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O novo geek e Maslow


2008-03-16 22:03:07 by João Carlos Caribé

Há vinte anos, o computador era um totem sagrado, que habitava o hermético e gelado santuário da
tecnologia. Mouses ainda caiam em ratoeiras e interface gráfica,…., hein ? Era necessário aprender
complexos comandos para fazer alguma coisa com estes computadores, e padronização era um nome feio,
quase utopia. Na esfera da computação pessoal, nem mesmo sistema operacional os PCs tinham, ao ligar
apenas o cursor do Basic piscava na tela. Jogos e programas vinham em revistas como a Microsistemas,
mas não eram em CD e nem em disquete, eram códigos fonte para digitar! Quem entendia de computador
eram caras esquisitos, que falavam coisas esquisitas e em geral eram a antintese do playboy, eles eram
conhecidos por Nerds, ou Geeks.

Hoje em dia o computador virou suco, pulverizou-se, tornou-se ubíquo. Os novos geeks são sociáveis e
conectados, usuários compulsivos de gadgets, e principalmente os que permitem esta conectividade. Como
diz Scott McNealy, Chairman da Sun, “Era da informação é coisa do século XX, coisa do passado, ja
estamos na Era da participação“. O novo geek esta sempre encontrando um bom motivo para uma boa
socialização presencial, os primeiros bons motivos foram os Barcamps, e dai uma infinidade de “camps”
surgem a cada dia, “botecamps”, “chopcamp”, “o bar do camp”, e por ai vai. Mas o mais interessante é que
boa parte dos novos geeks brasileiros fazem esta interação on e off line, e muitas vezes viajam de um
estado para outro para uma boa confraternização. Todas as confraternizações são cobertas em tempo real
pelos participantes, e quem esta de longe muitas vezes chega a sentir que esta na mesa, participando dos
papos animados, e desgutando um belo chopp, ou participando de alguma desconferência.

Os geeks continuam esquisitos, mas agora são uns esquisitos sociáveis e isto faz a maior diferença, o que
aconteceu? Cadê aquele geek anti-social do século passado? Como explicar o que aconteceu? Alias o que
aconteceu? Aconteceu alguma coisa? O que aconteceu foram mudanças, evoluções tecnológicas que
foram sendo absorvidas e transformadas em ferramentas sociais.

O visionário digital do século passado era indispensávelmente da area tecnologia, hoje as características
sociais estão tão intrissicamente ligadas à tecnologia, que os visionários digitais do século XXI certamente
são ligados às areas humanas. Assim como a internet deixou de ser fim, para ser meio, a sua utilização se
da cada vez mais por pessoas comuns.

Existem algumas teses que possuem ampla gama de aplicações, como a regra de Pareto, a curva de sino e
porque não a pirâmide de Maslow para tentar explicar este fenômeno ?

No conceito original, a pirâmide de Maslow é utilizada de forma estática, ou seja, escala-se degrau por
degrau, ou dinâmica, que dependendo da situação, pode-se transitar entre os degraus e até mesmo
estacionar entre dois deles. Vamos adotar uma analise estática. Desta forma é simples, os dois primeiros
degraus representam os patamares determinantes ao ingresso à midias sociais, e hoje em dia são
rapidamente percorridos:

• Conhecimento tecnológico - Hoje em dia, com interfaces cada vez mais intuitivas, o conhecimento
tecnológico é um degrau irrelevante, facilmente transposto por qualquer um que tenha o minimo de
conhecimento.
• Conexão, acesso - Com o advento da inclusão digital e das Lan houses populares, e da queda nos
preços do acesso banda larga, conexão e acesso estão faceis para muita gente.
• Interação, participação - É o momento em que o usuário começa a interagir em midias sociais tais
como redes sociais, foruns, listas de discussão, instant mensagers, e até mesmo comentando e/ou
criando blogs. É o momento em que alguns usuários partem para a interação física, nos eventos
geeks.
• Estima, reconhecimento - Agora o usuário quer reconhecimento, inicia um blog, uma comunidade,
ou até mesmo torna-se um usuário extremamente participativo nos foruns e listas de discussão. O
usuário busca reconhecimento e investe pesado nisto.
• Auto realização - Sua presença no ciberespaço está garantida, ele já é reconhecido, e tornou-se
uma celebridade. É prosumer, faz parte de um ou mais nucleos sociais. Torna-se um compulsivo
por mashups e redes sociais, tem perfis em quase todas, e por incrível que pareça consegue manter
tudo atualizado. Neste momento existe por diversas razões o trânsito entre o degrau abaixo, é
natural, pois manter-se no topo é infinitamente mais dificil do que chegar lá.

Esta é uma hipotese, esta aberto a discussão, vamos iniciar um estudo antropológico do ciberespaço ?

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