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Formação de Pregoeiros

FORMAÇÃO DE
PREGOEIROS – PREGÃO
“O pessimista se queixa do
PRESENCIAL
vento. O otimista espera que
Paulo Sérgio de Monteiro Reis ele mude. O realista ajusta as
Belém – Pará velas do barco.”
2007

1 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 2

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CF/88, art. 37, inc. XXI Governo Federal


“XXI – ressalvados os casos especificados na Janeiro/Dezembro 2006
legislação, as obras, serviços, compras e
Dispensa e
alienações serão contratados mediante inexigibilidade -
processo de licitação pública que assegure 41%
Pregão - 31%
igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam Concorrência -
obrigações de pagamento, mantidas as 22%

condições efetivas da proposta, nos termos da Tomada de Preços


- 3%
lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis Convite - 3%

à garantia do cumprimento das obrigações.”

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 3 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 4
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Através da licitação, a
Administração Pública busca
A licitação não é um fim em alcançar seu objetivo:
si mesma.
a contratação

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 5 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 6

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Arnesto nos convidô Palavra de ordem:


P’rum samba e ele mora no Braz
Nois fumu e não encontremu ninguém
PROFISSIONALISMO
Nois vortemu cuma baita duma reiva
Da outra vez, nois não vai mais
(Adoniram Barbosa)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 7 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 8
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Histórico
Modalidades de licitação:
– Concorrência “Do latim praeconium, de praeconare
– Tomada de Preços (apregoar, proclamar) entende-se a
– Convite notícia ou a proclamação feita
– Concurso publicamente por oficial de justiça ou pelo
– Leilão porteiro dos auditórios forenses.”
– PREGÃO (Plácido e Silva)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 9 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 10

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Na linguagem forense: 2 – Proclamação, nas hastas públicas, em


1 – aviso dado pelo oficial de justiça às altas vozes, dos lanços oferecidos para
partes, por ordem do juiz no início ou no aquisição ou para arrematação das coisas
correr das audiências públicas, em virtude postas em licitação, ou venda por
do que se anuncia o começo da audiência almoeda, isto é, a quem mais der.
ou qualquer deliberação tomada pelo
magistrado, para conhecimento dos
interessados.

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Ordenações Filipinas (1592)


Pregoeiro: “E não se fará obra alguma, sem primeiro
andar em pregão, para se dar de
empreitada a quem houver de fazer
Pessoa que faz o pregão, o que proclama melhor e por menos preço; porém as que
ou anuncia em altas vozes. não passarem de mil réis, se poderão
mandar fazer por jornais, e umas e outras
se lançarão em livro, em que se declare a
forma de cada uma, lugar em que se há
de fazer, preço e condições do contrato.

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Província de Chubut, Lei nº
3.382, de 1989
E assim como forem pagando aos
empreiteiros, farão ao pé do contrato
conhecimento do dinheiro, que vão “Otro procedimento de selección del
recebendo, e assinarão os mesmos contratista es la modalidad de compras
empreiteiros e o Escrivão da Câmara; e as por oferta oral em acto público.”
despesas que os Provedores não levarem
em conta, pagá-las-ão os Vereadores, que
as mandaram fazer.”

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Na Europa Introdução
Itália (1978): Sistema das velas acesas Aplicação pela ANATEL: Lei nº 9.472, de
França: mesmo sistema com apenas 3 16.07.1997, art. 54
velas “os proponentes apressavam-se aos
lances quando a vela estava próxima do
fim, pelo temor de perder o negócio – o Para obras e serviços de engenharia:
que, no calor da contenda, por vezes os sujeição às disposições da Lei nº 8.666/93
levava a oferecer preços disparatados” Para as demais contratações: pregão e
Portugal: procedimento misto: verbal e consulta
escrito

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Introdução (continuação) Introdução (continuação)


Regulamentação na ANATEL: Resolução Para a União: Medida Provisória nº 2.026,
nº 005, de 15.01.1998 de 04.05.2000, reeditada até a Medida
Provisória nº 2.182-18, de 23.08.2001
Art. 7º: possibilidade de utilização do
Pregão para contratação de bens e Regulamentação: Decretos nº 3.555, de
serviços comuns 08.08.2000 (Pregão Presencial) e nº
5.450, de 31.05.2005 (Pregão Eletrônico)

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Introdução (continuação) Conceito


Legislação atual: Lei nº 10.520, de 17 de “Pregão é a modalidade de licitação em
julho de 2002 que a disputa pelo fornecimento de bens
Característica principal: estende a ou serviços comuns é feita em sessão
utilização do Pregão para os Estados, o pública, por meio de propostas de preços
Distrito Federal e os Municípios escritas e lances verbais” (Decreto nº
3.555, art. 2º)
Estado do Pará: Lei nº 6.474, de 6 de
agosto de 2002

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Conceito na lei estadual Tipos de Pregão


“Pregão é a modalidade de licitação para Pregão Presencial, Comum ou Físico:
aquisição de bens e serviços comuns, participação “física” dos licitantes na
promovida no âmbito do Estado, qualquer sessão pública
que seja o valor estimado da contratação,
em que a disputa pelo fornecimento é feita Pregão Eletrônico: participação “virtual”
por meio de propostas de preços escritas dos licitantes na sessão pública
e lances verbais em sessão pública.” (art.
2º)

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Princípios Princípio jurídico


Princípios constitucionais “É a norma de hierarquia superior à das
meras regras, pois determina o sentido e
Aplicação subsidiária da Lei nº 8.666/93 o alcance destas, que não podem
(art. 9º da Lei nº 10.520, de 2002) contrariá-lo, sob pena de pôr em risco a
globalidade do ordenamento jurídico.”
“Aplicam-se ao pregão os mesmos
princípios que regem as demais Carlos Ari Sundfeld
modalidades de licitação.” (art. 3º da lei
estadual)
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 25 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 26

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REDUZA
Navegar é preciso,
Viver não é preciso. A 30 KM
(Fernando Pessoa)

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REDUZA REDUZA

A 20 KM A 10 KM

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“Scire leges non est verba earum tenere,


BEM-VINDO
sed vim ac potestatem”
(Celso)
A
REDUZA
“Saber as leis é conhecer-lhes, não as
palavras, mas a força e o poder (o sentido
e o alcance)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 31 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 32
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Princípios constitucionais (art. 37, Princípios específicos da


CF/88) licitação
Legalidade Art 3º da Lei nº 8.666/93
Princípio da igualdade (poder
Impessoalidade vinculado/discricionário)
Moralidade Princípio da vinculação ao instrumento
convocatório (é relativo, não absoluto)
Publicidade Princípio do julgamento objetivo (critérios
Eficiência objetivos, perfeitamente definidos no ato
convocatório)
Princípio da competitividade (o edital deve
possibilitar a participação do maior número de
interessados)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 33 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 34

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Princípios específicos da Acórdão 877/2006 – TCU -
licitação Plenário
Princípio do sigilo das propostas (as “19. É de se destacar que, em matéria de
licitação, o princípio da proporcionalidade
propostas só podem ser conhecidas no consiste na necessidade de equilíbrio na busca
momento da abertura) de dois fins igualmente legítimos, quais sejam, o
Princípio da adjudicação compulsória princípio constitucional e legal da isonomia e a
seleção da proposta mais vantajosa para a
(contratação obrigatória com o licitante Administração. No caso em exame, as
classificado em primeiro lugar) exigências desnecessárias e excessivas
Princípio da proporcionalidade constantes do Edital foram ofensivas ao
princípio da proporcionalidade, contrariando de
maneira reflexa o aludido princípio da isonomia.”

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 35 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 36
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Princípios específicos do Princípios do Pregão na
Pregão legislação estadual
Princípio da oralidade: os atos praticados Probidade administrativa
de forma oral, inclusive quanto às Vinculação ao instrumento convocatório
propostas Julgamento objetivo
Celeridade
Princípio da mutabilidade das propostas: Finalidade
as propostas apresentadas podem ser
alteradas no curso da sessão, mediante a Razoabilidade
apresentação de lances verbais

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 37 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 38

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Quem pode utilizar no âmbito
da União
Proporcionalidade Administração Federal direta, fundos
Competitividade especiais, autarquias, fundações,
Justo preço empresas públicas, sociedades de
economia mista e demais entidades
Seletividade controladas direta ou indiretamente pela
Comparação objetiva das propostas União. (art. 1º, parágrafo único, do
Decreto nº 3.555)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 39 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 40
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Quem pode utilizar no âmbito dos


Estados, Distrito Federal e Municípios
O que pode ser licitado
Depende da regulamentação específica Utilização prioritária para aquisição de
Exemplo: Estado do Pará – Art. 1º, § 3º, bens e serviços comuns, objetivando
da Lei nº 6.474, de 2002: “§ 3º. garantir, por meio de disputa justa entre
Subordinam-se ao regime desta Lei os os interessados, a compra mais
órgãos da administração direta dos econômica, segura e eficiente (art. 3º, do
Poderes, as autarquias, as fundações Decreto nº 3.555 e art. 2º do Decreto nº
públicas, as empresas públicas, as
sociedades de economia mista e as 0199)
entidades controladas direta ou
indiretamente pelo Estado.”
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 41 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 42

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Acórdão nº 1547/2004 – TCU –
Primeira Câmara
“Art. 1º. Determinar que as compras e “... determinar...
contratações de bens e serviços comuns a 9.3.2. Nos termos do art. 3º do Regulamento da
serem efetuadas pelos órgãos públicos Licitação na modalidade de Pregão, aprovado
estaduais, deverão se processar, pelo Decreto 3.555/2000, utilize,
prioritariamente, a modalidade de pregão para a
prioritariamente, através da modalidade
aquisição de bens e serviços, sempre que
pregão.” possível, com vistas a garantir, por meio de
disputa justa entre os interessados, a compra
(Portaria nº 1739, de 11.09.2003, da SEAD) mais econômica, segura e eficiente;”

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 43 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 44
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Bens e serviços comuns


“Não é obrigatória, mas deve ser “Consideram-se bens e serviços comuns,
prioritária e é aplicável a qualquer valor para os fins e efeitos deste artigo, aqueles
estimado de contratação. cujos padrões de desempenho e
Independentemente da ausência de qualidade possam ser objetivamente
obrigatoriedade, o gestor deverá justificar definidos pelo edital, por meio de
sempre que deixar de utilizar a especificações usuais no mercado.” (art.
modalidade pregão, se, tecnicamente, 1º, par. único, da Lei Federal e art. 1º, §
havia condições para tanto.” 1º, da Lei Estadual)
(Voto do Min. Relator Walton Rodrigues)
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 45 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 46

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Bens e serviços comuns Bens e serviços comuns


(continuação) (continuação)

“O regulamento disporá sobre os bens e “Consideram-se bens e serviços comuns


serviços comuns de que trata este artigo.” aqueles cujos padrões de desempenho e
(Art. 1º, § 2º, da MP e art. 1º, § 2º, da Lei qualidade possam ser concisa e
Estadual) objetivamente definidos no objeto do
edital, em perfeita conformidade com as
especificações usuais praticadas no
mercado, de acordo com o disposto no
Anexo II.” (Decreto nº 3.555, art. 3º, § 2º)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 47 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 48
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Bens e serviços comuns Decisão nº 343/02 – TCU -


(continuação) Plenário
Anexo II do Decreto nº 3.555, de 2000, “No entanto, a nosso ver, a lista de
alterado pelos Decretos nº 3.693, de serviços constantes do Anexo II do Dec.
20.12.2000, e nº 3.784, de 06.04.2001. nº 3.555/00 não é exaustiva, haja vista a
impossibilidade de relacionar todos os
bens e serviços comuns utilizados pela
Administração.”

Relatório – Min.-Rel. Adylson Motta

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 49 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 50

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Acórdão 740/2004 – TCU - Acórdão 2094/2004 – TCU -
Plenário Plenário
“Determinar ao TRT da 1ª Região que adote as “... firmar entendimento no seguinte
seguinte providências: sentido:
9.3.19. Utilizar a modalidade de licitação pregão ...
estritamente para aquisição e/ou contratação de
bens e serviços comuns listados no Anexo II do 9.1.4. a licitação na modalidade pregão é
Decreto nº 3.555/00, em especial, para compra admitida para a aquisição de softwares
de somente os seguintes bens de informática: desde que estes possam ser nitidamente
microcomputador de mesa ou portátil classificados como ‘bem comum’, nos
(“notebook”), monitor de vídeo e impressora, termos da definição contida no parágrafo
nos termos do item 2.5, do Anexo II, do citado
Decreto;”
único do art. 1º da Lei nº 10.520/2002;”

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 51 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 52
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Acórdão 1299/2006 – TCU - Acórdão 313/2004 – TCU -
Plenário Plenário
“9.2. atribuir ao item 9.3.19 do Acórdão “O administrador público, ao analisar se o objeto
740/2004-TCU-Plenário a seguinte redação: do pregão enquadra-se no conceito de bem ou
‘utilizar a modalidade pregão estritamente para serviço comum, deverá considerar dois fatores:
aquisição e/ou contratação de bens e serviços os padrões de desempenho e qualidade podem
comuns, ou seja, aqueles cujos padrões de
desempenho e qualidade possam ser ser objetivamente definidos no edital? As
objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações estabelecidas são usuais no
especificações usuais no mercado, conforme mercado? Se esses dois requisitos forem
regra ínsita no art. 1º, parágrafo único, da Lei nº atendidos o bem ou serviço poderá ser licitado
10.520/2002, incluindo nessas características os na modalidade pregão.”
bens e serviços de informática.’;” (Voto do Min. Benjamin Zymler)
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 53 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 54

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Exemplos de bens e serviços
Bens de informática
comuns
Peças de reposição de equipamentos, Decreto nº 3.555/2000, Anexo I, art. 2º, §§
mobiliário padronizado, bens de consumo, 3º, 4º, 5º
combustíveis e material de escritório;
serviços de limpeza, vigilância, Bens fabricados no País, com significativo
conservação, locação e manutenção de valor agregado local – Lei nº 8.248/91, art.
equipamentos, agenciamento de viagem, 3º; Decreto nº 1.070/94
digitação, transporte, seguro saúde

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 55 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 56
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Decisão nº 535/2001 – TCU - Acórdão 631/2004 – TCU -
Plenário Plenário
“No tocante à questão suscitada pela 5ª SECEX, acerca “16. Com o advento da Lei nº 10.176, de
do direito de preferência, considero que, a vista da
edição da Lei nº 10.176, de 11/01/2001, foi confirmado o 11/01/2001, que veio conferir nova
exercício da preferência entre propostas equivalentes redação ao citado art. 3º da Lei nº
em termos de prazo de entrega, suporte de serviços,
qualidade, padronização, compatibilidade e 8.248/1991, ganhou relevo a tese de que
especificação de desempenho e preço, consoante o § 2º o direito de preferência foi mantido em
do art.3º da Lei nº 8.248/91, com redação dada pela Lei
nº 10.176/01. Assim, até que seja regulamentado o nosso ordenamento.”
inciso II do mencionado art. 3º, em caso de empate, será
aplicada a regra do inciso I do mesmo artigo, dando-se
preferência aos bens e serviços com tecnologia (Min. Relator Marcos Bemquerer Costa)
desenvolvida no País.”
(Min. Relator Adylson Motta)
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 57 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 58

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Lei nº 8.248, de 23 de outubro Lei nº 8.248, de 23 de outubro
de 1991 de 1991
Art. 3º. Os órgãos e entidades da Administração I - bens e serviços com tecnologia
Pública Federal, direta ou indireta, as fundações desenvolvida no País; (Redação dada
instituídas e mantidas pelo Poder Público e as pela Lei nº 10.176, de 11.1.2001)
demais organizações sob o controle direto ou II - bens e serviços produzidos de acordo
indireto da União darão preferência, nas com processo produtivo básico, na forma
aquisições de bens e serviços de informática e a ser definida pelo Poder
automação, observada a seguinte ordem, a: Executivo.(Redação dada pela Lei nº
(Redação dada pela Lei nº 10.176, de
10.176, de 11.1.2001)
11.1.2001)
§ 1o Revogado. (Redação dada pela Lei nº
10.176, de 11.1.2001)
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 59 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 60
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Lei nº 8.248, de 23 de outubro Lei nº 8.248, de 23 de outubro
de 1991 de 1991
§ 2o Para o exercício desta preferência, § 3o A aquisição de bens e serviços de
levar-se-ão em conta condições informática e automação, considerados como
equivalentes de prazo de entrega, suporte bens e serviços comuns nos termos do
parágrafo único do art. 1o da Lei no 10.520, de
de serviços, qualidade, padronização, 17 de julho de 2002, poderá ser realizada na
compatibilidade e especificação de modalidade pregão, restrita às empresas que
desempenho e preço.(Redação dada pela cumpram o Processo Produtivo Básico nos
Lei nº 10.176, de 11.1.2001) termos desta Lei e da Lei no 8.387, de 30 de
dezembro de 1991. (Redação dada pela Lei nº
11.077, de 2004)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 61 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 62

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Lei nº 8.387/91 Acórdão 2.138 - TCU - Plenário


Processo produtivo básico: “9.1. conhecer da consulta para respondê-la no sentido
de que não é juridicamente possível afastar a aplicação
da regra de preferência de que trata o art. 3º da Lei
8.248/91, alterado pelas Leis 10.176/2001 e
“é o conjunto mínimo de operações, no 11.077/2004, nos procedimentos licitatórios realizados
estabelecimento fabril, que caracteriza a sob a modalidade Pregão, cujo objeto seja o
fornecimento de bens e serviços comuns de informática
efetiva industrialização de determinado e automaçao, assim definidos pelo art. 1º, parágrafo
produto.” único, da Lei 10.520/2002, estando essas licitações
franqueadas a todos os interessados,
independentemente de desenvolverem bens e produtos
com tecnologia nacional e cumprirem o Processo
Produtivo Básico, definido pela Lei nº 8.387, de 30 de
dezembro de 1991;”
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 63 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 64
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O que não pode ser licitado na
área federal (art. 5º do Decreto nº 3.555)
“9.4. recomendar à Casa Civil da Contratação de obras e serviços de
Presidência da República que harmonize engenharia
o texto do § 3º do art. 3º do Decreto Locações imobiliárias
3.555/2000, introduzido pelo Decreto Alienações em geral
3.693/2000, com o texto do § 3º do art. 3º
e seus parágrafos da Lei 8.248/1991, na
redação dada pelas Leis 10.176/2001 e Disposição idêntica existe na Lei Estadual,
11.077/2004;” art. 4º

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OBRA - toda modificação intencional em SERVIÇO - toda atividade destinada a


um dado espaço físico. obter determinada utilidade para a
Administração
OBRA DE ENGENHARIA - As obras que
atendem às normas técnicas e legais
inerentes ao ramo, realizada SERVIÇO DE ENGENHARIA - aquele
obrigatoriamente sob a direção de realizado obrigatoriamente sob a direção
engenheiro de engenheiro

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 67 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 68
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Acórdão 1.617/2006 – TCU -


Acórdão 286/2007 – 1ª Câmara
Plenário
“9.1.1. verifique, quando da realização de “5. Como se vê, a Lei 10.520, de 2002, não exclui
previamente a utilização do Pregão para a contratação
pregão para contratação de obras e de obra e serviço de engenharia. O que exclui essas
serviços de engenharia, que os mesmos contratações é o art. 5º do Decreto 3.555, de 2000.
6. Examinada a aplicabilidade dos citados dispositivos
não possuam complexidade de legais, recordo que somente à lei compete inovar o
especificação e de execução ordenamento jurídico, criando e extinguindo direitos e
obrigações para as pessoas, como pressuposto do
incompatíveis com o caráter comum dos princípio da legalidade. Assim, o Decreto, por si só, não
objetos passíveis de serem contratados reúne força para criar proibição que não esteja prevista
em lei, com o propósito de regrar-lhe a execução e a
por meio da citada modalidade licitatória;” concretização, tendo em vista o que dispõe o inciso IV
do art. 84 da Carta Política de 1988.”

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 69 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 70

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Fase interna (preparatória) – art.


Fases procedimentais
3º da Lei
Fase interna ou fase preparatória: Verificação da efetiva necessidade da
desenvolvimento no âmbito interno da contratação
Administração Autorização pela autoridade competente
Abertura do processo devidamente
autuado e protocolado
Fase externa: iniciada a partir da
publicidade do certame, contando com a Definição do objeto
participação direta dos interessados Definição do valor estimado
Indicação dos recursos
Elaboração do edital
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 71 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 72
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Fase interna (continuação) Fase interna (continuação)


Justificação da necessidade da “A definição do objeto deverá ser precisa,
contratação e definição do objeto do suficiente e clara, vedadas especificações
certame, exigências de habilitação, que, por excessivas, irrelevantes ou
critérios de aceitação das propostas, desnecessárias, limitem a competição”
sanções pelo inadimplemento e cláusulas
do contrato, inclusive a fixação dos prazos (art. 3º, II, da Lei)
para fornecimento (art. 3º, inc. I, da Lei)
Designação do pregoeiro e equipe de
apoio (art. 3º, IV, da Lei)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 73 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 74

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Fase interna (continuação) Fase interna (continuação)


“A definição do objeto deverá ser precisa, Termo de referência: “é o documento que
suficiente e clara, vedadas especificações deverá conter elementos capazes de
que, por excessivas, irrelevantes ou propiciar a avaliação do custo pela
desnecessárias, limitem ou frustem a Administração, diante do orçamento
competição ou a realização do detalhado, considerando os preços
fornecimento, devendo estar refletida no praticados no mercado, a definição dos
termo de referência” (art. 8º, I, do Decreto métodos, a estratégia de suprimento e o
nº 3.555) prazo de execução do contrato.” (art. 8º, II,
do Decreto nº 3.555)
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 75 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 76
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Acórdão 664/2006 – TCU -


Plenário
Termo de referência como anexo “2.3. nos procedimentos licitatórios para aquisição de
produtos e contratação de serviços de informática,
obrigatório do edital anexe aos instrumentos convocatórios o orçamento
estimado em planilhas de quantitativos e preços
Inclusão do orçamento estimado no termo unitários, ressalvada a modalidade pregão, cujo
de referência orçamento deverá constar obrigatoriamente do Termo
de Referência, ficando a critério do gestor, no caso
concreto, a avaliação da oportunidade e conveniência
de incluir tal Termo de Referência ou o próprio
orçamento no edital ou de informar, nesse mesmo edital,
a disponibilidade do orçamento aos interessados e os
meios para obtê-los.”
(Redação dada pelo Acórdão 1925/2006 – Plenário)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 77 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 78

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros


Fase interna no âmbito do
Estado do Pará
Obediência às condições do Manual de – Protocolo – O documento é transformado em
Procedimentos constante do Anexo Único processo e encaminhado ao Titular do
da Portaria nº 1739/2003. Órgão/Entidade
– Titular – Analisa o pedido, para abertura do
Condições básicas: processo de aquisição ou contratação
Pedido não autorizado – encaminhamento ao
– Diretoria Administrativa/Setor de Material ou Setor de Material, para arquivamento
Área Técnica elabora memorando informando
Pedido autorizado – encaminhamento ao Setor de
a necessidade de compra ou de contratação
Finanças, para verificação da disponibilidade
de serviço e encaminha ao Protocolo, para
orçamentária
formalização de processo
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 79 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 80
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

– Setor de Finanças – verifica dotação – Jurídico – analisa, emite parecer e encaminha


Não havendo dotação – envio ao pregoeiro, para ao pregoeiro
arquivamento temporário – Pregoeiro – encaminha processo à Secretaria
Havendo dotação – envio ao pregoeiro, para Especial à qual o órgão/entidade está
elaboração da minuta do edital
vinculado
– Pregoeiro – encaminha minuta do edital ao
– Secretaria Especial – analisa os autos,
setor de contrato
autoriza o pleito e encaminha o processo ao
– Contrato – elabora minuta do termo de órgão/entidade, para entrega ao pregoeiro
contrato e encaminha ao Setor Jurídico,
juntamente com a minuta do edital
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 81 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 82

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Questão prática Fase externa


Órgão ou Entidade da Administração Pública fez constar Publicidade
do seu orçamento para 2006 a previsão da aquisição de
100 microcomputadores, com preço unitário estimado de Realização da sessão pública
R$-4.000,00. Em janeiro resolveu comprar 2
microcomputadores, com preço total estimado de R$-
Deliberação sobre os recursos
8.000,00. Em junho, resolveu comprar mais 15 eventualmente interpostos
unidades, com preço total estimado de R$-60.000,00. E Adjudicação
em agosto, resolveu comprar as 83 unidades restantes,
com preço total estimado de R$-332.000,00. É possível Homologação
realizar alguma dessas aquisições sem licitação? E nas
demais aquisições, que modalidade deverá ser Contratação
adotada? Execução do contrato
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 83 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 84
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros
Autoridade competente: Autoridade competente:
atribuições atribuições (continuação)
Determinar a abertura da licitação Estabelecer os critérios de aceitação das
Designar o pregoeiro e a equipe de apoio propostas, as exigências de habilitação,
Decidir os recursos contra atos do as sanções pelo inadimplemento e todas
pregoeiro as demais condições do certame e do
Homologar o resultado da licitação e fornecimento
promover a celebração do contrato
Definir o objeto do certame e o seu valor
Justificar a necessidade da aquisição Os atos devem ser motivados

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 85 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 86

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Pregoeiro Pregoeiro na Lei Estadual


Condução singular do procedimento Qualificação: servidor público ou militar
Qualificação: qualquer servidor lotado no órgão ou na entidade promotora
pertencente ao órgão ou entidade do certame (art. 7º)
promotora do certame, que tenha Exigência de capacitação específica (art.
realizado capacitação específica para a 7º, § 3º)
função (art. 3º, IV, da Lei c/c art. 7º, Mandato do Pregoeiro: máximo de 1 ano,
parágrafo único, do Decreto nº 3.555) sendo possível a recondução uma única
Período de investidura vez, por igual período (art. 7º, § 2º)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 87 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 88
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Pregoeiro (continuação) Pregoeiro (continuação)


Atuação na fase interna: - Condução da etapa competitiva
- Elaboração do ato convocatório - Exame da documentação da licitante
classificada em primeiro lugar
Atuação na fase externa no Pregão
- Negociação do preço
Presencial:
- Adjudicação do objeto se não houve recurso
- Deliberação sobre as impugnações - Elaboração da ata
- Credenciamento dos licitantes - Recebimento, exame e decisão/informação
- Recebimento dos envelopes sobre recursos
- Abertura do envelope de proposta, - Encaminhamento do processo à Autoridade
exame e classificação Superior
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 89 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 90

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Perfil do pregoeiro Equipe de apoio


LIDERANÇA Atribuição: assistência ao pregoeiro
Bom relacionamento Composição: maioria de servidores
ocupantes de cargo efetivo ou emprego
Flexibilidade
da Administração, preferencialmente
Fluência da fala pertencentes ao quadro permanente do
Defender direitos órgão ou entidade promotora do evento.
Ética Militares podem desempenhar funções de
pregoeiro e de membro de equipe de
Preocupação com resultados apoio (art. 3º, § 2º, da Lei e art. 10,
CAPACIDADE DE NEGOCIAÇÃO parágrafo único, do Decreto nº 3.555)
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 91 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 92
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Equipe de apoio (continuação) Equipe de apoio (continuação)


Quantidade de membros: não há Mandato da equipe de apoio na legislação
prescrição legal estadual: período de investidura máximo
Qualificação dos membros: relativa ao de 1 ano, permitida a recondução parcial
objeto do certame, com conhecimentos dos membros para o período subseqüente
sobre licitações e, especificamente,
pregão
Mandato da equipe de apoio na legislação
federal

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 93 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 94

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Questão prática O edital do pregão


No pregão, a equipe de apoio criada para Aplicação subsidiária das disposições do
prestar assistência é solidariamente art. 40 da Lei nº 8.666/93
responsável pelos atos praticados pelo Condições necessárias:
pregoeiro? - Descrição do objeto
- Prazos para formalização da contratação
e de execução do objeto
- Condições para participação no certame
- Critério de julgamento: menor preço

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 95 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 96
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

O edital do pregão (continuação)


- Critério de atualização do preço Adjudicação por itens ou por lotes de itens
- Condições de recebimento do objeto de natureza semelhante
- Condições de pagamento Súmula 247, do TCU
- Sanções pelo inadimplemento
Projeto básico e executivo: termo de referência
Minuta do instrumento contratual
Exame obrigatório pela Consultoria Jurídica (art.
38, parágrafo único, da Lei nº 8.666/83 e art. 21,
VII, do Decreto)
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 97 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 98

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Acórdão 290/2006 – TCU – 1ª Acórdão 147/2006 – TCU -


Câmara Plenário
“9.2.2. observe, nos procedimentos “12. Nesse mesmo sentido, este Plenário
licitatórios, as formalidades previstas na acolheu Voto da lavra do eminente Ministro
Lei nº 8.666/93, em especial no que se Walton Alencar Rodrigues, do qual extraí o
seguinte trecho (Acórdão nº 462/2003 –
refere a existência de: Plenário):
... ‘O parecer jurídico emitido por consultoria ou
9.2.2.5. rubricas do Presidente da assessoria jurídica de órgão ou entidade, via de
Comissão de Licitação nos editais (art. 40, regra acatado pelo ordenador de despesas,
§ 1º);” constitui fundamentação jurídica e integra a
motivação da decisão adotada.’
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 99 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 100
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Publicidade no pregão
“13. Com espeque nessas considerações, Início da fase externa do procedimento
entendo que o gestor público, quando Regras da Lei:
discordar dos termos do parecer jurídico - Aviso no Diário Oficial do Ente Federado
cuja emissão está prevista no inciso VI e ou, não existindo, em jornal de circulação
no parágrafo único do art. 38 da Lei nº local
8.666/1993, deverá apresentar por escrito - Facultativamente, por meios eletrônicos
a motivação dessa discordância.” (internet)
- Conforme o vulto da licitação, em jornal
de grande circulação
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 101 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 102

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Publicidade do pregão na União Publicidade do pregão na União


Para bens e serviços de valores Para valores acima de R$-650.000,00:
estimados até R$-160.000,00: - publicação de aviso no DOU, na internet e,
- publicação de aviso no DOU e na também, em jornal de grande circulação
internet regional ou nacional
Para valores acima de R$-160.000,00 e
até R$-650.000,00: Para os órgãos ou entidades integrantes do
- publicação de aviso no DOU, na internet SISG: íntegra do edital disponibilizada no site
e, também, em jornal de grande circulação www.comprasnet.gov.br, independentemente do
local valor estimado da contratação

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 103 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 104
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros
Publicidade do pregão no
Estado
Para bens e serviços de valores Para valores acima de R$-650.000,00:
estimados até R$-160.000,00: - publicação de aviso no DOE, na internet
- publicação de aviso no DOE e na e, também, em jornal de grande circulação
internet regional ou nacional
Para valores acima de R$-160.000,00 e
até R$-650.000,00:
- publicação de aviso no DOE, na internet Disponibilização da íntegra do edital por
e, também, em jornal de grande circulação meio eletrônico, independentemente do
local valor estimado da contratação

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 105 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 106

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Publicidade no pregão
Utilização da internet na Administração do Vedação expressa da obrigatoriedade de
Estado do Pará: aquisição do edital como condição para
participação no certame (art. 5º, II, da Lei,
art. 15 do Decreto nº 3.555 e art. 12, II, da
Lei Estadual)
www.compraspara.pa.gov.br Possibilidade de cobrança do custo da
reprodução do edital para os interessados
em obter uma cópia
Possibilidade de ser cobrado o custo da
utilização da internet
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 107 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 108
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros
Prazo para entrega dos
Questão prática
envelopes
8 dias úteis, contados na forma da Lei nº Licitação a ser realizada na modalidade
8.666/93, art. 21 c/c art. 110 (art. 4º, V, da pregão tem o valor total estimado de R$-
Lei Federal e art. 9º, IV, da Lei Estadual) – 1.500.000,00. A publicação do aviso de
prazo mínimo licitação no Diário Oficial e na internet foi
realizada em uma sexta-feira. Já a
publicação obrigatória em jornal de grande
circulação foi feita no dia seguinte,
sábado. Qual o dia mais próximo em que
a sessão pública poderá ser realizada?

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 109 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 110

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Impugnação ao edital Alteração de edital


Prazo: até dois dias úteis antes da sessão Aprovação pela Consultoria Jurídica do
pública, para qualquer pessoa (art. 12 do novo texto
Decreto nº 3.555 e art. 9º, V, da Lei Republicação da mesma forma e
Estadual) mantendo o mesmo prazo utilizado na
Apreciação pelo pregoeiro no prazo de 24 publicação original
horas (art. 12, § 1º, do Decreto nº 3.555)
Reabertura do prazo (art. 12, § 2º, do
Decreto nº 3.555)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 111 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 112
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros
Participação de empresas
Consórcio
estrangeiras
Documentos equivalentes, autenticados Exigências semelhantes às da Lei nº
pelos respectivos consulados e traduzidos 8.666/93
por tradutor juramentado
Qualificação econômico-financeira: cada
Obrigatoriedade: o licitante deverá ter empresa componente do consórcio deve
procurador domiciliado e residente no
Brasil, com poderes de representação, atender individualmente os índices
inclusive judicial contábeis definidos no edital

Lei Estadual: art. 13 Lei Estadual: art. 14

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 113 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 114

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros


Sessão pública no Pregão
Presencial
Características: Utilização do Sistema de
Prevalência dos princípios da oralidade e Acompanhamento de Pregão Presencial,
da mutabilidade das propostas instalado no órgão mediante solicitação à
Concentração de fases, com inversão do SEAD e atendimento de requisitos
procedimento básicos, como instalações e
equipamentos compatíveis e adequados à
Observação das disposições do Manual realização da sessão pública.
de Procedimentos, anexo da Portaria nº
1739/2003)
(Art. 2º da Portaria nº 1739/2003)
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 115 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 116
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros
Sessão pública no Pregão
Presencial
Possibilidade de utilização, em caráter Obrigatoriedade da presença de
excepcional, das instalações e estruturas representantes dos licitantes, com
da SEAD e da PRODEPA para o poderes de representação
processamento dos pregões presenciais, Recebimento dos envelopes e da
se inexistirem condições mínimas no declaração de cumprimento dos requisitos
órgão ou entidade promotora do certame. de habilitação
Riscos quanto à apresentação de
(Par. único do art. 2º, Portaria nº 1739/2003) declaração falsa

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 117 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 118

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Questão prática Questão prática


No início da sessão pública, uma pessoa Em aquisições de cartuchos de tinta para
apresenta-se ao Pregoeiro para entregar impressora, é lícito exigir dos licitantes
os envelopes de proposta e habilitação. que apresentem declaração emitida pelo
Indagada sobre a declaração de fabricante de que são representantes
cumprimento das exigências de legais e estão autorizados a comercializar
habilitação, essa pessoa informa que a o produto?
mesma está dentro do envelope de
proposta. Como deve agir o Pregoeiro
nessa situação?
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 119 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 120
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Acórdão 423/2007 – TCU - Sessão pública no Pregão


Plenário Presencial
“9.2. Abstenha-se de exigir, no ato convocatório, Abertura dos envelopes contendo as
que as empresas licitantes e/ou contratadas
apresentem declaração, emitida pelo fabricante
propostas, seu exame e
do bem ou serviço licitado, de que possuem classificação/desclassificação – primeira
plenas condições técnicas para executar os classificação
serviços, são representantes legais e estão
autorizadas a comercializar os produtos e
serviços objeto do termo de referência, uma vez Necessidade de motivação dos atos,
que essa exigência restringe o caráter especialmente quanto à desclassificação
competitivo do certame e contraria os arts. 3º, §
1º, inciso I, e 30 da Lei nº 8.666/1993;”

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 121 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 122

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Acórdão 934/2007 – TCU – 1ª


Questão prática
Câmara
Em determinado edital para aquisição de “9.2. determinar ao ... que, nos pregões que vier
a realizar, não adote procedimentos que
1.000 unidades de um produto, o menor ocasionem a desclassificação de propostas
preço por unidade foi apresentado pela antes da fase de lances, em decorrência da
oferta de valores acima do preço inicialmente
empresa A. Em sua proposta, no entanto, orçado pela autarquia, como no item 9.5 do
essa empresa deixava expresso que Pregão Eletrônico nº 35/2006, uma vez que o
somente forneceria 500 unidades. Como exame da compatibilidade de preços em relação
ao total estimado para a contratação deve ser
deve proceder o Pregoeiro? realizado após o encerramento da referida fase,
consoante o art. 4º, incisos VII, IX e XI, da Lei nº
10.520/2002 e o art. 25 do Decreto nº
5.450/2005;”
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 123 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 124
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Etapa competitiva Etapa competitiva (continuação)


Regras para participação: Apresentação dos lances em ordem seqüencial
- Eliminação dos licitantes cujas propostas Lances com valores distintos e decrescentes
foram desclassificadas Registro dos lances em documento próprio
- Participação do autor da menor proposta e Desistência da apresentação de lance
daqueles cujas propostas sejam superiores em Inexistência de lances
até 10% em relação ao menor valor Encerramento da etapa competitiva – segunda
- Participação mínima: 3 licitantes – contradição classificação
entre a Lei (art. 4º, IX) e o Decreto (art. 11, VII – Exame da exeqüibilidade do menor preço
prevalência das disposição da Lei) ofertado
Negociação com o autor do lance de menor
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007
valor
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007
125 126

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros


Acórdão 697/2006 – TCU -
Exemplo
Plenário
“11. Assim, no contexto da definição de critério Propostas apresentadas no Pregão e
para aferir inexeqüibilidade de preço, julgo que classificadas:
não há prejuízo à transparência e à lisura do
– Licitante A – R$-99,00
certame valer-se dessa fórmula definida no art.
48, inciso II, § 1º, da Lei nº 8.666/93, ainda que – Licitante B – R$-101,00
para outras contratações de menor preço que – Licitante C – R$-104,50
não as relativas a serviços e obras de – Licitante D – R$-108,70
engenharia, uma vez que constitui mais um – Licitante E – R$-110,00
instrumento para verificação da exeqüibilidade
do preço.” – Licitante F – R$-114,00
(Voto do Min. Benjamin Zymler) – Licitante G – R$-125,00

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 127 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 128
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Etapa competitiva (lances)


Licitantes classificados para a etapa – D – R$-108,70
competitiva: – C – R$-104,50
– Licitante A – R$-99,00 – B – R$-101,00
– Licitante B – R$-101,00 – A – R$-99,00
– Licitante C – R$-104,50
– Licitante D – R$-108,70
– Licitante E – R$-110,00 (fora)
– Licitante F – R$-114,00 (fora)
– Licitante G – R$-125,00 (fora)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 129 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 130

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

– D – R$-108,70 – R$-98,00 – D – R$-108,70 – R$-98,00


– C – R$-104,50 – C – R$-104,50 – R$-97,80
– B – R$-101,00 – B – R$-101,00
– A – R$-99,00 – A – R$-99,00

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 131 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 132
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

– D – R$-108,70 – R$-98,00 – D – R$-108,70 – R$-98,00


– C – R$-104,50 – R$-97,80 – C – R$-104,50 – R$-97,80
– B – R$-101,00 – R$-95,00 – B – R$-101,00 – R$-95,00
– A – R$-99,00 – A – R$-99,00 – R$-94,20

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 133 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 134

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

– D – R$-108,70 – R$-98,00 – R$-94,00 – D – R$-108,70 – R$-98,00 – R$-94,00


– C – R$-104,50 – R$-97,80 – C – R$-104,50 – R$-97,80 – R$-95,00 (fora)
– B – R$-101,00 – R$-95,00 – B – R$-101,00 – R$-95,00
– A – R$-99,00 – R$-94,20 – A – R$-99,00 – R$-94,20

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 135 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 136
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

– D – R$-108,70 – R$-98,00 – R$-94,00 – D – R$-108,70 – R$-98,00 – R$-94,00


– C – R$-104,50 – R$-97,80 – R$-95,00 (fora) – C – R$-104,50 – R$-97,80 – R$-95,00 (fora)
– B – R$-101,00 – R$-95,00 – R$-93,50 – B – R$-101,00 – R$-95,00 – R$-93,50
– A – R$-99,00 – R$-94,20 – A – R$-99,00 – R$-94,20 – R$-90,00

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 137 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 138

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

– D – R$-108,70 – R$-98,00 – R$-94,00 - desiste – D – R$-108,70 – R$-98,00 – R$-94,00 - desiste


– C – R$-104,50 – R$-97,80 – R$-95,00 (fora) – C – R$-104,50 – R$-97,80 – R$-95,00 (fora)
– B – R$-101,00 – R$-95,00 – R$-93,50 – B – R$-101,00 – R$-95,00 – R$-93,50 – R$-89,90
– A – R$-99,00 – R$-94,20 – R$-90,00 – A – R$-99,00 – R$-94,20 – R$-90,00

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 139 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 140
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

– D – R$-108,70 – R$-98,00 – R$-94,00 - desiste – D – R$-108,70 – R$-98,00 – R$-94,00 - desiste


– C – R$-104,50 – R$-97,80 – R$-95,00 (fora)
– C – R$-104,50 – R$-97,80 – R$-95,00 (fora)
– B – R$-101,00 – R$-95,00 – R$-93,50 – R$-89,90 – R$-84,00
– B – R$-101,00 – R$-95,00 – R$-93,50 – R$-89,90
– A – R$-99,00 – R$-94,20 – R$-90,00 – R$-87,00
– A – R$-99,00 – R$-94,20 – R$-90,00 – R$-87,00

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 141 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 142

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

– D – R$-108,70 – R$-98,00 – R$-94,00 - desiste – D – R$-108,70 – R$-98,00 – R$-94,00 - desiste


– C – R$-104,50 – R$-97,80 – R$-95,00 (fora) – C – R$-104,50 – R$-97,80 – R$-95,00 (fora)
– B – R$-101,00 – R$-95,00 – R$-93,50 – R$-89,90 – R$-84,00 – B – R$-101,00 – R$-95,00 – R$-93,50 – R$-89,90 – R$-84,00 – R$-
– A – R$-99,00 – R$-94,20 – R$-90,00 – R$-87,00 – R$-83,50 80,00
– A – R$-99,00 – R$-94,20 – R$-90,00 – R$-87,00 – R$-83,50

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 143 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 144
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Nova classificação
– D – R$-108,70 – R$-98,00 – R$-94,00 - desiste – 1º lugar: Licitante B – R$-80,00
– C – R$-104,50 – R$-97,80 – R$-95,00 (fora)
– B – R$-101,00 – R$-95,00 – R$-93,50 – R$-89,90 – R$-84,00 – R$- – 2º lugar: Licitante A – R$-83,50 (R$-81,00)
80,00 – 3º lugar: Licitante D – R$-94,00
– A – R$-99,00 – R$-94,20 – R$-90,00 – R$-87,00 – R$-83,50 – R$-
81,00 (fora) – 4º lugar: Licitante C – R$-97,80 (R$-95,00)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 145 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 146

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Exemplo
Propostas apresentadas no Pregão e Propostas classificadas para a etapa
classificadas: competitiva:
– Licitante A – R$-99,00 – Licitante A – R$-99,00
– Licitante B – R$-101,00 – Licitante B – R$-101,00
– Licitante C – R$-110,00 – Licitante C – R$-110,00
– Licitante D – R$-110,00 – Licitante D – R$-110,00
– Licitante E – R$-110,00 – Licitante E – R$-110,00
– Licitante F – R$-114,00 – Licitante F – R$-114,00 (fora)
– Licitante G – R$-125,00 – Licitante G – R$-125,00 (fora)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 147 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 148
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Etapa competitiva Questão prática


Situação em que comparece ao Pregão É licito ao pregoeiro limitar a quantidade
apenas um ou dois licitantes de lances a serem oferecidos pelos
licitantes, objetivando reduzir a duração
da sessão pública do pregão presencial?

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 149 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 150

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros


Acórdão 399/2003 – TCU -
Habilitação
Plenário
“9.1 – com fundamento no art. 69, § 1º, da Resolução TCU nº
136/2000, conhecer a representação formulada pela empresa ... Abertura do envelope de habilitação
para, no mérito, considerá-la procedente, haja vista ter-se exclusivamente da licitante que ofereceu a
verificado, no Pregão nº 96/2001, realizado pelo ..., restrição ao
caráter competitivo da licitação e ofensa aos princípios da isonomia proposta de menor valor
entre os licitantes e da escolha da proposta mais vantajosa para a
Administração, ... Possibilidade de inabilitação: convocação
...
9.3 – considerando a responsabilidade pela irregularidade de que do segundo classificado, pelo último valor
trata o subitem 9.1 desta deliberação, aplicar, com arrimo no art. 58, por ele ofertado; negociação com o
inciso II, da Lei nº 8.443/92, a multa de R$-5.000,00 ao pregoeiro ...,
fixando-lhe o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da notificação, pregoeiro
para que comprove perante este Tribunal o recolhimento do valor
da multa aos cofres do Tesouro Nacional;” Terceira classificação

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 151 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 152
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros
Decreto nº 6.106, de
Habilitação: documentos
30.04.2007
Disposições do art. 4º, XIII, da Lei: Fazenda Nacional
- Fazenda Nacional, Seguridade Social e FGTS – Certidão específica, emitida pela Secretaria
- Fazenda Estadual e Municipal, quando for o da Receita Federal do Brasil, quanto às
caso contribuições sociais
- Habilitação jurídica e qualificações técnica e – Certidão conjunta expedida pela Secretaria
econômico-financeira – disposições da Receita Federal do Brasil e Procuradoria-
constitucionais Geral da Fazenda Nacional, quanto aos
Habilitação no SICAF (inc. XIV), sistemas demais tributos federais e Dívida Ativa da
semelhantes mantidos por Estados, Distrito União
Federal e Municípios, ou CRC (art. 4º, XIV, da Validade das certidões: 180 dias
Lei e art. 13, par. único, do Regulamento)
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 153 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 154

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Cadastramento no Estado Cadastramento no Estado


“A documentação exigida para atender ao Habilitação jurídica, habilitação
disposto nos incisos supramencionados econômico-financeira e habilitação fiscal
poderá ser substituída pelo Certificado de podem ser substituídas pelo Certificado de
Registro Cadastral junto ao Estado do Registro Cadastral expedido pela
Pará, cuja concessão dependa de tais Secretaria Executiva de Administração -
documentos.” (art. 10, par. Único) SEAD

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 155 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 156
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Acórdão 267/2006 – TCU -


Questão prática
Plenário
“9.5.2. doravante se abstenha de exigir em Uma empresa sediada em São Paulo (SP)
processos licitatórios realizados por meio de participa de uma licitação na modalidade
pregão a apresentação de documentos e de Pregão no Estado do Pará, através de
informações que já constem do Sistema de
Cadastramento Unificado de Fornecedores –
sua filial localizada em Belém (PA). Para
Sicaf ou sistemas semelhantes mantidos por habilitação, essa empresa deve
Estados, Distrito Federal ou Municípios, em apresentar documentação relativa à sua
observância ao art. 4º, inciso XIV, da Lei sede ou à sua filial?
10.520/2002 e ao art. 14, parágrafo único, do
Decreto nº 5.450/2005;”

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 157 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 158

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Acórdão 597/2007 – TCU -


Questão prática
Plenário
Para habilitação em procedimento licitatório, a Administração exigiu “9.3.3. limite-se, nos requisitos de habilitação, às
a apresentação dos seguintes documentos: exigências estabelecidas nos arts. 27 a 31 da
– comprovação de quitação da respectiva contribuição sindical a que
se refere o art. 607, da CLT; Lei nº 8.666/1993, abstendo-se de requerer,
– Certidão negativa de débito salarial, expedida pela Seção de para tanto, documentos como Cadastro de
Fiscalização do Trabalho da Delegacia Regional do Trabalho – Empregados e Desempregados, implantação do
DRT;
– Declaração expedida pelo Sindicato laboral representativo da Programa de Controle Médico e Saúde
classe, comprovando que o licitante está regular quanto a entrega Ocupacional – PCMSO, Registro no Serviço
das guias do INSS;
– Comprovante de regular inscrição no Programa de Alimentação do
Especializado em Segurança e Medicina do
Trabalhador – PAT. Trabalho – SESMT e Convenção Coletiva de
Analise a validade de cada exigência. Trabalho;”

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 159 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 160
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Questão prática Questão prática


No pregão, é possível admitir que uma só Em um pregão, todos os licitantes cujas
pessoa física represente mais de um propostas foram classificadas para a
licitante? etapa competitiva foram inabilitados. É
possível, ainda, contratar algum licitante
que participou dessa licitação? Ou a
licitação deve ser declarada fracassada?

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 161 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 162

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros


Decisão nº 1237/2002 - TCU -
Questão prática
Plenário
É admissível a solicitação de amostras no “A exigência de apresentação de amostras ou
pregão? Em caso de resposta positiva, protótipos dos bens a serem adquiridos, na fase
essas amostras devem ser apresentadas de classificação das propostas, deve ficar
limitada apenas ao licitante, provisoriamente em
em que momento: antes da licitação, primeiro lugar, e desde que de forma
durante a sessão pública ou após a previamente disciplinada e detalhada no
classificação das propostas? instrumento convocatório, nos termos dos arts.
45 e 46 da Lei 8.666, de 1993, observados os
princípios da publicidade dos atos, da
transparência, do contraditório e da ampla
defesa.”
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 163 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 164
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Questão prática Questão prática


Em edital de licitação na modalidade de Em licitação na modalidade de pregão, o
Pregão Presencial, a Administração licitante que ofereceu o menor preço não
exigiu, como condição de habilitação, a apresentou a Certidão de regularidade
apresentação de declaração emitida pelo perante a Fazenda Nacional. Pode o
licitante, afirmando a inexistência de fato pregoeiro obter essa Certidão, através da
impeditivo da habilitação. É válida essa internet, durante a sessão pública?
exigência? Qual a fundamentação legal?

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 165 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 166

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros


Acórdão 1758/2003 - TCU -
Resultado final
Plenário
“No presente caso, não se afigura que o ato O licitante que ofereceu a proposta de
impugnado tenha configurado tratamento
diferenciado entre os licitantes.
menor preço e foi habilitado é declarado o
Ao contrário, entendo que foi dado fiel
vencedor do certame (art. 4º, XV, da Lei)
cumprimento ao citado art. 4º, parágrafo único,
do Decreto 3.555/2000, no sentido de que ‘as
normas disciplinadoras da licitação serão
sempre interpretadas em favor da ampliação da
disputa entre os interessados, desde que não
comprometam o interesse da administração, a
finalidade e a segurança da contratação.’”
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 167 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 168
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Acórdão 597/2007 – TCU -


Recursos no pregão
Plenário
Manifestação do interesse na sessão pública: “9.3.5. cumpra as disposições do inciso
prazo decadencial XVIII do art. 4º da Lei nº 10.520/2002 e do
Razões do recurso: apresentação no prazo de 3 inciso XVII do art. 11 do Decreto nº
dias consecutivos (art. 4º, inc. XVIII, da Lei 3.555/2000, observando o prazo de 3
versus art. 11, inc. XVII, do Regulamento e art. (três) dias para apresentação de razões
9º, XXI, da Lei Estadual) do recurso sempre que houver
Prazo para contra-arrazoar: 3 dias manifestação tempestiva e motivada de
Contagem dos prazos: art. 110 da Lei nº licitante que evidencie inequívoca
8.666/93 contrariedade e interesse de alterar a
decisão exarada pelo pregoeiro;”
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 169 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 170

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Recursos (continuação) Recursos (continuação)


Processamento do recurso: Prazo para deliberação na Lei Estadual: 5
- Apreciação pelo Pregoeiro dias úteis (art. 9º, XXIII)
- Deliberação pela Autoridade Superior
Juízo de retratação pelo Pregoeiro, na
sessão pública e em momento posterior
Anulação dos atos e reabertura da sessão
pública

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 171 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 172
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Adjudicação e homologação Questão prática


Não havendo recurso: adjudicação pelo Após a homologação, o resultado do
Pregoeiro e homologação pela Autoridade pregão deve ser publicado no Diário
Superior Oficial do Ente Federativo? E o resultado
Havendo recurso: adjudicação e do julgamento dos recursos
homologação pela Autoridade eventualmente interpostos, deve ser
Superior publicado no Diário Oficial?

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 173 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 174

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Validade das propostas Sanções (art. 7º da Lei)


Prazo de 60 dias, se outro não tiver sido Motivos para aplicação:
fixado no edital (art. 6º da Lei nº 10.520 e Não celebrar o contrato
art. 9º, XXVIII, da Lei Estadual) Deixar de entregar ou apresentar documentação
falsa
Ensejar o retardamento da execução do objeto
Não manter a proposta, falhar ou fraudar na
execução do contrato
Comportar-se de modo inidôneo
Cometer fraude fiscal
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 175 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 176
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Sanções (continuação) Sanções (continuação)


Penalidade: impedimento de participar de
licitações e contratar com a União, Garantia do direito ao contraditório e à
Estados, Distrito Federal ou Municípios e, ampla defesa
se for o caso, descredenciamento no
SICAF ou nos sistemas equivalentes pelo
prazo de até 5 anos, sem prejuízo das
multas e demais cominações legais

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 177 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 178

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Sanções na lei estadual Formalização do procedimento


Impedimento de licitar e contratar com a Composição do processo, nos termos do
Administração, pelo prazo de até 5 (cinco) art. 8º da Lei e art. 21 do Regulamento
anos – art. 11 Federal

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 179 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 180
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Lei Complementar nº 123/2006


Necessidade de comprovação, no ato de Declaração de cumprimento dos requisitos
abertura da licitação, da qualificação como de habilitação
microempresa ou empresa de pequeno – Declaração deve necessariamente expressar
porte – definição das regras no ato a verdade real, para evitar o risco de
convocatório – atendimento às condições falsidade ideológica
estabelecidas no art. 3º da LC
A não-apresentação dessa comprovação
implica na impossibilidade da utilização
dos benefícios da LC

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 181 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 182

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Etapa competitiva Exemplo


Empate ficto – verificação da existência 1º lugar: Licitante A - R$-100,00
Intervalo a ser observado – até 5% acima 2º lugar: Licitante B - R$-103,00
do melhor preço (microempresa)
Forma de “desempate” – apresentação de 3º lugar: Licitante C - R$-104,00
novo lance em valor inferior ao melhor 4º lugar: Licitante D - R$-105,00 (EPP)
preço, em até 5 minutos após o
encerramento dos lances – necessidade Licitante B terá até 5 minutos a partir do
de definição pelo pregoeiro comando do pregoeiro para apresentar
proposta inferior a R$-100,00
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 183 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 184
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Se Licitante B não exercitar o seu direito, Se dois licitantes que sejam ME ou EPP
o Licitante D terá novo prazo de até 5 estiverem empatados dentro do critério de
minutos a partir do comando do pregoeiro “empate ficto”, o desempate será feito por
para oferecer proposta inferior a R$- sorteio para definir quem terá o direito de
100,00
oferecer nova proposta
Se a melhor proposta for oferecida por ME
Se B e D não exercerem seu direito, o
Licitante A será declarado como melhor ou por EPP não se aplicam as disposições
proposta relativas ao “empate fícto”

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 185 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 186

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Habilitação
Hipótese em que a ME ou a EPP que Necessidade da apresentação de TODOS os
documentos exigidos para habilitação –
exercitou seu direito recusa-se a assinar o ausência de qualquer documento implica em
contrato: reabertura da sessão, com o inabilitação
benefício das regras de desempate pelas Possibilidade da apresentação de
MEs ou EPPs que estejam abrangidas documentação com restrições – exclusivamente
pelo “empate fícto”, respeitada a ordem de para a regularidade fiscal
colocação Demais documentos exigidos: devem
apresentar regularidade, sob pena de
inabilitação

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 187 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 188
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Habilitação do licitante ME ou EPP Conseqüências da não-regularização:


mesmo sem a apresentação de – Decadência do direito à contratação
regularidade quanto à habilitação fiscal – Incidência das disposições do art. 81 da Lei
Declaração do licitante vencedor nº 8.666/1993
Manifestação sobre recursos – Desfazimento dos atos de adjudicação e de
Atos de adjudicação e de homologação homologação por evento superveniente
Prazo para regularização: 2 dias úteis, – Reabertura da sessão pública
prorrogáveis por igual período, a critério
da Administração
Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 189 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 190

Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Conseqüências da regularização: TODAS as regras relativas às disposições


– Reabertura da possibilidade de interposição da Lei Complementar nº 123, de 2006,
de recurso contra o ato promovido pela devem estar obrigatoriamente definidas no
Administração ato convocatório da licitação
– Julgamento do recurso eventualmente
interposto, na forma da legislação
– Assinatura do contrato ou instrumento
equivalente

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 191 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 192
Formação de Pregoeiros Formação de Pregoeiros

Contatos

- www.pauloreis.adv.br
“É preciso menos tempo para fazer algo
- preis@pauloreis.com.br da maneira certa do que para explicar por
que foi feito da maneira errada.”
- 9988-8601 (Henry Longfellow)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 193 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 194

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“Como eu sou feliz, eu quero ver


“Quem tem fé, TUDO pode”
feliz quem andar comigo.”

(Jesus Cristo) (Guilherme Arantes / Jon Lucien)

Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 195 Paulo Sérgio de Monteiro Reis, 2007 196

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