Crepusculo dos Idolos Nietzsche

Compara o cristo e o anarquista (socialista):

O autor d relevo ao individuo e a sua fora de vontade e de poder e analisa psicologicamente o

pensamento do anarquista. A tendncia de uma sociedade e cultura aristocrtica idealizada pelo
autor alicerada nos valores do imperio romano e da antiga Grcia. Parece negar no modelo de
compreenso do mundo dos mesmos (socialistaspois, Niezschte contra qualquer modelo ou
pelo menos desconfia de qualquer um ps-modernidade) e da importncia da realidade
objectiva do mesmo. Tambm faz uma analise psicanaltica ou contribui para este tipo de
pensamento:

Quando o anarquista, como porta-voz de camadas decadentes da ociedade, exige, com bela
indignao, direito, justia, direitos iguais, encontra-se apenas sob presso da sua
incultura, que no sabe compreender de que indigente, de vida nele poderoso um instinto
da busca de causas: todos so culpados de que ele se encontre mal A sua bela indignao
tambm lhe faz bem, injuriar um prazer para todos os pobres diabos proporciona uma
pequena embriaguez de poder. A lamentao, o queixar-se, pode j fornecer um estimulo vida
para a suportar: h em todo o lamento uma subtil dose de vingana: arroja-se o seu mal-estar, e,
em certas circunstancias, a sua prpria maldade, sobre aqueles que se encontram numa situao
diferente, como se fora uma injustia, um privilgio ilcito. Se eu sou um canalha, tambm tu o
deves ser: com esta lgica se faz a revoluo. Lamentar-se de nada serve: nasce da
debilidade. Atribuir o mal-estar a outrem ou a si mesmo o socialista faz o primeiro, e o cristo,
por exemplo, o ultimo no faz diferena alguma. O elemento aqui comum, digamos,indigno,
que algum deva ser culpado por se sofrer em suma, que o padecente se administre, contra o
sofrimento, o mel da vingana. Os objectos desta necessidade de vingana enquanto
necessidade de prazer so causas ocasionais: o sofredor por toda a parte encontra causas em que
esfriar a sua pequena vingana se cristo, diga-se mais uma vez, em si mesmo as encontra
o cristo e o anarquista so ambos decadentes. quando o cristo condena, calunia e conspurca
o mundo f-lo a partir do mesmo instinto pelo qual o trabalhador socialista condena, calunia e
conspurca a sociedade: o juzo final , pois, a doce consolao da vingana a revoluo, tal
como a aguarda o trabalhador socialista, tambm, so que mais diferida.o prprio alm
para qu um alm, se no fosse um meio de conspurcar o aqum?...