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qualquer coisa sobre Deus, seus princpios e propsitos. Ainda no se havia pensado, no
tempo das reformas, que impossvel deixar de lado quem somos, como somos, para
que somos... enfim, esqueceram de contar a Lutero que a cabea pensa a partir de onde
os ps pisam. Leiamos, pois, as Escrituras, mas no s elas: leiamos nosso tempo, nossa
cidade, nossa sociedade junto com ela. O Evangelho segundo So Joo diz que "o Verbo
se fez carne, e habitou entre ns, e vimos a sua glria, como a glria do unignito do
Pai, cheio de graa e de verdade. ". Bonito, muito bonito. Especialmente bonito quando
tentamos perceber o que vai alm deste versculo.
Leiamos os nossos tempos: onde esto os pobres mais pobres do que os pobres
com quem encontramos? Onde h o sofrimento, ali est Deus. Se quisermos andar como
Jesus andou, devemos andar com quem Jesus andou, e, por pior que seja, andar para
onde ele andou. Os oprimidos so facilmente identificveis: pobres, negros, mulheres,
populao LGBT... Jesus est j com eles, e ns tambm precisamos estar. Sem julgar,
s amar. Sem querer transform-los, vamos deixando que nosso jeito mude o jeito deles,
e que o jeito deles nos mude tambm. Uma pedra aptica: chove, faz sol, calor, frio, o
tempo passa, as pessoas morrem, vm os sofrimentos... e ela continua l. Jesus
emptico: ele chora. Ns devemos chorar e deixar que os mais pobres e sofredores nos
evangelizem. Quanto de evangelho, de amor, de paz, de solidariedade um gay tem para
ensinar a um cristo? Muito. Talvez tanto quanto o contrrio (ou mais). Deixemos Jesus
tocar em ns, toquemos uns aos outros no nome de Jesus, o Deus que se fez pobre, o
homem to humano que s poderia ser divino. O Deus que faltava.