memória | muhm

DUPLA COMEMORAÇÃO
Abertura de
exposições marca o
D esde 18 de outubro, duas no-
vas mostras estão à disposição
do público no Museu de História da
Brasil, lembrou a importância de pre-
servar a memória médica. Com este
propósito, o MUHM tem promovido
Medicina do Rio Grande do Sul
Dia do Médico e (MUHM). A solenidade assinala o
várias ações neste último ano, con-
forme relatou a historiadora Juliane
primeiro ano de aniversário de um ano da instituição Serres, então diretora do Museu.

atividades do MUHM em sua atual sede — o prédio histó-

rico da Beneficência Portuguesa —
“Realizamos cerca de 20 atividades,
com profissionais qualificados e
em sua sede, na e o Dia do Médico. abertos ao diálogo com os partici-

Beneficência Durante o ato, a vice-presidente do

pantes. Além disso, trouxemos mais
de 700 crianças para integrar nos-
Portuguesa SIMERS, MD. Maria Rita de Assis sas ações educativas”, celebrou. No

fotos | Letícia Castro

Exposição Desafios: a Medicina e a luta pela vida Mostra A Medicina através dos selos Ausculta na biblioteca de pesquisa

48 | vox medica
início de novembro, Juliane licenciou-
se para realizar mestrado em Museo-
logia na Universidade de Granada, na
Espanha. O historiador Éverton Que-
vedo assumiu o cargo.
NOVAS EXPOSIÇÕES,
NOVOS DESAFIOS
A exposição Desafios: a Medicina e a
luta pela vida é a primeira de longa
duração do MUHM. A proposta é con-
tar a busca dos profissionais e da Ci-
ência por melhorias para a saúde do
ser humano, utilizando seis eixos te-
máticos: Conhecimento, Costumes,
Diagnóstico, Tratamentos, Causas, e
Especialidades. Já a outra mostra,
A Medicina através dos selos, terá
curto período de exposição, e está
instalada na Sala Rita Lobato —
EXPOSIÇÃO ITINERANTE:
PÚBLICO E DOAÇÕES
A mostra itinerante Retratos da Medi-
cina encerrou o ano atingindo o total
de dez municípios visitados. De abril
a novembro, mais de 2,5 mil pessoas
assinaram o livro de presença na ex-
posição. A iniciativa, além de divulgar
o trabalho do museu e valorizar a his-
tória médica do Estado, estimulou no-
vas doações para o acervo.
„ A última cidade a receber a mos-
tra em 2008 foi Santana do Livra-
mento, onde o MD. Getúlio Floriano
Neves doou, e arrecadou entre a co-
munidade médica, livros para a bi-
blioteca do MUHM.
„ Ainda na fronteira com o Uruguai,
a instituição recebeu do MD. Paulo
Afonso de Macedo, aparelho para
medir “campo de visão”, da déca-
da de 60; e um “lava olho”, prova-
velmente da primeira metade do sé-
transformada em espaço multifun-
cional para pesquisas, eventos e ati-
vidades culturais.
ESPAÇO DEDICADO
AOS LIVROS
Outra novidade apresentada pela equi-
pe do MUHM é a biblioteca de pes-
quisa. A área conta com mil livros do
acervo da instituição — entre obras
raras, exemplares sobre especialida-
des, e História da Medicina. Na entra-
da do local, painel bem-humorado do
cartunista Moa retrata a relação do
pesquisador e do médico com as pu-
blicações. O artista é também respon-
sável pela ilustração do espaço des-
tinado à auscultação, na mostra. Ali,
por meio de um estetoscópio, o visi-
tante pode ouvir seu próprio coração.
foto | Éverton Quevedo
MUHM VAI AO CEARÁ
De 12 a 15 de novembro, represen-
tantes do Museu participaram do XIII
Congresso Brasileiro de História da
Medicina, em Fortaleza (CE). No cro-
nograma, o trabalho do historiador
Éverton Quevedo — em co-autoria
com a diretora licenciada, Juliane Ser-
res — intitulado “O Acervo do Museu
de História da Medicina do Rio Gran-
de do Sul como Fonte de Pesquisa
Histórica”. O atual diretor do MUHM
conseguiu ainda incluir apresentações
dos acadêmicos Julia Frozi (Medici-
na), e Felipe Vieira (História), na pro-
gramação do evento. Os estudantes
venceram o Prêmio Rubens Maciel, pa-
trocinado pelo SIMERS e realizado
pela Associação Gaúcha de História
da Medicina (AGHM), em setembro.
culo XX. O médico, que já havia co-
laborado com o Museu, formou-se
em 1976 na Faculdade Católica de
Medicina de Porto Alegre, e realizou
Residência médica no Instituto de
Oftalmologia Ivo Corrêa Meyer.
„ De Bagé, veio a colaboração de fa-
mília que transmite a Medicina de pai
para filho. O MD. Joaquim Pedro Gaf-
frée entregou equipamentos e fotogra-
fias suas e de seu pai, o MD. Cândido
Gaffrée — um dos primeiros médicos
da cidade. O MD. Roberto Gaffrée,
filho e neto dos profissionais, rece-
beu a equipe do MUHM na clínica da
família, cedendo também livros ao
acervo. O MD. Joaquim concedeu
entrevista ao historiador Éverton
Quevedo, para o projeto de História
Oral da instituição, sobre a Saúde
Pública Brasileira. Um de seus ante-
passados é ligado ao famoso Hos-
pital Gaffrée e Guinle, criado em 1923
no Rio de Janeiro.
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