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O documento resume a obra "Apologia de Sócrates", onde Sócrates defende-se das acusações de corromper a juventude e adorar deuses estrangeiros. Ele é condenado à morte bebendo cicuta após o julgamento. Sócrates argumenta que sua missão era questionar a sabedoria dos outros e ajudar os jovens a pensarem criticamente.
O documento resume a obra "Apologia de Sócrates", onde Sócrates defende-se das acusações de corromper a juventude e adorar deuses estrangeiros. Ele é condenado à morte bebendo cicuta após o julgamento. Sócrates argumenta que sua missão era questionar a sabedoria dos outros e ajudar os jovens a pensarem criticamente.
O documento resume a obra "Apologia de Sócrates", onde Sócrates defende-se das acusações de corromper a juventude e adorar deuses estrangeiros. Ele é condenado à morte bebendo cicuta após o julgamento. Sócrates argumenta que sua missão era questionar a sabedoria dos outros e ajudar os jovens a pensarem criticamente.
quando o filsofo Scrates acusado de adorar outros Deuses que no os da Grcia, e de corromper os jovens. Aparecem ento trs acusadores, de seus nomes Meleto, Anito e Licon, que tentam ento, culpar Scrates. No fim do julgamento Scrates sentenciado a beber cicuta.
2) Os acusadores so Meleto, Anito e
Licon. Scrates acusado pelos trs por adorar outros Deuses que no os Gregos e de corromper os jovens. Note-se que cada um dos acusadores representa uma categoria social cuja sabedoria foi posta em causa por Scrates. Assim, Meleto acusa-o em nome dos poetas, Anito em nome dos polticos e comerciantes e Licon em nome dos oradores, retricos e sofistas.
3) Quando Scrates foi considerado, pelo
orculo do Templo de Delfos, o mais sbio de todos os homens, foi procurar outros homens considerados sapientssimos para que os pudesse pr prova. 4) Scrates tentou confrontar as pessoas que se auto- proclamavam sbias, dirigindo-se a poetas, polticos, artfices e oradores. Assim ele pde chegar concluso, de que apesar de eles se gabarem deste facto, nenhum possua a verdadeira sabedoria. Scrates compreendeu ento que era o considerado o mais sbio pelo orculo de Delfos simplesmente porque reconhecia a sua ignorncia, porque admitia nada saber, sendo isso uma forma de sabedoria. Ao contrrio, todos os outros supostos sbios, orgulhavam-se de saber muito, quando nada sabiam.
5) Scrates diz que muitos dos seus
ouvintes eram jovens curiosos que nunca se revelaram hostis s suas indagaes. Por isso, Scrates considera a acusao de corromper jovens como injusta e sem sentido: nunca recebera dinheiro pelos ensinamentos e nem um nico jovem reclamou de tais ensinamentos. Pelo contrrio, notou at um grande entusiasmo junto dos jovens. No fez mais do que os ajudar a pensar, a ter esprito crtico e a no aceitar como certas as verdades supostamente mais bvias. 6) Scrates usa esta comparao para abrir os olhos aos cidados atenienses (um cavalo grande e generoso) pois estes to tapados com a grandeza e poder da cidade. Scrates o moscardo que vai espicaar o cavalo com a sua sabedoria. A picada do moscardo (Scrates) tem a funo de obrigar os cidados a refletir, a pr em causa os seus dogmas para melhorarem no caminho da virtude.
7) Scrates acha que chegou a sua hora,
logo no ficou incomodado com a deciso do julgamento. No estava espera que houvesse tantos juzes a favor da sua absolvio e ficou intrigado com este facto. Considera, contudo, que perdeu o julgamento no por falta de argumentos mas por ter ousado dizer a verdade, sem prudncia. Apesar disto, Scrates pede para as pessoas no se conformarem, tentando tornarem-se melhores e mais sbias, procurando no as riquezas mas sim as virtudes. No final, revela no ter medo da morte, at porque desconhece o que se suceder depois. Prefere morrer a ficar privado de dizer a verdade.
8) Os problemas filosficos colocados ao longo
da obra so muitos, destacando-se os seguintes: Como agir? (tica); Quais os valores mais importantes? (axiologia); O que a verdade? (filosofia do conhecimento); O que a morte? Qual o sentido da vida? (filosofia existencial). O primeiro tem a ver com as questes da justia e com a vida que cada um deve levar para permanecer no caminho da virtude. Scrates cita mesmo o caso de Aquiles que mesmo sabendo que podia morrer recusou-se a agir injustamente (no ests falando bem, meu caro, se acreditas que um homem, de qualquer utilidade, por menor que seja, deva fazer caso dos riscos de viver ou morrer, e, ao contrrio, s deva considerar uma coisa: quando fizer o que quer que seja, deve considerar se faz coisa justa ou injusta, se est agindo como homem virtuoso ou honesto). Este tema relaciona-se com a filosofia dos valores, pois Scrates frisa que, na sua escala valorativa, a virtude, a honestidade e a justia (valores ticos) so os mais importantes, superiorizando-se claramente ao dinheiro e s honrarias (timo homens, tu que s cidado de Atenas, da cidade mais famosa pelo saber e pelo poder, no te envergonhas de fazer caso do dinheiro, da glria, e das honrarias e, depois, no fazer caso e nada te importares com a Sabedoria, nem com a Verdade?). O tema da verdade muito explorado por Scrates, que considera que o maior erro admitir que se sabe tudo quando nada se sabe (Aqueles dentre vs, homens, so sapientssimos os que, como Scrates, tenham reconhecido que em realidade no tem nenhum mrito quanto sabedoria) . As questes do dogmatismo e do ceticismo so assim abordadas pelo filsofo, destacando-se a crtica aos sofistas, para quem a retrica seria apenas um meio para convencer os outros e no para descobrir a verdade. Finalmente, o tema da morte abordado na parte final do julgamento. Scrates considera que a morte ou um sono profundo (e nesse sentido nada h a temer) ou ento trata-se de uma passagem para outra vida onde se poder encontrar com grandes figuras histricas j falecidas (mais uma vez, nada havendo a temer) (Porque a morte uma ou outra destas duas coisas: ou o morto no tem absolutamente nenhuma existncia, nenhuma conscincia do que quer que seja, ou, como se diz, a morte precisamente uma mudana de existncia e, para a alma, uma migrao deste lugar para um outro).
9) Penso que o tema principal da obra a luta
pela verdade, coerncia e justia. Acima da prpria vida, do dinheiro ou das honrarias, Scrates coloca a procura da verdade e da virtude, estando as duas intimamente associadas. Mais importante do que ser condenado ou absolvido, do que morrer ou viver, ajudar a esclarecer os espritos, questionando o que nos dado como certo, e sendo humildes na busca incessante da verdadeira natureza do mundo e das coisas.
10) O tema que escolhi desenvolver O que
podemos saber? ou, de outra forma, A verdade existe?. Ao longo dos tempos os filsofos tm debatido esta questo, destacando-se duas correntes principais: o dogmatismo, que defende que existem verdades universais e objetivas e que as podemos alcanar e o ceticismo e o relativismo, que defendem que a verdade objetiva no existe, ou, a existir, est para l das possibilidades humanas de a conhecer. Esta obra d-nos tambm algumas pistas para desenvolver este tema a partir da clebre frase socrtica s sei que nada sei. Por um lado existe aqui uma certa contradio: se sei que no sei, ento j sei alguma coisa e no posso afirmar que nada sei. Ou, dito de outra forma, ao dizermos que no sabemos a verdade j estamos a afirmar uma verdade (a douta ignorncia). Devemos, por isso, partir destas verdades simples e humildes, para com pacincia e esprito crtico, chegar a verdades cada vez mais slidas sobre o mundo e sobre ns, mas questionando sempre os seus fundamentos luz de novas descobertas. Penso que nem tudo relativo e que nos podemos aproximar gradualmente da verdade ainda que nunca a possamos alcanar na totalidade.