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Didática especial das Ciências Biológicas I/2010-1

Profª: Jaqueline Girão

Aluna: Juliana da Silva Ribeiro d Andrade

DRE:106068900

Avaliação de Didática Especial das Ciências


Biológicas I

Questão1:

A escola é uma instituição que não está envolvida somente na


transmissão de conhecimentos, mas está dentro de um contexto social,
mediando a construção de valores, cultura, formas de pensamento, normas,
criação de hábitos e comportamentos. Nesse sentido, a escola não tem
como o objetivo formar somente um aluno cheio de conhecimentos, mas
formar um cidadão, capaz de interferir na sociedade, criticamente, sendo
capaz de entender e auxiliar na transformação social. Dentro desse aspecto
mais microscópico, da atuação da escola sobre o aluno, existe ainda o
aspecto macro, do reflexo do que a escola representa para a sociedade
como um todo, ou seja, a escola está inserida dentro do processo de
constituição da sociedade. E é função da escola inserir o aluno dentro da
realidade social, fazendo-o compreender e desta forma poder agir
ativamente sobre sua realidade.

Nesse contexto, a transposição didática é uma ferramenta de imenso


valor aos docentes. Isto porque, já que a escola não tem como função
somente a transmissão de conhecimentos, e sim formar cidadãos, muitos
conteúdos e conceitos científicos devem ser simplificados e transformados
em conhecimentos de relevância e valor e que, além disso, sejam
adequados às possibilidades cognitivas dos alunos. Dentro desse ponto de
vista, o conteúdo das disciplinas deve ser relacionado com a realidade, com
fatos e fenômenos da atualidade. Que este conteúdo seja importante não só
na vida acadêmica deste aluno como no contexto social, contribuindo então
para a formação do cidadão crítico.

A experiência que tenho vivido na prática de ensino me mostrou que


toda a teria é linda e perfeita quando lemos, porém quando existe a
possibilidade de aplicá-las, esbarramos em inúmeros obstáculos, impostos
não somente pela diversidade de realidades de alunos, mas também pelo
modelo em que a escola se insere.

Acredito que essas dificuldades sejam encontradas por muitos


profissionais da docência que por muitas vezes, entusiasmado em aplicar
uma determinada prática ou currículo de sua disciplina, se deparam com
uma realidade desanimadora.

Considero o obstáculo mais difícil de ser ultrapassado, o modelo a ser


seguido, proposto pela escola. Muitas vezes a escola possui uma
característica muito conteudista, que abre pouco espaço para que
atividades práticas, ou que fujam do modelo de aula em que o professor é a
fonte de todo o conhecimento e o aluno o receptáculo vazio. Muitas vezes o
conteúdo é tão específico que, lançar mão de uma conexão deste conteúdo
com o cotidiano do aluno. Neste caso, entraria em questão, se certos
conteúdos seriam realmente importantes ser introduzidos no currículo da
disciplina. Acredito que a transposição didática não só teria a função de
simplificar certos conteúdos como também a de selecionar somente aquilo
que seja relevante para a vida social do aluno. Nesse mérito, muitos
conteúdos que se tratam de conceitos científicos, ainda que tenham sofrido
uma transposição no sentido de simplificá-lo, considero que deveriam deixar
de fazer parte do currículo escolar. Não só por não fazer sentido no contexto
social do aluno como também são conceitos que, por não serem utilizados a
não ser que o aluno vá seguir a carreira acadêmica que aborde esse
assunto, este conteúdo é perdido ao longo do tempo e depois, o aluno se dá
conta de que aquilo nunca foi e nunca será útil para sua vida.

Avaliando todas essas questões, considero que não só a aminha


experiência dentro da prática de ensino como a minha experiência como
aluna na fase pré-profissional, são muito importantes para que certos
comportamentos e métodos no processo de ensino sejam avaliados,
refletidos e selecionados cuidadosamente para que a atuação profissional
como professor seja o mais próximo possível do que é considerado o ideal.
Sei que chegar ao ideal para todas as realidades de diferentes alunos e
escolas é impossível, contudo, a busca pelo “ideal” deve ser contínua e não
deixar nunca de ser um objetivo, mesmo quando obstáculos e a sensação
de que o ideal foi alcançado sejam aspectos presentes na vida do
profissional docente.

Questão 2:

Os dois temas que escolhi são concepções alternativas e linguagem porque


considero que se relacionam a partir do momento em que sabemos que
toda a informação que o aluno recebe, através dos diversos meios de
linguagem, seja pelo professor ou seu meio cotidiano, são processadas,
reelaboradas, criando um novo significado para esse indivíduo. A parir desse
ponto de vista, essa reelaboração dos significados, criada pelo aluno,
levando a concepções alternativas, construindo um significado próprio.
Devemos levar em conta que o aluno não é um sujeito estático, que
simplesmente recebe informações e as armazena da mesma forma que as
recebeu. Existe uma interação entre o sujeito e o meio em que vive e este
meio, está imerso em um universo de linguagem. Linguagem que não se
restringe somente a verbal ou escrita, mas através de símbolos,
movimentos corporais, feições faciais, olhares, gestos, formas de vestir e
agir. É dentro desse universo de linguagem que o aluno promove a
interação do que é transmitido em sala, através da linguagem do professor,
e o seu meio. E desta interação, resulta uma concepção alternativa, própria
desse aluno, construída de forma a dar sentido ao que esse sujeito observa
à sua volta, ou seja, ao seu meio.

Ao observar esses aspectos, é importante que o professor saiba que


deve considerar os conhecimentos prévios dos alunos. Entender que as
concepções alternativas que esses alunos carregam são fortemente
influenciadas pelas experiências cotidianas desse aluno e que relacionado a
isso, está envolvida a linguagem associada a essas concepções. Isso mostra
o quão importante são as experiências vividas pelo aluno, assim como o
meio social e o fator individual do psicológico desse aluno, ou seja, de como
processa as informações que lhe são transmitidas.

No meio prático, para que haja uma interação e não um conflito entre
as concepções alternativas, o professor deve colocar o aluno na posição
ativa na construção do conhecimento, debatendo, questionando e fazendo o
aluno refletir, aproximando as idéias do aluno aos conceitos científicos. O
docente não deve tentar substituir os conhecimentos prévios desse aluno e
sim fazer com que esses conhecimentos e concepções interajam com o
conhecimento científico, proposto pela escola.

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