Вы находитесь на странице: 1из 10

ANTONIO CELSO RIBEIRO

CHARLES BAUDELAIRE E OILIAM LANNA: SIGNIFICANTES


SILÊNCIOS LUNÁTICOS

UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ


POUSO ALEGRE
2006
2

ANTONIO CELSO RIBEIRO

CHARLES BAUDELAIRE E OILIAM LANNA: SIGNIFICANTES


SILÊNCIOS LUNÁTICOS

Dissertação de mestrado apresentada ao Curso de


Mestrado em Lingüística-Linguagem e Sociedade
da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
Eugênio Pacelli, Universidade do Vale do Sapucaí,
como parte dos requisitos para obtenção do título
de Mestre em Lingüística, sob orientação da Profa.
Dra. Mirian do Santos.

UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ


POUSO ALEGRE
2006
3

Ribeiro, Antonio Celso.

Charles Baudelaire e Oiliam Lanna: significantes silêncios


lunáticos / Antonio Celso Ribeiro. - Pouso Alegre: Univás / Fafiep,
2006.
121 f.: il.

Orientadora: Mirian dos Santos.


Dissertação (Mestrado) - Universidade do Vale do Sapucaí,
Curso de Mestrado em Linguística - Linguagem e Sociedade.

1. Música. 2. Literatura. 3. Silêncio Fundador. 4. Pri-


meiridade. 5. Paráfrase. 6. Polissemia. 6. Pragmatismo. I. Mirian
dos Santos. II. Universidade do Vale do Sapucaí. III. Título.
4

Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Mestrado em


Lingüística e aprovada em _________, pela banca examinadora
constituída pelos professores:

Professor Orientador Dra.Mirian dos Santos


Universidade do Vale do Sapucaí

Profa. Dra. Luciana Pagliarini de Souza


Universidade de Sorocaba

Profa. Dra. Berenice Maria Rocha Santoro


Universidade do Vale do Sapucaí
5

Aos meus pais Sebastião e Dolores


que juntos de Deus acompanham
minha trajetória
6

AGRADECIMENTOS

Agradeço e também dedico este trabalho ao meu amigo e mestre Oiliam Lanna, pela
generosidade que me passou seus conhecimentos enquanto seu aluno na Universidade Federal
de Minas Gerais. Oiliam me despertou para a necessidade de se construir um caminho sólido
na profissão e na vida, abrindo “os olhos e os ouvidos” para o mundo, e principalmente, me
fez acreditar que ao mundo somente nos imporemos pelo conhecimento, e não pela força.

Agradeço profundamente ao amigo e colega Nélio Tanios Porto, pelo apoio


incondicional desde a elaboração do projeto inicial. Agradeço também aos amigos Adriana
Cardoso e Paulo de Souza, pelas calorosas discussões sobre Lingüística, Semiótica e Análise
do Discurso. Estas discussões muito contribuíram para o enriquecimento do meu texto.

Agradeço de maneira muitíssimo especial, o carinho, dedicação e paciência da minha


orientadora Prof. Dra. Mirian dos Santos, sem a qual este trabalho não seria possível.
Agradeço, igualmente, à Prof.ª Mirian por me aprofundar o interesse e conhecimento pela
Semiótica de Charles Sanders Peirce, um dos referenciais teóricos para essa dissertação.

Agradeço também à Prof. Dra. Eni Pulcinelli Orlandi pelas aulas maravilhosas, pela
sabedoria e pela obra prima que é o seu livro “As Formas do Silêncio no Movimento dos
Sentidos” – grande referencial teórico para essa dissertação.

Agradeço à UNIVÁS pela importante e inusitada iniciativa de nos prover o Mestrado


em Lingüística – área de Análise do Discurso de Linha Francesa e principalmente pela
generosidade de torná-lo multidisciplinar.

Finalmente, agradeço à minha família, em especial à minha irmã Izabel, pelo carinho,
dedicação e pelo interesse e cuidado extremado por minha pessoa.
7

“Las cosas que nos rodean están habitualmente mudas, pero, desde su silencio, nos
interrogan, nos hablan. El diálogo que, desde los primeros tiempos, el hombre ha entablado con
las cosas, es un diálogo mudo. Las cosas preguntan por su esencia, por su presencia en el mundo,
por su orden o su limitación; de allí nace la metafísica. Inicialmente, la filosofía – asombro,
pregunta y duda – es sólo un intento de dar respuesta a ese interrogante que se plantea al sujeto
desde el objeto. La epistemología nace de este diálogo mudo. Todo objeto es, así, para quien lo
observa con atención, un interrogante mudo. Nos movemos entre las cosas silenciosas sin oír sus
voces. Pasamos, sordos, entre el silencio de los animales. No percibimos el secreto rumor de cada
cosa, y, sin embargo, ese cosmo en miniatura que es cada una de ellas – la mesa, la lámpara, el
papel, el libro – está poblado de asombrosas energías, de música, de resonancia atómicas. Entre
las cosas, pasamos así en silencio. Pero no sólo hablamos con la palabra. El silencio es, también,
otra forma de expresión. Cada gesto habla. Cada ser nos habla, mudamente, con su presencia.
Cada figura es un conjunto de sílabas. Cada cosa, cada ente, como dicen los filósofos, nos habla
con su ser – que participa también del silencio universal. Si hay un lenguaje del silencio, como
hay otro de la palabra, el filósofo y el poeta son precisamente aquellos hombres que interpretan a
su modo el idioma de los diversos silencios; porque, así como hay variedades de voces y de
acentos y de cantos, o de músicas, hay también multiplicidad de silencios. Cada silencio tiene su
densidad, su luz o su opacidad, su significado” (HOLGUIN, 1969, p. 32).
8

RESUMO

O presente estudo que se insere na linha de pesquisa “Discurso, Artes, Mídia e


Sociedade” objetiva investigar a obra musical “Sortilégios da Lua” de Oiliam Lanna, sob o
ponto de vista do silêncio. Profundamente inspirada pela obra “Les Bienfaits de la Lune” do
poeta simbolista francês Charles Baudelaire (1821-1867), o trabalho musical de Lanna foi
confrontado com a obra de Baudelaire também a partir do ponto de vista do silêncio. Para tal
tomamos como referência principal o “silêncio como pré-significação” como instituído por Eni
Orlandi (2002), a partir da visão da Análise de Discurso de Linha Francesa. Tratamos também
do silêncio musical sob o ponto de vista do pragmatismo. Procuramos compreender o papel do
silêncio nas obras em questão, resgatando as suas condições de produção e investigando as
tensões entre paráfrase e polissemia nas duas obras. Por se tratar de uma pesquisa em
linguagem não-verbal, usamos como suporte teórico, além dos dispositivos analíticos da
Análise de Discurso de Linha Francesa, a Teoria Semiótica tal como foi proposta pelo
americano Charles Sanders Peirce (1839-1914), em especial o seu conceito de “Primeiridade”,
que foi confrontado com o conceito de “Silêncio Fundador” proposto por Orlandi. Com este
estudo pretende-se estabelecer o papel do silêncio como elemento estrutural e coincidente tanto
na obra de Baudelaire quanto na de Lanna.

PALAVRAS-CHAVES: Música. Literatura. Silêncio Fundador. Primeiridade. Paráfrase.


Polissemia. Pragmatismo.
9

ABSTRACT

The present study which has been inserted on the research’s line of “Discourse, Arts,
Media and Society”, intends to investigate the musical work “Sortilégios da Lua” [“Sortileges
of the Moon”] by Oiliam Lanna, under the point of view of the silence. Deeply inspired by the
work “Le Bienfaits de la Lune” [“The Favors of the Moon”] by french simbolist poet Charles
Baudelaire (1821-1867), Lanna’s musical work was confronted with Baudelaire’s also from the
point of view of the silence. For this purpose we took as a main reference the “silence as pre-
significance” as instituted by author Eni Orlandi (2002) inside the view of the Discourse
Analysis of French School. We also dealt with the musical silence under the point of view of
the pragmatism. We attempted to understand the role of silence in such works (Lanna’s and
Baudelaire’s), rescuing their conditions of production and investigating along the course the
tensions between paraphrase and polissemy among them. Once we’re dealing with a Non-
verbal language research, besides the analytic devices of the Discourse Analysis of French
School, we also made use as theoretical support the Semiotic Theory just as it was proposed by
the American semioticist Charles Sanders Peirce (1839-1914), particularly his concept of
“Firstness” that should be confronted with the “Founder Silence” concept proposed by Orlandi.
With this study it intends to establish the paper of the silence as structural and coincident
element both in the work of Baudelaire as in the one of Lanna.

KEY WORDS: Music. Literature. Founder Silence. Firstness. Paraphrase. Polissemy.


Pragmatism.
10

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 10

2 A MÚSICA COMO LINGUAGEM 14


2.1 Os elementos constitutivos da música 20
2.2 A semiótica e a música 31
2.3 A música como linguagem das emoções 51

3 A PRIMEIRIDADE PEIRCEANA E O SILÊNCIO FUNDADOR 57


3.1 Música de silêncios filosóficos e pragmáticos: analogias 62

4 O SILÊNCIO COMO PRÉ-SIGNIFICAÇÃO EM “LES BIENFAITS


DE LA LUNE” E EM “SORTILÉGIOS DA LUA” 68
4.1 Introdução 68
4.1.1 Les bienfaits de la lune 69
4.1.2 Os favores da lua 70
4.2 As condições de produção de “les bienfaits de la lune” e de
“Sortilégios da lua” 72
4.2.1 Os “poèts maldits” e o simbolismo 74
4.3 A migração dos sentidos de Baudelaire a Lanna 84
4.4 O silêncio como base para a criação 88
4.4.1 Silêncios discursantes, musicais e pragmáticos: confrontando
Baudelaire e Lanna 91
4.5 As marcas recuperadas 102
4.5.1 Baudelaire e Lanna: silêncios entre palavras e silêncios entre
notas musicais 108

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 111

6 REFERÊNCIAS 114

Вам также может понравиться