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- Há no semiárido brasileiro uma grande demanda por ações concretas para o desenvolvimento
da região. Existem milhares de pessoas ainda com fome, sem acesso à água, sujeitas a doenças
causadas pela insegurança alimentar, pela escassez ou falta de qualidade da água.
- Reconhecendo a situação, a partir de 2003 o Governo Federal adotou o semiárido como uma
de suas prioridades, articulando parcerias com entidades da sociedade civil com experiência em
ações pioneiras na região, tais como a construção de cisternas de placas para captação de água
da chuva, iniciativa de reconhecimento internacional.
- A mesma postura adotou o Governo Wagner a partir de 2007, trazendo para a Bahia, através
do Programa Água Para Todos, entre outros, um novo conceito de desenvolvimento para o
semiárido, que busca incluir as pessoas e promover ações de acordo com as especificidades da
região e garantindo políticas públicas estruturantes. Fugimos das velhas práticas pontuais e
assistencialistas. O Governo inaugurou, dessa forma, a prática de governar em parceria com a
sociedade civil organizada, fortalecendo a capacidade de intervenção em um cenário de
demandas reprimidas no campo social. Entretanto, sabemos que ainda muito há de ser feito, já
que nos deparamos com altos índices de desigualdade, em conseqüência dos anos de descaso
político.
- Somos filiados à Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) desde 1999. A ASA congrega
mais de 700 entidades em todo o semiárido, pois acredita ser possível fazer do semiárido uma
terra de oportunidades. A cada ano os resultados têm comprovado que é possível libertar as
famílias sertanejas das velhas políticas paternalistas, que durante séculos envergonharam o
Brasil, tendo como um símbolo, a distribuição de água potável através de carros pipa.
- O CAA é uma entidade idônea, que há 20 anos tem desenvolvido trabalhos no semiárido, com
objetivo de tornar mais digna a vida de centenas de sertanejos. O CAA é formado por uma
diretoria, composta de 18 entidades, tais como associações de moradores e sindicatos rurais.
Essa diretoria é responsável pelos encaminhamentos políticos e técnicos da entidade e, também,
fiscaliza as atividades do corpo técnico, tais como aprovação de projetos e prestação de contas.
- Além das ações que melhoram a vida das pessoas, desenvolvemos ações de cidadania,
incentivando o controle social de políticas públicas por parte da população, a exemplo da
Campanha “Quem não deve não teme”, voltada à fiscalização de contas públicas em
diversos municípios. Portanto, não há interesse de nossa entidade de omitir qualquer
informação ou fazer má utilização de recursos públicos.
- A nós causou estranheza a forma como a matéria foi apurada, já que a assessoria de
comunicação da entidade não recebeu nenhum contato por parte do veículo. Segundo
descrito na matéria do repórter Vitor Rocha apenas um telefone celular foi contatado, este seria
utilizado pelo nosso coordenador executivo, Mário Augusto Neto (Jacó). Entretanto, o mesmo
encontra-se periodicamente em viagens de campo e reuniões diversas para a garantia da boa
execução dos projetos. A reportagem não considerou o fato de haverem telefones fixos, tanto no
escritório de Irecê, como no escritório de Salvador, contatos estes divulgados em nosso site
(www.caabahia.org.br).
- Além das atividades que diretamente beneficiam famílias, nossa entidade tem como política
desenvolver ações de comunicação que visem transmitir à sociedade baiana e brasileira uma
imagem diferenciada do semiárido. Se é verdade que há anos o Brasil conhece um estereótipo
negativo do semiárido, é bem verdade, também, que atualmente este cenário encontra-se em
mudanças. Através de nossa assessoria de comunicação, tentamos pautar constantemente o
assunto semiárido para vários veículos de comunicação para mostrar que existem efeitos
positivos das ações.
- Aproveitamos, inclusive, para dizer que não encontramos espaço neste veículo e em outros
grandes veículos de comunicação, para a temática do semiárido, tão importante para a
população baiana e brasileira. Aliás, muito contraditório, já que deveriam ser os primeiros a
divulgarem as iniciativas exitosas que estão mudando a cara do semiárido.
- A matéria, por fim, mostra falta de cuidado do repórter e desconhecimento quanto à política
nacional de desenvolvimento do semiárido e das ações implantadas regionalmente.
Registramos, ainda, que tais ações são insuficientes para que as famílias sertanejas tenham
acesso total às políticas públicas de acesso à água e geração de renda.
- Nossa entidade não é controlada por nenhum partido político. Nossa entidade é dirigida há 20
anos por 18 entidades de origem popular, como paróquias, sindicatos dos trabalhadores e
trabalhadoras rurais, sindicatos de servidores e associações.