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hannah arendt CRISES DA SBD-FFLCH-USP 255805 Sy Bz 2 perspectiva As nosso sistema politico, Emergéncias sempre esto por perto quando as insttuigbes estabelecidas de um pais deixam de funcionar adequadamente e sua autoridade perde o poder, e ¢ tal emergéncin que transformou, nos. Estados Unides de hoje, a assaciagao voluntiria em de- sobedineia civil © dissidéncia em resist8ncia. E do co- nhecimento geral que esta situag2o de emergéacia la- fente ou aberta predomina hoje — © na verdade tem ppredominado jé hé algum tempo — em muitas partes do mundo; 0 que & novo 6 que este pais ji nio € mais uma excegio. £ incerto se nossa forma de governo so- breviverd a este século, mas também & incerto que niio sobreviverd. Wilson Carey MeWilliams sabiamento dis se: “Quando fracassam as instituigbes, a sociedade po- Titica depende dos homens, © os. homens sto fragcis juneos propensos a aquiescer — se nfo a sucumbir — A iniglidade"™. Desde que 0 Pacto do Mayflower foi redigido ¢ assinado sob uma espécie diferente de emer- Eencia, as associagées voluntirias tém sido o remédio especificamente americano para o fracasio das institu 8s, para a inidoncidade dos homens e para a incerta natureza do futuro, Diferentemente de outros paises, esta repiiblica, a despeito do grande tumulto da mu- danga ¢ do fracasso pelo qual esti passando no presen- te, falvez ainda estgja de posse de seus tradicionais instrumentos para encarar o futuro com uma eerta dose do confianca. (2) OF. 9 26 90 DA VIOLENCIA 1 Estas reflexes foram causadas pelos eventos e de- bates dos Gltimas anos comparados com o background do século vinte, que se tornou realmente, como Lénin tinha previsto, um século de guerras © revolugdes; wm século daqucla violencia que se ncredita comumente ser (0 denominador comum destas guerras e revolugoes. Hi, todavia, um outro fator na situago atual que, embora no previsto por ninguém, & pelo menos de igual impor- tincia. © desenvolvimento téenico dos implementos da violéneia chegou a tal. ponto que nenhtum objetivo po- ico concebivel poderia corresponder a0 seu potencial destrutive, ou justifiear seu uso efetivo num conflito armado, Assim, a arte da guerra — desde tempos ime- moriais © impiedoso Grbitro final em disputas interna 93 i fascinio. O “apocaliptico” jogo de a entre = oe : ‘Como a violéncia — diferenciada de poder, forca 40, min, Has, Sats Cae", ee Cm, Ni Oe Engen Diviags Umsitmme “ier Wisenchalt (8), 94 i | i ' j euladas. © préprio fato de terem os aperfeigondores dos meios de destraigso chegado final a um nivel de desenvolvimento téenico no qual sua meta, ou seja, a guerra também esté em vias de desaparccet, gragas ts ncios eolocados a sua disposicao’, € como uma lem- tanga irdnica da onipreseate impreviibilidade. que encontramos quando abocdamos a questfo da violencia, AA grands rardo porque ainda existe guetra no é nem tum seereto desejo de morte da espécie humana nem uum irrepriwvel instinto de agressio nem, por timo ¢ mais plausivelmente, os séios petigos eeonbmicos © $o- ciais inerentes 20 desarmamentot, mas simplesmente 0 fato de que ainda nfo aparcceu um substiuto no ce nitio poltico para o dvbitro final em questdes intena- cionais. Ni estaria Hobbes certo quando disse: "Pac- tos sem espada sfo apenas palavras"? Tampouco 6 provivel que aparcga um substtuto cnquanto estiverem identiieados a independéacia nacio- nal, iato 6 a iseneto de dominagao estrangsira © a s0- berania do Estado, isto 6 a pretensio de total ¢ iimi= tado poder nas reiagdes extemas. (Os Estados Unidos dda Amétiea estdo entre os poucos paises onde uma aproprinda separasio entre liberdade e soberania € pos- sivel pelo menos em teoria, enquanto isto nao ameagar 4s proprias bases da repibliea norte-americana, Traia- dos extzrnos, pela Consituigo, sio parte integrante da Ici do pais, © — como observou o liz James ‘Wilson em 1793 ~ “o termo soberania, para a Constiuigdo dos Estados Unidos, & completamente desconhecido”, Mas os tempos de tio licido e altvo isolamento da in= guagem tradicional e da estratura conceitual politica do ‘stado-nagio europeu, passaram hi muito tempo; a he- pe rr ae eee Balint salir teas Geen see ee a CSRs SS Se ee St She ae are oe et at & ieeae. mares Se Re oe ne peste ‘borders “das site estas Se agian da ea ceed? “ee oe 95 ranga da Revolugio Americana esté esquecida © 0 go- Yemno norte-americano ponetrou de todos os modos na hheraniga enropéia como se fosse patriménio seu — esque cendovse, por desgraga, de que o declinio do poderio europe foi precedido'e acompanhado de bancarrota politica — a bancarrota do estado-nagao e seu conceito dp soberania.) Nao é argumento contra a ceducidade dda guorra o fato de ela ainda sec a ultima ratio — a ve- Tha continuagao da politica por meios violentos — nas clagées externas de palses subdesenvolvidos, © nio & nada consolador saber que $6 os pequenos paises sem armas nucleares ou biol6gicas ainda podem realizé-la. ido & segredo para ninguém que aquele famoso evento ceasual pode mais facilmente aparceer nas partes do mun- do onde o velho adigio “Nao h4 alternativa para a vi téria” retenha um alto grau de plausibilidade. estas circunstincias, ha poucas coisas mais assus- tadoras do que 0 incrivel erescimento do prestigio dos cstrategistas com mentalidade cientiics nos Consethos governamentais nas dltimas décadas, O problema niio & que oles tenham sangue frio suficiente para “pensar © impensivel”, mas justamente que eles no pensam. Em vez do so entregarem a esta atividade tao improces- ssivel ¢ fora de moda, eles operam com consequéncias de certas suposigses hipoteticamente acoites, sem serem capares, no entanto, do provar suas hipéteses em ocor- réncias reais, A falha l6gica destas interpretagbes hipo- téticas de acontecimentos futuros & sempre a mesma: }6 que no inicio aparece como hip6tese — com ou sem suas alternativas implicitas, dependendo do grau de so- fisticagio — se transforma imediatamente, depois de uns poucos parigrafos, num “ato” que por sua vez cria uma série de no-fatos similares com 0 resultado de tomar esquecido todo o carter paramente especulativo de todo o empreendimento. Desnecessdrio seria dizer ‘que isto nfo 6 ei€ncia, mas pseudociéncia —~ “uma de- sesperada tentativa dis ciéncias sociais ¢ do compor- tamento”, no dizer de Noam Chomsky, “de imitar os twagos superficiais das cincias que realmente tém con- teddo intelectual significative”. Mas a mais dbvia ¢ “profunda objec a este tipo de teoria estratégica nao sua utilidade limitada, mas o perigo de nos levar a ferer que temos uma compreensio dos eventos ¢ um controle sobre seu fluxo, que na realidade no temos", 96 como observou recentemente Richard N. Goodwia sum artigo ctitico que teve 0 taro mérito de descobrir 0 “humor inconsciente” cacacteristioa de muitas destas pomposas teorias pseudocientiticas, Eventos, por definigdo, so ocorréncins que inter- rompem processos e procedimentos de rotina; somente ‘um mundo onde nada de importante acontece poderia totnar-se realidade o sonho dos futurdlogos. Previsées do futuro nfo so mais que projegoes de processes e pprocedimentos automitices do presente, isto é proje~ ses de ocorréncias que provavelmente desvanseem. $2 6s homens nfo agem, ou quando nada de inesperado aoontece; toda ago, qualquer que scja, © todo acidente, ecessariamente destroem por completo o modelo em cuja estrutura a previ ia”, fe lizmente ainda 6 verdade. E excede ainda mais clara- mente 0s célculos dos peritos.) Chamar estes aconte- cimentos inesperados, imprevistos e imprevistveis de “eventos casuais” ou Ye ‘iltimos suspiros do passado”, condenando-os 2 inrelevancia ow & famosa “lata de lixo dda hist6ria”, é uma velha trapaga; a trapaga som diivi- dda ajuda a esclarecer a teoria, mas ao prego de afasté-la cada vez mais da realidade, O perigo 6 que estas teo- rias ndo somente so plausiveis, pois reticam sua eviden- cia de tendéncias atuais realmente discerniveis, mas tam= bbém que, por causa de sua solidez interior, possuem tum eleito hipnotico; pJem a dormir nosso bom senso, gue outra coisa no & sendo nosso érgio mental de percep, compreensio © trato com a realidade © 0 conereto. _,._, Ninguém ocupado em pensar sobre hist6ria ¢ po- litica pode ficar alheio ao imenso papel que a violéncia sempre desempenhou nos assuntos humanos, © a pri- meita vista € surpreendente como tal violencia € rari ‘mente escolhida para consideragSes especiais®, (Na slti- tna edigio da Enciclopédia das Ciéncias Sociais, “vio lencia” ‘nem sequer ameaga constar.) Isto mostra até Sohn Saino ae ener ee ” aus ponto a viléncin o suas abiteaiedadestém sido le fades em conta, © conseqdentement, como t6m side epligencadsss nfo so intrroga ou investiga 0 que € vite para todos. Os que. viam somente violencia fos assunfos humanos, convenes de que spre cram “asuis, pouco stios imprecios” (Renan) on on veacidos de que’ Deus sempre extava com 0 balalhdo Tslor, nfo tnham mais nada a dizer sobre villa or Hiri, Qualquer pestoa, procorando por algima espéeie de sentido nos restos do pasado, ere qunse shrigada 4 ver 4 violéacn como um fenOmieno arg aul. Quer sa Clatsewit, chamando a guerra de "eon tinuagao da poles por out melo", on Engels, Je- finindo a violencia como 0 aedlerador do desenvalvi- mento economic’, 4 enfase est na continuidade po- iige ow exonbOmica, na coatnuidade de un. processo gue fia determinado por aqullo que precede 0 agi0 Mfoteta, Dest forma, estudisos de reltbesintenavio- Iai consieravam at reeentemente que "eta ‘uma mi ma que wina eeslugio militar discordant das fonts Calturals mats profundes do poder nacional nfo pode- Fla ser ealvel e que, nas palavras de Engels, “onde fuer que a esta de poder don pats confite com seu desenvolvimento eeondmica” € 0 poder pobtico eom Seus melos wolentos que seré derrotado Hoje em dia todas esta afimagées sobre a rela- séo entre guerta © poien ov ene vilEacia poder {maransse inaplicdves. A’ Segunda Gustra Mundial no fol sequida de paz, mas da guerra flaw do esabe- Tecimento do complexotabalhist-industal-nilitar- Considerar "a priondade do potencal Bélen como pneipal forga esteotral da sociedad, sustentar que Estemas econdmicos,filouoias polis e corpora juris ampliam e ausilam © ssteia-do_guerra, © 0 0 Con- trio" conelur que "a gueca emis € 0 sistema social bisco’ dentro. do qual outros modos secundfrios. de rgnalzago socal confitam oa conspeam” — tudo isto Son mais plausivel que as formulas do slo XIX de Engss ¢ Cusewita, Mais concusivo mesmo que sim- ples inversio proposta pelo autor anbnimo de. Report From Tron Mountain — om ver da guetta ser "uma exten da diplomacia (ou da plies, ou da procura 2) Yer Baas, op, it, Pat th, Ca, 6 GB Wet 96 I mes em 98 Tos (Grier de aro da gucra, Como Sakharov, “uma gusta fermo-macearnio pode sr eon Sider umn continsagio da police Por outos mcs (Conform a formuly de Cintswiz). Seria um meio Sabemos,além iso, que “algumas armas pode- vam climinar toda a8 outa fonts de poder naonl magne segundo" que foram erindas nas OLS fas at qua capactariam “"pequenosprapos de I: dios, a vata balanga eaten e soiam Dsl te bats para serem prods por “nage impossible tadas do desenvolver Forgas usteares de stage” ve "eno do. poueos ones” sokiados robts tonto os “Soldados humanes completamente obsoleios"™, © que por fin, na guerra convenconal os pases pobiss Si0 fmvto menos vulntives que as granges polenta jus tamente por serem “aubdetenvelvlie, © por se 0 8 peviondade nica mais una deicicis que um = Garson sera de gcras™ Todas elas novidades descencertantes demonstra uma completa inversion rela entre poder © wolencia, cspogando uma cura Inverato. no eaconamento fuga caro pequeas. © grandes potosas Asc de vcaca & dspongso de um determinado pals logo poders dear ser ua Inigo segura du focga do pals ou uma garatia se gra conta destuio. por potscas subsancilvents menor © mas rain, fo tm uma festa semshan- Ga com uma das man antiga percepydes da icin po- ica sto 6, que'o poder nfo’ pod ser medio tm (cr monde pronptidae, que a prosperiade excessive pods dsgasiar 0 poder, que at riguezss sfo espeiamiente perigosis arn o poder e benestar das repsblens =~ tina pereepgio que nfo perde ei validade por ter sido squsida, xpelaimente mutta época em gue sa ex tio ganhow uma nova dimensto de vaidade por ter te tortado apie também a0 ortenal da vec, rece EMM Aad, Pre, Conte, a ura G0) Wha 12) Tram, MW, "Robot on the Meh". Jat Chak. OP. (0), evens, Vind, Te Poor Max's Powe”, Jn: Cate 99, BD/FFLCH/USP| Por mais que a violeacia tenha se tornado um ins trumento incexto ¢ dabio em rslagies internacionais, gx- shou reputagio © simpatia em assuntos domésticos, especialmente no que trata de revolugées. A poderosa retorica marxista da Nova Esquerda coincide com o re- soluto crescimento da conviegio proclamada por Mao ‘Tsé Tung, sem nada a ver com Marx, de que “o poder nase do cano de um fuzil”. Natorsimente Mart co- nhecia o papel da violéncia na histéria, mas para cle era um papel secunditio; o que traria o fim da velha sociedade ndo eta a vielgncia, mas as contradigdes ine- rentes a esta sociedade, © surgimento de uma nova s0- ciedade seria precedide, mas no causado, por vielen tas insurreigdes as quais ele comparou as dores do par- to, que precedem, mas obviamente nio eausam, 0 nas- cimento orginico. Da mesma forma, ele considerava 0 estado como um instrumento de violéncia sob o coman- do da classe dominante; mas o verdadeiro poder da classe dominante no consistia de violéncia ném se fia- vva nela, Era explicado pelo papel que a classe domi- nante desempenliava na sociedade, ou mais exatamente, pelo papel desta no processo de produgio, Tom sido uito notado, e algumas vezes deplorado, o fato de que a esquerda revolucionéria, sob 2 influéncia dos ensina- mentos de Marx, excluiu 'o uso dos métedos violentos; a “ditadura do proletariado” — francamente repressiva nos eseritos de Marx — viria apés a revolugio ¢ deve- ria, como a ditadura romana, durar um petiodo estri- tamente Timitado. O assassinio politico, a menos de alguns poueos atos de terror individual perpetrados por pequenos grupos de anarquistas, era principalmente ‘uma prerrogativa da direta, enquanto levantes armados ‘organizados constitufam especialidade dos militares. A cesquerda estava convencida de que “toda conspiragao ‘ao somente ¢ inGtil mas também prejudicial. Eles (sa- biam) muito bem que revolugdes nfo so feitas inten- clonal ¢ arbitrariamente, mas que sempre foram, em toda parte, 0 resultado necessério de circunstincias inteiramente independentes da vontade ou da orientagao Ade partidos especificos ou classes”, wD samo chan de Romy am mamcio de 100 Ao nivel da teoria havin algumas excegdes. Geor- 22s Sorel, que no comego do século tentow associar 0 marxismo com a filosofia bergsoniana de vida — 0 e- sultado, ainda que num nfvel bem mais baixo de sofis- ticago, & estranhamente semelhante & conhecida amal- gama de Sartre do existencialismo com © marxismo — considerava a luta de classes ern termos militares; ter= ‘minow propondo algo to violento como o mito da gre- ve geral, uma forma de aco que hoje ditfamos perten- cer a0 arsenal da politica da néo-violéncia, Hi cingiien- fa anos attés, este modesta proposta valeu-Jhe a reputa- ‘gio de fascista, nflo obstante seu entusidstico apoio a Lénin © 2 revolugio russa. Sartre, que no seu prefaicio de Os Condenados da Terra, de Fanon, vai muito mais Jonge na glorficagio da violéncia que Sorel, no sew fa- moso Reflexdes sobre a Violéncia — mais Tonge mes ‘mo que o proprio Fanon, cuja argumentagie cle pre- tende usar na sua conclusio — ainda mencfona ‘as elo- ccugdes fascistas de Sorel”. Isto mostra até que ponto Sartre ignora sew desacordo basico com Marx na ques Go da violéncia, especialmente quando afirma que “ Aéncia irteprimivel, .. 0 homem recriando a si mesmo", que & auravés de “icia demente” que os “condenados dla Terra” podem “tornae-se homens”, Estas idéias todas sto muito singulares, pois a idéia do homem criando-se a si mesmo esta rigorosamente na tradigdo de pensa- ‘mento de Heg:l ¢ Marx; 6 a propria base de todo hu- manismo esquerdista. Mas segundo Hegel, 0 homem “produz” a si mesmo através do pensamento™, enquan- to que pata Marx, que virou 0 “idealismo” de Hegel ae cabesa para Balto, 6 0 trabalho, forma humana de ue cumpre esta fungio. ‘de homem criando a si mesmo possui a revelta contra & propria fatuaidade da condig mana — nada § mais ébvio do que o fato de o sm, seja como membro da espécie ou como ind 0, ndo dever sua existéncia a si mesmo — e tanto, o que Sattre, Marx ¢ Hegel tém em comtt és 8 eke ei ei aaah 101 assim nfo se pode negar que hi um abismo separando ‘a atividades essencialmente pacificas de tx e tei Sartre para mostrar que a nova tendéncia ara a violéncia no mode de pensar dos revolucioné- Tos pode ficar desapercebida até mesmo por um dos seus mais representativos e expressivos porla-vores", 0 que & digno de nota por nio se tratar evidentemente de nenhuma idéia abstrata na historia das idéias. (Quan- do se vita 0 conccto “idealist” de pensamento de te bega para baixo, pode-se chegar 20 conceito materialis- ta de trabalho; nunca se chega & nogio de violencia.) Sem divida do isto tem a sua propria logica, mas & uma Tégiea gue brota da experiéncia, e ests experién- cia era completamente desconhecida para qualquer ge- ago antetior. © pathos ¢ © éan da Nova Fsquerda, suas credi- bilidades, de certo modo esto intimamente ligados a0 fantistico desenvolvimento suicida das armas modernas; esta € a primeira geragdo a crescer 4 sombra da bom- ba atOmica, Eles herdaram da geragio de seus pais a cexperigncia de uma maciga intromisséo da violéncia eri ‘minosa na politica: eles aprenderam nos colégios e uni- vversidades sobre os campos de exterminio © concentra lo, sobre genoeidio e tortura", sobre a indiscriminada ‘matanga de civis ne guerra, que nio pode deixar de ocorrer em operagées militares modernas, mesmo quan- do restringidas a armas “convencionais”. A. primeira reago deles foi de retragio contra qualquer forma de violéncia; um casamento quase natural com a politica da ndo-violéncia, Os enormes sucessos deste movimento, especialmente no eampo dos direitos civis, foram imita dos pelo movimento de resisténcia contra a guerra do Vietnd, que se tormou um importante fator aa determi- nagio do clima de opinito deste pais. Mas ndo € se- agredo que as coisas mndaram desde entfio, que os adep- G9) Mer ata 1p GB Bis Eine ota eae on wets ay 2 rel” adore rcs Some Siglar"50 "ran gh ttas etademas serena Op elt p38 102 tos da néo-violéncia esto na defensiva, ¢ seria fit di ‘zor que somiente os “extremistas” esto cedendo & glori- Fieagio da violencia e descobriram, como os campone- ses, argelinos de Fanon, que “s6 a violéncia compen- (0s novos mitts foram demncindos como ana cuista, aii, fasoay verelos, neay so Yom muta propidade, “deters de méquinag La ate 6 Oe exudate repitarn com dona gual mente ssn sentido extado pot” ou “aston le tte do fin do capitalism” gon bem mais pro prsdad,"odedade de conn Toon co fates Soci ¢ pscldges foram culpados pelo comport mono devs“ multa pensive em a eds nes Estados Unidos ¢ ia ragio explosive cones © exer de nordade na Alero Joy le de berdade na Buropa Ose muta erdade no Oo dent, dass fle de raul para entadantes do soctologin nn Franga a superabundanci do carla ti quase todos ot eampor nos Eutos Uniden pe Teeendo ado into bastante plas no loa mas da Tamene cont pal ato de sr a etuhay catia: {um fenneno global, Un denominador com Soci dy movirento pase fra de cogagao, mos € verdad te pcologintent eta geracio so arate om toda parw pela mais pra coragon, um eopntoso dae de fa0 © um aomence opntosaconiange na pos see ema Me 0, SEP BRE cn ray i te a ee page Sri, 4 fe, Sanne Stes reat in WEEE Sort ae 103 udanca®’. Mas estas qualidades nfo sio cau dadas Por esta gerayio patecem nfo somes i tes de deszer eas desatross,consegioncis emia propria teonoloa, mas ehegaram a wim ponto tal em ea"acsenvlvimenio qe “qualquer droga de cola gus $2 tagn pods se tcansfonmar em guvera™™ (Dor exo fda‘ dais importants para iferiade day univer Silndos "quo dee Wo Senador Fulbright tatam 2 confiznga pblicn quaido se tomarhm dependantes dos projets de pesquisa finuneaden pelo gverna™ — do’ que um divorciorigorosamentevbservado de. pes vs orenadas para guerra e qusisgue empendl thontos ans, mas seri ingenuo spor que to muda: she nt da cin mdran pt a goss, o-weatnente inginuo ceria nepar que Ie mitagto reste bom poderalevar a us gueds dos padroes das univereiiader™ A. Galea cana a que este Eivorlo nd Tovara sera a rerada_gera dos fondos fede, pat or (2) at spate aa ao ¢ pcos sx ota ‘Sedit"in'camng' da temsreaghe suse. d ino Tega A” area {isto de Beg Soe a Belieey? Phe batie‘of People's Park: New York Review of Books, 1B Fe a eee : eo Ho Treen “MCL, no New York Times Sosa, My Ver apie ¥, i, pats ob fberetas de adinuse fhidade groga para definir as formas de governo como 5 dominio do homem sobre 0 hemem dominio de tin ou poucos na monarglia e oligarguia, ¢ do melhor bw de muitos na arstocacia © na democracia, Hoje de- Semos aetescenfar a itn forma de fal dominio, tl- vera sais terivel! a burecracia ob 9 dominio de um Jnttineado sistema. de dopartamentos no. qual nenbum homem, ert o tnico nemo melhor, nem poucos nem tutes, pode se-consderado fexpontvel, € que pode- " nado de in Tin uc ina prestar contas de si mesmo, o dominio de sm & 0 mais tirinico de todos, ja que no hi seq aém a quom se possa pergumtar o que esté se fo. Beste estado de coisas, que torna impossivel 19 i responsabilidades e identificar o inimigo, que is poderosas da rebelde inquict tos iPr he i Ca ke as ‘Pantene ead eufn ne poi rae, 8 redo -aia ESHER SHEEN Ps Pehle ce bps See U8 fonfirmado e fortalecido pelo acréscimo da iebraico-eristi ¢ sua “concopeiia imperativ ie conceito no fo} inventado pelos “reall tticos", era antes o resultado de uma generaliza ito anterior e quase automética dos “Mandament Deus, segundo a qual “a simples relagio entre ord identificar_a esséncia P. Por fim, convicgées cientificas © ngs rolativas. Aanatuc ‘coberkae sobre um congenito instinfo de dominagao fe uma inata agressividade no animal humano, foram ‘a da obediencia”, o ele se refere pdos de fnimo... um, 0 desejo de exercer re 0$ OULFOS; o oulrO.".. a nfo disposigao de! poder sendo exercido sobre si”, Fiando-nos = que o instinto de submissio, um desejo ardent! decer e ser dominado pelo mais forte, & pelo me roemiinente em psicologia humana quanto o des poder, ¢ politicamente talvez seja mais relevante lagio “Ele esté apto para governar, pois js eves”, algumas verses do qual parecem ‘er si hecidas em todos os séculos © nagées", pode indi Reci- ‘procamente, uma forte indisposicao a obedeccr & fre- Giientemente acompanhada por wma igualmente forte indisposigao para dominar © mandar. Historicamente falando, a velha instituigho da economia escravista se- ria inexplicavel na area’ da psicologin de Mill. Sua fl- nalidade exprossa era libertar os cidadaos dos afazoros domésticos © permiti-los penetrar na vida publica da ‘comunidade, onde todos cram iguais; so fosse verdade ans Ebene Tel tlc, Toke M. erin ti ke The Lapa. af on Repesenative Covemment (861), Liberal 19 ue nfo nade melhor gue dar ordens e dominar os see anata nunca se afi de sts nants 60 msieoe it, no entnfo, uma outa tadgfo © wm cut vocals menos velos € verily Oto & TRladeestado de Atenas chamow sus constitu de Sorferma ie povemn, unhatn ent mente m conto SE poder eet ca exénen nfo se vam st radnrobeditnca © nie ientfcan pose com dom nip ou fa com ordens_ Os revolucionri do. seulo deyoto secorarin a exes exempos quando sevsaram Sr argues cage econsatam om fora de gover, um repibtien, onde © dominio dn epee Eno no poder Jo ovo, pris um fim ao dorinig do ome sobre-9 homer, ue cis ache ser om sis também ee flea obediéocia — oboliénie 3s 18 thy vere fos homenss ts o que feaimene queria dive fa apoio 4 eg hs gus eoletidade ta dao terdatamene sgondsional obedient” gue um a0 Me wren pode igi a obediénln com a asl tnlo suminos> pode sontar quando bite minha ear acon aj Ge uma fact roubs ui banco a {ate revolver o apoio do povo que empresa. poder $e dniges de um pais © ee apo nfo 6 mae ale 2 comiazagdy do contentinento que denis, deo on gem is loa: No govern represenaiv, © povo SPO mente contola oy que governa. Todas situs pullers sao manifesagoc e matcraeagies de pode, Retrcam e decaem quando o pode vivo do pov east Eoies sustontar Ret Sto o que Madison queria dizer Som Stoo os ovetnosrepousam na pina" tovverdaero tanto para at : la maioria & u como assinala Jouvenel: "0 rei, 120 nina a todos, precisa de auxiliares para as questdes de violéneta, embora seu mimero possa ser bem restito.) Contudo, a forsa da opiniz, isto é, o poder do gover- tno, depeade de quantidade; € “proporcional 2 quanti- dade com que esi associada™, e desta forma a tirae nia, como descobriu Montesquieu, & a mais de. governol yoleseja, tuma demoerncia sem uma constituiglo, pode ser terrivel na supressio dos dircites de minorias © muito eficaz na sufocagao de dis sengok itima nunca 6 possivel sem instrumentos, F muito engae rhoso dizer, como se faz freqllentemente, que uma pe- jquena minoria desarmada conseguiu, através de meios violentos — gritendo, tumultuando, etc. — dissolver aulas-conferéacias repictas, cujos participantes em sua esmagadora maiorin tinham votado por meios de ins- trugio normais. (Num caso recente numa universidade ‘mesmo tun nico “dissidente” entre cente- lantes que poderiam reivindicar tio estranha vit6ria.) O que realmente se passa nestes casos é algo muito mais sério; a maioria simplesmente se recusa a usar seu poder para subjugar os desordeiros; 0s pro- cessos académicos entram em colapso, porque ninguém tem vontade de fazer qualquer outra coisa pelo status quo além de levantar 0 dedo para votar. As universi Gudes estio contra a “imensa unidade negativa”, & qual Stephen Spender se refere em outro contexto, Tido isto prova que a minoria pode ter um poder potencial mui to maior do que se ig opinio. pablic, fasta imaginar o que feria acontecigo se_um judeu, ou alguns deles, desarmados, tentassem dissolver na ‘Alemanha pré-hileriana a conferéneia de wn professor antisemita para que se entenda 0 absardo deste pala ‘reado sobre peqienas “minorias militantes”.) B, na minha opinio, wm reflexo triste da atual situagdo das ciéncias polfticas 2 ndodiferenciagio, pela nossa terminologia, de palavras chaves como “poxler", “fortaleza”, “forga®, “autoridade”, e finalmente *violen- cia” — todas as quais se referem a fendmenos dist tos, diferentes, e dificilmente subsistiriam caso eles niio texistissem, (Como dizia d'Eatreves, “Yorea, poder, auto- ridade so palavras a cujas exatas implicagbes nao se a muita importineia em conversas comuns; mesmo os Imaiores. pensndores as empregam 2s veres indistinta- mente, Entretanto é justo preswmir que se referem @ propriedades diferentes © seus significados deveriam ser Evidadosamente avaliados e examminados. (...) O uso correto destas palavras nfo € s6 uma questo de gra- Imitica, mas de perspectiva histériea™®.) Usi-las como findaimos indien nao somente uma certa surdez para Significados linglisticas, 0 que ja seria bem grave, mas também resulta muma espécie de cegucira para as rea- Jidades a que corzespondem, Fm tal situagio € sem- pre tentador introduzir novas deinigdes, mas — em fa eu vd brevemente ceder a tentacio — o que esti envolvido nda 6 simplesmente uma questio de conver- sa descuidads, Atrés da aparente confusio esti uma firme conviccdo A cuja luz todas as distingSes sao, quan- do muito, de menor importancia: a conviegao de que © mais erucial problema politico 6, © sempre foi, a questo de Quem domina Quem? Poder, fortaleza, forga, autori= dade, violgncia — nfo sfo mais que palavtas para indi- far os mcios pelos quais © homem domina o homens Estes termos dados, no nosso contexto, podem set cenumerados como segue: 1, OF lee Coma ain 122 Poder eorresponde & capacidade humana mio so- mente de agir mas de agir de comum acordo. O poder nunca 6 propriedade de um individuo, pertence a um ‘grupo e existe somente enquanto o grupo se conserva tunido. Quando dizemos que alguém esta “no poder”, queremos dizer que esta autorizado por um certo a6 ‘mero de pessoas a atuar em nome delas. No momento fem que o grupo do qual se originow a principio 0 po- der (potesias in populo, sem 9 povo ou um grupo ido hd poder), desaparecer, “seu poder” some também. No uso comum quando nos referimos a wm “homem pode- oso” ou a uma “personalidaile poderosa”, jf estamos cemprogando a palavra “podox" metaforicamente; © que queremios dizer sem a metifora é “fortaleza”. Forialeza sem divida desigaa algo no singular, uma ‘entidade individual; € uma propriedade inerente um objeto ow uma pessoa e pertence ao seu cardter, 0 qual pode-se provar em relacdo a outras coisas ou pessoas, ‘mas é essencialmente independente delas, A fortaleza do mais forte individuo sempre pode set sobrepujada por lum grupo, que muitas vezes se forma com a tnica fina lidade de arruinar a fortaleza precisamente por causa de sua peculiar independéncia, A quase instintiva hostili- dade de vicias contra um’ tem sempre sido attibuida, de Platio a Nictzche, ao ressentimento, & inveja do fra- co pelo mais forte, mas esta interpretnedo psicolégica rio atinge o alvo, Esté na natureza de tm grupo ¢ no seu poderio de voltar-se contra a independéncia, a pro- priedade da fortaleza individual. orca, que em conversas dirias usamos quase sem pre como sindaimo de violencia, especialmente quando 1 violencia serve como meio de coaco, devia ser re- servado, em Tinguagem terminologica, para as “forcas la natureza”, ou para a “fora das citcunstincias” (la force des choses), isto 6, para indicar a energia des- prendida pelos movimentos fisicos ou sociis Autoridade, que se refere a0 mais ardiloso destes fenémenos, ¢ que, portanto, & 0 termo mais maltrata- ‘do, pode ser aplicado em pessoas — existe algo assim oy saeco Siar itial dandaes at aalae ieee, Ke, tesa Krk Saco fade bse 123 como a autoridade pessoal, como no caso das relagies tntee pai e fill, entre professor ¢ aluno — ow pode ser aplicado a cargos, como no senado romano (auto: rictas in senatt), ov nes cargos hierirquicos da igreja (um padre pode dar absolvigio valida mesmo que este- ja bébado). Sua garantia € 0 reconhecimento incon icional daqueles que dever obedecer; nao é necessi- rig nem coagéo nm porsuasio. (Um pai pode perder sua autoridade tanto hatendo no filho como teatando argumentar com ele, ou seja, tanto se comportando co- mo um titano como tratando a erianea como um igual.) Consorvar a autoridade requer respeito pata com a pes- soa ov 0 cargo. O pier inimigo da autoridade & por- tanto, o desrespeito, ¢ o modo mais seguro de miné-lo & a risada”, Violéncia, por fim, como ja disse, & diferenciada pelo sew carter instrumental. Fenomenologicamente esti proxima de fortaleza, uma vez que os implemen- tos da violgncia, como qualquer outta ferramenta, sto projetados © usados para multipticar a fortaleza natu- ral até que no sitimo estigio de sew desenvolvimento possam substitu. Talver no seja supérfluo acrescentar que estas dit tingées, ainda que de modo algum arbiteirias, yuase nunca ‘correspondem a compartimentos estanques 00 mundo real do qual, contudo, so extratdas. Assim, 0 poder institucionalizado em comunidades. organizadas Froqiiontemento surge na forma de autoridade, exigin- do reconhecimento instantineo e incondicional; neuhu- SESSA EEMUUTSCY Sate, Weopeternanateaman! Pet rive goles em eon. nfosvoknton A univesas ok ea pr styl ume eas re ete fet Vr "ohe tari’ ce etoile 3 rg ne 124 mma sociedade podria funcionar sem isto, (Um peque- no € ainda isolado incidente em New York mostra 0 que pode acontecer se a autoridade auténtica om rela Ges Socias sucumbe ao ponto de no poder mais fun- ionar nem mesmo em sua forma puramente funcional ¢ derivativa, Uma pequena pane no metré — as portas hum dos ttens nio funcionaram — se transformou nu- mma sétia parslizagio da linha durante quatro horas © envolveu mais de cingiienta mil passageitos, todo por- que quando as autoridades de trafego solicitaram a estes que abandonassem 0 carro defeituoso, eles simplesmen- te se recusaram"®,) Ademais, nada é mais comum, co- mo veremos, do que a associagio de violéncin ¢ poder; nada é menos freqiiente que encontré-los em suas for- mas puras e, conseaiientemente, extremas. Disto nfo ddecorve que suteridade, poder e violencia sejam mes- Entetanto deve-se admitir que é tentador pensar tem poder em termos de ordem e obedineia — e desta forma igualar poder ¢ violéncin — discutindo sobre 0 gue na verdade 6 apenas um caso especial de poder — 0 poder do governo, Uma vez que tanto em relagées exteriores como em questdes domésticas a violéncia aparece como um Gitimo recurso para manter 2 estru tura do poder intacta contra individuos desafiantes — © inimigo externo ou o criminoso native — parece na verdade que a violéncia é um pré-requisito do poder © © poder, nada mais 6 que uma fachada, uma Tava de ve- Iudo que, ou encobre uma mio de ferro, ou mostrar’ pertencer’a um tigre de papel, Observando mais aten- famente, no entanto, esta idéia perde muito de sua pl sibilidade. Pata 0 nosso prop6sito, o hiato entre teori e realidade & talvez melhor itustrade polo fendmeno da revolugéo. Desde © comeco do século, of teéricos tém nos dito que as chances das revolugées tem deerescido bas- fante, na mesma proporgio em que aumentou © poder destrutivo das armas & disposig#e unicamente dos go- vernos", A hist6ria dos diltimos setenta anos, com seu (@) Ver 9 New York Tine do 4 de ano de 106), 906 2. (9) Pau hates relinesoie'y sets ny eles Snes sob, “Ants See's Shin tadashi: FRealscpenig dp aps ge pont eeu ae era Woe © faheutietns tees & fers in‘ieaanie Bi faded StS Ss tsctsno Apes) qulguer feats node pet hm 9a 25 indrio recorde do revolugses bem sucedidas ou pio, mostra uma coisa bem diferente. Seriam malucos fos que tentaram, mesmo com uma desvantagem tio grande? FE abandonando os exemplos Ue sucesso total, ‘como se poderia explicar até mesmo um sucesso pai cial? © fato € que o abismo enire os meios de violén- fia do estado © 0 que o povo consegue juntar por si mesmo — de garcafas de cerveja a coquetéis Molotov © rovélveres — sempre foi tio grande que melhorias téenieas nfo fazem quase nenbuma diferenga. As instru ges do compéndios sobre “como fazer uma revolugto” huma progressio passo a passo da dissengo a conspi- 5 tEncin ao Ievante armad, slo todas bar extras superioridade do governo sempre foi absoluta; mas esta superioridade 36 dura enquanto a estrutura “de poder do governo estiver intacta — isto &, enguanto as ordens orem obedecidas e o exércita ¢ a policia estiverem pron- tos a usar suas armas. Quando ji ndo & mais este 0 caso, a sitvagio muda abruptamente. A rebelido nao 36 nfo € vena, mas também os proprios. armamentos imudam de maids — e algumas vezes, como na revolt Gio hingara, em questio de horas. (Deveramos saber Bastante sobre isto aps tantos anos de lula fatil_n0 Vicini, onde. por um longo tempo, antes de reccber ajuda maciga dos russos, a Frente de Libertagio Nacio- nal. nos combatia com’ armas fabricadas nos Estados Unidos.) Somente depois que isto acontece, quando & dsintegragio do governo no poder permite aos ebeldes se armarem, se podo falar cm “levante armado”, que muitas vezes nfo chega a ocorrer, ou ovorte quando niio € mais necessirio, Onde as ordens 920 20 mais obedecidas, os meios de violEncia sio indteis; e a ques- tio desta obediéncia néio é resolvida pela relagao orcem- viotéacia, mas pela opinido, ¢ naturalmente pelo mii mero de pessoas que a compartiliam, Tudo depende do poder atrés da violéncia. © repentino e dramético a) Steet cae. co ornate, Sek at, Bi) Viuit grova o €ceatn an preva orkena, com svbutaioso colapso do poder que anuneia as revolugSes revela mem lampejo como a obeadiéncia civil — as Tes, instieuigoes, dlitigentes — nada mais & que uma manifestagdo exte ‘de apoio © consentiment, Onde o poder se desintegra as revolugSes sio pos is, mas nio obrigatérias. Sabemos de ruitos exem- pos de regimes absolutamente impotentes que conti ‘muatam existindo durante longo tempo — ou porque 1nGo havia ninguém para testar sua fortaleza ¢ revelar ua fraqueza, ou porque foram yenturosos bastante para wo se meterem em guerra o serem derrotados, A desin~ tegracdo muitas vezes s6 se torna manifesta na confton- tragio diteta; © até mesmo entéo, quando © poder jé sti jogado na rua, 6 necessério um grupo de homens preparados para esta eventualidade, para recolhé-lo © assumir « responsabilidade, Recentémente testemunha- ‘mos como bastou a rebeliio dos estudantes. franceses, essencialmente ago-violenta e relativamente inofensiva, para revelac a vulnerabilidade de todo o sistema po” Iitico, que rapidamente se desintegrou ante os expantados ‘thos dos jovens rebeldes. Sem o saber tinham posto & prova o sistema; tudo que pretendiam era desafiar 0 e5- lerosaclo sistema universitirio, & veio abaixo todo 0 sistema de poder do governo junto com o das imensas bburocracias dos partidos — “une sorte de désintégration de toutes les hiérarchies"®, Foi um caso tipieo de situa ¢g40 revolucionéria”' que nio so desenvolveu em revo- lugio porque no havia ainguém, muito menos os es tudantes, preparado para agarrar’o poder ¢ a respon- sabilidade que vem junto com ele. Ninguém, exceto, & claro, De Gaulle. Nada catacterizava tanto a gravidade da situaco quanto o seu apelo a0 exército, sua Viagem para ver Massu ¢ os generais na Alemaniha, um passeio a Canossa, se & que houve, em vista do que tiaha acon- tecido algiins anos antes. Mas @ que ele procurou e re- eebeu foi apoio ¢ nio obediéacia, e os meios nfo foram ‘ordens, mas concessées”. Se ordens bastassem, ele mun: cca teria deinado Paris, ee SOR ae Re he mare Pie “eit eye Teves = "dag 0 grade exis Gaye apiasice i, ». 16 17 te noe a weno, Mesno 9 andante tlie tio eajo maior instrumento de domfalo € 8 Lota, pre- ES; Giana base de poder —- poliiasoorta e sun fede de informantes. Somente 0 desenvolvimento. de fSldados,robos que eiminasesm, como fol-menciona- df antetirmente,o fator hurano por completo © pet- tesem a um 6 homem som un bold de comands desttur a.quem ihe aprouvetse, podria mudar eta s- premacia fundamental do podet sobre a violencia. Me Bro a mais despotien domivagio que. conbteamos: 0 dominio do senhor sobee os sseravos, que sempre. 0 treediam em miner, no repousava em {al mes Superones de coagdo, mas numa orgasizacéo superior de poser — ow sea, na solidariedade organizada dos Seto. Assim, em aswunios iemos, a viléaeia fun- Glona como o altimo recurso do poder contra rimino- sose robekles isto 6, conta individu sozinos qu, de certo modo, se recusom sot cariagados pelo con Seago da matocia. quanto A prope guera,temos visto dh wioincia pode se tonnae inl se contontada 0 or tora muito mais podsroso. Bata leap eertamen potera ter sido aprondida com a historia do guerra fe feucrilbas gue 6 pelo. menos to veh quanto a decote. do até eatio invieto exérelto de Napoletio na Txpanha ' ‘Mudando por unt momenta para «loguagem con- ceitul: 0 poder esd realmente. na esséann, de flo fgoverno, mes a violencia. nfo. Avioléncin-€ por m Kircaa instrumental; como todos os mies, sempre ne- cessta de orientagdo e jusiicagio pelos fins que Der- Segue. H'o que necesita ser jstiicado por alguma obta cofsa nfo pode sera exsécia de cosa alguma, O fim da guetta —tomando fim em seu duplo fentido — € a re ou a vibra, mas 4 pecgunta: Equal € o fim da pz? nto tem Tesposta. A paz € absolut, cinda que 128 nna histéria documentada os periodas de guerra tenham quase sempre suplantado os periodos de paz, O poder sid na mesma categoria; 6, como se diz, "um fim em si mesmo". (Isto, naturalmente, no signifiea negar que 0s governos soguem politicas e emprogam seu poder para alcngntobelivos, deerminadon. Mas. estrura de fer em si precede e dura mais que qualquer mota, de {al modo que o poder, longe de ser o meio para atingie uum fim, € na verdade’a prépria condigio que permite a lum grupo de pessoas pensar e agit confosme a eategoria, ddos meios-fins.) E uma vez que 0 governo 6 esscncial- mente poder organizaclo e institucionalizado, a pergun- fa: Qual é 0 fim do governo? também nao faz muito sentido. A resposta sera, ou questionvel — capacitar (68 homens a viverem juntos — ou perigosamente utd= pica — promover a fclicidade, ou tornar realidade a Sociedade sem classes ou algum outto ideal nio-politico, que se for seriamente tentado 6 pode acabar em alguma forma de tania © poder nio necessita de justifieagio, sendo ine- rente a prdpria existéncia de cormunidades’politicas; 0 que realmente necessita & legitimidade. O commm em prego destas duas palaveas como sindaimes € tio en- Eanoso ¢ confuso quanto a comum identificagio entre obediéncia © apoio. O poder brota onde quet que as Pessoas se unam e atuem de comum acordo, mas obtém sua legitimidade mais do ato inicial de unie-se do que de outras ages que se possam soguic. A legitimidade quando desafiada fundamenta-se a si prépria num apelo a0 passado, enquanto a justificagio se relaeiona com um fim que existe no futuro. A violencia pade ser justifi- cfvel, mas nunca seré legitima. Sua justiticagio vai pperdendo em plausibifidade conforme seu fim preten- ido some no futuro. Ninguém questiona a violencia como legitima defesa, pois 0 perigo nio somente esti claro mas também presente, € o fim que justfiea os meios € imediato, Poder ¢ violéncia, ainda que fendmenos distintos, quase sempre aparecem juntos. Onde quet que estejam associados, © poder, como temos werificado, 6 0 fator Principal € predominante, No entanto a situagio 6 t0- falmonte diferente quando tratumos com eles em seus estados puros — como, por exemplo, no caso de invaséo estrangeita © ocupagdo. Vimos que’ a usual identifica 129 go de violfncia e poder provém de considerarmos 0 foverno como o dominio do homem sobre o homem por ncio «a violencia, So wm conguistador estrangeiro se Confrenta com tum goverao impotente © com uma nagiio esacostumada ao exercicio do poder politico, & facil para ele lovar a cabo a dominago, Em qualquer outro aso as dificuldades sig realmente grandes e ocupan: te invasor tentard estabelecer imediatamente governos teres, isto 6 procurari uma base nativa de poder para apoia seu dominio, O choque frontal entre os tangues| fissos e a resisténcia inteiramente nao-violenta do povo teheco & um caso tipico de confrontacio entre violencia © poder em seus estados puros. Mas ainda que seja difi- cil levar a cabo 8 dominagio nestes casos nao é impossi- vel. A violéneia, lembramos, nio depende de quantidade ‘ou opinides, mas de implementos, e os implements da violéneia, como jé dissemos, assim como qualguer fer ramenta, qumeniam © multiplieam a fortaleza humana, Os quo ‘combstem a violéncia com mero poder desco~ bririo que se confrontam com artefatos humanos © nio ‘com homens, ¢ a eficicia destrutiva e « desumanidnde eles animentam proporcionalmente & distincia que st para os oponentes, A violéncia sempre pode destruit o poder; do cano de um fuzil nasce a ordem mais efi- eiente, resultando na mais perfeita e instantiea obe- digncia. O gue nunca pode nascer daf € o poder. ‘Num chogue frontal entre violéucia © poder, 0 re sultado 6 claro, So a estratégia enormemtente poderosa © bem sucedida da resisténeia nlo-violenta de Gandhi ti vesse enfrentado um inimigo diferente — a Réssia de Stilin, a Alemanha de Hitler ou o proprio Japdo de antes Gn guerra, ao invés da Inglaterra — 0 resultado nao te~ ria sido descolonizagao, mas massacre e submissio. E no entanto a Inglaterra na India, e a Franga na Argélia, tinham boas taz6es para suas repressies. O dominio pela pura violéncia entra em jogo quando 0 poder esta sendo perdido, & precisamente 0 enfraquecimento. do poder do governo russo interaa ¢ externamente que se fornou manifesto na “solugio” do problema tcheco — assim como foi o enfraquecimento do poder do impe- rialismo europeu que se tornow manifesto ma alterna tiva entre descolonizagio on massacre. Substituir 0 po- der pela violéncia pode trazer a vitéria, mas a um prego muito alto que nao & apenas pago pelo vencido, mas 130 também pelo vencedor em termos de seu proprio poder Isto é especialmente verdade quando o veneedor desfru- ta intermamente das béngiios de um governo constitucio- nal. Henry Steele Commager tem toda raziio: “Se sub- vertemos a ordem mundial ¢ destruimos a pax mundial, dlevemos inevitavelmente subverter e destruir antes os” sas prdprias instituigbes politicas”™*, © temido feito bu- merangue do “governo de povos subjugados” (Lord Cro- mer) sobre 0 governo da Metrépole durante a época imperialist, signiticava que o dominio pela violencia de terras distantes acabaria afetando o governo da Inglater- Ta, ¢ que 0 iltimo “povo subjugado™ seriam os proprios Ingleses. O recente ataque a gés ao campus de Berkeley, onde no somente gis Iacrimogénio foi lancado, mas também um outro, “banido pela Convencio de Genebra e usado pelo exército para ‘puxar a descarga’ sobre as gucrrilhas no Vietn3”, enquanto soldados protegidos por ‘mscaras contra gases impediam todos sem excegiio “de fugir da ‘rea atingida”, 6 um exeslente exemplo do fo- ‘ndmeno de “represilia’ extremada”. Freqlentemente se diz que impoténcia gera violéncia e psicologicamente isto 6 verdade, pelo menos para pessoas que passuam forta- Jeza natural, moral ou fsiea, Mas politicamente a questo S que a perda de poder traz a tentagio de substtuilo pe- Ja violéncia — durante a convencio demoerata em 1968 fem Chicago, pudemos observar este provesso pela te levisio® —"e também que a propria violéncia resulta em impoténcia. Onde a violéncia {4 niio & mais contida e restcingida. pelo poder, j& comegou a bem conhecida inversdio no cmputo dos meios ¢ fins. Os meios — de destruigho — agora determinam o fim — © a conse- iléncia serd a destruigdo de todo © poder. Em nenhum lugar o fator da autodestruigfo na vi- téria da violencia sobre © poder é mais ovidente do que no uso do terror para sustentar a dominacao, sobre cujos fantésticos sucessos © eventuais fracassos sabemos tal. vex mais do que qualquer outra geragio anterior. Terror no € 0 mesmo que violéncia; é antes, a forma de governo que passa a existic quando a violéncia, tendo desttuido todo poder, niio abdiea mas, ao contratio, per manece com controle total. Observa-se freqiientemente (Sy ee ptaice XM, p98 131 que a eficiéneia do terror depends quase que complet mente do grau de atomizagzo social. Toda forma de opo- Sigao organizada deve desaparcest antes que a forca to~ tal do tetror possa enfraqueer. Esta atomizagao — wma palavra excessivamente pilida e académica para o hor Tor que encerra — @ sustentada ¢ intensificada através a ubiqdidade do informante, o qual pode literaimente estar onipreseate pois nao se trata mais de apenas um agente profissional a soldo da policia, mas potencial mente de qualquer pessoa com quem se entre em con tato, © modo ‘como se estabelece este estado polical completamente desenvolvido ea forma como ete fun ciona — ou antes, como nacla funciona onde cle toma ppulso — pode agora ser aprendido no The First Circle de Aleksinde 1. Solzhenitsyn que provavelmente ficaré ‘como uma das obras primas da literatura do século vinte © que cerlamente contém a methot documentagio cxis- tente do regime de Stilin®®. A diferenca decisiva entte dominagio totalitiria, baseada no terror, ticanias € ditaduras, estabelecidas pela violgncia, & que a primeira se volta ho s6 contra seus inimigos, mas também con- tra seus amigos ¢ defensores, atemorizada com qualqut poder, mesmo o do seus amigos. O climax do terror é Atingido quando o estado policial comega a devorar seus -Sptios filhos, quando o carrasco de ontem se torna a vitima de hoje. é neste momento também que desa- parece por completo o poder. Existem agora muitas ex plicagées plausivcis para a desestalinizacao da Riissia — henhuma, efeio, tho eonstrangedara quanto a descoberta pelos peSprios funcionsios stalinstas de que a conti Gio do regime levaria nfo a uma insurreigio, contra a qual o terror é realmente a melhor salvaguarda, mas & paralizagio total do pi Resumindo: em termos de politica, nfo basta dizer que violéncia ¢ poder no sfio a mesma coisa. Poder & violgneia se opdem; onde um deles donna totalmente © outro esta auseate. A violencia aparece onde o poder esta em perigo, mas se a permitem seguir seus prOprios ceaminhos, resulta no desaparesimento do poder. Isto im- plica em no ser correto pensar no oposto da violéncia como sendo a nfo-violéncia; falar em poder niio-violen~ to € uma redundincia, A violencia pode destruir 0 poder, mas é totalmente incapaz. de eritlo, A grande contian 132 ga de Marx ¢ Hegel no “poder de negagao” da dia- lktica, pelo qual os opostos ndo se destroem, mas len- tamente so transformam um no outro, pois a conteadi- 0s ndo patalizam as transformagdes, mas as estimlam, ‘epousa num preconceito muito mais antigo: o mal no € mais que um modus particular de bem, o bem pode surgit do mal; em suma, © mal nfo é mada mais que uma manifestagio temporaria de um bem ainda ocult, ‘Tals opinides consagradas tornaram-se_perigosas. So partlhadas por muitos que nunca ouviram falar de Marx ‘ou Hegel, pelo simples fato de que elas inspiram espe- ranga e espalham © medo — uma traigocira esperanga usada pata espathar medo legitimo. Com isto nao quero identificar violéncia e mal; $6. pretendo realgar que a violencia nfo pode advir do seu oposta — 0 poder — © que, para compreendé-In como ela & temos que exa- minar sas raizes ¢ sua natureza, 3 Pode parecer presuncoso falar da natureza ¢ das causas da violéncia estes fermos, num momento em as de dinheiro de fundagées sip canalzados para os nimeros.projetos de pesquisa dos cientistas ‘socials, quando dilivios de livros sobre o assuato j6 apareeeram, quando eminentes naturalistas — bi6loges, fisislogos, tdlogos ¢ zoélogos — se via para resolver num 3 premo esforgo 0 enigma da “agressividade” 20 com= Portamento humane, ¢ quando. até mesmo uma nova Giéncia, chamada “polemoogi”, surgi. Tenho, no en- tanto, duas desculpas para tent. ‘Bm primeiro lugar, apesae de achar grande pacte do trabalho dos zoélogos fascinante, no consigd ver como pode ser aplicada ao nosso problema. Para saber ue o povo lutaté por sua patria ndo precisamos des- cobrie instintos de “territorialismo grupal” om formigas, pints © macacos;e para aprendse que'a superpopiagio resulta em itritagdo e agressividade nifo tomos que fazer experiéncias com ratos. Basta passar um dia nos cor gos de qualquer grande cidade. Fico surpresa'¢ encan- fada de ver que algons animais se comportam como ho- mens; mas no consigo ver de que forma isto pode justificae ou condenar 0 compostamento. humana, NSO 133 consigo compreendsr por que devemos “reconhecer que © homem se comporta como uh espécime de grupo tr tiorial” nl 0 contreio — que eats especies anions fe comportam ‘muito cota homens”. (Segundo Adolt Portman, extas novas percepgoes sobre 0 comportar siento. das animals no fecham 0 abismo entre © = tiem eo atimal; somenle demonstram que “ocortem ow anatomy ct que conossos sre 264 mesmos do-qve' poems imaginar™" Por que de- weriamos, depois do terms "elninsdo todo" anteo- pomorismo da psiclogia anil (se Tomos hem su- Eedidos realmente 6 uma outa questo), tentar aga Asscabrit "até onde o homen€ Heriomorio'"™? Nao € Sbvio. que 0 sttropemorfismo. eo teriomonfismo. mas citneias do ‘comportamento nfo sto mals que oy dois Tados de um mesmo “ero? Além dso, se defininos © omen com pereacente ao rcino animal, por que d= veria ele tomat ses pales de comportameto de Ou Esplele animal? A rxposta, tomo, 6 simples: 6 mas fac farer experiéncis com anima, © na0 somsente por fae es umoatirias == pos no seria agradivel sero jogos em joules; 0 problem € que os homens poem Eeapacene in segundo lugar, os resultados das pesgisas em cigncias natuaise sotsistendem a fazer do eomporta- mento violento uma rengho anda sais “natura” do gue Estaramos preparados para admit sem ests psa ‘A apeessividade, detindia como tum impolso institvo, & considerada como se desempeahasic 9 mesmo papel funcional no seio da atorera que os istntes de mae tegfo e sexual no proceso vital do indviduo v dae Détie. Mas difsrenemente desses insintos, que so a ads, porn lado, por accessiades sieas peementes, 5 por ottto, por etimalantes extern, of instnios Seresivos ao seino animal parecom ser ndopendentes de tal provocagioy a0 contriio, a falta de provocago ronment, onal Ro ia et Mn tL a la ga gy, apm st: “We erdss Tbe dn Menuism eh grat Beg ck Stich aaa von enya mon wo Kos ah MemeaS He Eich Von, 20 Reaves te Ten ead 7 134 aparentemente leva a frustragiio do instinto, a0 “recal- que” da agressividade, que, de acordo com os psicélogos, causa uma contengio de “energia” cuja eventual exp sto é extremamente perigosa. (E como se a sensaetio de fome no homem aumentasse com a diminuigéo do numero de pessoas famintas!.) Neste sentido, a violén- cia sem provocagio é “natural”; se ela perde sua rarionale 0u seja, sua fungio na autopreservagio, torna-se “ir cional”;¢ esta € a suposta razdo por que o homem pode Ser mais “bestial” que outros animais. (A literatura nos Tembra constantemente do. generoso comportamento dos Tobos, que nfo matam o inimigo derrotado.) lado a enganosa transposigiio de termos rergia” e “orga” para os daclos biol6gi- 0s ¢ zoolégicos, onde nao faze sentido porque nao podem ser medidos*, temo que atrés destas recentes ‘descobertas” se esconda a mais vellia definigio da na- tureza do homem — a definigio de homem como 0 animal rationale, segundo a qual nfo somos diferentes das outtas espécies animais em nada afora © atributo adicional da razio. A cigncia moderna, partindo de um modo nfo-eritico dessa velha suposigio, tem contribuide grandemente para “provar” gue o homem divide toxdas as suas outras propriedades com alguma espécie do teino animal — mas no que a didiva adicional da “tazio” faz do homem a mais perigosa das feras. © uso da raziio que nos faz perigosamente “icracionais”, pois a razfo & propriedade de um "ser originalmente institntivo"™. Os cientistas sabem, ¢ claro, que 0 ho- :mem foi 0 fetramenteiro que inventouw as armas de lon go alcance que o liberou das restrigies “naturais” que existem no rejno animal, ¢ que fazer ferramentas & uma (0), Pa comraace 9 sonda data, sonst 6 tee md eiitge Giec"atnseeullge, Seale Some far Sts Era €liyaios seawall um eels ful epic tie tay de sig en io stn No “da” sts "hk "ee, te = mein "pin uit odor ex tpn ws" ae ‘one, eso atapiator a teu proce | (6) 0 cls hptieo Ue Ow Aven de Kona Lous, (New None) Getto torte Sebo eaiae ea SS ssa yo Amana teenie © ay Fics eaP ai wet 0a mi toh bf? (GR) Vow Hous, Op lp 2 Me, wel we Veranacnaen, ser wi eur fe pace Teween ad set Bani dete do Pink Sete 135 atividade mental altamente complexa®, Assim, a cién- tia € obtigada a nos curar dos efeitos colaterais da razao) através da manipulagio © controle de_nossos instintos, te mites vezes descobrindo escapes inofensivos para eles ‘quando desaparecem suas “Tungdes de estimulo vital", Novantente o padrio de comportamento € obtide de ou- tua espécie animal na qual 2 fungao dos instintos vitais| rio tenka sido destrufda pela intervengio da raziio hue mang, E dessa forma a diferenca especitica entre 0 ho- mem e a fera é agora, no sentido estrito, nio mais a razio (a lumem naturale do animal humano) mas a cigncia, 0 conhecimento destes padrdes e as téenicas re- ferentes a eles. De acordo com este ponto de vista, 0 omen age irracionalmente, como uma beste, s© se te= cusa a owvit o8 cicntistas on ignora suas titimas des- ccobertas, Contra estas teorias © suas implicagoes, argu mentarei em seguida que a violéncia nfo ¢ nem bestial rem. itsacional — quer compreendamos estes termos na lingangem comum dos humanistas ou cm conformi- dade com tcorias cientificas. Que a violéneia geralmente brota da ira é um Tugae comum, e a jen realmente pode ser itracional e patols- gica; mas assim também pode ser qualquer outro sen fimento humano. Sem dvida € possivel eriar condigées sob as guiais os homens sejam desumanizados — como campos de coneentragda, tortura ow inanigio — mas {sto no significa queso. transformem em animais; © nestas condigdes niio so ira e violéncia os mais claros sinais de desumanizagdo, mas suns auséncias. A ira mio 6 de modo algum ume reagao automstica contca a mix sétia e 0 soffimento como tais; ninguém reage com ira ante uma doenga incucivel ou um terremoto ou, dentro do assunto, ante condigGes sociais que patecem sor imutaveis. Somente quando hd razées para suspeitar ue as condigses poderiam ser mudadas © no sio apa rece a ira, Somente quando nosso senso de justiea & in- jrigdo reagimos com ira, e esia reaglo nfo rellete de ‘modo algum nocessariamente uma injtria pessoal, como oap_ As 0 ogo tac, conga ps plemaoltas cme 136 ¢ demonstrado em toda a hist6rin das revolugées, onde invariavelmente os membros das classes mais alta’ deli- avam e depois lideravam as rebelides dos deserdados e oprimidos. Recorrer & violéncia. quando nos contron- tamos com eventos ou condigdes ultrajantes 6 muito ten- tador por eausa do imediatismo © da prontido ineren- tes a cla, Agir com rapidex ponderada & contra a mat teza da ira e da violencia, mas nio as torn itracionai Ao conttitio, na vida privada, ¢ mesmo na pablica, hi situagoes em’ que a prépria prontidio do ato violento pode ser o tinico remédio apropriado. Nao que isto seja til para desabatar — pois chutar wma mesa ou bater a porta tem o mesmo efeito. A guestio & que sob certas circunstincias a violencia — agindo sem muita conversa ou atgumentagio ¢ nfo ealeulando as conseqiigncias — € a tinica forma de reequilibrar a balanga da justiga (O exemplo classico € Billy Budd que matou o homem que levantara falso testemunho contra cle.) Noste sen- tido a ira e a violéncia, que algumas vezes — nom sem= pre — a acompanhia,'pertenoem as emogées /umanas “naturais", © livear © homem delas significaria nada menos que destumanizi-lo ou casteé-lo. E inegivel que tais atos, nos quais os homens tomam a Iei cm suas prs- Prias méos em nome da justica, conflitam com as cons- titwig6es das comunidades civilizadas; mas o eariter an- tipolitico deles, tio manifesto na magistral est6ria. de Melville, néo quer dizer que sejam desumanos oa “me Famente” emotives. A auséncia de emogies nfo causa nem estinula a racionalidade. “Desinteresse ¢ serenidade” ante uma “tragédia insuportivel” pode ser realmente “petritican te", desde que no sejam frutos de autocontrole, mas uma evidente manifestagao de incompreensio. Para se reagit razoavelmente deve-se em primeito Tugar estar “comovido”, € 0 oposto de emotivo nio é “tacional”, 0 que quer que isto signifique, mas, ow ineapacidade de’ se comover, quase sempre um fendmeno patolégica, ou sen- timentalismo, que é uma perversio do sentimento. A ita a violéncia 86 se tornam irracionais quando sio diri= sidas contra substitutos, e temo que soja exatamente isto © que recomendam os psiguiatras © polemologistas rela- (i) sor ptm mgs fe ws, nso, Sa RIS SN geen toe Sates “obre' » guerra do Visine Ti “esisiente sos 137 cionados com a agressividade humana, e, por desgraga, & ‘9 gue corresponde a cettos caprichos e atitudes terefle- tidas da sociedade em geral. Todas sabemos, por exem- plo, que se tomou moda entre os liberals brancos res- ponder as queixas dos negros com a frase “Somos todos Gulpades", © 0 Poder Negro se mostrou muito feliz. em tirae partido desta “confiss30” e insligar uma “ire negra" irracional, Onde todos sio culpados ninguém 0 & con- fissoes de culpa coletiva sio « melhor salvaguarda pos- sivel contra descoberta de culpados ¢ quanto maior é fo crime, maior 6 a desculpa para que nada se faga, Este exemplo particular representa ainda uma perigosa © ofuseante escalada do racismo para uma regido mais alta, menos tangivel. A verdadeita fonda entre brancos © hegros nao € fechads por ser transferida para um con- flito ainda menos concilidyel entre inocéncia coletiva © culpa coletiva, “Todas os homens brancos s20 culpados”, indo 6 6 uma perigosa tolice, mas € também racistno a0 contrario, pois serve para dar as verdadeiras queixas & fis emogdes racionais da populagfo negra um escape para a itracionalidade, uma fuga da realidade. Alen disso, se investigarmos historicamente as cau- ‘as gue podem transformar engagés em enragés, no 6 a injustica que figura em primeiro lugar, mas a hipoeri- sia, Sew importante papel nos ultimos estigios da Re volugio Francesa, quando a guerra de Robespierre com tra-a hipocrisia transformou o “despotismo da liberdade” tng Reinado do Tertor, € conhecido demais para ser dis- ccutido aqui mas 6 importante lembrar que esta guerra fora declarada muito antes pelos moralistas franceses ‘que viam na hipocrsia 0 vicio dos vicios © deseobriram que ela dominava, suprema, a “Sociedade digna” que pouco mais tarde seria chamada de sociedade burguesa, Poucos autores de estatura glorificaram a violéncia em nome da violéncia; mas estes poucos — Sorel, Pareto, Fanon — eram motivados por um édio extremamente profundo pela sociedade burguesa e foram levados a um Fompimento muito mais radieal com seus padedes mo- rais de que a esquerda convencional, que era basica- mente inspirada na compaixto e no ardente desejo de justiga, Arrancar a mascara de hipoerisin da face do ini- smigo, desmascarar a cle e is tortuosns maquinagoes & ‘manipalagées que the permitem dominar sem utilizagio de meios violentos, ou seja, provocar a ago mesino com 138 risco de aniquilamento, de tal modo que possa surgic a verdad — estes ainda estao entre os mais fortes mo- tivos da violéneia de hoje nos campi e nas ruas!®. E mes- mo esta violencia nfo é irracional. Uma vez quo os homens vivers nam mundo de aparéneias © no seu rela cionamento com ele dependem de manifestacto, as dissi- mmulages ca hipoerisia —— diferentemente dos artificios oportunos eselareciios no devide tempo — nao podem set enfrentadas pelo chamado comportamento razodvel 6 se pode confiar nas palavras quando se tom certeza de que a funcéo delas € revelar ¢ nfo dissimular. a aparéneia de racionalidade, muito mais que os interes- ses por trés dela, que provoca & ira. Nio 6 “racional” usar a razio quando ela € usada como uma atmadilh assim como no é “itracional” usar o revélver em I titima dofesa. Esta reacio violenta contra a hipocrisia, spesur de justificivel em seus préprios termos, perde sua raison dire quando tenta desenvolver uma esiratégia prOpria com objetivos especificos; tomna-se “irracional” nto momento em que € “racionalizada”, isto é no mo- mento em que a reacto no decurso de ima contenda se iransforma em agio © omega a cxga 0s. suspeitos, seompaniada pela caga psoolépiea ce motivos ult: Embora a eficiéncia da violencia, como observei antes, nfo dependa de quantidade — um finico homem com imma meiralhadora pode por em apuros centenas de pessoas bem organizadas — é na violencia eoletiva, con tudo, que seu lado mais perigosamente atraente vem & tona, e no porque haja maior seguranga mum grupo. a puta verdade que tanto em agoes militares como nas Tetlusonig, 0 “inivdunsmo ¢ o primero (alo) a desaparever"™"; em seu lugar encontramos uma espécie de cveréncia de grupo que é sentida mais intensamente © d& provas de ser umn vinculo muito mais forte, ainda que menos duradouro, que qualquer variedade de ai et ts SB ne ae a Sa eee caries ey Shans Gaerne cow eval dee Seok ae HES seit Lc tena fo'ae Aetier sae Ea oer we (ot ane 8 139 ade civil oa particulae. B sabido que em todo empro- endimente ilegal, politico ou eriminoso, © grupo, pelo tbom de suo propria soguranga, exipia que cada “indie duo cometa uma agi ireparével", destruindo assim 0 acesso de volta a soviedade respetivel antes de ser alii= tido na comunidade da violencia. Mas uma vez que © thomem seja acmitido, sueumbied & fascinante int Gio da “praca da violencia que amarsa os homens uns {0s outros como um todo, jé que cada individuo 6 um so violento na grande corrente, uma parte do grande organism da violéneia que se expande mais © mais"™ AAs palaveas de Fanon se referem a0 eonhecido fe- ndmeno da aternidade no campo de batalha, onde os feitos mais nobres¢ abnegados si0 ocorréncias guase Tins. De todos os igaadore, a morte parece ser 0 mais Poderose, pelo menos nas poucas situagGes ext nérias em que se pode desempenhar um papel politico. A morte, quer seja enearada como 0 ato de morrer ou como conscincia intima da propria mortalidade, & talver a exporiéncia mais antipoliica que existe, Signi. fica que vamos desaparecer do mundo das aparéncias & ‘vamos deixar a companbia dos companheiros humanos, que sio 96 condigées de qualquer politica, No que respeito 2 experigncia humana, © morte indica solido ¢ impoténcia exiremas. Mas eticarada coleivamente na acto ela muda de aspecto; agora nada parece intens fidade que. sua. proximidade, Uma coisa que raramente nos preocupa, ot seja, que & nOska morte leva consigo a inirtalidade potencial do. grupo ‘ao qual pertencemes c, em titima andlise, da especie, se desloca para o eentto do nossa experitncia. E como 0-2 propria vide, a vida imortal da expécie, nutri, de certo modo, no coatiauo morrer de seu individues mem bros”, se “expandisse mais © mais, se realizasso na pric tica-da’violéncia Seria ercado, penso, falac aqui de motos parecetes, ‘final, uma das notiveis propricdades da condigfo hu: mana encontrar aqui uma expetiéneia adequada, No nosso contexto, entretanto, © ponto em quesiio € que estas experiéncias, cuja forca lementar esti alm da divida, nunca encontcaram expressio politica, istituclo- (50) Clam, Gren Tae Wanione (ow. York 88% agen owe eo etn pee « aut Gat fac Bees 7 BS "Bans ap tat Be 98 rope 140 nal, € a morte como igualador néo tem praticamente ne- rnhum papel emi filosofia politica, embora a mortalidade humana = 0 fato dos homens serem “mortais” como di- ‘iam os gregos — fosse entendida como o mais forte mo- tivo para a ago politica no pensamento politico pré- los6tico. A certeza da morte fez. os homens procurarem fama imortal em feitos e palaveas e Ihes sugeriu 0 estabelecimento de um corpo politica que fosse poten= cialmente imortal. Assim, n politica era preeisamente um meio de fugit da igualdade de antes da morte para una Alferenciagio que assegurava alguma medida de imorta- lidade. (Hobbes € 0 dnico filésofo politico em cuja obra 2 morte, na forma de medo da morte violenta, tem um papel crucial. Mas ngo & a igualdade antes da morte que & decisive para Hobbes; & a igualdade do medo resul- tante da idGntica capacidade para matar que todos pos- suem que persuade os homens em estado natural a se tunirem em comunidades.) De qualquer modo, nenhum corpo politico que ew ssiba fol jamais erigido sobre a ‘gualdade antes da morte © sua efetivagdo na. violen- cia; as esquadras suicidas na hist6ria, que eram real- mente organizadas neste principio e por isso comumente se chamavam de “irmandades", nio pode ser conside- adas como ofganizagdes polticas. Mas & certo que os fortes sentiments fraternos que a violéncia coletiva en- gendra, levaram muita gente admirdvel 2 falsa esperan- ssa de que uma nova comunidade © um “novo. homem" surgisiam dela, Esperanca iluséria pela simples razio gue nonhum relacionamento humano é mais transt6ri do que este tipo de iemandade que s6 pode se efetivar ‘em condigdes de risco iminente de vida © morte, No entanto isto é somente um dos lados da ques- tio, Fanon conclui sew louvor 2 pritica da violencia cobservando que neste tipo de luta © povo compreende que a vida & um combate sem fim", que a violgncia & uum elemento da vida. E isto nfo soa plausivel? Os ho- ‘mens no esto sempre identificando morte com “des- ‘eanso eferno”, do que segue que onde hi vida hé luta © fadiga? A quietude nao € uma clara manifestacio de falta de vida ou decadéncia? A agdo violenta mio é prerrogativa dos jovens — os que presumivelmente estio ccheios de vida? Portanto ndo seria Touvar a vida 0 mes- ‘mo que louvat a violéncia? De qualquer forma, Sorel pensou sobre isto hi sessenta anos. Ele previu antes de MI geese eae ee Spengler 0 “Dectinio do Ocidents", tendo abservado ca fos sins de ntenungo mala de lsses na Beropa. A Burgnsia,srgumenta ey perden a “energi” parm de- Scmpentite seu papel na ita de clases somente per suadindo 0 proletariado a usie a violncia para reavar ts ifeengos de cases e dxperaro espiito de ta da Burgucsia poder a Europ sr salea™ ‘Asis, mito antes que Koncad Lorene descobrisse a fungto de estimulo vital da agresto no seino anima, 2 violncia fer loavada como uma manifesto 2 forga vial, especicnmenty de crisvidace da vida Sore, ispitady no elan vital de Bergson, peetendia um flosoia ie eratidade projteda para “proditors” ¢ Ginga polemieamente contra a soiedndo do consimi- dores deus inteletunst aanbos os quis, percebeu ee, cram parses A imagem do burpude —pefco, com lacs hpécrta,incinado ao przen, sem dejo do poder, ante um produto trdio do capitalimo do quo feu representante =e. imagen: do tntelestn}, cas Teoria so “inlerpretagses da vontade” ao inves de "exe presses da vontade"', siio auspiciosamente contraba- Tanga ma sa obra, peta imagen do tebalnaon. Soret v6 0 tabalhador como o “produto” que ela as novas ads morsis necesirias para aumentat& prod #0", desir os Parlamentos,(qae) so to di dos guante aesmbléas de acionitas™, © 86 oporl "A Smagem do progreso, a imagem da caldtrote toa”, C eatin tint “eapéce de onda stestvel pasaré sobre 4 ani cviagia™: Tats novos valoes mostra 180 ferem muito novos. io 0 senimento Gs hon, o dejo de fara ¢ glia, o espeto. da lua sem dio ¢ "tem o espiito de vinganea eindferenga ss vintagens ma- tris Contdo,sfo. de fata as ites que. extoim viruaimenteausentes da sociedade butguosiPs “A. gue sorta, aplando park a honta que ese 30 nara mente em guaiqur exéreto organiado, pode ciiminse x mus sentiments cont os quass a monde Heaa impotem. Se fose eta 2 nien razto.-- ola soznha, {G0 idm, Yoram, aie Dei 142 pores, erin dei a favor dos posi vo ‘Muito se pode aprender de Sorel sobre of mnotios aque evan os Komens a gonitearn violencia em tori, © mus ainda se aprende com Viiedo Pareto, su fst Jado contempordncoiallano, também de format Tran tesa. Fanon, quo tins ui ntnidads om a prtca da voléeia afntemente mior que ces, fol mio intenciado. por Sore, cujas eatgorias unava mesino Guando sua propria expetincia ia claramente conte alas A expeignela dectsva que persaadia Sorte Pa ‘eto a teagnr 0 papol da villacin nas fvelugSes fol © Caso Dreyius na Fang, onde, como disse Pre, els ficaram “espantados de ver (8 partidos de Dreytus) empeegundo conta sels oponcnies of mesmoe métodos wis goo cles propvias.Unhom.denunciada™, Nageele pont sles dsscobriram que hoje chamamnos Go Eatax Biihment eo que antes eta chamtado de Sistema, © fi esta descoberta que os fea voltaremvae para 0 louvor da ago violenta © que fez Pareto, por seu Indo, peer #3 Experangas.na clase don traalhadores. {Pareto come preendet que a ripida intesragao dos tabalhadores no Eorpo soci politico da nagio realmente levava a uma Saltanga da burguesia com os tabalhadores, um “aburguesamento" deses, que deu enti, segundo ele, nuscimonto a un novo sistema, o qual cle chamou de "Phatodemocracla” — ma forma mista de_governo onde plutarasia éo rege dos burgueses © democricla o regime des trabsthadores.) Sotel perdorou na sua fe —s—SS fie"vamidm sete ser Clade pare apeub’ A ngoryaieecls ns) Some Eerie Mee Es cae eee Seine tay SE eaten ee sion as do crs Se sespeusae a p enwerurs te ‘Rete tn, Gsiapoass” a! he Amenad Poi RE Ried Bec M3 Pearse marxista na clase dos tabalhadores porgue estes eram 65 “produlores", 0 daieo elemento erador na sociedad, aqueles que, segundo Marx, eran compels a liberat a forgan produtoras da humanidade;o problema eta que Asim uss tabalhadoresaleangavans um nivel saistae tério nas condgGes de trabalho e vid cbstnadaments Se recusavam « continuar poleéros a desempenhar © Papel de revolucionis. ‘Uma outta cosa, no enfant, que s6 30 tornou com- pletomente manifests nas dévadas que sucederam a Inortes de Sorel ¢ Pareto, fol incomparavelmente mais desatrosn pare tal pono de vista. O enorme erescimen- to da produtvidade na mondo modem ni fl de modo algum devide a um aumeato de produtvidage dos tar bathadore, mas eklisivamente ao desenvolvimento da teenologia e isto no dependeu nem da classe dos sa- bahadores nom daurguesia, mas dos centstas. Os “infelectuais" desprezndos pot Sorel e Pareto, tpea- tinamente dexaram de see um gropo socal marginal © Surgizam como uma novi elite cujo tabalho, tendo a= terado a8 condiges da vida humane de um modo quase aque absoluto em poucas déeadas, trarai-se etenciis Darn o futon asia sme sais as quais este novo geipo nfo evoliv, ou ainda nfo, Parana elt de pode, mas cetaments podstos cer, Eom Danis! Bell que “do somente os melhores talen- tos, mas eventualmente todo 9 somplexo de prstgio © Staius social, etarSoartalpats Teetuais e elenificns™ Seus membros estio mals dit persos e menos vineulados por claros inteases do ae futtos grupos do velho isfemn de clases assim, cles ‘i tat motvacio para Se organizarem e falt-hes ex: perigacia'tm tudo gue se relere ao poder, Ealém dis, Estando muito mais legados A6 tadiges culturas, das auais fz parte tadigho rovoluclondta, eles se apegain om enorine fenacidade as concepgSes do passade, que 0 impedem de compreendero presente e seus prOptios papéisnele. muito comoveate observar com que set limentos: nostégicos os mals rebeldes dos: nosos esti= antes esperam que 0 “verdadeio™ fmpeto revoluclo- ‘ézio venha dos grupos socias que os denunciam tanto mais veementemenie quanto mais tenham 4 perder com (90) Not on toe Postndunial Sosy", The Puble Inert wo Boat 144 qualquer coisa que perturbe o bom funcionamento da soviedade de consumo, De qualquer modo ev acho {que hd multas rases para se fear tanto lemerose quent esperangoso —~ a classe realmente nova © potenciiien. te revoluciondria da sociedade consistiré de ineletuais, © seu poder potencial, ainda nao constetnlo, € muito grande, talver grande demals parao bem da human. dado’ Ma isto nio passa de especulagao, Scia como for, no nosso contexto estamos primore dialmenteinteresaios no esttanho renascimento das fi Josofias de vida de Bergson e Nietzche na sa versio 80 reliana, Todos sabemos em que proporcoes a velha com. inago de violéncin, vida e etiatividade figura no re. voltado estado de espiito da atl geragio. Sem david 4 énfase deles na pura fatualidade da vida 0 lager” amor como uma das, manifestagdes mais loriosas da vida — 6 uma resposta para a possibile real de 82 consi a maui do fr Pale aeibar com toa 4 vida na Terra, Mas 28 concepgdes que guiam os novos toriicadores da vida mio si0 novas. Encarar apron dutividade da sociedade & imagem da “eviativdade™ da Vida € pelo menos tdo velho cono Marx, acteditar que a violncia é uma forga de estimulo vital ¢ pelo. menos Go velho como Nietzcte;e imagina a eianivaade como uma dos. maiores bens ‘do homem € pelo. menos tao velho quanto Bergson. E a jusificagio bicligica da. violéncin, aparente mente tio nova, ext intimamente ligada aos mais per. mieiosos elementos das nossas mais amigas teadigGed do pensamento police, De seordo como concelto (radio. hal, o poder, identifcado A viléncia, como ja vimos, é expansionista por natureza, "Tem uma urggncia fata de erescer"; é'etiador porque o “inslinto de erescmen, {0 & proprio dele", Assim ‘como tudo ma dea da ida orginiea, ov ereiee, ou declina e morte, nu den dos assuntos humanos © paler supostamente 6. poxle Se suster através da expansio; de outro modo le de finha ¢ morre. "0 que para de crescer comes drecer", diz um ditado fusso da entourage de Catarina 1 Grande. Os res, dizem, etam mortos “1 por Sa tania, mas por sua fraqueza.. 0 povo engin cad falsos ido como punigio' moral a0” despatismo, mas 6) Tore SE. A 2, cessation 14s como uma pene bioldgica pela fraqueza” (0 grifo € nos so). As revolugaes, conseqiientemente, eram ditigidas contra os poderes estabelecids 'somente para quem via ide fora”, Sua verdadeira “finalidade era dar ao Poder wn fnovo vigor ¢ equillbrio, arrasando os obstéculos que por Tongo tempo tinham obstruido seu desenvolvimento™". ‘Ovando Fanon fala da “loucura criativa” existente na agio violenta esté pensando nesta tradigao"™® ‘Nada, na minha opinifo, poderia ser teoricamente mais perigoso para quest6es’politicas que a tradigfo do pensamento orginico, pelo qual o poder € a viol cia so interpretadas em termos biol6gicos. Do modo como estes termos so entendidos hoje, a vida e a st jotta eriatividade da vida sio os denominadores comuns do poder e da violencia, de tal modo que a violéncia é justificada no eampo da criatividade. As metéforas ‘Binicas com as quais esto saturadas quaisquer dis- ‘cusses sobre estes assuntos, especialmente sobre os tu multos — a idéia da “sociedade doente™ onde os sin- tomas sio os tumultos, assim como a febre & um sin- toma de infeceio — 46 pode acabat por estimular violéncin, Assim, o debate entre os que propdem meios violentos para festaurar a “lei e a ordem” © os quo propdem reformas ndo-violentas comega a soar incri- Yelmente como a discussio entre dois médicos que de- baiom as vantagens relativas do tratamento médico ou dda cirurgia para 0 paciente. Quanto mais doente estiver © paciente, mais provivel 6 que o cirurgido tenha a filkima palavea. Além disso, enquanto falatmos em ter= mos. nfo-politicos, bioldgices, os glorificadores da vio- Tencia sempre podetio apelar para o fato inegivel de que no seio da natureza a destmigZo a ctiagao n30 380 mais que os dois lados do processo natural, de maneira que a ago violenta coletiva, independentemente de sua atragio inerente, pode aparecer como um pré-requisito natural pata a vida coletiva da humanidade, como 0 sao a tuta pela sobrevivéncia e a morte violenta para a con- tinuidade da vida no reino animal. © porigo do se ser arrastado pela enganosa plausi- bilidade' destasmetiforas orginicas é especialmente arande quando se trata de questées raciais. O racismo, Tanto © branco quanto o negro, & por definigio, satu- (900 Biden. po to 18. EE Bee: Bo 5.3 146 rado de violéncia, porque contests fatos orgitnicos na- turais —— a pele branca ou negea — que nfo. poder ser alterados por nenbum poder on tentativa de per- suagio; tudo & que se pode fazer, quando acabam as fichas num jogo, € exterminar quem as possui. O racis- mo, mas ndo a raga, nfo é um fato da vida, mas uma idedlogia, © as agdes as guais ele Jeva nio slo atos re- flexos, mus atos deliberados baseados em teorias psc docientificas, A violéncia na luta inter-tacial é sempre assassina, mas no é “irracional”; 6 a conseqtiéncia 16- giea e racional do racismo, pelo qual nlio me reliro a falgum vage preconceito de qualquer dos lados, mas a tum sistema ideol6gico explicito. Sob pressio do poder, 0s preconccitos, mas nig os interesses e ideologias, podem. feeder — cotta vimos acontecer com o altamente bem sucedide movimento pelos direitos civis, que era total- mente néo-violente, (“Em 1964. .. muitos norte-ameri- ccanos estavam convencidos de que a subordinagio e, fem menor grav, a. segregagio eram erradss.”"*) Mas fenguanto os bolcotes, sitvins e passeatas tinham éxito nna climinagio de Ieig © regulamentos diseriminatérios sulistas, conheceram fracassos completos ¢ tornaram-se mesmo contraproducentes quando vieram de encontro ‘com as condigdes socials dos grandes centros urbatos — por um lado, as duras necessidades dos guotos negros, © or outro, o$ negligenciados interesses dos grupos bran- cos de renda baixa com relagio a moradia e educacio. ‘Tudo que estes modos de aio poderiam fazer, ¢ real mente fizeram, era trazer para as Tuas estas condicées, onde estava perigosamente exposta a impossibilidade sien de reconcilingio de interesses. ‘Mas mesmo a viol&ncia dos dias do hoje, os tumul- tos nogros, ¢ a violéncia potencial da represdlia branca io slo ainda manifestagies de ideologias racistas © suas légicas assassinas. (Tumultos, como foi dito recen- tomente, sio “protestos articulados em defesa de queixas sgenuinas’™™; ¢ na verdade a “Jimitagdo © a scletividade = ou soja... racionalidade, estio certamente entre suas mais deeisivas enractersticas”**, Eo mesmo é verdade pu gnu Elan eA Cin Pos, ER tt Yee anom 9 eslente aie “Otte near uy para © fendmeno da represilia que, conttatiamente a {qualquer previsio, ainda nfo foi eatacteriaado como vi Tencia até agora. Ba reagio perfeitamente racional de certos grupos de interesses que protestam furiosamente contra o fato de terem sido escolhidos para pagarem s0- Zinhos o preco de politicas de integragdo mal planejadas, de cujas conseqlléneias seus autores podem facilmente fugir."*) O maior perigo vem de outta ditegéo; uma ver que a violéacia sempre precisa ser justificada, uma escalada de vieléncia nas russ pode gerar uma ideologia verdadeiramente racista para justifici-la. O racismo ne ‘gf, Ho muidosamente evidente no “Manifesto” de James Forman ¢ provavelmente antes uma reaglo a agitagio ‘eastica dos titimos anos do que sua causa. Poderia, na- turalmente, provocar uma represélia branea realmente violenta, cujo maior perigo seria a transformagito dos preconeeitos das brancos numa ideologia racista madura para a qual a “lei e a orem" se tornariam realmente mera fachada, Em tal situagio, improvavel até agora, © clima de opinifo do pais teria que detcriorar a tal ponto {que a maioria dos cidadios estivesse dispostos a pagar 0 prego do terror invisivel de um estado policiat pela lei © pela ordem nas ruas. O que existe agora, uma espécie de represélia policial brutal e altamente visivel, nfo & nada parccido. © modo de agir € 05 argumentos nos conflitos de interesses nfo so notérios pela sua “‘racionalidade” ‘Nada, infelizmente, tem sido mais refulado pela reali- dade do que 0 credo do “interesse pessoal exclarecido”, tanto em sua versio literal como na variante mais so” fisticada de Marx. Algoma experiéneia somada a um pouco de reflexfio mostra, 20 contrivio, que ser escla- ‘ecido contraria a propria 'natureza do interesse pessoal, ‘Tomemos como exemplo o corrigueito conflito de in- teresses entre 0 inquilino e © proprietétio: um interesse csclarecido se fixarin num edificio proprio para habi- tagio humana; mas este interesse é bem diferente, ¢ 38 ‘yess até mesmo aposto, a0 interesse do proprietitio em altes Iucros ¢ do inguilino em aluguel baixo. A resposta, normal de um étbitro, o suposto porta-vor do “senti- mento esclarecido”, a qual seja, que a longo prazo os interesses do euificlo sio os verdadeiros interesses tanto (905) Vee aasin XVI,» 297 148 do inquiline como do proprictério, nfo fova em conta 0 ‘ator tempo quo 6 de fundamental importaneia em tudo co, © inieresse pessoal est relacionado a pessoa, ¢ f pessoa morre ou mucln ou vende a casa; ¢ em con- seqliéncia desta eondigti cambiante, ou seja, em con- seqiigneia dcsia condigao humana de mortalidede, a pes- soa como pessoa no pode pensar em termos de in teresses a longo prazo, isto 6, em interesses de urn mun- do que sobrevive a seus habitantes. A deterioragio do cdificio é uma questio de anos; um aumento de aluguel fou tum Iuero temporariamente menor € uma questo ime- dita, E assim se passa também, mutais mutandis, nos conllitos entre empregadores © empregados, & em outros mais. interesse pessoal quando ¢ convidado a ceder fnte 0 interesso “sincero” —- ou seja, 0 interesse do. mundo em oposictio ao interesse pessoal — sempre re- plicara: Minha camisa esta perto, porém mais perto esta minha pele. O que pode nio parecer exatamente raz03- vel, mis € bastante realista; € uma reagio no muito nobre, mas adequada a discrepancia temporal entre a vida privada dos homens © a completamente diferente expectativa da vida do mundo piblico, Supor que © pov, que néio tem a menor nogio do que seja a res Publica, a coisa piblica, proceda em relagdo a interesses de uma maneira nfo-violenta e argumente racionalmen- te nfo 6 ser nem realista nem razodvel, ‘A violencia, sendo instrumental por natuveaa, & ra- ccional na medida em que for eficaz pata alcangar o fim que a deve justfiear. E uma vez que quando agimos nunca sabemos exatamente as consegiiéncias eventuais aguilo que estames fazendo, a violéncia s6 pode ser racional se persogue objetives a earto prazo, A vielgncin ‘go estionula causas, nem hist6ria nem revolugao, nem progresso nem reagto; mas serve para deamatizar ressen- fimentos ¢ trazé-los ao conhecimento do piblico. Como observon certa vex Conor Cruise O'Obrien (num debate sobre a legitimidade da violéncia no Teatro das Idéias), citnndo William O'Obrien, 0 agitador agrario nacio- nalista irlandés do século dezenove: violéneia 6-0 sinieo modo de assegurar que a modera- ‘fo seja ouvida”. Pedir o impossivel para obter o pos- sivel nfo 6 invariavelmonte contraproducente, Ena ver- dade, a violencia, contrariamente 0 que seus profelas nos tentam impingir, 6 mais a arma da reforma que da 149 eo revolugiio. A Franga ndo teria eecebido, desde Napoleio, sea mais radical projeto de lei para reformar sew anti- ‘quado sistema edicacional se os estudantes ndo tivessem se revollado; se no fosse pelos tumultos do fim ca pri- ‘mavera, ninguém na Universidade de Cokimbia teria sonhad em reformar coisa alguma"™; e provavelmente 6 verdado que na Alemanha Ocidental a existéncia de “minorins dissidentes 36 & notada quando eles partem para a provoeagio”"™, Sem divide “a violéncia com- pensa”, mas o problema & que compensa indiscrimina- damenie, tanto para “cursos personalizados” e aprendiza~ do do Swahili como para seformas reais. E jé que as titicas da violéncia e da desordem s6 inzem sentido para objetivos a curto prazo, & muito mais provavel que, como aconteceu a pouco nos Estados Unidos, o poder estabelecido ceda a exigénclas absurdas e obviamente prejudiciais — tais como admitir estudantes gem as ne- essirias qualifieacies, ou instrul-los em assuntos. sem interesse — caso estas “reformas” possam ser feitas com relativa facilidade, do que seja a violéacia eficiente em relaedo ao objetivo a longo prazo da reforma estru- turall™, Além disso, mesmo que a violéncia influa eons- sientemente dentro ‘de uma estrutura ndo-extremista de objetives a curte prazo, sempre permanecerd o perigo de serem os fins sobrepujados pelos meios. Se os obje~ tives nao sio alcancados rapidamente, o resultado nao sord somente dervota, mas iatrodugiio da prética da vio- Iéncia em todo o corpo politico. A ago ¢ icreversivel, © (som Coli, sks do eae on 8, ge seme ee iby Rie Durscan, somo fol tide 19 Dor Spiegel de 10 de Speer tary telopmes = aera incrcra abe gore ae etal NS Vins Relea sol Del hel Noe my om, tome do 6 ge Eee sata teaainte Sia? ae Se as ea Pie tees a, Nae fateh SS ELE: RES Bins tae nla bal see Saas ae ee 150 4 vol 20 statu quo em caso de detrola & sempre im provdvel A prion a vioéne, como toda agaoy muda @ mundo, age € mis provavel que seja ine mudanga Por fim, vllando t dentncia de Sorel e Pareto do sistema ome tah, santo aor for busocratiayag a vida pila, maioe& oatetivo da viléneia, Numa bu Foerata completamente descnvlvia, nao ning om. quem a6 posta argumentar, para quem se post apresontarqueiray ou sobre gust posse er exeeida af proses do poder, Birocraia é a forma de govern tn gual todo mundo & destitute liberdoge foicn, do poder de egies pis o dominio de Ninguém mio € 6 ‘otdomsinio, © onde todos so igulmenteimpotentes temas ume tania sem troao. A earastrsicn deca das rebelde extadants no mand todo & que cles 5 ‘vol em tods parte sontras buroracn disgeae Ist explica 0 quo & primeira vista parece tao peturbador — aque as rebar no Leste exam exatamente as ber dade de pensamento ¢ expresso que os jovens teboldes do Oeste izem desprnat como ilevanes, Ao nivel ds idealogis. conn tds € muito confsay ma fea tito menos confusa se parts do fto Obvo de be parte tobrepujar a vez dos, cidadios, Ks fs Gnde 4 Hberdade do expressio e stock inact, Os dsietese os reste do Lexe exo Fhordade de expresio. © pensamento como condiges preliminzes par sg80 policn, os rbeldes Go Oste ‘hem em condigds tai que estas condiges pecliina- tox fmf abrein 0 camiho paca a aghoy para signi Beniiva pric da iberdade, O du importa pata tes, a vordade, € "Prastentzug” a suspeasio' Gn ag, Goma disse ncertadamente Tens Lien, um estudanteale- mio" A tnnsformagao do govetao em eins, ci das repiblias emt buroracag, © a desastrosa dint nit ef dena pen gue a acomper now, ém uma hist longa © complica por tose 2 Tdadé Contemporines; eal processo se aclerou com Sidraveimente nos nos cam aon como apes mento das bucceraias pargarae, (Ha stent a aris Pareto roconheceu gue "a liberdade,-- ot sj 0 Dror de agi, se fede de dn para ds exeeto para (110) Yer spines XVI, p19 Ist ctiminosos, nos chamados paises livres © democriti- Cosltl) O que toma o homem um ser polio € sua faculdade de agir; ela o eapacita a se unir a seus pares, atuar de comum acordo e partir para metas e emprecn: dimentos que sunea The passariam pela cabega, sem falar nos scus desejos reais, se nfo The tivesse sido dada a didiva do Iniciar coisas novas. Filosoficamente falando, ‘pir & a resposta humana & condicio da natalidade, 44 que todos nés chegamos a0 mundo em virtude do nas- cimento, estamos aptos, como reeém-chegados © pris cipiantes, a comegar algo novo; sem o fator nascimento rem sequer Saberiamos © que ¢ a novidade, © qualquer “asiio” nao passarin de comportamento ou ‘preservagio comim, Nenhuma outea faculdade sendo a linguagem, nem mesmo a raz%o ow a conseigacia, diferencia © ho icin tio radicalmente das outras espécies animais. Agic fe comegat nig sio a mesma coisa, mas esto intima- ‘mente ligades, Nenbuma das propriedades da criatividade & ade- ‘quadamente expressa por metioras retiradas do proces- so vital. Gerar e dar & luz sio to criatives quanto mor~ rer & anighllante; néo passam do fases diferentes do mes mo cielo cternamente repetitive, que abarca todas as coisas vivas coma se elas estivessem enfeitigadas, Nem a violéncin. nem 0 poder sao fendmenos naturais, isto é, Ianifestagoes do. processo vital; pertencem ao dominio politico dos astuntos humanos euja qualidade essencial- mente humana é garantida pela faculdade do homem de air, isto 6, pela sun capacidade de principiar algo novo. Ea meu ver pode ser demonstrado que nenhuma outta capacidade bemana sofeeu Tanto com 0 progtesso da nos- sera, pois progresso, como o entendemes agora, signi- fica efescimento, o implacdvel processo de set cada vez. mais, cada vez maior. Quanto maior se torna um pais em termos de populacio, de objetivos e de possessoes, maior a necessidade de administragdo, e, em conseqiiéncia, maior € 0 poder anénimo dos administradores. Pavel Kohot, um antor tcheco, escrevendo no apogeu da ten- tativa de libertagdo da Tehecosloviquia, definiu 0 "eida- (o Tivre como o “cidade co-dirigente”. Referia-se nada mais nada menos que 2 “democracia participante” da qual tanto ouvimes falar nos Gltimos anos no Ocidente Kohout acrescentou que talvez 0 que o mundo mais, att) Pane, Giada 64 op et $e Fie. 152 precise seja “um novo exemplo”, se & que “os préximos mil anos nio estejam para se tornar uma ern de macacos supercivilizades” — ou, ainda pior, “de fromens trans- formados em galinkas ow ratos,’ditigidos por uma “elite” que retira seu poder “dos sibios consethos do ajudantes intelectuais” que realmente acreditam que os homens dos eentros de assessorameato so pensadores € {que computatores podem pensar; “estes conselhos po- deny acabar mosttando-se inerivelmente traigoeiros e, 20 invés de perseguirem objetivos humanos, poderio per- seguir problemas completamente abstratos que teaham sido alterados de um modo imprevisto pelo cérebro cle~ teénico™™, Este novo exemplo dificilmente so ajustars & prati- cea da violéncia, embora eu esteja inelinada @ pensar que ‘a maior parte da atual glorficagio da violéncia seja cau- sada por uma profunda frustragéo da faculdade de agie tno mundo modemno, E a pura verdade que a agitagio nos guetos e as rebelibes nos campi fazem “o povo pet ‘eber que esto atuando em conjunto de uma maneira gue nem sempre podem", No sabemos se estas 0co réncias sio os primérdios de alguma coisa nova — 0 “novo exemplo” — ou a agonia de morte de uma fa- culdade que a humanidade esti em vias de perder. Do ‘modo como vio as coisas hoje, vendo as superpoten- cias se atolarem sob o monstruoso peso de suas préprias srandezas, a impressio & que 0 estabelecimento do “no- vo exemplo” s6 tera chanes, ¢ so a tiver, num pequeno pais, ou em setores pequenos © bem detinidas das so- Giedades de massa das grandes poténcias. Os processos de desintegragio, que se tornaram tio ‘evidentes nos dltimos anos — a decadéncia dos sexvigos piblicos: escolas, policia, entrega de correspondéncia, coleta de lixo, transporte, etc; a taxa de mortalidade nas rodovias ¢ os problemas de transito nas cidades; a poluicdo do ar e da égua — sio os resultados automé- ticos das necessidades das sociedades de massa que se fomaram jncontroliveis, Sio acompanhades © muitas veres acelerados pelo simultineo declinio dos diversos Sistemas partiddrios, todos de origem mais ou menos (41) ee Bre or te Gras, de Goran Gass © Pare (Gig) “Gang, eevee 2. «The Gdeto Rebstions ant Urban Clas 153 ecentes ¢ planejados para prover as mecessidades po- Titieas des massas — no Oeste para tomar o governo representative possivel quando a democracia diteta ji hao o pudesse fazer porque “a sala no suportars a dos” (ohn Selden), e no Leste para tornar o dominio bsoluto sobre vastds territ6rios mais eficaz. A grande- za & stormentada pela vulnerabilidade; fendas na estrt- tura do poder de todos os paises, menos os pequenos, estio se abrindo ¢ ampliando. E, embora ninguém poss dizer com seguranga onde quando o ponto de ruptara set atingido, podemos observar, e quase medir, 0 modo ‘como a forga © 0 poder de recuperacao de nossas ins tituigées sio insidiosamente destruidos, escoando-se de- ls, por assim dizer, gota apés gota. ‘Além do mais, hd a recente aparigio de um novo « curioso tipo de nacionalisme, normalmente entendido como uma guinada para a diteita, mas que & mais pro- vavelmente 0 indicio de um crescente ressentimento ‘mundial contra a “geandeza” como tal. Enquanto os sentimentos aacionsis tendiam antigamente a unie diver- 308 grupos étnicos, concentrando seus pontos de vista politicos na nagio como um todo, observa-se agora que tum “nacionalismo” éinico comega a ameagar com a dis solugio os mais antigos e bem estabelecidos estados-na- bes, Os escoceses e os galeses, of bretGes ¢ 08 prover f8i8, grupos étnicos cuja bem sucedida assimilagdo foi o prérequisito para a ascencio do estado-nagio, © que areeiam completamente assimilados, voltam-se agora ‘para o separatismo, rebelando-se contra o8 governos cen- tralizados em Londres e Paris, E justamente agora que a centzalizagao, sob o impacto da grandeza, se mostra contraproducente em si mesma, os Estados Unidos, fun- dados conforme 0 principio federalista da divisiio de poderes e cujo poderio durars somente enquanto esta ivistio for respeitada, se atirou impetuosamente com 0 aaplauso unénime de todas as forcas “progressistas” na nova experiéneia (para a América) da administragio centralizada — onde o governo federal subjuga 08 po- deres dos estades ¢ 9 poder executive mina os poderes do Congresso", B como se a mais bem sucedida das ‘coldnias européias quisesse compartithar 9 decadente destino das Metrspoles, repetindo apressadamente aque 1H) Vee 6 iors eign de Hanay Some Coven, not 154 fos mesinos erros que os idealizadores da Constituigao pretendiam corrigir © elimina Quaisquer que sejam as vantagens © desvantagens da centralizagio, seu resultado politico 6 sempre o mes mo: 2 monopolizagio do poder causa a evaporagéo ow © esvasiamento de'todas as auténticas fontes de- poder do pais. Nos Estados Unidos, firmado numa grande plu- ralidade de poderes com seus miitnos controles © equi Iibrios, no nos deparamos somente com a desintegra- Go das estruturas do poder, mas com o poder, perden- do sua garra e tornando-se inefieaz, embora aparcn- temente ainda intacto c pronto para se manifestar. Falar dda impoténcia do poder ja nio é mais um patadoxo mordaz, A cruzida do senador Eugene McCarthy em 1968 “para testar o sistema” trouxe A tona 0 ressen- timento popular contra aventuras imperialistas, propor cionou um elo entre « oposigio no Senado ¢ a oposicao rnas rugs, forgou uma extragrdiniria mudanga (tempo- ria pelo menos) na politica, ¢ demonstrou com que rapidez a maioria dos jovens rebeldes podem se destlie- nar e correr na primeira oportunidade, nfo para abolir © sistema, mag para fazé-lo funciona de novo. Mas ainda assim todo este poder poderia ser esmagado pela burocracia do partido que, contrariamente a toda tradi ‘so, preferiu perder a eleicio presidencial. com um candidate impopular simplesmente porque ele era um ‘apparatchick. (Algo semelhante aconteceu quando Roc~ Keefeller perdeu a indieago para Nixon na Convengao Republicana). Hii outros exemplos para demonstrar as curiosas contradigGes inerentes a importincia do podet. Em con- seqiéncia da enorme eficiéncia do trabalho de equipe nas cidncias, 0 que talvez seja a mais notével contibui- gio norte-americana & ciéncia moderna, podemos cor- frolar os processos mais complicados com tal preciso que faz uma viagem a lua menos perigosa que um sim- pes passeio de fim de semana; no entanto a chamada “maior poténcia da Terra” estd desamparada para ter~ inar uma guerra claramente desastrosa para todos os envolvidos, num dos menores paises da Terra. E como so estivéssemos sob algum encantamento, que nos per rmitisse realizar 0 “impossivel” com a condigio de a0 podermos mais fazer © possivel, para realizarmos proc as fantasticamente extraordindtias com a condigio de 155 rndo sermos mais eapazes de atender nossas mais banais| necessidades didtias. So o poder tem alguma coisa a ver como “queremos e podemos”, em oposigio a0 mero “podemos”, enti temos que admitir que nosso poder se tornou impotente. Os progressos feitos pela ciéncia nao t2m nada a ver com o “quero”; eles seguem suns proprias [els inexordveis, compelindo-nos a fazer o que podemos sem olhar as conseqiléncias, Sera que o “quero” ©.0 “posso” se separaram? Estaria Valéry certo quando disse Ii eingilenta anos: "On peu dire tout ee que nous savons, cest-a-dire tout ce que nous pouvons, a fink par opposer @ ce que nous sommes?” (“Pode-se dizer que tudo que sabemos, isto é tudo que podemos, acabou por se vollar contra o que somos”.) ‘Ainda uma ver no sabemos onde tais desenvalvi- ‘mentos vo nos levar, mas sabemos, ou deveriamos sa- ber, que todo declinio de poder é um convite aberto & violencia — mesmo porque 0s que detém 0 poder © 0 sentem escapando das mios, sejam eles os governantes fou os governados, sempre acham dificil resistir & ten tagdo de substitulo pela violéncia. 156 APENDICES: 1 P15, NOTA 16 (© Professor 2, C, Parekh, da Holl University, Telateera, seatlmente chamot minhs ateagie paea 8 savinte pasagem 6 prigenfo sobre Feuevtach Ja fleologa Alona (1846) de Marx "Engel, sobre 0 goal Engsls exreveu mals tarde: A parte fcabada”. 30 prova como era ingompieto miguel fompo nosso ‘onbecinento de historia eoondiniea” “Tanto para a prodio hun evenla de massa da consignela eomuaista, como para © Shcesso da proprs ciuen, 9 iowngso ‘do. home (des fens ‘hen noha extala de massa € nosessrs, wm imavagio que 5S ode eoree en movimento pritico, na revolagho® tle oligo’ € nesessicin, portato, alo "apanns. orgs. case Sominante aio. poe er derrlsads pot qualgder bute modo, man porgue a clase gue sever 86 numa Tevolugto. pode 157 consguir se var da sicirg dos tempos © toinarse apta 8 Fear win, nova, sociedad Pascal WP. 11s, NOTA 17 © afastamento inconiciente da Nowa Esquerds em slags 0 mraino tem si, deviagene bce. Ver ene festa coments Taney sobre © movin exudinl de Lanse Shap ho New York Review of Books (Se deme fo do i908 ee We Raymond Aron em La fcveation Tn tae Pass, 1968: Arbor sonra a rvent nfo to XSteld some sendo reac, ou para siamo wilco deans de arc (Aro, ow Para oonarguhne ste echner e° Bakunin (Schapiro). ues “mute taba et ‘cron do irnortnea wlencia come that! nly naa foryaagltnnie ma socedade og to, vm seule Sey aus be enor dC taresomem. tay cos J. Jean PIM slitve's ante Fanon", Aron cere sabre mesmo a funlos Shes chance la révouion de nat ert passer iinunimescr iecubtens tn sbete haan (p10). Pack to nfomeriay ia reves dient pert i [utente ras pe Sarre, que eseeve, por eciplos "Un pe Pua “dipesement du rte ne sida Ps aun retour frémarnione, nr mieus que la reécouvere ne pense la Pent dans fa philovopie gun cr dépaner” CQuestion Ge Matha” nt Grtgue de ra deine, es 1960, Btths seve sins imma formaivel objepha C8 tno de aa que Sere s Aton, smborn aponentes police, eso om total ‘acordo sete pono. Tato mosra até ue Pont con eit epee e Hstola domino" pensuneto’ de matssns Stoomarsites) © proprio Sarte, na sin Critica da rat dalton, a ama tapéco do explicapioegsana. para seu eave coin 8 ‘idan Sev pons do pastiia € que “a accsidade © 4 ch ‘aser-dateumitram bese manigueita da agi cd cca” Sn srin de oj, “caja eninge en baseadh pa eacassez {cove ae tnanfestar non resirocsade sntagnien ent 28 heer Aagressto én consqutecin da tecersidade mom mote dove ue Sato do safiete pra todos Novas Creu fina, 0 violénela jf ado € unt fondmeyo atin. Wi iEnaia'e eontrlencia sto fer comlngeoin, va sh ne Cenidades contingents, en comseglencia imperative de Ser tensive pes dein sty devmenidade & sun, dest {o'po verso 4 Jesnmanidnde do anehomem, 36 pos de. {hr ale 4 huranidage do home conser erin tn Esunanidage Quer eo mae, tons, eric mt pO 158 Tiberdade — 6 wana forga sels, de trop" ‘Seu modelo pata uma stuagso na qual “cada ssa demi, fda im sje redundance pata e outro” € una fla de ous, tujos membros obviamente "aso tomam conbecinento Wn ds otro ano ser como tim certo wmero de pessonk nme série ‘quantitative’. Ele concul, “Eles epar sesiprocamentequal- ‘tue, elo entre seus. mundos interiores”. Dist decorre que a praxis "6 a negagio da inovagio, quo & ela também, unt ne figao” —"uma couclusso altencntebort-vina, una Yee qe 8 nezagio da negarao € una aliemacie. ‘A falha do argomento me parece ova, HS, uma enorme iitorengaenite "nia tomee conhecimento” ¢neeat™, ents ‘negur qualquer elo” com alguém e “neqar” sua diversdat; © pura uma pesoa sensata inde Numa considerivel distal Pata pervorver enite esta “negagdo™ fede e mala, torturne ‘A maior parte das citages acima téo tivadas de, Reason and Violence. A decale of Suive's Philosophy, 1950-1960, de RUD. Tame oD. G. Cooren, Londres, 1964, Parte Trés 10 pireze vilido. porque Sartre no, prefilo. dz: ~ P17, NOTA 20 Bes formam realmente um grupo promiseno, Rstudantes sadiais sw cangiegim faciimente com renonciantes, inp fades om drogas.e tslcopates, A. shuagio.€ mais compizada nds pela insensfbiidade dos poderes estabelecdos quanto 28 listingdes, miss vezes suis, entce crime e ieyulargade, ose lingdes esas de Brae imporlanela,Sivine e lomades de fictos no a6. mesmo. que sabotagem e revelta armada. € Mio é°36- uma iferenga de gran. (Ao. contario. da opin ‘de'un membro do Conseho Deliberaiva de Harvard, «tomada de um edifeio da universidade por estulamies nto é 4 mesma coisa que a invasio de uma lal do Fist National City Bank pelo’ populacho, simplestiente porque os estudantes invadem fuma propriedade eujo uso cetamenie esta suelo a vegas, mas A qual eles pertencem ¢ que pertence a. cles asim como aos docenes © 8 administegso.) Mais slarmante ainda @ 2 toel- hago dos docentes ea adminisragio em tratar oy vislados Sa sioe £ omens rns ni Cage om New fork ena Cornell Universiy) com ber ris idginela| do que os sebeldes auigaties Welmut Schelsky, um clntista socal alemio deserevew em 1961 (no Der Menich in dor wisensehafichen,Zivisatton, Kala und Opladen, 1961)'a possbildade de um lsmo me: {afldca” que queria. dizer a recgea social e eopsitaal redial de “iodo © processo de propagngo teenocentiten do homem", 1 seja, a amisio em felsedg to “iaindo ascendente do Uma izagio eentfiea™. Chaar esta atiade de. enlista™ pres supbe aeelagio do mundo moderne come 0 tinieo aundo| por 159 sivel. 0 desafio gos jovens rebeldes 42 relaeiona exatamente Sm ene poo, Tein cm certo sentido inverter ay colts e alt= mar Como Soeidon Wolln © John Schaar na ope "O grande Herigo mo. momento” € que oy estabelecidos e respeltives Darecent peeparados part seguir 4 mals profundantente mista Fegagio posiveh, uc 6 a negigio do futuro aaycs da neeasi0 {seus propre fies, os portadores do futuro! ‘Nathan Glazer ereeve, no artigo “Student Power at Ber oley"s em The Universities nimeto especial de The Public Insret; Outona de 1968: "Ox radleats estudantes me lembram iis es destruigores de miqhinat Luddte do que Os operitios ‘Tndicalizedos socilstay ou consguram dietos de. eidadaos fe pede para oy tabilhadores", cle conclu de tal impresto ‘G00 Zbigniew Bezezinsk (anim antigo sobre a Columbia no The New Republic de 1. de junho de 1968) talvez estiresse certo fo tel dlagnésteo? "Frequentemente 28 cevologbes sho os Ue limos espasios do. pasado e, assim, aio azo realmente re volugdes muas conta-revolugSes, operando em ome dat rev. Tugees™ Esta teadéncia favor de. marchar para a frente a Galquer prego mo ¢ estan em dois autores pevalmente eo ‘uerados conservadores? Eno. € ainda. mais estranho que ‘Glgzor igporase os desis diferengas ents maquinas m2~ fulaturerns da Inglaforen do comeco do século dezenove © 0 erramental desenvolvido. na tctade Jo séoulo inte, ques Ihontrow destrutivo mesmo quindo spateatemente era beneico sip deseoberta da energie. ausicr, a automagao, os medice- imestos, ea podoe de eure Jevou 8 euperpopulasao, © esta por oe ved milo provavelmente levark 8 inanigio em masa, & pobuigas do ar ete? Ww - 118, NOTA 23 Procurar precedentes © amslogiss onde nfo existem, eviter informe e tefl sobre que a faz © 90. diz em elaguo tos praprioe eventoy 40) o prstexto de que” devemos aprender fe goes do. pasado, especialmente da dpoca entre 36 vas rere mondinis, (fowse caractersiea de um grande nero de dabater sual. Completunente lire dest forma de es Eipismo € 0 espéndido e inelgente zelato de Stephen Spender Sobre" movimeato evtudanty eitado cima. Fle € um dos poucoe de sun setaeio que esé completamente despeto para © presente e para fembrarse de. aa propia juventude, st fickntemente Bem para conhecer 08 diferenzas de. disposieao, fentio, pemtamento -agdo. (Os estudantes de hoje sio come fletamente diferentes dos de Oxbridge, Harvard, Princeton ot Heidelberg de quatenta anos ats", p. 163.) Spender € somparihada por todos" os qu, {qual geragto, tonham estado realmente inter So"homem & Jo stundo endo por aqueles que jogim com tia, (Wolln © Schaar, op. cit, faltm do "renascimento do sen fimento de compartibar © dexino” como. uma ponte entre as gctigées, 9 hhoso aedo comum de qe armas cenificas por Sima 'desirui toda vida, que Tecnologia destigurars cada vez 160 mais os que morom nas cidade, assim. como i, cocrompen a ‘Tera e Gbsereceno eu"; quo 0 progress’ a ndnels Asis posible de trabalho interesante e gue te "60" Ionieegdes apagatao os Gidmos vex des divers cultures Aue foram a heranga de todas a6 soiedaden, menoe sa. main Incivieadas".) Parse natal que ‘sto fowe’ mss reqlente- lente verdadtco part fsises © Bélogoe do que para ietisas focins, spotar de gue os estudantes das primelris demoravatt ‘muito’ mais para se. rebearem qe seus colegas das Uta Bidades Assim, Adeit Pormana, © famono idlogo sgo, vé.© Biato ene ap gzragdes como no tendo nada, ot auto poued, 2x ar ncn ate Joven ¢ 0 Vly cami sot 8 “aparecimento du eitnla clea "a ahuagbo mundial te Sula ¢'compltapente nom, (2) N Fada nem spesmio a) mais poder revoiugho a posnade (Num pinfcto enttulado Manfulaton des” Menschen ats Sehiksah und Bedrohw, ssh, 1968.) Ey premio Nebel George Wald, de lant, n0 et famoro ssteo no. MIT tem 4 de margo de 196%, acradamentereagou que tals mek ten compreendem Ge hes unos) methor que ess metmor", e sinds mals “parlpam dela" op. Y¥ — P. 119, NOFA 25 O acusados de algcar as universdades porgue elas jem o lo mais encd ta calen Jo. poder cabsiesio fomente verdage que me umiveridadle io pea sa" nparildeds intlectel © a peasy deitre Ki verdade™ chegarem a0 fin; ©» gue é Hor, & improvd tina soeiedade chlieada do qialgier copie pon 24 30 dssipareciment. des caret fangs a ui ee Sear aie, Nay Gamay obey ad ee are ae 161 See ||| || |_| | niltar. Henry Steele Commagor,recentomente denunciou “a public, 24 de fevereire de 1968). De fato, "por nenhom es forgo Imtginesio se pode alegar que a Dow Chemical Co,, A Mfatiaha ots CIA. sejam empresas educacionas™, ot fn Tuigaes cuje meta seja n blnce da vardade, Fo preftto Jobe Hindsay levanton n questzo do drelto da niversdade de se ‘hima “oma insuigio especial, divorsiada de objeivos mrun- ‘Gonos, enguanto se coups da especulario imobilia © shuda fi planar © avalir proletos para os militares no Vietas". (New York Timer, "The Week io Review,” de 4 de maio de, 1989). Pretender que 4 universidnde & 0 "eéecbro da tocedade” ou ‘eritirn do poder € uma tolice pergosa,© avrogante — ape- fas porgue a sociedade nig & um "corpo, e sito menos tm corpo sem clrebe. ‘Para vitae mal entendis: concordo com Stephen Spender ‘que sera uma Tousura para og estudantes destrutrem. es um Shales Comborasokien os Snicos que possaocleueameate fab, simplesmente porque conlamm com maiot. nimero, ¢ Portanto poder real, de seu lado), ja que’ os camp const Fo apenas sta tase real, mas a tiles base possivel. "Sem Ah vniversidede no havern estudantes™ (p. 22)" Mas as le eras contin send a ve tao extn > ‘mento enquanto elas. proporcionarem 0 Unico Toya nas Adige onde 0 poder no toma uldona palavca — Vi — P. 121, NOTA 30 Fred M, Hechinger, no artigo “Campus Criss" no New York Tomes ("The Week in Reviey") de-4 de malo de 1963, sereve: "Como as exibncias dos esudantes neBros espec fenie fo comune jslifeadas em subtdcin 4 ego € fetalmente de. simpatia™. Parece catscersico ds) li Kop tems sont ane g "Mansi fo he Wate Chrsian Chorches and the Jewish Synagogues in the United States and all other Racist Testintions", de James Forman, embora ido Astibaldo publicamente-¢ aisim certamente fosezn “novidades ‘apropriadae para imprimir", petianeceu no publicado ate que O'New York Review of Books (10 de julho de 1969) 0 impri- fig sem a Tattodogdo, Seu contetlo, sem divida, & famasa ei arabia no rod Ser conierad seit. Mas ¢ faals que uma simples pieda, ¢ no € teqredo. que a com fade negen Tamsentvelmente' se entga tae fantasia hole, E compreensvel quo ay autores estojam temorizadas, © ‘que nfo pode ser nem compreendido nem perdowdo 6 sua fata do imaginagto, Nip 6 dbvlo que Sr. Forman e seus sea ‘ors, nfo encontrando oposisio na comuaidade em geal © at 162 indo alga dinhsiro apnaigandor, sro orgados a tentar aa Talver em eles propos jamais fxeculan un ‘progtama no Gs feaham aevedtado? Vit — P14, NOTA 31 Numa carta para o New York Times (atada de 9 de abril de 1569), Tynd” menciona somante “agbes darupivag AND- ‘violent tals comme gre tines gnorando em prol de 428 propisitos os distebiog tumettuadament violentos da clase dos Trabalhadores ne década de vine, Tovanta a questio por que vo estas Lies "acelis por uma geragSo. nas relagees ae fioremprezado, .. slo ejeitnlas quando pratieadas pin cate pus? Gre) quesdo um erganizador sindical 6 destituldo de tie bona a Habica, seus compa ica sa reslvidg (fo imporia ¢ que pouto os ‘2 tomem agudos po mind azademic: cles mio sf9 nia ques. io de inerese confhiantes © guerra de clases rar do captuar ante ay estipidss as dos estudantes hegtos™ & Dally News do 8 de ait de 198 ptelio sobre o extado moral © intelectual de una soviedade na qual muita coragem sr Re cessiia para expressar bom Senso nestes assuntos! Ms sustadort ainda €. 2 ale rouito. provavel de que, em iaco cu dow anos al "aprendizada” de" Swab (ita Ha lingugem do séeuto dezonove faleda pelos caravasas arabes de marfim e everaves, uma misuea ibyida de um dlaato Bont cou tim, momsicuoso vocibuldr empresa da fraber ver a Enciclopédia Britnie, 1961), Jeraura afleana © oad I {eas lo aise, fla nett com ue ou rmardiha do, homem franco para impedir os nogvos do ober ma eduesgho adequadn, 163 1K — P, 123, NOTA 36 (© “Manifesto” de Tames Forman (adotado pela Conte acl? Nasi go Desenvolvimento Ezonbmico dos Negres), Taris Nencinel'e que eo apreentou br areas Snsgoast Sah wapcnns 0 pistpio dae reparepoes a nds vide, come Si povoaue tem si explora e degredado, rutlieado, a sadn fu peepuido™ € como vm exemplo_clissico. de Shor tio fais Segundo elo, "dcorre dah leis da revolugto {us of nals oprimidon fart’ a revlagio", cujo objivo der Mato Bi Speesamos asumir a iderangs, @ conto ttl. tno dos Estados Unidn, de todo que ena, Paso 0 tipo fe ramos seundon as orden © on rapes Braness front por cna’ Pare slcangar ea iors, set eceal0 Mar {Olu on mein nes, inci 0” ap 2 fr, © du podsr das anmas pera dormer 9.colonizador”, B enqtanto te lease grr orn nome da comunidad (qi, nat Stent no o"apon de nonumy enodo) ese rush a partir Opoder eno brane «we se foro eas dee See Sica progto a acete a iderngn negra", 0. mesmo ino ele sina ot tador os eftdos fens que pratigoem iment a tleinn, compen’ a bovine ufiite tempo aue post lvar oda para tomar o poder = Soar sconecer Saghl ail anos no fz dfeenga X — P. 126, NOTA 40 eons Habermas um dos mais senos» nteligentes ene tinal sinh a Also, um bom explo das dieataes ue es mansitag ou extaraistas tem para se desfazrem de ‘Mique vedogo do tabatho o,meare, No sea recente Feet na Wisc abs “colons” Bankurt, 1968), cle men ‘tea dvcrns vezs que ores eaters have 6 teoia de Sra, ou sly Ita dscns © ideo, plo podem ma et Mises sees tiocullads (wnmondson)™. Una comparsgio ‘Sein ena de Arie D.Sotharo ekgdo aca ste como Fah Ua pota os. gue comieram 9 “capt” do ponte eva dns Uenstois expen do Leste desfzerenmne de tease sfogan degen XP. 140, nota 62 As sangSes da tel, que, contul, nfo sio sua essincia,sfo vies contra ckdadioe que —~ sem sonegar seu apoio — ‘guarem fazer um privlégio para eles propios,o Indrdo espera flue 0 gorenio proleia sus propriedade recentemente obtida, NO- fuse gue nos prmeios sistemas legals no hava. sangao do tspecie alguna, (Ver Jonvenel, op. elt, p. 276). A punigeo 8 rhnsgresser cra 6 banimento Gu a prosetigaes vilando a Jel 0 CHimigovo ge colgcava fora da comunidade constcuda por ela, aserin SBalrbves (op. city p. 128 @ ss) evando em conta "a complexidade da fei, mesmo a Yet do. Estado", flow que “veslsente hi lels esto mais ‘dietivar’ que ‘ime 164 ratvas’, que slo mois “acsites’ que “impostay’, © cups “om {Ses mio) conse "necessiiamente- na, possivel roo forga for parte de won “seberano™. Ele omparou lls Tels “As eHeas| Sevan jogo, ou as do meu clube, ub a8 da grea", Eu me fnigmeto "porate part, ay a0 contri. de outfor colesas & Alados, estas tegeas 580 Tegra “valida |. Asho que a comparaeso de Parserin d'Entrbves dle com regia win uo ago” pode ser Tevada mals longe. Pols uestio com estas Fegras nko & que eu, me aubmeto, 2 clas volunlariamente ou reconhega teorlesmente’sbaolkdade, as fue na pistuca et a0 poso ener no jogo se nfo me subme fr, me! motive para secielas € mou deseo de Jar, © uma Ye ie ot Romens 88 podent sxistr no Ph Fd fect Ue er felotney 0 at uma ‘reepio parti, como fea os cnoron ar neg rt princnny"nan sani sper desobedienca's mes Yea Trina para a comida humana O” poplars Ga'a ici Cabuhutnente villa dic m6d0 pec Gen AGesatorving, ors, para eer lepima, wa el se Piemonte tn den ae aad por tr fel sé do o- opi da vilemts estado 6 una, Hoo. Todas a Iso main “dvetan* qe imperative. El idan Tenclomamemo humane a como as tars Gen © Fe Ein gunin: Rindatena dota Gee comida Folia ina romans Pact nent serve XIL— P49, NOTA 72 0 puiblin debs nig -™ anita porn 0 XI — F453, NOTA 75 ‘Seria interessante saber se taxa slarmante de crimes nfo reselvides se-deve, « em gue niedila, nao somente 0' Bem 165 ccunhesido aumento exgctaclar do atos eriminesos, mas tam- Fema nm definido etescimonto dy Drotalldade.polcal Ore. entementa publido Uniform Crime. Meport for the ‘United Staten le J. Eagar Hoover (Pederal Bnreau of Invesigaion, {do Depnntamento de Tustga des. Fstades Unidos, 1967), 10 {4 inaiengao ce quanéos evimes so realmente soluclonados — ‘icrencinn on sticky com dtenio™ ma men: oun na suiméeio que as solupies polis de rime sétis de tino etm 1967 em Feb. Somente 21,7 fou 21.9%) de todos os fries sdo “esslrectdes com dstencio", © dastes apenas 75% Poderiam ser levados is corte, onde somente cares Ue 60% Sor ingsindoe sersam considetadoncoipades! Deste modo, & Sranagsm a fivor do eriminoso. € tho grands que © conse fuente de ates riminoson parece mania. CQuaisqler ques Jamas enusts do dectinio espetoclat da oficiencla poiciat € fvidente destinio do poder da pole; © com ele erewe 3 Probibildade da brataidae. Estedantes eos. manifes {tes sio como patas cocando part ox policials que estio ‘eostumiaos a que nubea agarrat om ecimnoso, E alle wna comparacio desta situasio com a de outros ses por causa doe diferentes mitodos ssatistcas empregs- thos. No entanto parece que, embore 0 aumento de eras mo Se em nerhum outco lugar proparsdes (G0 aMatmanes como nes Estados Unidos. Ent Paria, por exempl, taxa de cries 8 Iucionsdos dectiou de 6206") 1967 pura 36% eon 1968 ma Alemavha de. 73,485 em 1984. para $22% em 1967; © SiG Ast aoe crimes foram Nolosionados em 1967. er "Deutsche Polizei", in Der Splge! Ue? de abril de 1967.) XIV — P. 184, NOTA 76 Solzhenitsyn mostra em minicia concreia como as tenta- tives Ge desenvolvimento eeonbmico racionat foram desta pelos métodos de Stdin, © esportse quo exe Teo dosfaya de fox 0 ino de dea 0 tenor e as monies pordas de vidas fnumangs seam prego us tem qe ser page pura a rapide Industatizayao do pais Progresso rapide ft Feito apés a morte de Stalin, e-0 que eapanta ns Rusia de hoje 6 que 0 Pals sida fest atraiado emt relagio. io somente so Ossle, esas tambent fm relgezo a. mutes dos piss sulle, Patose que nfo. hi oni Russia quanto a Wo, se € que hevia antes. ‘anterior, especialmente os vetcranos da Sogunda sabem muito bem que 86 wn milage salvou fa Risa da detiota em 194i, e que este milasre fo. 0 Sato Dratat de ter 0 ratio. 0 te Emainon sab a pressho da emergencla nacional, 9 povo, bat onside a si mesoo, pode nowomonie se hunter © gerut’ o po- ‘erio sufleente para’ derrour o fnvasor estringeto. Quando as pessoas regiessavam dos campos de prsioneizos de guerra ou ‘Sos postos de ccupacio ecam prontanente mandadss por illos| fanow para campos de trabalho ¢ concentsgio pats afetilas 166; dos ibitor da Wherdale. # exatamente esta gerne, ate ex. perimentou a lberdade durante 4 guerra © 0 terror depois (lay que esd desaiando a tizania do regime atta). XV — P, 163, NOTA 86 Ninguém em seu juieo perfeito pode acreitar — como czttosarupos de estudantes alemies fetentemente teorizaram — ‘ave foment quando 0 foverno for forcado "praticar vole 2 abertamente™ poderio os rebeldes "iutar contra eta merda td ‘socledade (Scheitgenichat?) comm. mios dequados & Aesiruéta"” (Ctado no Der Spleel de 10 de feverciro de 1963, . 30). Fs ava versio, valgetaada linglisticamente (embora ‘io jiclctustnente}, do velho csparste conunista da ada ‘de tonta, pelo qual-a vtora do lasso era lima para O% ie fram conta elt, € 00 puro fngimento, 9 varianze “revolgeio- hia" da hipoetiia, ow aesta'nimbecitideds paliten do "ere Alon”, Hxceto.que hg quarenta anos ers delibrade polities Dré-Hitler do Stin ® ni0 apenas teortzto estpida gue es ve por tis dso Certamente ny hi razio para grande espanto pelo fato de fs estudantesalomaessorem mais dalos 4 teotizagio € menos Alotades para 4 ag40 0 jolaamento. politics. do que colegas i em ovkroe paises polesmente. mie aforranadost mem de ‘9 snmento de mentee fntligentes © visit. na Alemarba ser nus pronuaciado, polurayto tas desesperada que er Sa agar nil dy ae lin pi Proprio pals, ekceto para os Tenbmenos da represla, quae ‘ul. Ew também eoncozdaria com Spender (ver “The Berlin foi Medel", op. eit) s0bro 0 papel desempenhado esta faagde pelo. passado nda recent do tal forma que O8 e8- fudantes Postig ressertidoy, nfo apenat em razio da sun Vio- peta, mas porque eles sio\lembrangas.-» eles também 12m aspect de fantacmes surgidos de tumbas precipitadamente 60- bertas""E ne entanto, quando tudo foi Vito e convenient mente levado em considerate, permanece 0 fato esranho © Inguetante de te neahurs des rupos da nova eaquerda. na ‘Aleraanha, ua Yocierante opesigho a poltcas natonalss Ou Jmperialstas de outros puses € nolorlamonte exiemada, i {eresrou-seaesiameate pelo regonbecimento da linha Oder-Neis- SS, gue, no Tim das voutas, €.0 polo crucial da. politica ex: {ing da Alemata © a pedla de toque do nacionalismo alemfo ‘deve a derroia do fesitme de Hitler XVI— P. 170, NOTA 99 Daniel Bell est, cautloramente esperangoso porque sabe ‘ave o trabalho clenifico e téeniso depends de “vonhecimento {eérico (que) ¢ buvade, testado e codifieado de um modo de= Snloresado” (op. cit) Talvez este olimisnyo pos set jest Ficado enquanto ot cientistay ¢-tecndlogos.esiverem desin- teressados Go. poder e somenteinteressados no preatigio sia 167 to & enquanto gem dominatom nem governarem. O pesimis tho, de" Noam, Chomsky, nem hltoia nem iclogi ner Biolog qos fo rueio pariclar para agoardncmos com e2- orang © dominio dos Aoves mandarin, talvex sea excessvo; eo Tet a6. agors precedemeshisticos 08 cintstas © in- Telctais que! com to. deplorgvet reguardade. se encootram ingots seruir qualquer govern ge. por venta ese no olen nto tem sido "mertoeraas®, mas "antea ativan, Mes Ghomy tem intelra tezio’ em levanat a questo: “De. um modo bein geral qe motivos hd para supor gue os aue reine {ica 'o poder baseados nov conbesimento ena fecni sem mais benignos no exeriio do poder do que os que 0 sevin thcam ‘brseador va ascondéncia rea eu. stocritica?” (Op. Gic'ps 27). B hi mas tazbes pata evantar a questo com Blematart” Que motivo Ba. pare aupor que © reseimento Eonica wina mettoeraca, jo. dominio € boseado. exclusiva Stone notes, ara a moped, nA Sra eres rns wet ai etinento de em for aprimitos do fosendo que pelo menos tha a consol gol on tui no era eatada por "culpa dees repaes? [Ni § plauivel spor qe tal Tessentimento abvigard Todas a8 Chructedaeasassoinss de om aniagonimo racial, © nao de Simpl confor de class, visto que te também dir resplto dos anttias ue no podem ser alteados, on sea, Uma Shang ds gual sma pesson 6: poder se Hibertat pelo exter imino doe ue. por ventura tveoem ‘vm. QY maior? Ewa er ave em tal oposglo 9 poder numérico dos preasicadoe Stin"esmagador e's mobiidade soviat-quave aula no 6 por ‘ivel qua 0. prigo do demagopos, de iderespopulaze, seria Uo grande gue a: meriteraca sciaempurrada para tranias despotame? XVI, P. 174, NOTA 106 Stewart Alon, no perspicaz artigo ‘The Wallace Maa, no Newsweek de 21 se ouiubro de 1968, observa: "Pode set thes uinho da parte dos partidos de Wallace nfo quererem man- far scos flhos para mis escola em nome Us Jntesrag, 08 ‘Bio € nenhiim modo inatual. E também nfo @ inatral pteo~ fparemse cont 0 “aborrecimeato’ de wuss exposas oy com a perda da hipotaca de suas casas, que € tado que eles tem Fle fambém ila a efiesz deearagao demngosica de George Wal Hace: "Hi 335 membros do Congresso e muitos destes bea também tém fihos. Voces saber quanfos deles mandam sss gas para oe escola. poblicas de Washington? Sel ‘QateD exemplo capital de politica de Jategrardo mal planes jnda fol publicado rveuntemente por Neil Maxwell no The Wait Bircet Journal (8 ce agosto ds 1968). O-govern0 federal pro- Imove a ineptagio escolar no sul coriando os fundos federais nos earos de flagraote volagao, Nora destes exemplos, $200,000 de" aja anual foram sonegndos. "Do total, $15.00 foram direto ora escolae Negron... Os brancos prontamente_eleva- ‘ram as tas para repor os $25°000!" Resnmlndo, © que deve 168 aiudar © aprendizado dos negros tem realmente um “impacto ‘Sinagador" ao sem sinter escolar exisente © heakum impacto fas esolas brancis, XVI — P, 178, NOTA 110 No obscure clima de conversas e algaravinsideolbaicas do debate "estodantl m0 Ocidente, estas questOeyraramente. 12m hance de sorem ‘sclareciasy a verdade, "tal comunidad, Nerbalmente to tadieal, sempre. procurou © acow tis Tuga" fas palnvtss de Ginter Grass. H também verdade ue isto & lente. alerntes © 00 feos mambros da nova csquorda, "les noo. sabem nada nas Sabor de tudo, como reuniyun jovem hieriador om Praga. Segundo. Gras, Hans Magnus Hozensbergor di vex atte feral dos alemen; 0s tehevos solzem de "horizon extre~ fmamente limitade. A stbstincia poten dees 6 pobre”. (Ver Ginter ‘Grass, op. cle p. 138142). Em contac com esta Inistura de estopden © imperingncia, 4 agnoters votre os Tee toldos do. Leste ¢ anioudora, emboea. sea. essustador| pensar ro peso exorliate que clstou.Jan Kavaa, un fider estan {checo, escreve: "Meus amigos Gt Buropa Ocidental sempre tne dizem que estamos Iotondo simplesmente por Mbardades de- foctticosvurguesis. Mas de certo modo et nfo consign dife- fenciar onte Hbeedades capitalists © liberdades oclalists, O tue en seconhopn so Hherades humanas bésicas™. (Ramparts Setembro do 1968.) F fell supor que ele tein a mesma die {uldg com # ditingao eats “violéacis.prostestisn « zepres- Siva" No enlaato, sexi etzOneo concuir, como se fa fre- ajienlemente que 08 povos dos atses ocdentas nfo te quel- as leghimas pistamente ma quastio. da liberdade. Certaments natural “que a abtide dou tebecos, para gs esludantes ool deatss, soja Targaments coloridn pela inves" (eitado do. una pote dé ut estudants por Spendee) op. ep. 72), mas tanks verdade que eles csfocom do eerie experiéncias menos brue fais, mine ainda assim bastante decisivas, em frasiagto. poll 169

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