MERCOSUL

Alex Sandro Muck

Profº Aloísio Stein
FACCAT
Ciências Contábeis
21/10/2009

O Mercosul surgiu devido às profundas transformações que ocorreram no cenário

mundial. As nações, que até então, viviam isoladas uma das outras, começaram a juntar-se em
grupos para formar alianças de vários tipos: políticas, econômicas e sociais. A união pioneira,
que entusiasmou outras como a do MERCOSUL, começou no continente Europeu. A Europa
tornou-se uma “grande nação”, sob o nome de Comunidade Econômica Européia (CEE). Com
essa união, os países europeus ganham unidade interna e se fortalecem para competir no
comércio internacional, isto é, para fazer negócios com outros países.

O Mercado Comum do Sul- MERCOSUL – é resultado de um acordo firmado pelo Brasil,

Argentina, Uruguai e Paraguai, o Tratado de Assunção, assinado em 25 de março de 199l, mas
seu pleno funcionamento ocorreu em 31 de dezembro de 1994. Os entendimentos iniciais para
a formação de um mercado comum ( livre circulação de produtos, mercadorias, serviços,
pessoas, capitais ) tiveram início em alguns acordos firmados entre Brasil e Argentina
denominados Protocolos Bilaterais, posteriormente, Uruguai e Paraguai juntaram-se à
denominada Integração do Cone Sul. A idéia inicial incluía Bolívia e Chile. Esses países, porém,
não aderiram ao Tratado de Assunção. Dessa forma, o Mercosul foi criado com a finalidade de
integração econômica entre os Países sul-americanos, inspirado em experiências de nações
que se uniram em blocos com o objetivo de criar um mercado comum para seus produtos.

Nunca é demais reforçar o fato de que as economias dos países se desenvolveram a

partir do comércio externo, num cenário altamente competitivo, portanto se faz necessária a
criação de blocos regionais como opção de fortalecimento da economia local. Cada bloco
possui características próprias, que se limitam à Zona de Livre Comércio, podendo progredir
para a União
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Aduaneira, Mercado Comum, União Econômica e Integração Econômica Total. O
Mercosul se encontra no estágio de união aduaneira, isto significa que as mercadorias
produzidas nos países fora do Mercosul terão as mesmas tarifas no Brasil, na Argentina, no
Paraguai ou no Uruguai.

Os países integrantes adotam políticas externas comuns, evitando o isolamento e se

inserindo no mercado mundial de forma conjunta, A intenção do bloco está em desenvolver
futuramente um Mercado Comum, possibilitando a livre circulação de trabalhadores nos países
membros, além dos produtos. Apesar do destaque brasileiro no Mercosul, as economias de
todos os países possuem problemas comuns aos subdesenvolvidos industrializados, portanto
as distâncias sociais são bem mais equilibradas do que as existentes no NAFTA.

As decisões políticas ou econômicas que envolvem o Mercosul são tomadas por

consenso com a participação de todos os Estados-parte. Ainda que o Brasil detenha maior
poder econômico, seu poder de decisão, legalmente é o mesmo dos demais países. Desde
outubro de 1994, o Mercosul investe em negociações com a União Européia, alguns progressos
foram obtidos, porém a maior dificuldade está em competir com os produtos agrícolas
europeus, por possuírem forte proteção através de subsídios fornecidos pelos governos. No ano
de 1999 ocorreu a principal crise no Mercosul, começou em janeiro com a desvalorização
acentuada do real, a Argentina, com problemas de desemprego, e a indústria sem
investimentos em modernização, passou a importar os produtos brasileiros em grande escala e
diminuiu suas exportações.Os empresários argentinos, descontentes com os prejuízos,
pressionaram o governo a tomar medidas contra a entrada dos produtos brasileiros, o Brasil
reagiu com o apoio do Paraguai e Uruguai e novos acordos foram feitos em setembro de 1999,
amenizando temporariamente o impasse.

O reflexo do Mercosul, para as empresas dos países que o integram não será única e
exclusivamente a possibilidade de comprar e vender entre si, o grande reflexo diz respeito, a
seus clientes que terão nos atacadistas, nos supermercados, nos distribuidores, produtos não
apenas do Brasil, nem tampouco do Mercosul, mas do mundo inteiro. Quando o processo de
globalização teve início, havia o temor de que ele poderia enfraquecer a pequena empresa.
Hoje podemos ver que ela se tornou a melhor alternativa, por ser, ao contrário dos grupos
maiores, uma grande absorvedora de mão-de-obra.