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100 Barragens Brasiletras 14- CALCULOS 14.1 - INFRODUGAO DE ESTABILIDADE Muitos sio os obstéculos que um engenheiro encontra (quando procura analisar a estabilidade de_um talude fatural ou compactado, Trés das principais dificuldades referem-se a selecionar 0s parimetras de edleulas prever as condigdes do fluxo de égua e as presses Piezomiricas resultantes antecipar as formas mais proviveis de ruptura, as Superficies potenciais a elas associadas © 0s migeanismos de ruptura envolvidos. Os pardmetros de cilculo esto discutidos nos Capitulos 7 € 15. As condigbes de fluxo foram discutidas nos Capitulos Bed. Mecanismos de ruptura sio discutidos também nos Capitulos 2, 6, 9 € 15. Neste capitulo, ser analisado o problema dos equilibrios de massas de solos (item 14.2) ¢ serio abordalos os metodos de caleulo ¢ suas aplicagies fitens 14.3 ¢ 14.4), Para vérios métodos,incluram-se dbacos para céleulos texpeditos de estabilidade que devem ser usados nas faxes preliminares do projeto,e que sio adequados para fo chamado cllculo de estabilidade externa, ou seja. 0 caleulo da estabilidade dos taludes externos da batragem, Para o edleulo da estabilidade intema, que envolve as diferentes zonas da barragem © & sua Fundagao. ¢ necessério recorrer a céleulos diretos ou a programas de computador, que permitam considerar 142 - CONSIDERACOES GERAIS SOBRE O EQUILIBRIO DE MASSAS DE SOLOS ‘A Figura 14,1 mosira um talude e uma cunha de solo limitada por uma superficie cilindrica de mento, Formula-se, portanto, jé, a primeira re=Rokbc La as condigdes particulares dos varios materiais cenvolvides. (© que € da maior importancia & que as superfcies de ruptura envolvidas sejam devidamente conhecidas & fdesenfadas, para que se possa ter uma idéia correta tday areas da barragem envolvidas num processo de ruptura Os assim chamados estudos paramétricos de estabilidade 56 tém sentido quando as varidveis Consideradas esto associadas as mudangas nos mecanismos de ruptura nas zonas da barragem tenvolvidas nesses mecanisinos. Assim, por exemplo: = aredugio no valor da coesio do solo do nicleo de tima barragem de enrocamento (com micleo) ou a posigao da linha fredtica considerada chegam a Inodificar 6 mecanismo de ruptura, que resulta no menor coeficiente de seguranca ? a variagaio no valor de-S, (rsisténcia nao drenada) fadotado no célcuto de esfailidade de uma barragem Sobre argila mole faz, com que a superficie critica ‘de ruptura passe de plana para circular ? a consideracdo de uma envoltéria exponencial de resistencia, do contrario de urna envolt6ra retilinea. hega a aiterar significativamente a posigio da Superficie eritica de ruptura de um talude de enrocamento ? Rsses exemplos sio mencionados porque nfo adianta, Solisticaros programas de edlculos de estabilidade enem fazer analises. paraméiricas, se os mecanismos de textabilidade nao forem corretanente analisados, Um caso panicular, mas de interesse pritico, édiscutido no item $4.5, relativo as envoltorias de resisténcia © & supetposigao de presses neutras de rede de fluxo © juelas resoltantes do processo de cisalhamento, ‘asiciadas ao rebaixamento da gua em um reservaténio. L.A superficie de escorregamento é cilindrica e a analise € fits no plano bidimensional Figura 14.1 - Forgas atuantes numa superficie cilindriea (Whitman, 1963) 70 As forgas e presses atuantes nessa cuha de solo si: ~ peso proprio da cunha P (ago da gravidade); = pressbes neutras distribuidas ao longo da superficie deescorregamento, desenvolvidas durante o pa6prio processo construtvo (aterros compactados) e/ou resultantes de um regime de percolagao de agua qualquer. A resultante dessas forcas € U: + una pressio normal efetiva o” distribufda ao longo dda superiicie de escorregamento; = tensdes de cisalhamento distribuidas também 20 longo da superficie de escorregamento, Relativamente & resistencia ao cisalhamento, formulam-se mais duas hipdeses: TL, A resistoncia ao cisalhamento pode ser expressa, pela equagio: e+ Og. IIL, Em cada ponto da superficie de escorregamento, a resisténcia ao eisalhamento mobilizada & sendo F conhecido como coeficiente de seguranga, A partir dessas dtimas hipéteses, as tensdes disiribuidas ao longo da superficie de escortegamento podem ser substituidas pelas tr resulantes: a) Resultante da coesao c. A linha de ago de c & cconhecida e independe do valor de F; by. Resultante das presses normais efetivas N”. Tanto a grandeza como a linha de agdo de N" so desconhecidas, embora N’ tenha de ser, por Xefinigdo, normal & superficie de escorregamento: 6) Reguants doarto Rave deve sr normal a", Chg Wigqr No enfant, Re desconnec Portanto, vé-se que hi quatro inedgnitas: de N’, a diregio de Ne Ry Logo, c Fa grandeza no 6 existern tues equagdes de equilfbrid estitico, 0 problema & indeterminado, (Os métodos de andlise de estabilidade recorrem a uma hipotese adicional relativa a distibuigao de oF, a fim de resolver © problema. Acresee ainda 8 dificuldade de andlise o fato de em alguns casos se verificar que parte da superficie de fescorregamento fica sujita a over-stressing (excesso de tensio). Bishop (1952) demonstrou, através de anilise pelo processo da relaxagdo que, para 0 caso tipico de uma barrage de terra, & assumindo Capitulo 14 ropriedades elisticas para 0 solo, sobretensies localizadas riam ocorrer se o voeficiente de seguranga F (obiido pelo método do cireulo de escorregamento} fosse inferior a aproximadamente 1.8, Quando, no procedimento de edlculo, a superficie & dividida em lamelas, tem-se a condigdo da Figura 14.2, que mostra as fora atuantes numa lamela, Se 0 rnimero de lamelas for igual a n, as ine6gnitas sero em ntimeto de 61 2, assim distiibuidas: Figura 14.2 - Forgas atuantes numa lamela vertical (Sarma, 1979) ~ mniimero de forgas normais efetivas "(ou de forgas nnormais totais N}: =m niimero de Forgas de cisalhamento T; = (2-1) miimero de foreas entre lamelas (body forces) {expressas em presses efeivas (ou pressoes totais (e- Dy nimero de Forgas entre lamelas (body forces}; (n= D) oimero de pontos de aplicagio da forga E"(ou B) dado por Z; nn nimeto de pontos de aplicago da forga N'(ou N) dado por I = 1 nimero do coeficiente de seguranca FS, ou fator de aceleragi critica Ke: Assim, tem-se: 60-34 6n -2 incbgnitas. = Forgas horizontais = 0. ‘Ocitério de Mohr-Coulomb formece para cada lamela valor de T= f(N"), 100 Barragens Brasileiras Dispde-se, portanto, ded equagibes, Comparande com ‘6 nlimero de incégnitas, conelu-se que € necessario formular 2n~- Thipsteses independentes para resolver © problema Nos varios métodos disponiveis algumas hipdteses independentes foram Teitas para levantar as indeterminagdes mencionadas Método de Pressupde conhecidos as pontos dé aplicagdo das Henius Forgas Nn hipéteses. Pressupoe conhecidos 0s valores de X (2X = O}:n-] hipdteses, esconsidera os valores de E. ‘Método Simplificado de Bishop Pressupae conhecido es pontos de aplicagao das Forgas Nn hip6teses, Pressupde conhecidas os valores de X (Ex hipoteses. ‘Total: 20 tio). D):(-1) 1 (uma hipétese a mais do que o necessé Para superficies circulares o erro resultante & pequeno. Método Rigoroso de Bishop Sio feitas as mesmas hipdteses do Método Simpl «ado, mas por iteragbes sucessivas define-sea grandeza de EX(=0), Método Generalizada_de_Lamelas_de_Jambu ressupde conhecidos os pontos de aplicacao das for- {588 Vr hipsteses) eas pontos de aplicagao das foreas E (aT hipoteses), Total = 2-1 (ama a mais do que 0 necessério) Esta hipstese s6 afeta a posigio da linha de aplicagao do empoxo Fda tltina lamela, mas nio afela 0 valor de FS. Método de Kenney Assume us mest hipéteses de Jambu Método de Morgenstem_¢ Price ressupde conhecido o nimera dos pontos de aplicacio das forgas Nc faz n-1 hipOteses sobre a relaco entre as forgas X¢ B: Qn-1) hipsteses ~ uma a mais do que O necessirio. No easo, o numero de lamelas m € muito grande, porque sio consideradas lamelas Infinitesimais. O método satisfaz rigorosamente as conidigaes de equilib ‘Método _de_Spencer Contémas mesmas hipsteses de Morgenstern ¢ Price, as $6 considera o caso de ruptura circular ‘Método dle Sarma_de_1973 Pressupde conliecides os pontos de aplicagao das forgas IN (w hipbteses) ¢ faz n-l hipsteses sobre os valores das Forgas X.Ineoduz, no entretanto, uma nova inesgnita para resolver © problema (© Quadro 14.1 resume as hipsteses assumidas em cada Quadro 14.1 - Hipéteses assumidas nos vérios métodos de caleulo ios Teta Ea TRS Spa ‘Qualquer MND] T [RED] X [REED] Z T FS. — qual, alee ale ee Tips Resume Fa arpa at ITA Bishop Sr plificado ale mf fo fe | ef fia |e Ta Salt 7 ae Ta ale oF Ee a Ko Keney ; : cali eee eee Norge ePrice -[- for fa + | 1 | ova Spent Se TET Tar Sana : wT 7 Ee SaTTT pra 143 - METODOS DE CALCULO - ABACOS ingmeros os Métodos de Caculo disponiveis para © calculo de estabilidade de taludes em geral. Para taludes naturais © de escavagao, os dbacos propostos por Hock e Bray (1973) podem ser adotados em ealeulos expeditos, para diferentes consideragies sobre as condigdes de Mluxo, No caso de taludes de barragens, objeto da presente rnilise, so diseutidos a seguir apenas os métodos de Taylor, Bishop e Spencer, para superfcies circulars, 0 de Sarma para superficies quaisquer. Em principio, ‘do equivalentes nimericamente aos de Jambi (1973), ‘Morgenstem e Price (1965) e Wright (1969) Discute-se também a andlise de estbilidade por blocos dslizantes no item 143.6, que, como se veri, tem interesse em alguns casos particulares de barragens ¢ suas fundagoes. Aiseneg Cireulo de atta fe Nola Ae a) Figura 14.3 - Determi Se forem compostasdoasdessas resultant parca, Ripe lig po remo, verse’ que somite pane polo polio De nie ¢ tangente ab circu de atta A FEsulae de todas a6 components também no Serdtangentfaoclrculo de tv ns pasar ase proximo do ines, Sja esta stan reprevenada pelo valor KR senp, 0 paametto K estacament Toderrminado, e quatgucrsuposgao relat a0 seu ‘aloe depende de une hpatse obra astibigto Gas prestoes norma tutes ao longo da superfe de eteorrepamenta ‘Uma hipstese possivel, embora um pouco ridfcula, 6 que todas as presses normais se comentrassem mum \inico ponto ao longo da superficie de escorregamento, Neste caso, R, seria tangente ao efrculo de alrito © K seria igual a 1° Esta hipStese simplificadora levaria 30 menor valor de F. Taylor (1937) calculou os valores de KK, para 0s casos de distibuigio uniforme de presses Capitulo 1 Como j4 discutido na Introduga0, 0s ébacos apreseniados so adequados, em geral, somente a0 ciilculo da estabilidade “externa”, ou sea, dos taludes ‘dos espaldares, 143.1 - Método do Cireulo de Atrito Este método foi proposto por Taylor (1937-1948), Na Figura 14.3.a formula-se a hipétese de que @ resultante do atito Re representa o somatério de seis resultantes parciais R,,, Rg até R,,, distribuldas a0 longo da superficie de EscorreZamento. Essas resultantes parciais formam sempre um dngulo com ‘as componentes normais nos pontos de aplicagio ¢, Portanto, t€m sempre diregbes tangentes a un eirculo de raio seng,, de ceniro em 0, O Angulo @, 6 dado pela cequagio: » o do efrculo de arto (apud Taylor, 1948) hnormais ao longo da superficie de escorregamento, ¢ ‘de uma distribuicdo sinusoidal ao longo da superfiek. Fsta dltima distribuicio, obtida de uma maneira intuitiva, conduz ao valor mais provavel (menor valor) sdoccoeficiente de seguranga F- Taylor mostrou também {que 0 valor de K depende do valor do angulo cents ‘Na Figura 14.4 apresentam-se os valores de em ungio do angulo central, de acordo com Taylor, E ficil demonstrar que, mantidas constantes as condigdes do talude, o valor de. F varia linearmente ‘com 6 valor de K, Se a anilise for feita admitindo a hipotese simplificadora de K=1, ¢ 0 valor obtido for F,, pode-se, por meio dos dados da Figura 14,4, ‘dsictminar @ valor de F mais provavel, pela relagao F, RK 100 Borragens Brasleiras Figura 14.4 - Valores de K para diversos angulos snttais (Taylor, 1948) 0 caso de taludes homogéneos, sem le gua ¢ para a hipdtese de ruptura ‘em superficies ciindricas, ‘Uma solugdo geral, baseada no método do eireulo de airito, usando um processo matemstico de tentatvas, {i apresentada por Taylor em 1937, O coeticiente de eguranga F pode ser calculado através de abacos, que tm por coordenadas (Figura 14.5a): © Angulo de inctinagao do talude i; um parimetro denominado - “Nimero de Estabilidade™: n= ¢/¥H. Este mimeo 6 dado pela expresso particular 1-c0sG-@) senlo = oF, vélido apenas para supra plana © baco apresenta também contomnos com os valores de Q No dbaco, apresentam-se ainda dois esqui correspondentes aos casos Ae B. No caso A, 0 éritioo de ruptura (escorregamento) passa pelo pé do talude, e este ponto & também o porto mats balxo do. circulo de escorregamento, Una linha tracejada separa tno dbaco os casos Ae B. No caso B, podem ser tencontradas t€s condigdes distintas 1) caso B-L: 0 efrculo de escorregamento passa pelo pe do talude, mas ha um techo do citculo que se Tocaliza em cota inferior & do talude, Este caso é representado por linhas cheias no aco: 11) caso B-2 :octreulo de escorregamento passa abaixo do pedo talude, Este caso €representado por lias tracejadas (tragos longos) no sbaco. Quando as linhas tracejadas nao aparecem, este caso se confunde com 0 easo anterior: Itt caso B-3 : o citculo de escorregamento intercepta 6 talude e o seu ponto mais baixo estén cota do pé do talude, Este caso corresponds a condigao em {que a fundacso é nitidamente mais resistente que 0 material do aterro, ¢ € representado por linhas Iacejadas (ieagos eurtos) no dha, Hd duas condigtes em que © Método de Taylor pode ser usado com vantagem, e nas quais 0 cocficiente de Seguranga obtido & satisfatsrio: 1) escavagdes em solo saturados, tio impermedveis que © teor de umidade permanece inalterado durante a escavario. Neste caso, 0 valor da resistencia a0 cisalhamento do solo pode ser determinado considerando-se as pressbes efetivas atuantes antes da escavagao; 1) caso em que a fesisténcia ao cisalhamento do solo & aproximadamente coustante ao longo de toda a superticie de escorregamento, e seu valor é passivel de determinagio, No sogundo caso 0 abaco a ser utlizado ¢ 0 da Figura 14.5b, que apresenta os nimeros de estabilidade para a condigio de g = 0. E necessério esclarever que nio fe tata de um solo que nfo possui arto, mas apenas que a resisncia ao cisalhamento é aproximadamente Constante ao longo de toda a superficie de escorregamento, podendo seu valor ser Fepresentado por uma equagao do tipo: No abaco da Figura 14.5.b aparece um Fator de Profundidade D, que expressa a relagao ente a altura {dp solo onde pode ocorrer 6 escorregamento (e que & Timitada por uma superficie de maior resistencia), ea sltura do talude H. Distinguem-se também os casos A © B, indicados pelos dois esquemas no sbaco, Para o caso A, devem ser utilizadas as linhas cheias do abaco, «paca o caso B as linhas tracejadas (tragos longos). AS lunhas tracejadas, de tragos curtos, indicam o valor de 7, que dé 0 ponto de intersecedo da superficie de escorregamenta com a superficie na cota do pé do talude Exomplos de Aplicacao Ex. I- Caleul indicado na Fi Taylor” © coeficiente de seguranga do talude 2 14.6, utilizando os “atimeros de ‘Como o solo contém uma componente de coesioe uma componente de atrto, 0 eéeulo é feito por tentativas Admite-se, a priori, que 0 coeficiente de seguranga é F110. (sr61 YOqKEL) ope peu aprprpuyard a 9 = gh © Capieuto 14 2 op SOLAMINN - SFE WANE B w8/%2 aevernass 22 cxamon| [ep 03 (e vt» Sovonensy 36 Samm 100 Barragens Brasileiras igura 14.6 - Método do circulo de trio - Exemplo 1 {apud Cruz, 1967) Pode-se, entio, calcular 0 valor do angulo ( 2, = teVP = 0.268/1,7 = 0,158 e dat @, = 9", Com o valor de @, e a inclinagao dos taludes’ i, obtém-se nos dbacos 0 valor dem correspondente Sabendo que n=

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