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Relatório de viagem
Visita técnica ao SEBRAE-BA (Salvador)
Introdução:
A viagem ao SEBRAE Bahia foi realizada com o intuito de conhecermos a realidade das
unidades estaduais, como é a aplicação dos projetos e o contato direto com o público
alvo, além de conhecer a realidade sócio-econômica das regiões para onde fomos
enviados.
1ºdia - 14⁄07⁄10
Comentário:
A recepção foi feita pela gestora do projeto, a técnica Idimara Dantas na sede da regional de
Salvador. Parte da equipe estava presente no dia para se apresentar e nos dizer qual o papel de
cada um no projeto, sendo eles consultores e agentes de desenvolvimento empresarial.
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No processo de definição desses bairros, a equipe ressaltou as dificuldades enfrentadas devido
à falta de dados estatísticos confiáveis, também pelo fato de se tratar de regiões que mudam
constantemente devido ao processo de expansão tanto populacional quanto territorial, no qual se
encontram.
O projeto teve seu início por volta de maio deste ano, desse modo, ficou evidente que estava
passando por um processo de reestruturação constante, devido às particularidades de cada
região e às dificuldades enfrentadas na implementação.
Até aquele momento, das 10 Oficinas do Empreendedor previstas, haviam sido realizadas 3,
dentre elas, Itapuã será a primeira a desenvolver um dos núcleos setoriais entre os micro e
pequenos empresários da região, mais especificamente, o de salões de beleza.
2ºdia - 15⁄07⁄10
Comentário:
Itapagipe, na realidade, é uma península e é resultado da junção de diversos bairros, dentre eles
Ribeira, Boa Viagem, Monte Serrat, entre outros. Devido a sua extensão, possui tanto áreas
planas de mais fácil acesso à população, quanto áreas com grande variação de relevo.
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Como exemplificado na foto a seguir, a península de Itapagipe possui uma grande concentração
de oficinas mecânicas, fazendo com que, possivelmente, no projeto Bairros Empreendedores,
seja desenvolvido um núcleo empresarial deste setor na região.
A maioria dos bairros de mais baixa renda de Salvador localiza-se em regiões afastadas do
litoral, pois é onde se concentra a maioria dos pontos turísticos, no entando, junto com Itapuã,
Itapagipe é exceção, pois localiza-se no litoral.
Itapagipe
O bairro da Liberdade, por sua vez, é o segundo bairro mais populoso de Salvador, sendo
superado apenas por Cajazeiras.
Liberdade
3ºdia - 16⁄07⁄10
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Comentário:
Pela manhã, conversamos com os coordenadores das Unidades de Atendimento Individual e
Coletivo da sede do SEBRAE Bahia, Josival Caldas e Flávia Goroni, respectivamente, em busca
de conhecermos um pouco mais a respeito do funcionamento da sede estadual e das regionais.
Em seguida, demos prosseguimento à visita em campo e nos dirigimos a mais alguns dos
bairros participantes do projeto, sendo eles: Itapuã, Cabula, Pernambués e Cajazeiras.
O bairro de Itapuã caracteriza-se por possuir dois lados, sendo mais rico o lado que se aproxima
da orla, e mais pobre o lado localizado mais ao interior. Trata-se de um bairro que aos poucos foi
excluído de Salvador com o crescimento da população de menor renda na região – lugares
antes conhecidos como pontos turísticos, como a Lagoa do Abaeté, foram abandonados pelo
governo, fazendo com que a criminalidade nesses lugares aumentasse.
O bairro de Cajazeiras, por sua vez, foi construído com o intuito de abrigar a população
marginalizada de Salvador. É tido como um dos maiores aglomerados urbanos da América
Latina. Com o crescimento do número de pessoas na capital, o governo construiu conjuntos
habitacionais nessa região, atraindo a população de menor renda. É uma área de difícil acesso –
há diversos caminhos para se chegar do centro de Salvador a Cajazeiras, no entanto, são mal
iluminados, sinuosos e conhecidos pela ocorrência de assaltos a ônibus que transportam os
moradores da região no final do dia.
Itapuã Cabula
Pernambués Cajazeiras
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Conjunto habitacional em Cajazeiras
Conclusão:
Salvador é uma cidade muito rica cultural e historicamente, mas, como toda metrópole brasileira,
cresceu nos últimos anos de maneira rápida. Não possuindo estrutura suficiente para comportar
esse crescimento, tal mudança não se deu de maneira sustentável. O que se observa hoje é
que, ao invés de promover o desenvolvimento e a integração sócio-econômica das regiões que
não acompanharam esse crescimento, os últimos governos excluíram-nas também
territorialmente.