 48 se compe de 48 pginas, era a afirmao de intensidades mediante processos. Dia da cidade difere, todavia, dos 48 anos-pginas, contadas na verso a liberao do poema do alfabeto das demais poemas pr-intensivos, por se fazer publicada em formato de livro, mas pensada palavras. Assim liberado, o poema aparecia mediante sucessivas dobras, em que escrita para ser o livro aberto de uma pgina do como superposio de imagens e de fontica vira e se desdobra em escrita visual imenso. Em cada uma delas, os versos se camadas, um pantanal de cdigos pelo e vice-versa. Encontramos aqui a antecipao mostram linhas e alinhamentos de palavras. qual no mais caberia decidir se questo de uma via plstica marcante para vrios Versos viram linhas, registrando como versos de poema visual, figurativo ou escultura. A param ao ver linhas e como linhas reviram outros artistas, como Lygia Clark, Lygia Pape Ave, poema realizado entre 1948 e 1956, versos. Esse poema entre linhas registra e Amlcar de Castro. Dia da cidade um foi assumido pelo poeta como o exemplo poema beira da intensidade no por uma de forma inesperada essa cidade Cuiab, mais intenso de seu buscado intensivismo. datao urgida pela teoria literria e pela cidade beira do rio de mesmo nome, do Frente intensidade de A Ave, Wlademir economia esttica de movimentos, mas por rio que um escudo indgena. A cidade considera o Dia da cidade um poema ser literalmente poema das dobras de papel um livro-matriz em permanncia, insiste de passagem do pr-intensivismo dos das esquinas da procura, como comentou Wlademir. No deve porm ser confundido primeiros poemas, Os corcundas (1939), A Wlademir esse poema, num outro poema de com um poema topogrfico de Cuiab, fome dos lados (1940), A mquina que ri nome A cidade. Dia da cidade o poema maneira de um Balzac, o Balzac de Italo (1941) e A mquina ou a coisa em si, este de uma intensa cidade buscando rumos Calvino, pois em jogo est mais a tipografia ltimo editado em 1955. Comparando-se para chegar ao poema da concretizao do da cidade do que sua topografia. Incisivas so as marcas do labirinto da cidade, a chegada, ponto-circunferncia de reunio e desenhando com ps de metal linhas e sua tipografia. Dia da cidade mais um concentrao. A questo passa a ser como traos mais rentes do que retos, pois cada poema tipogrfico de Cuiab, das marcas ler esse poema que cidade, essa cidade linha dobradia e soleira de entrada e
EXCLUSIVO PARA CONSULTA. POR FAVOR, DEVOLVA. Disponvel em museudeartedorio.org.br
e tatuagens, das inscries e dos arranhes que livro, esse livro que labirinto, como sada, vida e morte se tocando. Lembrando do labirinto chamado Cuiab, cidade e rio, chegar ao centro sem a ele retornar. mais uma passagem de sua metarreflexo, geodesia e pantanal, mquina e desmedido. Wlademir considera que os habitantes que assim seu registro inesperado, um grfico Na j mencionada reflexo sobre o poema, o saem desse livro-matriz, desse livro que que certos choques que minhas jovens pilhas poeta fala da importncia da sada/entrada labirinto, que alapo, so sonmbulos psquicas deriva receberam de uma cidade no poema sem intervalos (teia): tentativa de (imantados de lendas). Mas quem so carregada de fantasmas encurralados nos imobilizao da tenso e ainda sobre o esses habitantes sonmbulos imantados de confins das latentes distncias remotas, itinerrio cego dos meandros do crebro. lendas saindo desse livro? O que sai de livros como explica Waldemir o seu poema. Esse Assinala a importncia de se ler o poema so palavras. E desse livro-cidade-labirinto, poema tipogrfico de Cuiab um livro colocando-se na sua teia, sem procurar desse poema tipogrfico de Cuiab, o que que uma cidade que um labirinto, um intervalos, seguindo o movimento contnuo vemos sair so no apenas palavras, no livro escrito num ritmo alheio a tantos livros de versos que viram linhas e linhas revirando quaisquer palavras, mas: Palavras pedras modernistas transplantados. que, em vez versos, onde qualquer ponto ponto de sonmbulas. Palavras nesse livro-cidade- da tautologia da rosa que rosa de Gertrude entrada e sada, de luz e de sombra, de cor labirinto saem como o que so, pedras e Stein, encontramos no Dia da cidade a rosa e de forma. Ler um modo de imobilizar blocos de letras, linhas de tenso entre a passando da rosa a espinho do ritmo de a tenso. No de superar a tenso entre figura e o figurado, entre letras impressas e um centro sem retorno. Esse , segundo o leitura e escrita, no de decifrar cdigos o impressionante sem figura. E se a ambio poeta, o ritmo que deveria ter um habitante ou sobreposies, mas de imobilizar as do poema parece ser a de conseguir, de uma do labirinto. Esse livro-labirinto s pode tenses e, assim, guard-las em alta-tenso. s vez, ver tudo e olhar a cidade do alto, ser habitado h que sempre lembrar que Ler seria, assim, andar sobre fios de tenso, como se esta este livro nada mais fosse quando o poema cidade s possvel da alta-tenso de um cho exposto ao do que uma planta baixa, um plano-piloto ou ler ao habit-lo quando seu habitante, tempo, de um cho de ecos. o que um organograma urbano, a luta sonmbula seu leitor, tem o ritmo de um centro sem fazem os sonmbulos, esses pedestres que entre verso e linha, entre figuras de sentido e retorno. Um centro sem retorno um seguem o itinerrio cego dos meandros do sentidos sem figura, faz aparecer a fatalidade centro desempossado de todo atributo crebro, equilibristas sobre fios de alta- do livro: ritmo de dobras, quinas e esquinas, de centro: ponto amplo de partida e de tenso. Sonmbulo anda dormindo e, assim, interrompendo toda linha contnua dos sentidos. E mesmo quando o livro se abre essa forma de gua cega, como o sem sobre a potica do poema, o seu lugar na feito plano da cidade, longe de uma potica forma aparece no caminhar sonmbulo histria da poesia visual e grfica e sobre dos desdobramentos e continuidades, o que pelas formas e seus sentidos. Todo o sua busca de desalfabetizar as palavras no
EXCLUSIVO PARA CONSULTA. POR FAVOR, DEVOLVA. Disponvel em museudeartedorio.org.br
se v so riscos sem cor como se traados poema repete de algum modo em cada intuito de encontrar uma organografia no por peixes afiadssimos de rio, esses que pgina: o em si mesmo da ambivalncia: o da linguagem, mas do vir linguagem. Tudo ficam afiando as imagens pontudas. E, humanamente primitivo, sempre envolto isso e muito mais se pode dizer sobre esse de tatos e incerto de vidas, a tatuar poema entre linhas. Mas uma coisa ao menos nesses traados, linhas sem tinta compem, geograficamente o nosso planeta. o poema nos d por si mesmo: leitura com a tinta negra das linhas de versos e intensificada e escrita expandida. E com dos versos em linha, riscos de -pssaros No h como definir a entrada e a sada do esse presente, diz, entre linhas que o resto gravados no vento ________, gravura ntida poema. Dia da cidade no tem entrada nem processo, um amanh. de potica. Nessa procurada nitidez potica, sada porque toda palavra entrada e sada o leitor se descobre lendo o passar de um de um verso e todo verso entrada e sada trao a outro, de uma linha outra, de um de uma linha. Dessa cidade que livro que rumo a outro, e no os tentaculares (...) labirinto surge ao inesperado da flor um corredores de smbolos e os condutores tu imprensado e destacado, em sombr- espremidos dos significados. O que se l tu-as e senti-tu-mentos, dego-tu-ladas so as passagens, o que se v o vendo, o de ago-tu-(ra)nia, sob can-tu-saos, para processo mesmo de ler e escrever, processo lembrar que tu, leitor(a), leitura, caminho ele mesmo sem palavras e sem imagens, mas de sonmbulo equilibrista nas linhas vertidas, que no poema s aparece no cruzamento invertidas, divertidas e revertidas do poema. com as palavras e as imagens. a busca de encontrar na posio das palavras a Explicar o poema com discursos estticos, expresso do sem palavra, na posio das defender seu grau de intensivismo e imagens a impresso do sem imagem. concretismo, situ-lo no caminho potico Por isso, o labirinto desse livro-cidade rumo ao poema de processo, seja A Ave ele mesmo o cruzamento de labirinto e seja SOLIDA, conta mais da narrativa desmedido, de mquina e organismo vivo, esttica do que desse poema tipogrfico de homem e terra, de verso e linha, de figura da cidade beira de um rio, de um verso e no figura, de sentido e alm do sentido. beira de uma linha, desses versos em linha Na tenso de verso e linha, salta aos olhos e linhas de versos. Muito se pode dizer