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ARTIGO TÉCNICO- Nr.

0001- VC-DIVISÃO TÉCNICA


DATA : 20 de Junho de 2001
CURITIBA-Pr-

SECÃO : PROCESSOS
ELABORADOR : Eng. João Jayme Iess

TEMA : FORMAÇÃO DE ANÉIS EM FORNOS

Ref. : Combustión & Clinkerización- Ano 4-Nr12-Jan/Fev.-98

A formação de anéis é um problema grave para o Forno de Cimento pois provoca


considerável instabilidade operacional e restringe o fluxo de gases, chegando a obrigar, às
vezes, a completa parada do Forno, para sua eliminação.

Na década de 70, com a tendência a se instalar fornos com capacidades produtivas


maiores e, consequentemente, de maiores diâmetros, se tinha como superado o problema
da formação de anéis; fornos com mais de 4 metros de diâmetro dificilmente chegam a
formar anéis e, a disponibilidade de modernas técnica de análise de gases, dosagem
automática do cru e sistemas eficientes de homogeneização permitem um maior controle
físico-químico do processo.

Na prática, se tem comprovado que cerca de uns 40 % dos fornos tem problemas de
formação de anéis, outros 40 % tem o problema similar, de crosta instável e apenas uns 20
% mantém condições satisfatórias de formação de crosta.

Ao surgir a pré-calcinação e o consequente alívio no trabalho que se desenvolve dentro do


tubo do forno, os fabricante novamente o tem encurtado, competindo em oferecer fornos
curtos e pequenos para altas produções. Estes fatores tem influído na reativação do tema
referente a formação de anéis.

Mecanismo da formação de anéis.

Os anéis se constituem em uma formação exagerada de crosta, donde se pode concluir que
seu mecanismo de formação é o mesmo que explica a formação da crosta, devendo-se, tão
somente, se estabelecer as razões pelas quais se produz esse encrostamento, tão
exagerado.Basicamente, o mecanismo de formação da colagem (crosta) se dá através do
fenômeno de aderência das partículas ou nódulos já formados, os quais se aderem ou
“grudam” ao refratário, diretamente, ou a camada mais externa, da própria colagem já
formada, através de pontes “capilares de aderência” da fase líquida presente no material.
Quando tais ponte capilares se solidificam por esfriamento, esta solidificação produz a
“cementação” da partícula ou nódulo, resultando definitivamente, em um material,
perfeitamente aderido a crosta protetora.
Para uma correta formação da costra se deve cumprir com as seguintes condiçeos :

1. Cru suficientemente fino e homogêneo.


2. Suficiente fase líquida a temperatura de operação
3. Condições adequadas de nodulização
4. Suficiente temperatura para fusão
5. Condições para “congelamento” dos pontos capilares.

Em um conceito ideal do sistema, ao se chegar à temperatura de fusão da fase líquida, se


produzirá simultaneamente a nodulização do material e a adesão do mesmo às paredes. O
equilíbrio perfeito se estabelece no momento em que os nódulos tem suficiente masa para
desprender-se por gravidade e desta forma, não ficarem aderidos. Neste ponto já se deve
dispor de crosta suficiente e a partir deste momento se detém o “encrostamento”.

Quais as condições que levam á ruptura deste equilíbrio para que se prossiga formando-
se a colagem(crosta) até o ponto de formação de um anel ?

Podem ocorrer diversas coisas, no entanto, fundamentalmente, temos 3 causas


principais :

• Grau de nodulização
• Disponibilidade da Fase Líquida e,
• Comprimento da Chama.

a) Grau de Nodulização :

A formação de nódulos se produz, principalmente na crosta exterior do material que


avança pelo forno; ao se atingir a temperatura de fusão do líquido, o cru se torna
pegajoso; a carga segue o movimento de rotação com o giro do forno, sem
deslocamento relativo até que, devido a inclinação, a gravidade vence as forças de
coesão e fricção, produzindo-se o “retorno” do material da camada superior. Na
figura abaixo, se mostram os movimentos do material em um tambor rotativo, com
velocidade moderada. Ao deslocar-se e rodar a camada superior com um movimento
radial, as partículas se deslocam envolvendo as outras partículas, com as quais
formam, progressivamente, os nódulos.

Neste contexto, a presença de partículas finas irá produzir maior coesão no material,
dando lugar a que a camada externa que se desloca seja mais larga,favorecendo a
nodulização.
A nodulização se produz por 2 fenômenos parecidos : Aglomeração e nucleação.
A aglomeração ou coligação se produz pela união de 2 nódulos que “aderem” ao
colidirem.
A nucleação se refere ao caso em que um nódulo já formado atua como núcleo que
aglomera ou coleta partículas finas em sua superfície. Em ambos os mecanismos de
nodulização os fatores mais importantes são o tamanho dos cristais e a disponibilidade
da fase líquida.

Se entende que o processo de nodulização requer algum tempo e espaço antes que a
disponibilidade de calor determine a reação individual de partículas soltas.
Não havendo suficiente nodulização, as partículas soltas em presença da fase líquida,
ficaram “aderidas” e cimentadas, formando-se, progressivamente o anel.

b)Disponibilidade de Fase Líquida

O primeiro líquido se forma a 1340 C e a máxima temperatura de formação


corresponde a um valor de MA = 1.4, decrescendo em ambos os sentidos. Neste gráfico
não se considerou o efeito do MgO e de outros fundentes, o quais determinam a
presença de fase líquida a uma temperatura menor ( 1300 C ) e deslocando também o
valor de máximo líquido a MA= 1,60
Estes valores são potenciais e se dosificam no cru para realizar o trabalho de
nodulizar, atuando os mesmos, como aglutinantes e catalisadores da reação :

C2S+ CaO  C3S, atuando como meio de reação. Porém o que acontece com a
fase liquida quando se chega a nodulizar corretamente ?

Cada partícula terá mais proporção de líquido e portanto, será mais pegajosa,
aumentando a tendência a formação de crosta, até se chegar a formação de anel.

c) Comprimento da Chama.

Para que se produza a formação de crosta, necessariamente, tem que haver fase
líquida que forme as pontes capilares de aderência, que terão que congelar-se por
esfriamento para se formar a crosta. A disponibilidade de calor suficiente na zona do
forno apropriada, pode ser fornecida por uma chama longa, porém, a formação de
nódulos fica seriamente prejudicada, pois, a disponibilidade prematura de
aquecimento dá lugar a que se produzam, ao mesmo tempo : nodulização e
clinquerização. Os cristais de C3S já formados tem tendência a crescer, formando
macro-cristais que já não induzem à formação de nódulos e se constituem no pó de
clinquer, o qual, obscurece o forno e complica o trabalho de esfriamento e forma os
anéis de saída do forno.
Um fato característico importante, já comprovado na prática, é que todos os fornos
com clinquer pulverulento, tem tendência a formação de anéis e vice-versa.
AONDE SE FORMAM OS ANÉIS

A explicação do mecanismo de formação dos anéis nos permite definir com clareza
onde se produziriam os anéis. Ainda que se mencionem outros anéis menos frequentes,
os anéis típicos são apenas 2, logicamente se apresentarão nas zonas imediatamente
interfaceadas com a zona crítica o de presença de chama. Até o interior do forno, os
anéis se localizam exatamente onde termina a chama e se denominam anéis de
transição. Na saída do forno, os anéis se produzem na zona de esfriamento.
A posição de ambos anéis resulta lógica e se apresentam exatamente nos pontos
onde cai a temperatura da zona, dando lugar a que os pontos capilares da fase líquida
se esfriem, solidifiquem e se consolidem. Na zona mais aquecida, os pontos capilares
são fundidos e as partículas ou nódulos aderidos, terão maiores possibilidades de
desprender-se.
Também, por esta razão, ao se produzir um super aquecimento, se fundem os
pontos capilares e se desprende a crosta. Nestes casos, se diz que “se fundiu a
colagem”, podendo chegar-se a uma condição de emergência.

COMO SE EVITAR OS ANÉIS

A principal causa de formação de anéis é a instabilidade operacional; sendo que os


fatores de formação de anéis são os mesmos que influenciam a nodulização do
material,e , portanto, teremos que considerar como objetivos complementares, o de se
evitar o anel e se promover a nodulização , corretamente.
Para ambos os aspectos, resumimos 10 recomendações práticas que permitirão se
evitar os anéis, favorecer a nodulização e consequetemente, melhorar a estabilidade,
produção, eficiência e fator de carga do sistema.

1)ESTABILIDADE FÍSICO-QUÍMICA DO CRU : O controle de qualidade do cru


processado deve efetuar-se sobre os módulos químicos e a curva granulométrica,
procurando se manter constantes os valores especificados como os mais convenientes e
factíves de se conseguir em cada fábrica.

2)FORMAÇÃO DA CHAMA : A condição de forma e comprimento da chama está


bem definida : deve se conseguir uma chama o mais curta possível e não divergente.
Deve-se tomar em conta que a chama é um fenômeno de combustão em si mesma, e,
portanto, uma reação química cuja cinética se altera em função de tudo que se altere
na operação do forno.

3)ANÁLISE DOS GASES : Para se garantir a estabilidade da chama e a evoluçlão do


processo no interior do forno, resulta que se tenha um valor confiável dos teores de
O2, Nox e CO nos gases que saem do forno ( back end). O valor de Nox resulta
também de grande utilizada para se conseguir a estabilidade da chama.
4)REVOLUÇÕES DO FORNO : Ao trabalhar o Forno como um tambor nodulizador,
uma das variáveis que influenciam o tamanho e quantidade de nódulos é a velocidade
de rotação;donde se conclui que para uma perfeita nodulização, seja necessário se
operar o forno, com a maior velocidade possível, porém como ao mesmo tempo, esta
variável determina o tempo de permanência e a velocidade de avanço do
material,portanto, essa velocidade deve ser parametrizada pelo grau de enchimento do
forno.

5)FASE LÍQUIDA PONTECIAL :No projeto de crus, se considera uma proporção de


fase líquida que estará como tal, a uma determinada temperatura. Por exemplo, 25 %
a 1400 C. Resulta claro que com a variação de temperatura se alterará a
disponibilidade de fase líquida e todas suas funções.

6)COMPONENTES SECUNDÁRIOS :A presença de componentes minoritários no


cru, principalmente magnésio, álcalis e sulfatos, alteram os eutéticos dos componentes
que formam a fase líquida. O balanço de voláteis controlado em forma periódica ou
permanente, permite estabilizar a condição do grau de circulação destes elementos no
sistema.

7)TEMPERATURA DO AR SECUNDÁRIO : A proporção de calor recuperado do


resfriador deve ser consntante; em caso de variação do mesmo, deve-se compesar a
estabilidade de aporte térmico ao sistema, regulando-se o fluxo de combutível e
comburente ao forno. A chama deve permanecer estável para se evitar a formação
irregular de zonas no forno, o que resulta em pontos para a formação incipiente de
anéis.

8) PROJETO DE REFRATÁRIOS : Ao se estabelecer como causa da solidificação ou


cimentação da colagem, o “congelamento” dos pontos capilares de aderência, se
determina certo grau de influência do tipo de tijolo na respectiva zona do forno. Deve-
se considerar que a capacidade de formação de crostra do tijolo está em função direta
de sua condutividade térmica.

9)REGRIGERAÇÃO EXTERNA DA CHAPA DO FORNO : A refrigeração exterior


da chapa, mediante ventiladores, deve representar um questão emergencial, à qual, se
deve recorrer apenas em casos de dificuldades, para se manter a crosta e temperaturas
altas exteriores. Contudo, resulta muito comum, encontrar fornos com ventiladores
enfocados a zonas com provável formação de anéis, o que resulta extremamente
incoveniente.

10)CLÍNQUER PULVERULENTO : Um bom fator de controle da qualidade de


formação da crosta e da nodulização é a aparência do interior do forno. Quando não
se pode observar a chama, é uma indicação de provável problema de anel. Clínquer
pulverulento, anel na certa.

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