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A glândula pineal ou epífise é responsável pela produção do hormônio melatonina, que regula o ritmo circadiano e o sono. A melatonina tem efeitos no controle do estresse, imunidade, envelhecimento e pode ter aplicações no tratamento de distúrbios do sono, jet lag e câncer. A glândula pineal também influencia outros órgãos através da melatonina e exercícios de massagem nessa área podem promover benefícios para a memória, equilíbrio e harmon
A glândula pineal ou epífise é responsável pela produção do hormônio melatonina, que regula o ritmo circadiano e o sono. A melatonina tem efeitos no controle do estresse, imunidade, envelhecimento e pode ter aplicações no tratamento de distúrbios do sono, jet lag e câncer. A glândula pineal também influencia outros órgãos através da melatonina e exercícios de massagem nessa área podem promover benefícios para a memória, equilíbrio e harmon
A glândula pineal ou epífise é responsável pela produção do hormônio melatonina, que regula o ritmo circadiano e o sono. A melatonina tem efeitos no controle do estresse, imunidade, envelhecimento e pode ter aplicações no tratamento de distúrbios do sono, jet lag e câncer. A glândula pineal também influencia outros órgãos através da melatonina e exercícios de massagem nessa área podem promover benefícios para a memória, equilíbrio e harmon
Tambm chamada de corpo pineal ou epfise, uma glndula cnica e
achatada, localizada acima do teto do diencfalo, ao qual se une por um pednculo. No homem adulto, mede aproximadamente 5 por 8 mm. A glndula pineal fica localizada no centro do crebro, sendo conectada com os olhos atravs de nervos. As pesquisas recentes sobre as funes da glndula pineal e de seu principal produto, o hormnio melatonina, despertaram um grande interesse pblico nesta ltima dcada em funo da descoberta do papel da melatonina na regulao do sono e do ritmo biolgico [ritmo circadiano] em humanos.
1.1 A MELATONINA E O RITMO CIRCADIANO
A melatonina uma substncia natural semelhante a um hormnio e
produzida na glndula pineal. A produo de melatonina pela glndula pineal cclica, obedecendo um ritmo dirio de luz e escurido, chamado ritmo circadiano. Nos seres humanos, a produo de melatonina ocorre durante a noite, com quantidades mximas entre 2 e 3 horas da manh, e mnimas ao amanhecer do dia. Tanto a luz como a escurido transmitem o sinal dos olhos para a glndula pineal, determinando a hora de iniciar e parar a sntese da melatonina. A produo noturna de melatonina levou rpida descoberta do seu papel como indutor do sono em humanos, e como restauradora dos distrbios decorrentes de mudanas de fusohorrio (jet-lag), no incio dos anos 90.
1.2 A MELATONINA E A REGULAO DO SONO
Alm da regulao do sono, a melatonina controla o ritmo de vrios outros
processos fisiolgicos durante a noite: a digesto torna-se mais lenta, a temperatura corporal cai, o ritmo cardaco e a presso sangnea diminuem e o sistema imunolgico estimulado. Costuma-se dizer, por isso, que a melatonina a molcula chave que controla o relgio biolgico dos animais e humanos. Do ponto de vista experimental, a melatonina modifica a imunidade, a resposta ao estresse e algumas caractersticas do processo de envelhecimento. No contexto clnico, tem sido utilizada nos distrbios do ritmo biolgico, alteraes relacionadas ao sono e o cncer. Ela possui vrios e significativos efeitos biolgicos.
1.3 A MELATONINA E SEUS EFEITOS NO EQUILBRIO DO
ORGANISMO
Os pesquisadores estudaram os efeitos anti-cncer da melatonina, que parece
funcionar em conjunto com a vitamina B6 e o Zinco, opondo-se degradao do sistema imunolgico proporcionada pelo envelhecimento. A melatonina tambm pareceu promissora no tratamento de problemas femininos, como a osteoporose, a sndrome pr-menstrual, e at mesmo o controle da natalidade. Por se tratar de um dos principais hormnios anti-estresse, participa ainda das funes adaptativas e estimulantes. Portanto, a melatonina estabiliza e sincroniza a atividade eltrica do sistema nervoso central. Muitos defendem que a pineal, atuando no apenas atravs da melatonina, uma estrutura tranqilizadora que suporta o equilbrio do organismo, agindo como um rgo sincronizador, estabilizador e moderador. Isso sugere que a melatonina pode ter muitas aplicaes em condies onde importante estabilizar e harmonizar a atividade cerebral. Um dado importante o fato de que a glndula pineal afeta diretamente as outras glndulas por meio de suas secrees. (Arendt J.,1995. In Melatonin and the Mammalian Pineal Gland, Chapman & Hall, London, pp. 4.)
1.4 A MELATONINA E SEU PAPEL NA REPRODUO
Foram caracterizados stios de ligao para melatonina nas gnadas [glndulas
sexuais], no epiddimo, no ducto deferente e na glndula mamria, sugerindo vrios locais de ao. O papel da melatonina no desenvolvimento sexual e na reproduo humana ainda est sendo investigado. Em mulheres, foi demonstrado que as concentraes de melatonina e de progesterona variam com as estaes do ano, e que h uma correlao negativa entre melatonina e a produo de estrgeno. A melatonina em humanos possui importante ao antigonadotrfica, visto que inibe a produo de hormnio liberador do hormnio de crescimento (GnRH), que essencial para o desenvolvimento das gnadas na fase de puberdade. (Vanecek, 1998).
1.5 A MELATONINA E O MAL DE ALZHEIMER
Diagnosticado por Alois Alzheimer em 1906, o mal de Alzheimer uma
doena degenerativa que destri as clulas do crebro, lenta e progressivamente, afetando o funcionamento mental (pensamento, fala, memria, etc.). Com o avano da molstia, o paciente comea a perder hbitos, como o da higiene pessoal, e a manifestar alteraes de comportamento, como ansiedade, agressividade, etc. Caracterizado como uma forma de demncia, o mal de Alzheimer atinge cerca de 1% da populao na faixa dos 65 anos de idade. Seu primeiro sintoma , via de regra, a perda da memria recente, sendo indicado, neste caso, consultar um mdico neurologista. Em pacientes com Alzheimer, os receptores no hipocampo, responsveis pelo controle da tenso vascular, tem seu nmero significativamente aumentado em relao a pessoas normais da mesma idade, provavelmente devido a uma "up regulation" em resposta diminuio da melatonina circulante. O pico noturno de melatonina no ocorre, ou muito reduzido em idosos normais. A melatonina apresenta uma reduo na formao da protena B amilide que a responsvel pelo mal, tendo, portanto, um efeito que permitiria supor uma ao anti-Alzheimer.
1.6 A MELATONINA E A MEMRIA
A melatonina tambm tem um efeito sobre a reteno de memria, tendo sido
efetiva na reverso da perda de memria em animais velhos e em modelos de Alzheimer.
1.7 A PINEAL E O CEREBELO
Na parte posterior do crnio est localizado o cerebelo, cuja funo a
manuteno do equilbrio, tnus muscular e da postura, bem como da coordenao dos movimentos. Se houver qualquer tenso ou leso no cerebelo, esta repercutir no funcionamento da pineal e suas preciosas secrees sero prejudicadas. O cerebelo comparado a um computador muito elaborado. Ele no somente recebe impulsos proprioceptivos, os quais informam sobre a posio de nosso corpo ou de suas partes, como tambm chegam impulsos visuais, tteis e auditivos que podem ser utilizados pelo cerebelo. No se sabe exatamente como ele executa esta tarefa.
1.8 O ALIMENTO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
O sistema nervoso central um todo, sua diviso em partes exclusivamente
didtica. Essa diviso, em relao a um critrio anatmico, reconhece que ele se localiza dentro do esqueleto axial, isto , cavidade craniana e canal vertebral. O encfalo a parte do sistema nervoso central situado dentro do crnio neural. A medula se localiza dentro do canal vertebral. Encfalo e medula constituem o neuro-eixo. No encfalo, temos o crebro, o cerebelo e o tronco enceflico. No homem, a relao entre tronco enceflico e o crebro pode ser grosseiramente comparada que existe entre o tronco e a copa de uma rvore. O sistema nervoso formado por estruturas nobres e altamente especializadas, que exigem para seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxignio. Assim, o consumo de oxignio e glicose pelo encfalo muito elevado e requer um fluxo circulante intenso. Quedas na concentrao desses elementos ou a suspenso do afluxo sanguneo ao encfalo no so toleradas alm de um perodo muito curto. A parada da circulao cerebral por mais de 7 segundos leva o indivduo perda da conscincia. Aps cerca de 5 minutos comeam a aparecer leses que so irreversveis. Contudo, reas diferentes do sistema nervoso central so lesadas em tempos diferentes, sendo as reas filogeneticamente mais recentes as que primeiro se alteram. A rea lesada que resiste por mais tempo o centro respiratrio situado no bulbo. Os processos patolgicos que acometem os vasos cerebrais tais como tromboses, embolias e hemorragias ocorrem com uma freqncia cada vez maior com o aumento da vida mdia do homem moderno. Cumpre lembrar que no sistema nervoso central, ao que parece, no existe circulao linftica, por outro lado, existe circulao liqurica.
EXERCCIOS ESPECFICOS PARA A GLNDULA PINEAL
indicado ao praticante fazer estes exerccios sentado e com os olhos
fechados. Observe a localizao da glndula pineal no topo do crnio [figura 1]. Faa os exerccios procurando sentir a localizao da pineal. Coloque tambm sua ateno na respirao, lembrando do alimento necessrio ao Sistema Nervoso Central.
EXERCCIO 1 [Massagear o alto do crnio]
Faa um movimento circular com a polpa dos
dedos das duas mos sobre o couro cabeludo, no alto da caixa craniana. Investigue vagarosamente at encontrar uma reentrncia. Sinta-a com os dedos. Esse ponto corresponde moleira dos recm-nascidos. Massageie esse ponto usando os dedos indicador e mdio. Procure perceber qual o sentido mais confortvel [sentido horrio ou anti-horrio]. Massageie lentamente o ponto sem provocar atrito com a pele. Perceba que o couro cabeludo, muito colado no incio, se desprende melhor depois de um certo tempo. Faa essa massagem sem pressa, no seu ritmo e no seu tempo. importante salientar que este ponto o local de unio de todos os meridianos. A prtica tima antes de dormir, pois a glndula pineal a rainha do sono profundo.
EXERCCIO 2 [Massagear para frente e para trs o couro cabeludo com
os dedos] Outra forma indicada e confortvel puxar o couro cabeludo para frente e para trs sempre a partir desse ponto [no alto da caixa craniana].
EXERCCIO 3 [Tamborilar o alto do crnio com os dedos]
A seguir voc vai tamborilar com os dedos mdios o
ponto no alto da caixa craniana, onde se localiza a glndula pineal. A ao do toque deve ser amorosa, no use fora. Perceba o que est sentindo. Voc poder sentir calor, salivao, enjo, um mental tranqilo.
EXERCCIO 4 [Massagear a fronte na linha do incio do couro cabeludo
e a coroinha] Coloque o dedo mdio e indicador da mo direita na fronte, precisamente no incio do couro cabeludo, alinhados com o nariz. Massageie este ponto com os dois dedos. Escolha a direo que for mais confortvel e agradvel. Faa as massagens nos pontos cranianos sempre vagarosamente e observando seu prprio ritmo e tempo. Continue massageando esse ponto e com os dedos da outra mo encontre uma reentrncia na parte posterior do crnio (um pouco mais atrs do topo da cabea), acima do cerebelo. Esta reentrncia ou depresso corresponde ao lugar chamado de coroinha. Os religiosos costumam marcar bem essa regio, usualmente rasurando os cabelos num formato circular. Coloque o dedo mdio e indicador sobre esse ponto e massageie no sentido que achar mais confortvel. Perceba as sensaes (dor, calor, lgrimas, relaxamento nos nervos oculares, sensao de estmulo da tiride, sensao do palato, sensao de sair do tempo].
FINALIZAO [Irradiando calor com as mos]
Em seguida, aquea as mos friccionando-as e colocando-as no topo da
cabea. Deixe que as mos escolham qual deve ficar em cima e qual deve ficar embaixo. Perceba o calor que a frico das mos provoca. Sinta o calor irradiando para a pineal e a resposta receptiva dessa glndula ao calor. Faa contato com a glndula pineal, enviando-lhe afeto, reconhecendo todo o complexo trabalho que faz no seu organismo. Reconhea sua importncia no equilbrio geral do organismo e no retardamento do envelhecimento. Ao fazer isto, a glndula recebe calor e magnetismo.
OBSERVAES
As tradies respeitavam a glndula pineal e a consideravam alinhada ao mais
elevado centro espiritual. Os hindus entendiam que dentro do Ltus de Mil Folhas ou Chakra da Coroa, encontrava-se o verdadeiro centro do corao. Na tradio judaica usa-se at hoje o kip [usado no topo da cabea]. usado para lembrar o usurio de sua reverncia diante de Deus. Na mitologia grega, Hermes [Mercrio] era representado com um capacete alado, smbolo de invulnerabilidade e de potncia. Hades [Pluto] possua um barrete que adornava sua cabea e o tornava invisvel. Os catlicos representam os santos com aurolas ou halos dourados. Desta forma, a coroa no alto da cabea tem um significado que no poderamos omitir. Sua forma circular indica a participao da natureza celeste, um Dom vindo de cima, um poder, o acesso a um nvel e a foras superiores.