Вы находитесь на странице: 1из 341
Boaventura de Sousa Santos (org.) Democratizar a democracia: os caminhos da democracia participativa ode co rege rach Jodo de Swat Late SoteaTo con Denese DELVROS RY ser The de ce ‘San an 2 le ga “ole ons ead, Pi eli, smseraenso ‘nied ps de Ese gq eo em a wets defo pn Porap eo d ao Poe eMizacko waka ‘ibfstinoxa RECORD DE sERVICDS DE MUPRENSA 5. esa pce, Re ay Bs 300 (Gra 2052 Ree on = 2022970, lege Sumétio snanonugho cea Acauegho 13 sotmusswosto topes 14 2 asmowglo os eens soem 18 2. atenwmglosachuncongoeoca, 22 se conesio 25 rrerhoocovoune 29 wrncouto Para amplia ocioone democritico 29 1. AconcioHubnce DAEEMECHCANASEGINOAMEHEEODSECUO A 43 2 sconces Wo-nnNGWENS DASTIECMCMESLGNOAMEREEDDSECUE 5D 2. oapenicunimemmaronnrostcxaxn $5 rs vonunanioubs AseooosnesoaMETEMNGIO. 58 f-acrovincuctscamamaingio «5 Mowers S008 ASRAGAD DEMECRATA #9 corn t “Micromovimentosnafndia: para uma nova politica de democracia particpaiva #5 rmoougo 67 Lovecono cacinicacio $1 ‘ ooncasa com os moos 9 ‘anouarodrensos owes 102 f mourzanpeiemownewro 103 S-romaataceuccacarcNk 110 2 avoiea roimacica mancednACos MOMENTS 112 sconeiso. 125 curren (O reinvenar da democraiapartcpativa na Africa do Sul 139 sarong 135 fa tngo oA anes OUDCEANEARAAMKA DOS DE 2 cRNA AMA EAS ONCS EAS ACASSEOREA 45 Damion macinas 16 2 wns HabeRANS 19 2.3. eoonbucn uronic carom eoxsONAS 150 2 e omndcxsuoca aenon 152 2.7 wowmnnes uncos hos 152 ae counsocuciclo 159 214 eaennes tons 0 auonnanD co searino 153 die oweooonniisho 154 {i counauciocosnreacraa MMANEiCtNOAPOSNOKAISNOEENECHTEO. 155 “ecu occ aon DURANTE ATO tA A SOCEEAD reanimen 158 ‘tromecionvmartangto orm sancrnen 165 {A politica do reconhecimento e da cdadania no Putumayo ena Baita Bota (Caana:o caso do movimento coclero de 1996 171 ‘covoSes HaKo MO OS MCN OCMC BE I7E {Lasrowgs man oreo conausta 177 PestnesMEND WIE PO RGUNO NA cHGANONO EAS NIE COCALENAS 18D | sss oe cA cinco eat ORANG GMMR AOR run nsrooa uatagio sta 18S ‘:antcocgho Ego aa conro}AN EATEN SAN ACOAMOMEAT 2A unona wou CoRacAgies 19 ‘Annan on RmesHDS BSED LENO MOWED COCAEROE A ‘mswarun no aorae wes 192 >. Amoci 8 cng cA ANS OA CONSTO OE UMA CASRN DD ‘ecco eaorwoencansmetsn 197 conic go subouatccnice 204 [Emancipaio social em um contexto de guerra prolongada 0 caso da ‘Comunidade de Paz de San Joxé de Apart, Colombia 217 socio 219 ‘ocowrowrosonencuenco/Autooenmucsosocnt 220, 2 sant x masta no conte ro Po sah—a TRO HO OE rere serine 25 tana oF anTan6—uMAnTRADE LDA NESHAEACoRCMNENGO SOCAL 230, 5 oman eco oxotcanapcecommcue kar 233 f+ netcanano coun carseouo 242 13 panera cas ox CURA ACOMINDAOL OLR 244 43. congannes eoso0mcro 248 44 aotceser acon voutbnuseriacas 247 45 novannaagho soon rauica oacouvDise 248 “Casas decentes para 0 poro": movimentos urbanoseemancipagio ey Portugal 255, mous 257 {os mtr. of onion EAmneHigh TEA. 259 2. Anouo roman De 2475 CO CONTE GAORTNGO SAM 262 2. acrenbrono aANOHTE AuarAnMergio rw ourERoDD cEACELKSO. 265 2 emayrunacoMomssio0 256 52 umncownatnca ceavonscoroniess 267 2. oucmoss aca oreanns sa 276 2 4 oma muro cts oc mancrigiosorn COLSeDCMCKICRNA 279 25 nomglosomectsosian 282 «Aa 4 F/O 0 ALNOATE UM ELRS BAARENANCAO OA ramemgior 284 InsTMUGDEs E ADORE Los. 295 ‘Tribunal Consituconal eemancpasio socal aa Coldmbia 297 tpi eure een swriopiclo 299 fora rnco 300 2 wsmsicroo mmo nocisstAzO aN 305 9.ewor 310 2 encwerro waco 310 2.2 owouneama sae 31 2.4 oTemuna Cos aon rTEhnos um 7 4 roe nancrmno onnRAcOnTTUCDANL 320 1 Aide 5 e565 SERSSTHS TREN 32D 1123 orators pa otesto wso ak esmatcn Hora 327 sconcstes 200 (0 teritro como expago de ago cole: paradoxos e posbilidades do “jogo estratgico de atores” no planejamento testrial em Portugal 41 rscougo 343 1 onntauenroe Asso uaa arnoot coun roo tsar BEANE 343 11 omern ces ruincaereronas 242 1-2 eascor wommoso: cuousomasoc comme 15 1 Acoumuto paso coud 246 1.4 onto to uma come nao emutoeD Be ATO” 247 1-5: ainosTos 0 roma AL BOK TENA OC AC omENTS" 4B 2. bso msreioa os rensnenccas. 3S 2.1. awomaouauneno ceReWnocag? 251 2. mamas startco uro0e MATOS IROGGEKS 354 224, nesta earner cooeT 35 222. ODS: RAMEAETO AAD MANO ETAT OA NO DELO cotta vob 356 2 osmnovos As roesaAGes DA ENGOSOCML 365 2. unennco vssuswacngho 366 2.2 oc ummoeenca oto atunoReNCA EPO 268 Empress e esponsabildade soil 0s enredamentos da cidadania no Brasil 373 ove 378 2 ASToFOMUGH SAMSON SOL 38S ramsoons mensiners 404 connos Poder politico e protagonismo feminino em Mogambique 419 ‘ence imoougio 21 2. testo 00 FOR: b0 munis CLE EA CONTRO SOCAL eres 404 4 acinar acorn ov conuDHco MAHMNCAO MILO FNC) 437 DEMOCRAOA PATCHAINA AGH 459 comnoe (Orgamento Participativoem Porto Alegre: para uma democracia redistibutva 455 swronuo 457 I avouncaimanocaconeroMDAeN 458 ot xcmceoesomDat 62 2 oxgauetoemeno tromo acne 465 2 ms oF engho 467 2 2 omc mameantno 471 2: nosing 0s ncUSs ce vestueMo-METOOLRIAE CAMEOS IAA 2: Aevum ox EAI SOO ANHENORAGE BASEIBCRICA amc 500 «ong pumeanrno MAA SEUBCREAKDSTREUINA. S12 4.4, mec, wtcocaca ensrcso. 512 {42 enantio nancene CAS PSDs 516 42 aonanaecoctso 526 4.5 famaosoi nso omaueno rsncinno EACIEA OE ERACONS $41 sconce emmrorssazo conan 545 Modelos de Deliberacio Democritica: una anise do oramento Participative no Brasil Sst rougto S63 {1 ADtuociTENOMMLEACAEMCGENGKDANOWGAO AD ve CASCERDAGE S69 2 nowglosocuLeAcHEctcno orGAUATORNMCIHS $72 > Seago mincmaNoritoMOMKEREE RIOHOREOTE 576 dronoauaae 576 24. MERA ORDA OEASNLAS GORA 577 4112 mowoanrewenusince Aas Oca 578 313. couscve es oKaMoe aR. 579 2.2 miovonzone $81 52 canna 4s onanoes S82 2a romsoemontsoe roots S82 4 corgsniao acon EAMUMUCRODASCRRAMAA NILE 583 S.mimcgta connuonee MoNronOW NO 582 6 mow sock £A5 ORS COMA EGEMONEASASTIBCCARNETESRIRA 592 © perfil politico «institucional da Democraca artipativs lgbes de Kerala, India 599 meg 601 2orunmsancewocaci ema nao 605 2 eeocucar unwvemossocae wea 69 {nena rora RUA BCCITPARAGiO DORAN 513 {+ moeane ASU DK RFOMS ALDACOMS 61S 42. onaMaurte cue mute Dewommenciosocm 616 {ensimoccnuzcio 621 s:romwugiocmmetanaco oc RANGA De ATCO. 622 4. musinos ssunanoror pean 625 4 enor oe rane bho se moses 25 4 5 poeumos coos oo RANEAMeNTS 627 $< moctonerosmmancenas 629 5.7 surgloses ins 630 mancunne caCORE SSE 6 2 Aromcho toseues 632 6 a mauris 6H 4 quamuneoxunInn 635 fs comando tnoorane 637 6 s mowngiopacouoase 638 comonrh cinal 647 Para outs democraias 649 2 oamsstnc assess. 655 2. saencanmemmnacseuearens 657 “cette 08 Minos 661 {psc rina arociuangio serouncn sc Fee it IntrdugSo Geral & Coleco reantura de Sousa Santos A globalieasiosekberal éhoje um ftr explicativo importante dos proces 05 econdmicos, sii, pics e culurais das soiedadesnacionai. Con- tudo apes dems importante ehegeménica, esta globakzagio nko € Unis. De par com el can grande met por reago a ea est emergindo una ‘out globaizasis consti plas dese sang ransfroneinga etre ‘morimentos, uss oganizagSes loess ou nacionase que nos diferentes cantor do lobo se mbit pars lute conta exclusio socal precariasio do trabalho, o dedi das politics pblicas, dstuigho do meio ambiente e da biodversiddo desemprego, ax volagdes dos dceitos humanos, at pandemias, os és interétnicos produrides dicta ou indiretamente pela lobalzago moberal 14, asin, an globalizag alterntivs,contachegemnica,orgaizada a base para otap das socedades. Fata globalizagio € apenas emergent, sas mais antgaqe a sua maifestaio mais consistent hoje, aealizz ‘80 do primer Fram Socal Mundialem foto Alegre em janeiro de 2001. © tema desoleio de livros € a globalizago alterativa, Apresets cmtelivososaultadosprinpais de um projeto de penis ntslado “Reinventar a Enncipago Socal: Para Novos Maifesos. Realzado em seis paises — Afra do Sol, Bra Colmbi, fia, Mocambique e Portogal ete projet wou anal inciatwss, onganizagBes movimento pro: gress em cno dominios soci: democraciapariciptva sistemas 2 ternaivs de prog; multiculturalism, justia cidadaniacleras; lata pelabiodversid entre conhecimentos vat; nova internacionalsme ope rio. Alm de eador de centsas soci ede ientirtas sine ita, foram recolidatevss com eres e atvsas de movimento 065, tum subprojeto ae fo dado o nome gerl de Vaer do mundo. Este projet foi dirigdo por mim com a claboracio de coordenaores de pesquisa em ada um dos seis pases: Sala Bulangu, na Africa do Sul, Maria Catia Pol, no Bras Mauricio Gaia Viegas, na Colaba Shain Randeria Achuyt Yagi, na India Teresa Crure Silva, em Mogambique e Jolo Ariscado Nunes, em Portugal Est projetoenvolveu 69 pesquisadores ‘foram anaisdae 60 inicaias, movimentos ou organizagdes. (Ospresupostos deste projet sto fundamentalmente dos um epistemelégico «um sociopoltco, © pressupstoepistemoligico € o de que a cigncia em sera eas cacassociais em especial atravessam hoje uma profunda crise de onfiangaepstemolégica As promessas que leitimaram oprivlégioepste- ‘moligico do conhecimento entific a parte do sfeuto XIX — a8 promes- ‘sda paz eda raconalidade,daliberdat eda igualdade, do progres eda para do progresto — no «6 no se realzaram sequerno centro do see ‘ma muna, como se transformaram, nos paises dapeiferiaedasemiperiferia =o que se convencionou chamar Terctito Mundo —, na idcologia legi- ‘imadora da sabordinaso ao imperialismo ocdental. Em nome da coca, ‘moderna destruram- muitos conhecimentoe e ciénis alternaiase hit rilharam-se oe gruporsoiis que neler eapovam para prosegui a 38 ‘vias propriate auténomas de desenvolvimento. Em rma, em nome da cién- ‘da cometen-se muito epstemicidie o poder imperial socorren-te dele para sadores, cents sci ¢ clentistaatvistas que tém se debatido, mutas ‘vezesslitariamente, com ot imites ds seus insrumentos analitcos,com a posvlinlidade do seu trabalho, quando no mesmo com a angtstia de por vezes ter de vender ote saber ainterestes hegeménicos que o cobigam € pagam bem por ee, ou de, pelo menos, para sobreviver, ter de asumir ‘ompromissos que traem of sus ideas de antonomia ou de slidariedade poltica com a Tuts soins dos oprimidos. Por outa lado rats decenistassociais que, na sua maior, hoo iniios de erabalham em pass semiperifrcos, Esta excolha no foi fit to acaso, Base em vio fatores- tou convencido de que as chamadas ‘ovas nterdependénciae criadae plo capitslinformacionalecomunicacionl, Tonge de terem ciminado as hirarguas do mundo, aprofundaram-nas. Os ‘nomes que usamos para definir esa bicrarguia 50 importantes — pases ‘esenvolvidose em desenvolvimento, pais do Primeizo Mundo e do Te- ‘to Mundo, Nore e Sul pies rico e pases pobres —, mas sio menos importantes do que reconhecer que essa hiearquia existe e ests sendo ‘aprofundada, A hierarguia no € Boje etre pates apenas € entre setores ‘econémicos, grupos sci, reyes, saberes, formas de organizaio social, calaraseidenidades. A ieraquia€ 0 efeito acumulado das desiguldades das elas ene a formas dominants eas formas dominadas de cla um doses campos. Penso que ea hierarquia se express hoje de das format: na dicotomia loballoal em que o lca é forma sabordinada da realidade ow entdade om capacidade para se autodesgnar como global ena triotomiacento, ‘semiperferaepeifera que se aplca especialmente, mas no exlsivamen- te ales Esta itima earguia fo determinate na concept deste pro- jeto. Dominam neste projet pts semiperifrcot ou, ese prefer, pales de desenvolvimento intermedi dis na Amécica Latina, Basle Coln- ‘ia; um na Asi, india wm na Africa, Afica do Sul eum na Europ, Portugal ‘Ahipétese de trabalho que presi a esta escolha foi ade que, por um ado, nestes paises que maisintensamentecolidem hoje as frgas da lobalizagio Inogemeanica ea foras da lobalizaio comta-hegemSnica por outro, qe ‘ses pats, apesar de estarem fora dos centros hegeménicos de produgio de cidncia, contain, a0 longo dos anos, fortes © or vezes mumerosas ‘comonidades cientficas, Estas comunidades centificstém enfrentado, mais do que quasquer ‘ures, uma duplsdisjangio: por um lad, a dacrepni © inadesuagio das teoris equadros analtics desenvolvidos na cic central para analsat ‘adequadamente as realdades dos seus passes por outro ado, a incapacidade passiva ou a hostldade awa da cincia cental em recoahecer 0 trabalho lento produzido nesses paises de manera avtinoma e sem obedincia servil 205 ciaones metodolégicose trios e as termes de referencia de> Sseavolvidos pelos centros hegeménicos de prodsso ientficae por eles exportados, quando io imposes, em lve! global ‘os ientstassciaisdasemipeteria apic-s mor do que aquasgaer outros o que o erica literrio cubano Roberto Retamar dea respeito do letor colonial: "No hi inguém que conbocs melhor a iteraara doe pies cztris qu 0 leitor colonia” Defao, os cients soca da semiperfria tendem aconhecer bem a cnca central ea coahect-la melhor que ot cenie- tas centri, porque conhecem os Sus limites e muta vezes buscar as alker- nativas para soperslos. F uma condigio mais compless quando comparada com a condiio dos cients sons dos pes centris com a condigio dos Cems soca dos pases perifrics. Os primeiro, cenit centa em ‘1a esmagadora maora nio conhecem ese coahcem, nfo valrzamy © co- ‘meimento cientfio prodaido na semiperfria ou a peril. Ete € con ‘siderado inferior m tudo 0 que for diferente ou alterativo, Por ies, € faclente canibalizad, converbdo en recuro oe mtn prima pela nda ‘eal: No plano orgarizacona,o resultado éa proetarizag descents petifrcos e emiperifrcos. Po ua ver, os eats socas dos pais pee fercos, lém de tabalharem nas condies mais precise sujet a todo 0 tipo de perseguiges, enteseisclados, no ¢onhecem nem apreciam 0 ta- balboa semipenfena e quando conseguem Yencer 0 ielamento prociram ‘compens-o com lealdades areas inca central A nclusio de Mogan- bique no projet teve por objetivo dusar a posibiidade de relagéesalterna- ‘iva entre aperifera¢ a smipefria do drtema mundial. ‘objetivo epstemoldgio dese projeto pois ode congrega um aime +o significative ou uma massa catia de pesquisadores majositariamente da Seapets, tabalhando em diferentes passe continents, 4, cm n> junto esem atutela da ciéncia central, sacar de reivindicar a possi plo, pode a emancipagio social sigaiicar omesmo em um contexto cultura, ‘ oriental, em que'o tempo € senor eindispanvel,e num context cl ‘also ocidetaly em que o tempo éexcravo‘ mercadoria? Em segundo lugar, tte projetonio ertabelece nenbma metodologasabre-se as diferentes tmetodologias plas quas optarem os pesquisadores. Em tercero Inga, 0 «isp de um conjunto de hipsteses de rabalhoe muito menos determos de referencia. Muito proportadamente, este projetoastume que o que édefini- dd previamente é apenas o que €ertamente necesito para incentiar os dentists socias a unirem esforgos em objetivos comune sufcentemente limportants para sere avamenteparhados. A teoria deste projto tem, pois de ser consruida coleivaments, de Baixo para cma. Os conestos bs ‘cor tim de ser tabalhados em conjanto. sta violas do cinone metodolgic no so cometdasimpunemente. Evolver orico do cao eds caofona. Paso, no entanto, que, neste mo- mento corer est rico & Gna alenatva Xt proltarizagio oa merc rinaio centile. Por iltimo, e ainda contr ortodoxaepstemoligica este projet assu- sme explisitamente a plaraidade dos couheciments iva alternativos € procura darthes vox, sobrenido no subprojeto das Vases do mo. Tam- ban a revelia do cinone, 0 que ete projet privilegia€a defini de um ‘asto campo analitico, muito pouco carregado de concitostericos on ‘pios, mas defnido segundo umn onentaso geal a identfcaso de ‘campos sociis nos quss © conflito entre aglobalizagto hegeménica © a _sloblizasocontrs-hegemOnica se prevé ser ou vir aser mais intenso; cam ‘os soci confiivos que sio também campos de confltos entre combed ‘entosrivais em que a prioridade anaitea€ dada Ss Iutat que resistem & slobalizagio hegemnicaepropdem alternatvasa cla. E pela prioridade dada | globlizasio conta-hegeménica que antevemos a possibldade de conti ‘aie para a einvengo da emancipag soa. Em oataspalavra, a ciéncia 4 para nés um exerico de cidadana de solidariedade asa qualidade € frida em ‘slima instincia pela qualidade da cidadaniae da solidriedade ‘que promove ou torna posiel. Agu reside o segundo cbetvo dese peoje- ‘to—areinvencio da emancipacio social — também ee ambicios, hetero- oxo, pouco cientifico luz do eandne epleno de dificuldadese mesmo de 3. ARENVENGAO DA EMANGPAGAO SOCAL Ete objetivo levanta tds dfculdadesprincpas que sto outros tanto des fios. A primeira dificuldade diz respit propria nog de globlizasso ‘contr hegeménica,O que faz com que um conjunto de inicativas onmovi ‘mentos sjaconsiderado uma forma de globalizasio? Muitas das inicatvas ‘¢movimentos que sio analisados nest pojeto so locas, oorrem em spar ‘or tempos mito creunseritos.Ecerto que em muita delas€ pose ident- ‘car aricalagesaiangas com outa iniatvas ou organizagies xtrangeias fu transnacionais,parecendo eno legtimo false de globalzacio. Mas suponkamos que inicaias diferentes, ainda que com algumas semelhangas, or exemplona cea da democracia participa ocorran no mesmo perodo ‘em diferentes partes do mundo, massem queseconhegam unas is ours ou tem que haja quisquer conatos entre elas. Esta ocoréncia simultinea & ficients para que portamos falar de globalizaio das incativa? ‘Acancepsio dominante da globalizasiocontarhegeménica tend a res- ‘wngila as movimentoseorganizages no governamentais ransaacionais 35 sus dramticsaparghes em Seatte, Montreal, Washington, Genebra, Davos, Praga e Porto Alegre. Sem divide que exte movimento democriico ‘wansnaconal, de atvismo sem roaeea,é ums forma de globalizago con- testhegeménica. Mas nio devemos equecer que este movimento 6 baseado fem iniitivas locas desinadas a mobiiarlutsloais, mesmo que par re- Snir a poderestransloeais,nacionis ou globais. Por outro lado, centrar ‘emasiadamente aanalse em agSesdeamsticas de ambito global — ou sj, fgces que tendem a ocorter em cidades dos paises centras que susctam a stengio dos meios de comunicagioglobais — pode fazer esquecer que are- sistencia A opresso € ama tarefaquotdina, protagonizada por gente and- rim, fora da atencio e que sm esa resisténcia 0 movimento democrtico transnacional nfo €auto-sustetivel, Seri que entamos em uma época em ‘qe 4 dsingio local/slobal deixou de fazer sentido? Se que mdo.0 que & Toca é global e vce versa? Havers locas, por assim diner, deslobalizados? ‘Mas se € dificil definir ot limites do ques coasidera global, ainda & mais ifcl defini o que se considera contr hegeménico.E demasiado fet ‘efinir como contrarhegembnica toda a iicativa que resist e eia alter ‘natives logca do capitalsma global Sabemos que a opressio ea domina- ‘io tém muitas faces que nem todas sio diretamente um efeito do ‘aptalino global, como a discriminagio sexual, a discriminagio én 08 ‘xenosbica e mesmo a arropiacaepstemolégic. Elis, posivel que al~ mas iniciativas que se apresentam como alterativas ao capitalism glo- bal sejam, cae prprias, tmibém uma forma de opressio. Por outro lado, ‘uma iniciativa que em um dado pais, uma dada comunidade, um dado ‘momento, évists como contachegeménica pode ser vista em outo pa ‘ou outro momento como hegemnia. Finalmente, iniciativas ou movimen- tos contrayhegemnics podem ser cooptados pla globalizagiohegem@nica sem que disso se dem conta os seus atvstas ou Vejam nisso um fracas, dem até ver isso uma vitria. ‘Asegunda grande dificuldad,e portant, o segundo grande desafio, 3 asiculago que pretendemos identifica ene a globalizagio contr-hege- ‘monica ea emancipagio social. O que & afinal, a emancipasio social? possvel ou legtimo definilaabsratamente? Se €verdade que no ha uma, nas vias globlizagGes nose iglmenteverdade que nso hi uma, mas ‘ras formas de emancipago socal? Tal como a cinca, nfo ser aemanci- paso socal de narureza multicultural, definielevaidvel apenas em cer fos contextor, Ingares e ccunstinias, uma vez que o que &emancipasio focal para umn grupo social on em tm dado momento hstérico pode er Comsierado egulago 09 mesmo opesso soda para outro grupo socal 8 ‘ern un momento histrioseguate ou anterior Toda asta contra apres so, guages que ra on esis e bjt so tas ela emancp- ‘osc Fa rade mancpsio ec & pose a maces soa fem a emancipai indi? Emanciao tocl pa cm © Pte conta qem eons gi? Quem oo ent a cman veal alge agente pesado? As ors sca intaconas hegemonic ‘oo, por exe 0 Estado pede sr cmpces ov elaboradore soe de ages de emancpaso socal? Para que ipa ges ecm qu conigba? Selaamor dere daemancpsin soa quero dequeue ons forma de crancpgio sts deca porque nanos? Como dete ‘aoa ert oe gran er eds Con el tir oseafacaso? Estaremot tnd por oven ened de emanpg ‘oval on pls velo onto pena apeetador segundo nove dis Cio promepidos pr nors proces Mais atcalments, falar deemanipao soil no flr a inguagem heseménie gue torn improninr a aspires de tates porn srupossoi angola tsa plaeconoiapelcacarectica? Corremos orzo de promoversepress sel endo a lingge da emancpaio socal? Como steratr podem si odes os noon bjctvor cient pit sem sro concto de emancest soc? ‘Aeris ificldaee ors denn no meu entender ais

Вам также может понравиться