Disciplina: Estado, Governo e Mercado Nome: Alexandre Marques de Freitas
O liberalismo e o marxismo compreendem duas doutrinas cujo contedo teve influncia
decisiva na formao do mundo moderno. A emergncia do Liberalismo est profundamente ligada ao predomnio da ideologia burguesa e pode, grosso modo, ser dividido em trs dimenses: O liberalismo tico corresponde defesa dos direitos civis, garantindo as liberdades individuais ( liberdade de expresso e opinio, religio, acesso justia, direito propriedade, etc). Surge como uma tentativa de limitar o poder dos governantes sobre o cidado. O liberalismo poltico surge como uma fora importante contra o absolutismo e as formas depsticas de poder. Prope uma reviso das fontes de legitimidade do poder, que no deveria mais derivar da vontade divina, mas sim da vontade popular. O liberalismo econmico se ope , sobretudo, interveno do poder do rei nos negcios, interveno esta que se dava atravs da fixao de preos e concesso de privilgios e monoplios. Os filsofos liberais pressupem que o homem j viveu em estado de natureza. Esta analse no parte de uma metedologia histrica, mas sim lgica. Para Hobbes ( 1588-1679) no estado o homem se torna um lobo para os outros homens, e nesse estado, a guerra gera prejuzo para todos. Neste sentido, faz-se necessrio que o homem renuncie parte da liberdade que possui, na mesma medida em que exige que os outros limitem a sua prpria liberdade. Esta nova ordem celebrada mediante um contrato, atravs do qual todos abrem mo de sua vontade em prol de um homem ou de uma assembleia de homens que sero seus representantes. O leviat,monstro mtico presente no velho testamento, o estado, que n viso hobbesiana deve ter poderes absolutos. Locke( 1632-1704) tambm considera que os homens viveram em estado de natureza e se uniram mediante um contrato social. Porm, Locke no via no estado de natureza uma situao de guerra. Para ele, no estado de natureza imperam as paixes e cada um juz de si mesmo, o que pode causar uma instabilidade permanente. Assim, para que todos possam desfrutar da propriedade, visando segurana e a tranquilidade as pessoas consentem em se submeter a autoridade poltica. Montesquieu ( 1689-1755) vai defender a ideia de que os poderes no devem ser concentrados nas mo de um mesmo governante, e assim apresentou a sua teoria dos trs poderes, dividindo as esferas de poder em : legislativo, executivo e judicirio. Para Rousseau ( 1712-1778) acreditava que em estado de natureza, os homens tinham uma vida feliz e sadia at que foram corrompidos pelo surgimento da propriedade, o que fez com que uns passassem a trabalhar para outros, gerando misria e escravido. Os cidados, ao abdicarem de sua vontade em favor da comunidade nada perdem pois este ato produz um corpo coletivo moral composto de todos os indivduos. O soberano, para Rousseau, o corpo coletivo que expressa a vontade geral. Para Karl Marx, as sociedades se constituem a partir das relaes estabelecidas entre os homens para garantir a sua sobrevivncia. Assim, o conflito entre as classes constituintes de uma socieade que determina a forma da organizao social. Na socieade capitalista, predomina a propriedade privada dos meios de produo. Aqueles que detm os meios de produo, os burgueses, exploram o trabalho daqueles que no os detm, o proletariado. A riqueza do grande capitalista, provm da parte do trabalho do proletrio da qual ele se apropria. Este trabalho no pago recebe o nome de mais-valia. No capitalismo, o trabalhador se torna alienado, uma vez que no possui controle sobre os frutos do seu trabalho. A mercadoria, forma inanimada, adquire carter fetichista (de fetiche feitio em latim), de tal forma que o seu valor de troca se sobrepe ao valor de uso. Para Marx, o estado faz parte do aparato poltico-jurdico da burguesia e trabalha pela manuteno de seus interesses de classe. Por isso, para o filsofo alemo, o capitalismo forneceria as armas atravs dos quais os trabalhadores promoveriam uma revoluo socialista, abolindo as classes sociais e a propriedade privada dos meios de produo. No regime comunista, ltima etapa da revoluo proletria, o prprio estado seria abolido, visto que no existindo mais uma classe dominante seria possvel prescindir do estado.
Democracia e Jurisdição Constitucional: a Constituição enquanto fundamento democrático e os limites da Jurisdição Constitucional como mecanismo legitimador de sua atuação