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| Ciéncia, | Civilizagao e Império nos | | Trépicos | Orsanizadores Nida Heizer Antonio Aususto Passos Videira CIP-BRASIL. CATALOGACAO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, Rl S11 Cte ching eimpro nn pn! op Ada Haas Avni tute Vien)“ Riede nero Aece, ‘Stsnzado plo Mase ds Asanomine Ceacae Als MAST Met ps Unvesn Eaade do Rode nis = VER! Ras Piero Guia, 87 Roodelonero BU Tel (02 srede@cerron som be efogo 7228) SSS 7E 253 Apresentagiio agradecimentos Os textos reunides neste volume foram orginslmente apr sentados no Coldguio Cnc, Civico e Império nos Tr cas, oganizado pelo Museu de Astronomia e Ciencias AB MAST / MCT e pela Universidade do Estado do Rio de Je nei - UERJ— nos dis 7 €8 de novernbro de 2000 O objetivo dolivo consste em ofercer sitar win pano rama das peaguizasem Histrae em Histra da Cignc o- bre as reap Ses entre Império eas pétcascentiias duran te oséelo XIX. Deixamos aqui regstrado 0 nosso especial agradecimento 2o professor Iimar Rohloff de Mattos que incentive e vib: zou eligi dessa publicagto, a Ana Maria Ribeiro de Andes e, Hlena Moraes Garcia, Felipe Fersio, Pedro Marino, Osvaldo Muntes, Lucia Bastos, Lis Borges, Araci Gomes, Francisco Palomanes Martinho, Vera Pinheiro, Mictlle Goncalves, aos funclonéros do IFCH e Departamento de Extonsio SR-3 / UERI, &FAPERI Sumario Para reeserevero passado como histéiz: 60 IHGB ea Sociedade dos Antiquérios do Norte... 1 MANOEL LUIZ SALGADO GUIMARAES Cientifica de Exploragio (1859-1861). ‘eamusa cabocia 9 LORELAT KURY ‘Viagens cientificas: escobrimento e colonizagio no Brasil no século XIX 8 HIELOISA M. BERTOL DOMINGUES 0 local musealizado em nacional — aspectos da cultura das ciéneias natura no s6eulo XIX, no Brasil 7 MARIA MARGARET LOPES A medicina académica imperial as cidncias natura ” FLAVIO EDLER vu % lati Crus ¢ @ astronomia no Imperial Observatério AoRio de Janeiro entre 1876 e 1889 ANTONIO AUGUSTO PASSOS VIDEIRA A exposigdo de obras piblicas de 1875 0s “‘produtos da ciéncia do engenheico, do geblogo e do naturalist’ MARIA INEZ TURAZZI 0s instrumentos cientificas e as Grandes Exposigies do século XIX ALDAHEIZER “Machina” e 0 Indigena: O Império do Brasil ea Exposigio Internacional de 1862 [MARGARIDA DE SOUZA NEVES ‘Uma interpretago higienista do Brasil imperial LUIZ OTAVIO FERREIRA » As insttuigdes imperias na historiografia das ciéncits n0 Brasil MARIA AMELIA M.DANTES, > Para pensar as vidas de nossos cients tropicas SILVIA. DEM. IGUEIROA 123 164 13 207 (0 Museu Hist6rico Nacional ea nostalgia cde um Império idealizado REGINA ABREU (0 Impétio de Santa Gruz: a génese da rmeméria nacional LUCIA MARIA PASCHOAL GUIMARAES 265 1 Pais muito recente revs da nage retrgrad atid 2 Inpério, emt contaste com os tempos republicans, vst como mo ds introduc, no pai de valores modernos [Neste coléquio foi lembrads « conteibugto de tae de Mattos para histri alr do Bras imperial. Quero regi ‘artambém, plo intresse que tem para os historadores da cléncia, como em seu ivroO Tempo Saquarema, este histori dor chama aero para wma caracterstica ds politics pal cas do perodo: 2 difusio, pelo teritiro nacional, de valores rips 38 naghes cia! Mas, um proceso sind em sndamente, comme mostra «capitulo intrvktrio do segundo volume da colesto Mista dle Vide Prvada no Bra, de 1997, dedicado a Impéio, no aus eter, Lui Felipe de Alencasteo, cham a stengio para como, na historogafs brs, o period imperial tem sido tempatado paca o pasado colonial en ima tentatia de festa 0 “arama” monirquico da “modernidade” republicans, E acrescents com lio, buscando eatrbuir para uma cra desta diconomi, a incorporad lustrages da impensa dis ris fotografias © nfo sos tradcionais quacose gravure! Vejo ss, a mais recente produgho em Histria da Cin iano Brasil perftamente integrada 3 nova historogaia br silts, pra a gal traz uma contibuicio especific,eviden- clando como cents einstituigSes foram atuants no século Xie como stores sgnifiatives das elites imperil alovza ‘var as ciéncas como representantes por exceléncia do extada cislatlo no qual se itn inveridas 15. Hinde ats, Tomo Sugars SP, Ea ates, 187, Mc epee Aleta op) Mua de Yasar Br ist I Re don, oo Mater diane eho 234 Para pensar as vidas de nossos cientistas tropicais Silvia F. de M, Figueroa Introdugéo Nest mess-edanda sobre “Cientisaseisttuigbesimperii’ ‘pte por compat cam os calepasalgumss refi a espe te do pupel eda slevincia que ax bingrafas e hitras de vida podem ter pare histrta das cei, partcularmente ard agueles que esto empenhadosem entender a “ciéncia nos trp ‘os, Meu interese pelo tema fe despertad ainda nos tempos do meso, quando investgue a Comisio Geogrfca © Geo gia de Sio Paulo (1886-1931) e me depurei com a figura do nturalita Orville Derby, cuj emportinca para a cis no Bra uleapasa em muito o ambito das cits da Tera. Na ‘caf, apesar de mes: crbalo se inscrever na his de ist ‘ges, no pu gnra importing de Derby nem tampon «code eu sucessor—JoSo Pedro Cardoso ent da Comiso, ‘ecumecei a pecebero quo imbrcados interdependntes es ‘lo ents eas nntitgfes a que pestencem. Poterionnente ‘num projtointegrado de pesquisa coordenado pela prof? ME -Amiélia Dates, do qual ee Ls Oto também fizesos pt, perce que minhasingetasBes err as de mites mas Felimen os sims anos vim testemunhando expres vo crescimento do nimero de tabalhos de cunho biogrsfco rs eincias humanas,epartcularmente a Hi ria, posivel- 235 mente pore, como aponto 9 historiador B. Guenée! 0 es tudo das esteuturs, apesar de “tum o pasado com mara tiliosa cert, tortava-oenrtanto simples demais. Eva Piogafa permite qu se enka ma astra da avassaladora complexdade das cosas". Mais precssmente no campo da Histeia das Cina, cos da mesma tendéacia se fazer ou- vie com igual vigo?. A resist “Histo, Ciencias, Saide — “Manguinhos”dedicou a segi0 "Debates" do vo.2,.2 (1995) 4 discustlo das biografss, mais partcularmente a *Narrativa ‘excolha documenta itera ns bografins. Ao justi o tema, um das editres-sssciadoslembrou tendéncias is torioydlcas(¢ editorias) stu, velhas diacuses tseias sare o papel dos ividuos na histri,e anda o arto mate Fil que eth por cer explrse no caso do Bras. [Apestr do crescimento incontertivel n atwaidade, no en tatoo génerobiogfco sempre esteve presente na Histéria dd Citncias, tavez mesmo no tena cepa 2 experien- tar igual descréito ao de outras teas dada a ppria confor rmacio teérica do campo. avez, também, © novo impalso do enero estee ligado ~ © vi, por sua ver, eontabulr para sea Eango e conslidagso ~ ¥ renovaho torico-metodolgica ‘gue, hi pouco mais de dias décadas sobretudo, vem se pro cessando de modo iatens , por vee, confliucso com ten ‘éncas prexisentes. Sho esas as questbes que prctendo agai discute 1c B.Goent, 1957s Le GOFF, J, Wiking irl by tedy Curent Solos Lindon, 2273, 1385p. Fe Gara,heBck sre Se Raber Bye, bilan ede de Manes Anal of Seo £8, ra 3, 9.30245, May 186 3 BENCHIMOL, Jr ny dete “Noms documenta € Ite fn Hit, ttc Sn Naps Ro de ona 2 2, S515, bs 8 236 ee. Sn? 2 Biografias & Historia das Ciéncias: um retrospecto Hlaborados por gregos como Budemo e Menon no século 1V 4.C.,osprimeirosregistros de atividades de espectlasi ein vestigago da Antigbidade, 3s quals se aelta fizerremontar 1 raaes do pensamenta cientifica ocidental, i incorpors ‘vam e ve debatiam com questo de sea histria dos homens ‘que produziam conascimenta era parte da prépriahistéria esse conhecimento',O século XVIII, embalado peo esp toracinalsta eenciclopsdico, assists a incremento mum rico de textos que ‘fico, em que no falto Tuga para 0s personagens que os construirm. Assim como Diderot, por exemplo, tribuia 3 vam da histria de lgum campo cien Dografis uma “uno pedagégica por apresontar as persona oe cider revelar suas virtudespabliase seus vis pr ‘muda, 4 Histria das Ciencias buscou igualmente seus exemplos modelares, [No século XIX oPostisma eo centfcsm, por auaver, srantcam um espaco privilesiao pare « Ciéncia valendo-s, entre oteosinstrumentos, da Hisra das Citecias e con- fundindo-a com aquela do progresso da Humanidade. Con soldarama"visfo pari ds ciéncia ue, de to fami, cus tou a ser questionada. Mais do que aunca, eatio, a hiséra esta ntelectl de homens ce cénca floresces como a ds becom i LAFUENTE, A SALDARA, J) ovr) Hit te omit Moe CSIG, 1907.73.48, SN UVC byte Al. lowe MOTOYANA.§ Un anh deta ard lacie eam to enero ls LAFUENTE, A. SALDANA, rod) Hi {oi dele, Madi CSI, 1987 aS 237 pero, latensificando-seo forte contesda moral que sempre & carocterizare. Como exlarece Lew, “confine na ea: dade da biogafia om descrver 0 ue & siguficatve numa ida (..) cabwinar, ale, no porisiviomo ena funcional, coma quis a slag das fate siyificativos acentuaré ca iter exemplar eipolico das biogafas, privileeiando a di. ‘mensdopibicaem relate a dimensao privada’ Em decorrtncia da nfo rspeusa com a "viso-padro", oma boa pacela de hstriografia que se sequu, de carter “exter ait” ox intemalists, manteve prfundasainades me- todeléicas com aquelshistoriograia de cunho positivist, com destague para “grandes altos que servim muitasvezes, nesses casos como aaqucles,&construdo ideo de maco raises, 20 reforgo da superordade da ciécia como forma e conhecimento, ee ‘As biografas de clentists, nessa perspoctiva, se caracter: zaram pea escolha de personagens famosos, grandes centstas que dertm cantebuigdesexencas no progreso da Ciéncia, a maria deles"gnios", inearivelmente zotlados como "ho mens fora ou frente de sew tempo", fmunes ds paintes ou, quando dela no param escapar,souberam separa crs hese mentesnaprediuco do conecimento. Numa metfors hstatva ereveladra, “ae vidas so aboradas com las de Dorracka que dvinfetam tudo que exite de himavo para 56 near mito estriizado que aula o home ‘Mesmo os texts que escaparam da forma qussecarictural sab s qual, nolimit, muitos dos trabalho se apresentam, an da mantiveram ums perspective metodolgicamente seme- thante, como se pode exempl 1. SX: NAVA 198, sud BRITTO, N. Ona Crass const ti ce rele. Ro dean ca 1968, p38 238 estacado histriador das citcias R. Taton®: “nenhum el imonto deve ser desprezad, porque a auséncia de qualquer as ecto da atividade do personagen, por mais extacientfica ‘que posa parecer, falsearia a desercao da persnalidade do ‘autor estudado, (..) Parém, 0 objetive central numa obra ‘como essa (a biografia de Evariste Gals) sempre serd re- ‘construitatrajetéria de uma intligéncia fora do comm, de xm pensamento maentio de excepeional agudeza, & tudo issu partir de suas poucaspublicages, de mamasritas rascunias que nao se ode decifar¢ nterprtar sem gue caloqur decades problemas” (gifs mes} Uma questio crucial que emerge do que vimos dict ez reapcto 3 presenga doit come extrturane des blog fas de centstas.Traalhosrecentes em Antropolgiae His- Féria Onl, por reconhecerem que 0 mio & um componente fandamental do pensamento humane, vém mostndo que a smeméva nos tae préximos dos procesios de construsio © transmisio dos mios!. Mas ainda, que 0 “elemenzo mio nas histrias de vida 6a estrutwa bdsicaprexitete a partir: dla qual os indvtduos explicane suas histriae pessoas” sproprando-se inclusive daqueles mits cradose difundidoe elas formas discrsivo-n tis como novelas, romances Asc" ‘Mito esto presentes,jgualmente,eaguele que ove t= mos, interpetamos, analsamos¢relatamo segundo as mes mas estrtras precwstentes. Nessa discssso, para nos ree 9, © TATON, op ot 10.0 SAMUE Ry THOMPSON, Pele) The mye we Be by. endo: Rae, 189295. Hits FENEFE, J. Myth i Wle storie tm SAMUEL, R: THOMPSON, P(e) The myth we iby Lond: Rot, 192 TRO emi, 8. 239 tringrtaos a Histria das Ciéacas no Brasil vale tar 0 opor ‘uno lvrode Nara Britt (hoje, Nara Azevedo) sobre Oswaldo Cruz, Sugestivamenteostetando osubsiulo “A costrugio de um mito na incla brasileira, o trabalho se debraca sobre 2 “hapogratia swaldiana” na busca de seus alicerces, resp: sfveis a um s tempo pela propria produsioe perfil dese vas to conjnta de tablhos,Sinteseemblenitica dese processo frase de Clementino Fea, citada pela autora, proferida {quando da mort de Oswaldo Crazern 1917: "agora, encera doo brew ciclo de sua existincia, vai comecara vida de sua ‘maméria A Kista Ike ford austin decompensadora eter dade"! ‘Ao destinchar ess “extensa biblingrafia ~ ewjo capt Jone sio as biografia, ncrligioe, pbigirci, tetas enco rmidsticos~(.) que contribiram dcisisamente para crar fmagem mitfcada que se conkece" de Oswaldo Cruz's aa tora enumera as metéforas que, a um 36 tempo, exaltvam (Oswaldo Cruze us) cnc, coaferinde «ambos uma aura de superiridade ltangivel equase elisa: referem-se a ele como *o cristo da rigid do saneamento”, "grande brasil 1, "osalvidor, "a bandeirane”, “aguele que inicio o al cores da nacionalidade’,“oapéstel da cdma’, ofundador cde uma nova rligio", entre tantas outras"®, Nessa descons ‘rugio hermentutca das Fontes, sempre imprescindvel mas por ves exquecida!, Nars identifica a motivacio social ds trgem do mite mum dos abjetivos da Lig PrS-Saneamento do Brasil ~ cia logo apse morte de Oswaldo Ceuze diret- ox apd en, er 7S 15. Heme, 57 16.5 Hm bide, p38 17,5 Une ens de dee pote ar cao epic das ogra ects en Le Gal opt BIS 8, 240 ‘mente rlacionada a0 movimento de alto 8 memsra-, qual Se) 0 de crar uma identidade de grupo entre ox médica Asim, foram deixados de ado os confitos eas que cercaramn fem vida 6 personagem e reconstrucam nis biogrfis como "herd fundadoe” da medicina experimental? Rem sucedido, ‘reslorgo perpetuou-se ¢ expandin-se ao longo do tempo: além de elevado a condigio de fundador da ciénca brasileira pela propria hitoriograa da ciéncia no Bes,“ elo & me mdr romeu-se um movimento mais empl ede cert forma

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