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[AUTOMAÇÃO, CONTROLE E OTIMIZAÇÃO DE 27 de Novembro de 2008

APARELHOS DE DESTILAÇÃO DE ETANOL]

Autor: André Ribeiro Lins de Albuquerque, Ph.D.


Diretor de Negócios da Pentagro Soluções Tecnológicas

Introdução

Atualmente, devido à premência por aumento de produtividade e eficiência

energética sem grande impacto ambiental, as destilarias de etanol têm buscado

alternativas diferentes daquelas que tradicionalmente lançavam mão quando precisavam

aumentar a produção. A mais óbvia delas é, sem dúvida, a melhoria do controle de

processo.

As colunas de destilação (Figura 1) em usinas de etanol, onde se aplica este artigo,

necessitam de sistemas de controle capazes de rejeitar flutuações que ocorrem com

freqüência. Este fato decorre das características intrínsecas do processo de destilação

como dinâmica lenta, elevado tempo morto e interação entre as malhas de controle. Estas

características promovem elevados períodos de transição (tempos de resposta) quando o

processo é perturbado, o que se traduz em uma redução significativa no rendimento do

processo e na perda de confiança no sistema de controle por parte da equipe de operação

da planta: não é incomum encontrar malhas sendo operadas em manual nas plantas de

destilação de etanol espalhadas pelo Brasil.

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Figura 1: Destilaria de Etanol

Apesar da tecnologia atualmente aplicada ao processo de destilação ser capaz de

apresentar uma eficiência de extração de etanol superior a 99%, a energia necessária para

a produção poderia ser mais bem aproveitada, não só lançando-se mão, por exemplo, de

mudanças físicas na planta provendo uma maior integração energética da planta

utilizando técnicas como split-feed, mas também, por meio de aplicação de técnicas de

controle avançado no processo.

Atualmente, os aparelhos de etanol possuem uma eficiência energética que gira em

torno de 80%. Este indicador é mensurado calculando o consumo energético ideal para

produzir certa quantidade de etanol com determinado teor alcoólico, utilizando para

tanto, modelos matemáticos robustos para executar o balaço de massa e energia em

função das condições de entrada no aparelho (concentração alcoólica, vazão e

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temperatura de entrada do vinho e, poder calorífico do vapor disponível no momento). A

eficiência energética é então obtida pela razão entre o consumo ideal e consumo real do

aparelho (Figura 1).

Figura 1: Figura ilustrativa que apresenta como o indicador de eficiência energética é obtido em
função da concentração alcoólica do vinho de entrada.

O principal motivo para não se obter melhores indicadores de eficiência energética

é a alta flutuação de variáveis controladas do processo, tais como: pressão nas colunas e

temperatura TB4 (temperatura da bandeja 4 na coluna B, utilizada para inferir a

concentração alcoólica do etanol). Isso acaba acarretando num gasto desnecessário de

energia para realizar o trabalho de separação do etanol.

Além do fator energético, outro fator de desempenho que pode ser aumentado

significativamente é o referente à capacidade produtiva (Figura 2). O motivo é simples,

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em muitos momentos de uma safra de cana-de-açúcar, o “gargalo” deixa de ser o

fornecimento de matéria prima, passando a ser a capacidade de produção dos aparelhos

de destilação. Portanto, há a necessidade de uma tecnologia de controle que permita que o

processo opere em múltiplas condições. Pode-se citar a condição de máxima economia de

energia (escassez de matéria prima, por exemplo) e, as condições de produção máxima

que ocorrem em situações de excesso de material a ser destilado.

Figura 2: Representação normalizada de faixas de produção utilizando o controle regulatório


convencional e MPC.

ENTENDENDO O PROCESSO

Todo projeto de automação depende, em grande parte, do grau de entendimento que

se tem sobre o processo, pois, para se manter um regime operacional satisfatório, as

variáveis devem ser controladas, mesmo que estas estejam sendo perturbadas por

distúrbios externos ao mesmo.

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No processo de destilação, para se obter o etanol hidratado conforme apresentado

na Figura 3, tem-se duas principais operações: a destilação propriamente dita (coluna A)

e a retificação (coluna B). Para a obtenção do etanol anidro, deve-se realizar as duas

operações anteriores seguidas da etapa de desidratação. O aquecimento das colunas é

realizado pela injeção de vapor (escape ou vegetal) no fundo de cada uma destas colunas,

ou indiretamente através do trocador-evaporador (refervedor).

Figura 3: Processo Simplificado de Destilação de Etanol

O vinho, proveniente do processo de fermentação, é alimentado no topo da coluna

A1, descendo pelas bandejas e sofrendo epuração, dando origem a flegma, que, por sua

vez, é retirada no fundo desta (bandeja A16) e enviada à coluna B. Os componentes mais

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voláteis do vinho são concentrados na coluna D, sendo em seguida, condensados em dois

condensadores R e R1, onde retornam ao topo da coluna (refluxo).

A coluna A tem por finalidade esgotar a maior quantidade possível de etanol do seu

produto de fundo, que é denominado vinhaça. Esta, retirada em uma proporção

aproximada de 12 litros para cada litro de etanol produzido, é utilizada na lavoura como

fertilizante, sendo seu calor parcialmente recuperado pelo vinho no trocador de calor K.

A finalidade da coluna B é concentrar a flegma a uma graduação de

aproximadamente 96º GL (unidade de medida para especificar teor alcoólico em

volume). A flegma é alimentada nessa coluna, onde é concentrada e purificada, sendo

retirada sob a forma de etanol hidratado, duas bandejas abaixo do topo da coluna. Os

componentes mais voláteis retirados no topo da coluna B passam por uma seqüência de

condensadores (E, E1 e E2), dos quais retornam para o topo da B sob a forma de

condensado (refluxo). Do fundo da coluna B é retirada uma solução aquosa chamada

flegmaça que tanto ser reciclada no processo ou eliminada.

A função da coluna C é obter o etanol anidro. Para tanto é necessária a utilização de

um agente desidratante, devido ao fato de que o etanol hidratado constitui uma mistura

azeotrópica (uma mistura de líquidos que se comporta como uma substância pura quanto

ao ponto de ebulição). Os três mais conhecidos e utilizados agentes desidratantes são o

ciclohexano, o metil-etileno-glicol (MEG) e peneiras moleculares, esta última uma

alternativa cada vez mais utilizada, principalmente em novas plantas, devido à redução

significativa do consumo de vapor e do impacto ambiental.

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CONTROLE E AUTOMAÇÃO NOS APARELHOS DE DESTILAÇÃO DE

ETANOL HIDRATADO

A automação utilizada nos aparelhos de destilação de etanol hidratado se propõe

controlar diversas variáveis do processo, conforme apresentado na Figura 4. Alguns

destes controles são realizados na forma mestre-escravo (cascata) e regulatória

convencional (controle PID). Somente o controle de pressão nas colunas e da temperatura

da bandeja B4 que devem ser realizados de forma preditiva, utilizando para tanto, o

controle MPC (Controle Preditivo baseado em Modelo).

A alimentação do vinho no aparelho deve ser realizada preferencialmente de forma

direta, ou seja, um controle regulatório de vazão convencional. Durante muitos anos,

controlou-se a temperatura da bandeja A16 pela variação da alimentação de vinho num

formato de controle em cascata, porém, este tipo de arquitetura favorece ao aumento de

transientes no aparelho, em outras palavras, deixa o sistema mais instável. Caso

necessita-se aumentar a produção do aparelho, o setpoint de vazão de vinho deve ser

alterado obedecendo a uma rampa suave.

Todas as outras vazões de entrada e saída do aparelho de destilação devem ser

controladas como malhas internas dentro de uma arquitetura de controle em cascata. Este

tipo de abordagem além de permitir o controle mestre mais efetivo das variáveis como

temperaturas no topo e níveis nas bases das colunas favorecem também o fechamento do

balanço de massa e energia da destilaria.

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Figura 4: Diagrama P&ID de um aparelho de destilação de etanol hidratado

A aplicação de técnicas de controle preditivo baseado em modelo (MPC), para se

controlar variáveis de pressão nos aparelhos e temperatura da bandeja B4 (Figura 4), esta

última, utilizada para inferir a concentração alcoólica do etanol de saída, favorece a

estabilidade do processo e, conseqüentemente, a economia de energia e aumento da

capacidade produtiva dos aparelhos. O MPC, na prática, funciona como um controle

mestre (Figura 5a e 5b), definindo os melhores setpoints de vazão para cada regime

operacional.

A técnica de controle MPC é uma estratégia de controle multivariável bastante

difundida na indústria de processos. O MPC, basicamente utiliza um modelo dinâmico do

processo para predizer o seu comportamento futuro (figura 5b). Esta predição é

atualizada, ou corrigida, a cada iteração, com a medição das variáveis do processo. As

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ações de controle são calculadas de modo a minimizar a diferença entre a predição e a

trajetória de referência.

a) b)

Figura 5: Ilustrações do funcionamento da tecnologia MPC. A imagem a) representa a


comunicação entre os controladores PIDs de vazão com o MPC; a imagem b) representa a
arquitetura conceitual do MPC para o controle de pressão da coluna A.

Entretanto, a utilização de um modelo linear na síntese do controlador não é

suficiente para garantir um bom desempenho do controle para processos não lineares,

como é o caso de aparelhos de destilação de etanol. Isto devido a não consideração de

certos comportamentos dinâmicos no modelo, ou mesmo variações dos parâmetros em

diferentes condições operacionais.

Nas Figuras 6 e 7, são apresentados o controle da pressão na coluna A e a

temperatura da bandeja B4 de uma usina no interior de São Paulo aplicando o controle

regulatório convencional e depois de um período adotando o MPC. Com a diminuição

das flutuações do processo com o uso do MPC, contatou-se um aumento na eficiência

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energética do aparelho acima de 8%. Isso significa, para este aparelho em questão, uma

economia mínima de 3,2 toneladas de vapor de escape por hora.

Figura 6: Faixas de operação utilizando o controle de pressão da coluna A convencional e


utilizando o MPC.

Figura 7: Faixas de operação utilizando o controle da temperatura da B4 convencional e


utilizando o MPC.

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OTIMIZANDO O DESEMPENHO

A aplicação de uma estratégia correta no controle e automação do processo de

destilação de etanol, além de minimizar a intervenção humana no processo, pode

maximizar vários índices de desempenho, tais como: produtividade, eficiência energética,

qualidade, consumo energético, etc.

Para manter os ganhos atingidos após a aplicação do MPC, deve-se manter uma

rotinha de gerenciamento do desempenho das malhas de controle, seja para sintonizar os

controles regulatórios (PIDs), ou mesmo atualizar o modelo preditivo. Isso porque, após a

obtenção do modelo preditivo e ajustes das malhas, o desempenho da mesma tende a se

deteriorar lentamente com o tempo, já que as condições do processo não são sempre as

mesmas e os hardwares sofrem desgastes naturais. Desta forma, uma vez detectada uma

perda de desempenho, pode-se diagnosticar a causa raiz do problema, podendo-se fazer

uma manutenção preventiva na automação em destilarias de etanol.

É certo que com a implantação de técnicas de controle avançado, como o MPC, se

obtém um salto no rendimento dos aparelhos, refletindo-se em aumentos de rentabilidade

em curto prazo para as destilarias de etanol, porém, ainda existem margens de ganhos

significativas que podem ser obtidas em longo prazo, o maior deles é sem dúvida o

aumento da concentração alcoólica no processo fermentativo, pois, quanto mais

enriquecido chegar o vinho na destilaria menor será seu custo energético.

Outro ganho que se pode obter é por meio de ferramentas de otimização de toda a

destilaria, levando-se em consideração desde o preparo do mosto, passando pelo processo

fermentativo, centrifugação, destilação até chegar ao armazenamento do etanol. Com este

tipo de ferramenta, as melhores condições operacionais para cada necessidade de

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produção e recurso energético será obtida por meio de modelos matemáticos e algoritmos

sofisticados que buscarão sempre a maior rentabilidade possível dada as condições de

demanda e oferta de etanol e energia.

CONTATO:
André Ribeiro Lins de Albuquerque - Pentagro®
Diretor de Negócios
16–3351-0203
andre@pentagro.com.br

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