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O documento discute três temas: 1) A capacidade declinante dos governos em formular políticas públicas devido a cortes orçamentários promovidos por lideranças neoliberais. 2) A necessidade de fortalecimento da liderança política para recuperar essa capacidade e governar sociedades complexas. 3) Estratégias para os governos recriarem sua capacidade de formulação de políticas, como gerar conhecimento internamente e recrutar expertise externa.
O documento discute três temas: 1) A capacidade declinante dos governos em formular políticas públicas devido a cortes orçamentários promovidos por lideranças neoliberais. 2) A necessidade de fortalecimento da liderança política para recuperar essa capacidade e governar sociedades complexas. 3) Estratégias para os governos recriarem sua capacidade de formulação de políticas, como gerar conhecimento internamente e recrutar expertise externa.
O documento discute três temas: 1) A capacidade declinante dos governos em formular políticas públicas devido a cortes orçamentários promovidos por lideranças neoliberais. 2) A necessidade de fortalecimento da liderança política para recuperar essa capacidade e governar sociedades complexas. 3) Estratégias para os governos recriarem sua capacidade de formulação de políticas, como gerar conhecimento internamente e recrutar expertise externa.
Reafirmando a capacidade de governar: o papel esquecido da liderana
O foco na parceria social deixou margem vrias questes importantes
relacionadas governana. Uma dessas questes o impacto de parcerias sociais sobre a estrutura e processos de tomada de deciso do Estado. Outra questo igualmente importante a da liderana: como e por quem exercida nesse cenrio politico dinmico. Um dos principais desafios para a governana contempornea a necessidade perene de cortar o gasto pblico e de se abster de utilizar instrumentos coercitivos formais de polticas pblicas. Assim a capacidade dos lderes de induzir os agentes sociais a subscrever e apoiar um projeto coletivo essencial para o sucesso da governana. A liderana politica indispensvel para assegurar que as instituies de governo e o processo das politicas sejam sustentados por competncia e conhecimentos suficientes para produzir politicas publicas relevantes e eficazes. A relao entre formas emergentes de governana e a capacidade de formulao de politicas no foi ainda analisada de forma detalhada, sobretudo no que diz respeito ao grau em que a capacidade declinante do Estado para formular politicas pode ser recuperada atravs de parcerias com redes e agentes sociais. O objetivo do trabalho discutir duas tendncias: a forma como democracias contemporneas organizam sua governana e os desafios que enfrentam ao faz-lo. O principal argumento apresentado foi de que, em paralelo reduo da capacidade de formulao de politicas por meio dos cortes de gastos e postura neoliberal de no interveno; falta uma liderana politica que esteja disposta a rearticular o papel do governo na governana e a tomar medidas para recriar a capacidade de governana do Estado. E governar a sociedade, cada vez mais complexa, um desafio colossal porem com conhecimento, recursos e instrumentos adequados, no entanto, organizar a governana se torna uma tarefa mais manejvel. O paradoxo aqui , no entanto, que os governos ao redor do mundo optaram por no responder crescente complexidade social e reforando seus recursos (humanos, tcnicos e fsicos), fazendo a maioria exatamente o oposto: cortaram seus oramentos, reduziram seu pessoal e preferiram confiar na competncia adquirida no mercado. A explicao para esse comportamento reside no fato de que na maioria dos pases ocidentais a liderana poltica alinha-se governos neoliberais que promovem a liberalizao do mercado e a reforma no modelo da new public management (NPM) e se juntam aos atores sociais que veem favoravelmente essas polticas. A poltica pblica neoliberal enfatiza o mercado; nela, o governo deve intervir na sociedade apenas para remover obstculos ao crescimento. Assim, a desregulamentao e cortes nos gastos pblicos so instrumentos essenciais para esse tipo de governo. O dilema neoliberal est ligado ao fato de que governar caro. Assim, cortes de impostos e reduo de gastos pblicos so prioridades polticas para lderes neoliberais. Portanto, reduzir a capacidade para formular e implementar polticas pblicas tanto um fim em si mesmo quanto um meio de reduzir o oramento pblico. O resultado dessa postura para a governana que a capacidade de governar do Estado se reduz e em consequncia a competncia prpria do governo enfraquecida. E como consequncia desse contexto temos como resultado muito visvel da capacidade declinante para produzir politicas que o governo se torna mais dependente de consultores externos; em segundo lugar, com uma equipe que encolhe as decises tero de ser tomadas nos nveis superiores dos departamentos afastando a elite poltica de outras tarefas mais urgentes; e em terceiro, com a utilizao de assessores para compensar a reduo da equipe aumenta a politizao do servio pblico e cria tenses entre assessores e gerentes. Assim, pode-se dizer que governar uma sociedade complexa no requer menos, mas mais capacidade de formulao de polticas. Existem vrias estratgias disponveis para o governo recriar a capacidade de formulao de polticas, quais sejam: gerar internamente conhecimento sobre estratgias de reduo de compromissos pblicos; reforar a coordenao vertical reafirmando o centro poltico governamental; e recrutar expertise externa ao governo expandindo o setor pblico. Nessas estratgias o reforo da liderana em sentido amplo parece ser o requisito fundamental para melhorar a qualidade das polticas e dos resultados. Uma importante capacidade de formulao de polticas gerada por meio da interao entre o governo e a sociedade, nela o governo financia aes e os parceiros trazem a expertise. Essas formas de governana e prestao de servios tm potencial para implementar programas com muito menos resistncia e oposio. Uma vez que a caracterstica definidora da governana contempornea aproveitar recursos para objetivos coletivos, a demanda por liderana poltica empreendedora maior do que nunca.
Ps-democracia ou complexa partilha de poder?
O autor inicia o texto afirmando que redes de polticas pblicas levam
descentralizao dos processos de polticas pblicas. E trabalha a perspectiva de estrutura de poder sob dois aspectos: em relao ao debate sobre a ps- democracia e em segundo em relao ao debate sobre padres de democracia e de partilha de poder em poltica comparada. O texto estrutura-se sob trs pontos: 1) no debate sobre ps-democracia e ps-parlamentarismo; 2) analise emprica de redes de polticas na Alemanha da dcada de 1970 e na dcada de 2000, 3) interpretao dos resultados dessa anlise comparativa na perspectiva da estrutura de poder e da partilha do poder. O ponto de vista de Crouch, autor que concebe ao final do sculo XX o surgimento da chamada ps-democracia; influenciado por uma perspectiva bastante estreita das relaes industriais, em que a poltica uma grande parte moldada pelo conflito entre trabalho e capital, e outros aspectos polticos e sociais so insignificantes e outros atores polticos desempenham apenas um papel limitado nesse contexto. No texto a teoria do desenvolvimento da democracia de Crounch passa a ser analisada mediante comparao entre duas redes de formulao da poltica ambiental na Alemanha nos perodos compreendidos na dcada de 1970 e incio da de 1980 e a dcada 2000 e incio da de 2010. Sobre o processo de formulao de polticas o trabalho coletou dados categricos e relacionais sobre diferentes atores polticos que estavam envolvidos no processo de formulao da poltica ambiental. O processo foi estudado com mtodos analticos de rede e analise de contedo para identificar os atores polticos mais relevantes. Ambos os trabalhos de Crounch com analise da dcada de 1970 e de Schneider com analise da dcada de 2000; resultaram em uma lista com nmero significativo de organizaes e usaram amostragem pela bola de neve para ampliar a lista de atores. Embora a comparabilidade entre a rede de controle qumico de Crounch e a rede de poltica climtica de Schneider no seja perfeita por causa de pequenas diferenas metodolgicas e contextuais, seu confronto produz uma percepo interessante sobre a mudana de posies-chave no processo de elaborao de polticas nos ltimos trinta anos. Assim, foram verificadas ao longo do trabalho que as mudanas na estrutura de poder sugeridas pela abordagem ps-democrtica realmente ocorreram. E pode-se dizer que na dcada de 1970 a formulao de polticas pblicas era mais elitista do que a constatada na dcada de 2000. No entanto, em relao a estrutura de poder, a evoluo do processo de formulao de polticas alems no resultou em maior concentrao, mas sim a uma maior distribuio equitativa do poder. De modo geral o quadro comparativo entre os dois perodos analisados mostrou-se bastante simplista e semelhante.
Governos, atores polticos e governana em politicas urbanas no Brasil e
em So Paulo Na Amrica Latina o conceito de governana tem sido utilizado com significados bastante confusos e diversos. O autor Eduardo Csar Leo Marques busca, atravs de seu trabalho, construir uma definio analtica de governana baseada tanto nos debates locais como na literatura internacional sobre governana; tendo por objetivo principal ampliar o foco dos estudos sobre polticas pblicas no Brasil. Seu trabalho est estruturado em trs momentos distintos. Um em que o autor discute criticamente os usos do conceito de governana na Amrica Latina com foco no Brasil. Em seguida busca identificar os atores polticos relevantes nas polticas urbanas brasileiras. E por fim promove uma anlise da governana em So Paulo. O conceito de governana tem sido utilizado, em sentido amplo, com significados bastante distintos relacionados estrutura, processos, mecanismos de controle e tambm relacionado estratgia de produo de condies de governana. Em alguns casos, governana serve apenas como uma metfora de governo; em outros, o termo significa o governo de polticas que apresentam interdependncia com vrias nfases no que diz respeito participao social. J no Brasil o conceito est associado a duas formas de organizao do governo: partidos polticos e as especificidades das reformas recentes de polticas pblicas; levando a dois resultados tambm distintos, com similaridades importantes entre os dois usos. De um lado tem-se a governana como algo baseado no diagnstico de falhas do Estado, tratando-se de uma construo voltada para polticas especificas a fim de reformar o aparato estatal, promovendo politicas melhores com menos governo. No entanto, a mera prescrio neoliberal no seria suficiente para a promoo de desenvolvimento; ao invs de reduzir o Estado, deveria sim reformula-lo para separar o papel de regulao do papel de conduo de desenvolvimento. Outra linha de analise disseminou um conceito de governana proveniente de organizaes multilaterais, especialmente o Banco Mundial e a Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE). Apesar dos desenhos institucionais e regimes polticos estarem fora do alcance dessas agncias multilaterais, a ideia de governana abriu caminho para influenciar estruturas de governo e suas capacidades. Uma parte significativa da literatura na Amrica Latina e no Brasil, o conceito de governana est associado a questes de participao social, democracia, controle social e movimentos sociais em diversas reas de polticas pblicas. As principais reas temticas que usam a noo de governana como estratgica para melhorar a participao so as de estudos urbanos, habitao e meio ambiente. Um terceiro grupo e estudos centraliza a ideia de governana na reforma de Estado e na ideia de governana democrtica. Ancorando o conceito de governana dentro do sistema poltico, por meio da ideia de accountability. Eduardo Marques afirma existirem pelo menos sete importantes fices que permeiam os conceitos de governana, mas a definio que deve ser adotada coaduna-se com os ensinamentos de Stoker (1998) e Le Gals (2011), que definem governana como conjuntos de atores estatais e no estatais interconectados por ligaes formais e informais operando no processo de fazer polticas e inseridos em cenrios institucionais especficos. Assim, a ideia de governana permite a incorporao de inmeros arranjos entre atores e instituies em um nico conceito analtico, tornando diversas situaes comparveis. No caso das polticas urbanas no Brasil, possvel discutir teoricamente a importncia de quatro grupos de atores que interagem de diversas maneiras dentro dos padres de governana urbana: burocracias e agencias estatais; polticos e partidos polticos; empresas privadas; e movimentos sociais. No caso de So Paulo, trs grandes padres na forma em que so governadas as polticas urbanas podem ser constatados: 1) polticas sociais universais; 2) policiamento e controle da violncia; e 3) polticas de infraestrutura. Isso sugere que os padres de governana de polticas urbanas so produto de diferentes combinaes das caractersticas espaciais, estruturas institucionais e organizaes.
Governana, arranjos institucionais e capacidades estatais na
implementao de politicas federais A atividade governamental e a produo de polticas pblicas no sculo XXI se tornaram mais complexas, uma vez que uma multiplicidade de atores participa e interfere nos processos de formulao, implementao e controle. Nesta feita, Roberto Pires e Alexandre Gomide, buscam em seu trabalho compreender de que forma os atores estatais e no estatais tm atuado e interagido na produo de polticas pblicas no Brasil contemporneo. Os autores iniciam promovendo um debate em torno do conceito de governana e suas aplicaes tem se dedicado a captar as mudanas nas formas de exerccio da autoridade estatal e a refletir sobre configuraes institucionais e suas consequncias para a relao ente Estado, mercado e sociedade na produo de polticas pblicas. Concluindo-se que arranjos complexos podem oferecer oportunidades para que uma pluralidade de atores use seus conhecimentos, criatividade e recursos em busca de formas novas e melhores formas de se produzir politicas pblicas. A identificao de trs diferentes perspectivas sugere que a relao entre governana e capacidades estatais indeterminada e pode assumir diferentes contornos, a depender de como os diferentes atores envolvidos so mobilizados e de como interagem na produo de polticas especificas. Para exemplificar as proposies tericas os autores selecionaram apara analise e comparao oito programas federais criados nos ltimos dez anos. Sendo estes submetidos a dois tipos de anlise comparativa: uma focando a identificao e anlise das semelhanas; e outra que busca identificar as principais diferenas entre os programas. A anlise dos elementos comuns aos arranjos de implementao estruturados sugere que novas polticas que tm sido implementadas pelo governo: 1) incidem em temas/problemas em relao aos quais o governo dispes de autonomia para formular e executar polticas; 2) mobilizam diversas das suas organizaes; 3) contam com grande envolvimento de empresas privadas; 4) esto sob a observao de uns conjuntos de rgos de controle poltico, burocrtico ou judicial. A anlise comparativa tambm revelou elementos de diferenciao: 1) participao de entes federativos no arranjo; 2) abertura participao social; 3) centralizao intragovernamental. Esses elementos permitem caracterizar de forma mais definida as formas de atuao do Estado brasileiro, obtendo-se como resultado a percepo de uma complexidade crescente envolvida na produo de polticas pblicas em virtude de uma pluralizao de atores estatais que possam se envolver no processo, e das interaes deles com atores privados, polticos e da sociedade civil, em processos de distribuio de competncias, funes, papeis e recursos.
Custeio da Seguridade Social pelos Bancos Comerciais: : contribuições específicas e aspectos constitucionais : seguridade social, proteção social, financiamento e solidariedade