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fernand braudel ESCRITOS SOBRE A HISTORIA Wy, BZ EDITORAPERSPECTIVA By, = Aw Title do Berte sur OH Copyright © 1969, FI cation, Paris, 108 em lingua portuguesa reservados 2 "ORA PERSPECTIVA S.A. Ay, Brigadciro Luis AntOnio, 3025. anor Paulo — Bi Telefone: 288-9588 1978 be SUMARIO Prefécio I. OS TEMPOS DA HISTORIA 1. © Mediterraneo ¢ 0 Mundo Mediterraneo & Bpoca de Filipe II. Extrafdo do Pre- t8cio ce 2. Posigdes da Histéria em 1950 Il, A HISTORIA E AS OUTRAS CIENCIAS DO HOMEM 1B 17 3. HISTORIA B CIENCIAS SOCIAIS. A LONGA DURACAO! HG uma crise geral das cifneias do homem: estto jodas esmagadas sob seus prdprios progressos, ainda ue soja apenas devido & scumulagio dos novos conhe- Cmentos © da necessidude de um trabalho coletivo, euja gente falta ainda cregir; direta ou sindiretamente, todas séo atingidss, queitam ou nao, Pelos progressos das mais égeis dentze elas, mes perma, ‘ecom entretanto as voltas com um humenismo reins ‘grado, insidioso, que nao thes pode mais servis de (Quadro. Todas, com mais ox menos lucidez, se preo- 1. danas B56, 94 ote 558, Dib t Combe 9p, cupam com scu lugar no conjunto monstruoso das pesquisas antigas e novas, cuja convergéncia necesséria hoje se adivinha. As ciéneias do homem sairao, dessas ides © Mas, € preciso aproximarse desde logo, 2 ope- faglo € urgente. Nos Estados Unidos, essa’ reunizo por um esforgo suplementar de definigéo ou um acré [#5 “'tomou a forma de pesquisas coletivas sobre as areas cimo de mau humor? Talvez. tenham a ilusio disso, > culturais do mundo atual,,sendo as area studies, antes pois (no risco de voltar a antigas repetigdes ou falsos-)< "de tudo, 0 estudo, por uma equipe de social scfentisis, problemas) ei-las preocupadas, hoje, ainda mais que £28 <-desses monstros politicos do tempo presente: China, ontem, em definir suas metas, seus métodos, suas supe- [F2“tadia, Riissia, América , Estados Unidos. Co- Horidades. Etlas, @ porta, empenhedas em chicanan gi nbecéos & quesfo vital! Campre tinday fore dessa sobre as fronteiras que as separam, ou néo as separam, 2s," compartigéo de téenicas conhecimentos, que cada ou as separam mal das ciéncias vizinhas, Pois cada }/!-um dos pasticipantes no permaneca enterrado em seu uma sonhia, de fato, em permanecer ou retornar & sua. trabalho particular, cego ou surdo, 20 que dizem, escre- Alguns estudiosos isolados organizam para E preciso ainda que a wde Lévi-Strauss? impele a antropologia teunigo das ciéncias sociais seja completa, que nio rumo a0s procedimentos da lingii se negligonciem as mais antigas em beneficio das m horlzonts a Hist “neonsciente” a0 inperaisno Jovens, capes de prom texto, ‘eno de, um juvenil das mateméticas “ualitativas". Tende para fie sempre. Por exemplo, o lugar dado & Geografia nes luma cigncia que ligatia, sob 0 nome de ciénela def tentativas americanay & praticamente sole e, exire! Commnrcacag x entropologra, @ economia | pallie, a ee emte ee, ge se foreeee & Histé: Mas quem est pronto para esses fran- i disso, de qu al fronterae para sees reagrpamentos! EAs ones eines sciis so mu Por um sim, por um néo, a propria geogratia se divor- fi'* madas a respeito da crise que nossa disciplina atraves- ciaria da hist6rial 50U no decorrer desses Mas, nifo sejamos injustos; hi um interesse nesses 44 © sda tend&ncia ¢ desconhecer, 20 mesmo tempo quencies’ exnesear iecusas, 05 trabalhos dos historiadores, um aspecto da re: ade social do qual a hist6ria é boa criada, sendo Mais ainda, sem o querer explicitameate, as ciencias | ‘compreender o social no Seu wi = plos ¢ contraditérios da vida dos homens, que no sio F< apenas a substincia do passado, mas também o estofo da, vida social atual, Uma razio a mais pera assi- ‘cada nnd TaVadE—o-dominto-de-anas SERS cro lar com vigor, no debate que se instaura entre todas ‘petmencce Tanita iéncias do homem, a importincia, a utilidade da ogia que @ Toda, a Hist6ria — talver a menos estru- Be ~-tist6ria, ou, antes, da dislética da duragdo, tal como turada das ciéncias do homem — aceita todas as ligdes.f/ ela’ se desprende do mister, da observacio repetida do de sua miltipla vizinhanga e se esforca por repereuti- f -historiador; pois nada é mais importante, a nosso ver, , malgrado as reticéncias, as oposigdes, a6 ff n0.centro da realidade social, do que essa oposigao ignorancias tranquilas, a instalacdo de um “mercado.,. Viva, intima, repetida indefinidamente entre o instante comum'” se esboga; valeria a pena tenti-la no decorrer p31 @°0 tempo lento a escoar-se. Que se trate do pasado dos anos vindouros, mesmo se, miis tarde, cada p oU.da atualidade, uma conseiéncia clare dessa plura. dade do tempo social é indispensavel 2 uma metodo- logia, comum das ciéncias do homem. 2. Antkrapeosie tractuale, Packs, Plan, 1838, gain © nota rents, * a2 ra essas formulas; em todo caso, 6 do urna a 2, de um polo 20 0! jonga duracio que se téria, do tempo | Falarei, 9 - a historia.” Menos pata 9 I especialistas em noss0s estudos, qu nts das cigncias do homem: econo findlogos (ou antropdlogos), socidloges, psiedlo Gomégralos, gedgratos, até mesmo, thos que, Tongos anos, seguimos nes suas experiéacies ¢ quises porque nos parecia (e ainda nos parece), olocada a seu reboque ou a0 seu contato, @ hist com uma nova luz, Talvea, de nossa part, tenhamos alguma coisa a Ihes dar, Das experiencias e tentativas recentes da histbri, desprende-se — cons Giente ow nfo, aesita ou no — uma nogio cad mais preci excepci que a propria devetia interessar is cigncias socia iquisera acantoné-t evento é explosivo, “novidade sonante’ 1, Histéria © duragoes cuit Por esse jogo de adigées, Benedetto Croce ‘Todo trabalho hist6rieo decompse o tempo dovor fella gietaader qie, em tao evento, intel sia ate abe eg so a ee pea oe 5 preferéncias e opgdes exclusives mais ow menos cons- [si eobrem 8 vontade. Sob a coadieZo, sem divida, de ferescentar a esse fragmento 0 que ele nfo contém ‘primeira vista e;portanto saber o que é justo — ov nfo | = associar-Ihe, E esse jogo fe potigaso que as, reflexes. recentes de Je Digamos entio mais Sartre propdeint mente, em lugar de mua-se ume § a de respiracio mais c , desta vez de secular: a histéria de longa, e mesmo, de ime, uma representa ‘cada um compreenderdé das as formas da vide, prego do trigo, um a inundagdo. AS “4 \ mesmo geografica (uma ventania, uma tempestade) j assim como politica. A primeira apreensio, 0 passado & essa massa de fatos mifidos, uns brilhantes, outros obscuros ¢ inde- finidamente fepetidos, esses mesmos fatos que consti- f em, na atualidade, o despojo cotidiano da micro- a ogia’ ou sociometria (ha também uma micro-histéria) Mas essa massa ndo forma toda a realidade, toda ¢ espessura da histéria sobre a qual a_reflexio cientt fica pode trabalhar & vontade. A cigneia social tem\, quase horror do evento. Nao scm razio: o tempo curio é a mais caprichosa, a mais enganadora das duragbes. Donde, entre alguns de nés, historiadores, uma e E a da histéria_ politics hist6ria politica nao é forgosamente ocorrencial, nem condenada a sé-lo. Entretanto, é um fato que, salvo ‘08 quadros facticios, quase sem espessura temporal, de ‘onde recortava suas natragSest, salvo as explicagies de Jonga durago de que era preciso sorti-la, que, no seu conjunto, a historia dos dltimos cem anos, } quase sempre politica, centrada no drama dos “gran- des eventos”, trabalhou no e sobre o tempo curto, Foi talvez, 0 preco dos progressos realizados, duran- te esse mesmo periodo, na conguista cientifica de instrumentos de trabalho e de métodos rigorosos. A descoberta maciga do documento levou 0 historiador fa crer que, na autenticidade documentéria estava toda | a verdade. Bast, csrvin nds ont Laue, Halpon® dears de aigum msde lever pelos coctments, tides um apés 0 outro, iePeomo se nos oferceem, para ver a corrente dos fais == FReonluis quase sutomatistmon Esse ideal, “a histéria no estado nascente”, resul- ta por volta do fim do século XIX numa crénica de |: novo estilo, que, na sua ambicto de exatidao, segue 4g, ros eo 10a dO Mando om 1, «A Alona oe 5, LOUIS HALPIEN, Inredecion & Pars, PIL. M6, ao & 46 ah digamos 0 _mesmo do “ uma dezena de anos, um quarto de século extremo, o meio século do ciclo clissico de Kondra- tieff. Por exemplo, sem levar em conta acidentes bre- pusso a passo a histéria ocorrencial tal como ela se desprende de correspondéncias de embsixadores ou de debates parlamentares. Os historiadores do século XVIII e do inicio do XIX haviam estado mais atentos as perspectives da longa duracio que, @ seguir, somen- te grandes espfritos, como um Michelet, um Ranke, um Jacob Burckhardt, um Fustel souberam redescodrir. Se accitarmos que essa superacdo do tempo curto foi o bom mais precioso, porque o mais raro, da historiogra- fia dos dltimos cem anos, compreenderemos 0 papel inente da histéria das instituigdes, das religides, das g5es, ¢, gracas arqueologia, a qual necessita de vastos espagos cronolégices, 0 papel de vangu: dos estudos consagrados & Antigiidade cléssica. Ontem, cles salvaram nossa profissio. A recente ruptura com as formas tradicionais da istéria do século XIX nic foi uma ruptura total com © -0 tempo curto. Sabe-se que ela redundou em benefi- econdmica € soci em detrimento da uma inegével Heagées de mé- todo, deslocamentos de centros de interesses com a aparigo de uma histéria quantitative que, certamente, nao disse sua wltima palavra. Mas sobretudo, houve alterago do tempo histé- rico tradicional. Ontem, um dia, um ano podiam pa- recer boas medidas para um historiador politico. 0. tempo era uma soma de Mas, uma curva dos ‘pregos, uma progressdo demogtitica, 0 movimento dos salérios, as variagées da taxa de juro, 0 estudo (mais imaginado do que realizado) da producdo, uma and- ise precisa da circulecéo reclamam medidas muito mais amplas, Aparece uma nova forma de narrativa hist da conjuntura, do ciclo, até , que propde 2 nossa escotha limit jes ¢ de superficie, os precos sobem, na Europa, de 791 a 1817; baixam de 1817 a 1852: esse duplo & Tento movimento de elevago e de recuo representa ‘na época um interciclo completo da Europa e, mais a7 ar. Em 1943, no maior livro de histéria publicado ‘na Franca no decorrer desses tltimos vinte e cinco inos, 0 mesmo Ernest Labrousse cedia & essa neces- fou menos, do mundo inteiro. Sem diivida, esses pe- Hiodos eronolégicos ndo tém um valor absolute, Em cuties barémetros, 0 do erescimento econdmico ¢ de renda ou do produto nacional, Francois Peroux? nos 57 de de retorno a um tempo menos embaracante, ofereceria outros limites, mais vélidos talvez. Mas (quando, no préprio céncavo da depressio de 1774 a pouco importam essas discusses em curso! © histo- £1791, assinalava uma das fontes vigorosas da Rev Bador dispoe seguramente de um tempo novo, clevado li efo ‘Francesa, uma de suas rampas do. lancamen' yestura de uma explicacio onde a historia pode tenter 5 Apelava ainda para um meio interciclo, grande medi insereverse, dividindo-se de acordo com refeséncies Fda, Sea comunicacio 20. Coagresso Tntemacional de inéditas, segundo essas curvas ¢ sua propria respiragio. £4 Paris, em 1948, Comment naissent lee révolutions Foi assim que Ernest Labrousse e seus aluno: i sforga em ligar, desta vez, um patetismo econ6i prepararam, apés sew manifesto no sltimo Congresso f de curta duragao (novo estilo) a um peteismo politico Fetdrico de Roma (1955), ama vasta investigagto de fj, (estilo muito antigo), 0 dos revohiciondrios. téria social, sob 0 signo da quantificagdo. Nio Eis-nos novamente no tempo curto, € até 0 pescoco. trair seu designio dizendo que essa investigago Bem entendido, a operacio é licita, itil, mas como & forgosamente A determinaczo de conjunturas (até mes- {/#%\sintométical O historiador , de bom grado, encena- mo de estruturas) sociais, sem que nada nos assegure, f4/+ dor, Como renunciaria ao drama do tempo breve, 205 Ge antemio, que esse tipo de conjuntura teré 2 mesma §, melhores fios de uma velhissima profissio? idade esma Jentidao que a econdmica, 5 tinsetafercicioe: bi INiem dit, esses dune grandes pesonazens, conju Alf shone nisl: bl cog eseansr: fie econsmiea e eonjuntura social, no nos devem f= un amas om estudé-la, sempre, a tendéncia se- , ES icular. Mas ela ainda interessa apenas 2 raros econo- a vista outros atoxes, caja marcha seré £5 “in na Sau fuer ere de ye outor tres, Gls navths Sas ¢ suas conserapbes sobre as ees eure i nina, indvel, por £ no tendo sofrido a prova das vetificagSes histSricas, as, 3s, as insti> BE P Bes _ de medidas preciss. As ciéneias, as tGenicas, as inst Se" apresentam como esbog0s ou hipdleses, apenas tuigdes politicas, as ferramentas mentais, as civiliza- [= “Cherados uo pessaco recente, até 1929, quando muito Ses (para empregar essa palavra cOmoda), tém igual- js. 5 pot , quando mui ser (on ene ca i code, ene.) no def any ose sae nistecis confuntaral 6 estaré no ponto, quando houver f= €0 2 Mst6ria ée longa duracio. So uma primeira completado sua orguestra. —_—e a ‘Com toda Iégica, esse recitativo deveria, por seu f. pay A, Sa hgB Bem mes WN Se (pelevre (esirutura, proprio excesso, conduzir 2 longa duragéo. Mas, por BS ox ina 08 problemas da longa dura~ FEET. neta eam, rerorno ao f/ €20- POt estrutura, os observadores do social entendem fempo eurto se realiza sob nossos olhos; talvez porgue fi) act parece mais necessério (ou mais urgente) costurar py, XAs entre realidades e massas soci juntas a historia “ciclica” e a histéria curta tradicional, j> tiadores, uma estrutura -€ sem do que ir do anterior para o desconhecido. Em termos arquitetura, porém mais ainda, uma realidade que 0 fmiliares, tracarse-ia no caso de consolidar posigées F¥ fempo utiliza mal e veieula mui ongamente. Certas dguiridas. Assim, o primeiro grande, livro-de Exnest f°" ¢Struturss, por viverem muito tempo, tornam-se cle- Labrousse, em 1933, estudava 0 movimento geral dos (, 7entos estéveis de uma infinidade de gezagdes: atra- pregos ne’ Franga no século XVIIF, movimento se- f; Yanam a hist6ria, ineomedam-na, portanto, coman- [> damelhe 0 escoamento. Outias esto mais prontas 6, Ch mua There pinta de proce ceonomiqat, Gabe of visti L er au mgument de, ric Ader reno) Fons 38 has Bee oh, uma organizacao, uma coeréncia, relagies bastante fi Para és, histo- « 8, Anrecingio em RENE, CLEMENS, Prolésominer dane th ominae, HN, a 48 49 livres. O tema qiv“Alphonse Dupront enta também como uma das mais nov ata, se apre- pesquisas da 0), dos quais jo podem libertar-se. + rada, no Ocidente, para muito além de a “verdadeira” eruzada, na cor jade de uma atitude de longa duragdo que, repetida incessantemente, atravessa as sociedades, os mundos, (0s psiquismos m: longa duragio. © exemplo mais acessivel parece ainda o coorcio geagratica, Duran eiro de climas, de vepsiagbes, de populagdes 2 0 de Pierre Francastel, Peinture et So- laa partir dos infeios do Renascimento ino, a permanéncia de um espaco pictural “geo- co” que nada mais alteraré até 0 cubismo ¢ a 2s tantas explicacées imperfeitas, mas s de duragto sJo regularmente conce- ides. So rejeitados apenas depois de haverem ser- vido longamente. © universo arist 0, ou quase, até Galileu, Descartes ¢ Newton; oblitera-se entio diante de um universo pro- fundamente geomettizado que, por sua vez, afundari, sorém muito mais tarde, diante das revolugées einstei= iamast A dificuldade, por im paradoxo 36 aparente, & discernir 2 longa dura¢o no dominio onde a pesquisa istérica acaba de obter seus inepaveis sucessos: 0 do- minio econdmico. Ciclos, interislos, crises estruturais | forultam aqui as regularidades, as permanéacias de sis. temas, alguns disseram de civilizagdestt — isto. yelhos hibitos de pensar e de agiz, quadcos resisentes, daros de morrer, por vetes contra toda lésiea, Mas raciocinemos com base em um exemplo, ana ado depressa. Eis, perto de nds, no quadzo da Euro tacdo das cidades, 2 persisténcia das rotas € idez surpreendente do quadro geo- fy ‘© magnifico livro de East que finalmente aparecen numa tradu- Robert Curtivs? ha andloga de pensamento, o estudo: Rabelais “et le problime de @ precisar af sata mental do pensamento francés na 670 de concepgées que, bem tempo depois dele, comandou as artes de viver, de pensai de antemdo, a aventura atari, tampouco, de uma excolha eujo tinico bene- ficiirio ser cle. Para o historindor, oc é tar-se a uma mudanga de estilo, de atitude, au ragio de pensamento, a uma nova concepeio do so- i, familiarizarse com um tempo ciminuico, por vores, quase no limite do movedigo. Nessa faixa, nao em outta, — voltarei a i to desprender-se dio tempo exigente da historia, sair dele, depois volar a le, mas com outros olhot, carregados de outras inguietudes, de outras questdes. Em todo caso, é em relagio a essas extensdes de historia lenta que a tota- lidade da historia pode se repenser, como a partir de uma infra-estrotura, Todas as faixas, todos os milha- res de faixas, todos 05 milheres de estouros do tempo a historia se compreendem a parti desse prosunie dade, dessa semi-imobilidade; tudo gravita em toro pa, um sistema econémico que se insereve em algumas Rihas e regras gerais bastante claras: mantém-se mais ‘menos no lugar, do século XIV ao século XVIN, nos, para maior seguranca, até por volta de 1750. Derante’ séculos, @ atividade econdmica depende de populacoes demograficamente frigeis, como hao de Pemirar os grandes refluxos de 1350-1450 e, sem di Tiga, de 1630-1730", Durante séculos, a circulagio ve > trunto da Agua e do navio, sendo toda a espessura Continental, obstéculo, inferioridade, Os surtos de pro~ fgresso europeus, salvo as excegdes que confiemam a re- fra (fsiras de Champagne jé em seu declinio no inicio > periodo, ou feiras de Leipzig no século XVID), odes esses surtos de progresso se situam ao longo das franjas litoraneas, Outtas caracteristicas desse sistema: a prioridade dos mercadores; o papel eminente dos mo- Ee tals presiosos, Ouro, prata, e mesmo 0 cObre, cujos cho- f dela ques incessantes somente serfio amortecides, pelo de- E Nas linhas que precede . Soe acess decisivo do crédito, ¢ ainda, com o fim fe nkdo © mister Se nidoreder ae erate ter ae Senvowime AV; os abalos repetidos das crises agrica- {dese mister. Feliz, e bem ingénuo, fam pense, 10 eercsanies'a fragilidade, diremos, do proprio soz- | pds as tempestades dos, dhtimos eas que Gacontrat Fe rein Seonomicas enfim, 0” papel desproporcio- f-.. m6s os verdadsives prineipios, os Timitss slaros, a boa nado i primeira vista, de um ou dois grandes sréficos Tisole, ‘De fel, ten of sates dag devoins socat nado i primeits Wercio do Levante do século XII wo nfo eessam de transformar-se em razs0 de seus move Século XIV, 0 coméreio colonial no século XVIII, (os pr6prios e do vivo movimento do co ‘Assim, por minha vez, defini ou antes, evoquel téria nao faz excecdo, Nenhuma quietude est pois & apés alguns outros, os tragos principals, do capitalismo ta € a hora dos disefpulos nfo soou. Hié uma longa comercial, para 2 Europa Ocidental, etapa de longa [: tancia de Charles-Victor Langlois e Charles Seig ” durago, 'Nio obstante todas 2s modificagces eviden- bos a Mare Bloch, Mas desde Mare Bloch, a toda nZo Gurasio. pereorrem,esse5 quatro ou cinco séculos de fee! SOU Ae gitar. Para mim, a histiria © 2 soma de todas tes GU Cf tvertmn uma-certa cociGoci, até a ag pamncs nustiries poseiveisums:eolecfoide mistares ¢ de tagio do século XVIII e da revolugdo industrial da Pontos de vista, de ontem, de hoje, de amanha, qual ainda nfo saimos. Alguns tragos Thes sto O finicaerro, a meu ver, seria escolher uma gua ome Mugacoem imutaveis, enquanto que em | = 585 histérias com exclusto dis ours, Bal essen © conan chee utras continuidades, mil ruptures ¢ fF C0 listorizante, ‘Sabe-se que nfo seré commode com agitagbes renovavam 0 aspecto do mundo. veneer todos os historiadores e, menos ainda, aca Eire os diferentes tempos da histéria, a longt 6 Condi 2 ipa extn tinal Wie ge - uragio se apresenta assim como um personagem em F2° preciso cy Kishi tl bind ce: Se ced aragante, complicado, amide inédito. Admiti-lo no 5° todas essas mut: po ¢ cvidado para fazer com que corugdo de nosso mister ndo seré um simples jogo, @ | setho nome de List novidades sejam admitidas sob habitual ampliagio de estudos e curiosidades. Nao se Been ccancia hietbrica storia, No entanto, uma nova = { Neléncia” histérica nasceu, e continua a interrogar-se ¢ di bora anu, Na Signa o rlio design se outa deds Fz a’ transformar-se. Anuncid-se, entre n6 fig do elo VE nsformar-se, Anuncid-se, entre nds, desde 1900, 58 com a Revue de Synthése Historique © com os Anna tes, a partir de 1929, O historiador quis-se atento 2 “todas” as cigncias do homem. Eis o que di ao nosso mister estranhas fronteiras ¢ estranhas curiosidades. “Além disso, ndo imaginemos, entre 0 historiador © 0 Ghservador das ciéncias sociais, as barreiras e diferen gas de oniem. Todas as ciéncias do homem, inclusive SSyistéria, estio contaminadas mas pelas outras, Falam a mesma linguagem ov podem falé-la Quer se situe em 1558 ou no ano da graca de 1958, trata-se, para quem quer compreender 0 mundo, de definir uma hierarquia de forcas, de correntes, de Mmovimentos particulares, depois, aprender de novo ft Tien wonstelagio de conjumto. A cada instante dessa |p E LS BE pesquisa, ser preciso distinguir entre movimentos ton- fos.¢ impulsos breves, estes, tomados desde suas fontes Imediatadas, aqueles, no impulso de um tempo jquo. © mundo de 1558, téo enfadonho no momento flanets, nao nasceu ao umbral desse ano sem encanto. E tampouco, sempre no momento francés, nosso di cil ano de 1958. Cada “‘atualidade” retine movimen~ tos de origem, de ritmo diferentes: o tempo de hoje data, ao mesmo tempo, de ontem, de anteontem, de outrora. 2. A Querela do Tempo Curto Essas verdades so certamente banais. Entretan~ to, as ciéncias sociais nfo se sentem quase tentadas pela busca do tempo perdido. Nao que st possa levan- {Tar contra elas um firme requisit6rio ¢ declaré-las sem- pre culpadas de nfo aceitar a histéria ou @ duraczo Como dimensGes necessérias de seus estudos. Aparen- temente, elas nos dio mesmo ‘uma boa acolhida; ¢ exame ‘‘diacronico” que reintroduz a histéria nto esté jamais ausente de suas preocupacdes tedricas. ‘Todavia, afastadas essas aquiescéncias, € preciso convir que 2s ciéncias sociais, por gosto, por instinto profundo, talvez por formagio, tendem a escapar sem- pre & explicagdo histGrica; escapam-Ine por dois pro- Cedimentos quase opostos: uma “fatualiza”, ou se quisermos “atualiza” em excesso os estudos soci 54 ragas a uma sociologia empiriea, deséenhosa de toda a, limitada aos dados do tempo curto, da inves jgagdo sobre o vivo; a outra vltrapassa pura ¢ sim- Jesmente 0 tempo, imaginando ao termo de cia da comunicagio” ume formulagzo matematiea de estruturas quase intemporais. Este titimo procedi- mento, 0 mais novo de todos, é evidentemente 0 tinico que pode nos interessar profundamente. Mas 0 ocor- rencial tem ainda bastante partidérios para que os dois aspectos da questio merecam ser examinados alterna- =» damente. Falamos de nossa desconfianga em relacio 2 um: (6ria puramente fatual, Sejamos justos: se_b uum pecado factuatisia, a histétia, acusada de escolha, nao é a tnica culpada. Todas as cigncias so ticipam do erro. Economisias, demégrafos, ge estio divididos entre ontem € hoje (mas, mal dos); serIhes-ia preciso para serem prudentes, man- ter a'balanca igual, o que ¢ fécil e obrigatério para 0 demégrafo; 0 que & imediato para os ge6grafos (ps ticularmente os nossos, alimentados pela tradicio vida- fiana); 0 que, ao contrério, 6 acontece raramente no aso dos economistas, prisioneiros da mais curta atua- lidade, entre um limite & retaguarda que vai aquém de 1945 e um hoje que os planos e previsdes prolongam no futuro imediato de alguns meses, quando a alguns anos. Sustento gue todo pensamento econdmico encantoado por essa restrigio temporal, Cabe aos historiadores, dizem os economistas, ir aquém de 1945, na pesquisa das econamias antigas; mas, fazendo isso, privam-se de um maravilhoso campo de observacio, gue abandonaram por si mesmos, sem por isso negar- ihe 0 valor. © economista tomou o hébito de corzer ‘a servigo do atual, a servigo dos governos. A posigdo dos etndgrafos ¢ etndlogos nfio é to clara, nem tGo elarmante, Alguns dentre cles subli- aharam bem a impossibilidade {mas todo o intelectual 6 obrigado a0 impossivel) ¢ a inutilidade da histéria no interior de seu mister. Essa recusa auioritéria da histéria no teré quase servido Malinowski e seus dis- ipulos. De fato, como a antropologia se desinteres- saria de historia? E a mesma aventura do espirito, 55 como costuma dizer Claude Lévi-Strauss'. Nao hé sociedade, por mais inferior que seja, que nio revele & observagio, “as garras do evento", tampouco nfo ha sociedade cuja histéria tenha naufragado inteiramente. Por este lado, nfo terfamos razio em nos lamentar ou insistir. Em compensagio, nossa querela serd bastante vi nas {ronteiras do tempo curto, com respeito & sociolo- gia das investigacdes sobre o atual, as investigagées de mil diregoes, entre sociologia, psicologia ¢ economi Elas mergulham entre nés, como no estrangeiro. Sie & sua manera, uma aposta repetida sobre 0 valor insubstituivel do tempo presente, seu calor “‘vuled co", sua riqueza abundante, Para que voltar-se para © tempo da hisidria: empobre plificado, devas- tado pelo siléncio, reconstruido — insistamos bem: re- construido. Na verdade, esté tao morto, tdo reconstrui- do quanto se pretende dizé-lo? Sem dévida, o histo- riador tem demasiada facilidade para destacar 0 essen- cial de uma época passada; para falar como Henri Pirenne, distingue nela sem esforco os “eventos impar- tantes”,, entenda-se, “aqueles que tiveram conseqiign- ‘Simplificagao evidente ¢ perigosa. Mas, 0 que niio daria o viajante do atual para ter esse recto (ou esse avango no tempo) que desmascaratia e simplifi- caria a vida presente, confusa, pouco legivel porque demasiado atravancada de gestos ¢ sinais_menores? Claude Lévi-Strauss pretende que uma hora de con- versagdo com um contemporaneo de Platfo o informa- ria, mais que nossos discursos clissicos, sobre a cocréncia ou a incoeréncia da civilizagio da Grécia antiga'?, Estou bem de acordo com isso. Mas € que, durante anos, ele ouviu cem vozes greges salvas do siléncio. © historiador preparou a viagem. Uma hora na Grécia de hoje nao The ensinaré nada, ow quase nada, acerca das coeréncias ou incoeréncias atuais Mais ainda, o inquiridor sobre 0 tempo presente somente chega até as tramas “finas" das estruturas, 2 condigio, também, de reconstruir, de adiantar hipéte- 16, CLAUDE LEVLSTRAUSS, Antiroplore sacae, ope et 1 DIOGENE COUCHA, Les Tear Mademes, nv 196, p12 ses ¢ explicagdes, de recusar o real tal como € perce- bido, de truncé-lo, de ult ges que permitem esc domind-lo, mas que s2o, todas, reconsttucdes. D que a fotografia sociolégica do presente seja mais “ver dadeira” que 0 quadro histérico do passado, e tanto menos quanto mais afastada do reconstruido set estar. PI para melhor ippe Ariést® insist tropecais, no século XVI, em uma estranheza, estra- nheze para vés, homem do séeulo XX. Por gue essa dilerenca? O problema esté colocado, Mas direi que a surpresa, 0 expatriamento, o afastamento — esses necessirios para compreender o que vos cerca, ¢ de to perto que néo mais o vedes com clareza, em Londres um ano, e conhecerei a terra. Mas, por comparacio, & luz de vossos esp: tereis bruscamente compreendido alguns dos tracos, mais profundos e originais da Franga, aqueles que no conheceis a forga de conbectlos. Face 20 atual, 0 passado, também 6 expatriamento. Historiadores e social scientists poderiam pois eternamente pasar 2 bola um para 0 outro no que tange ao documento morto e ao testemunho muito vivo, a0 passado longinquo, 2 atualidade muito préxima, rulho, ou se zevela sem esforgo. Todo um fatual fastidioso como 0 das .ciéncias histéricas, espr observador apressado, einégrafo que encontra por tcés meses um povo polinésio, entrega os clichés de sa pensa, com questionérios habeis ¢ as combinagies dos cartes perfurados, cercar perfeitamente um mecanis- ‘mo social. © social é uma caga muito mais ardilosa, fa verdade, que interesse podemos encont is do homem, nds deslocamentos, de que fala 1 Le Tempe de Paris, Pan, 1864, aotadamente 9, 292 os, ‘uma vasta ¢ boa investigacio sobre a regido parisiense', de uma jovem entre seu. domicilio, no XVI? quartei- Tio, seu professor de miisica e 0 local das Sciences-Po? “ra-se dai um lindo mapa, Mas, tivesse cla feito estu- dos de agronomia ou praticado o esqui néutico € tudo teria mudado em suas viagens triangulares. Divirto-me fem ver, sobre um mapa, a distribuigio dos domicitios dos empregados de uma grande empresa. Mas, se nio Gisponho de um mapa anterior da. distribuicdo, se distincia cronolégica entre os extratos nao é suficiente. para permitir inscrever tudo num verdadeiro movimen-\ {o, onde esté o problema sem o qual uma investigagio permanece um esforgo perdido? © interesse dessas Fnvestigagoes para a investigaczo 6 quando muito, acumular ensinamentos; ainda assim nem todas serio Vilidas ipso facto para trabalhos futuros. Descontie- ‘mos da arte pela arte. Duvido igualmente que um ¢studo de cidade, qualquer que seja, possa ser 0 objeto de uma investi {gacdo sociol6giea como foi o caso para Auxerre”, ou Viena em Delfinado®, sem se inscrever na duragio his- tériea. Toda cidade, sociedade tensa com suas crises, seus cortes, seus pinicos, seus céleulos necessérios, tem que se recolocada no complexo dos campos proximos que a rodeiam, e também desses arquipélagos de cidades viginhas das quais, um dos primeiros a falar, teré sido historiador Richard Hapke; ¢ portanto no movimen- to, mais ou menos afastado no tempo, amiéde muito afastado no tempo, que anima esse complexo. Se re~ strarmos um intezeambio campo-cidade, determinada rivalidade industrial ou comercial, ¢ indiferente ou, 20 contrario, nao é essencial saber que se trata de um mo- vimento jovem em pleno fmpeto ou de um fim de cor sida, de um longinguo ressurgimento ou de um moné- tono recomeco? Coneluamos numa palavra: Lucien Febvre, du- rante os dez thimos anos de vida, terd repetido: 19... CHONMART DE LAUWE, Paris ot estom PU, 15, te bps 16 i, SUZANNE FRERE ¢ GMARLES BETTELI rere eu 1950, Pats, Araand Ce J parane ist6ria ciéncia do passado, éria dialética da duracao, do social em toda cigncia do. prese protego contra 0 evento: ndo pensar apenas no tempo curio, nfo crer que somente os atores que fazem ba- rulho sejam os mais auténticos; hé outros e silenciosos — mas quem jé nao 0 sabia? Conuunicagéo ¢ Matemédticas Sociais Talvez nfo tenhamos tido razio em nos demoraz fa agitada fronteira do tempo cutto. Na verdade, ai © debate se desenrola sem grande interesse, ou a0 me nos, sem suxpresa Util. O debate essencial que a mais nova experiéncia das ciéncias sociais conduz, sob 0 duplo signo da “communicacio” ¢ da matemitica, esté alhures, entre nossos vizinhos. ‘Mas aqui, no seré fécil advoger 0 proceso, quero dizer, serd algo dificil provar que nenhum estudo social escapa ao tempo da historia, a propdsito de ten- == tativas que, a0 menos aparentemente, se situam abso- lutamente fora dele. Em todo caso, nessa discussio, se 0 leitor quiser "gos seguir (para nos aprovar ou divergir de nosso ponto de vista) fard bem em peser por sua vez, ¢ um um, 08 termos de um vocabulério no inteiramente novo, mas, retomado, rejuvenescido nas aovas dis cusses € que prosseguem sob nossos olhos. Nada temos a repetir, evidentemente, acerca do evento, ov, © da longa duragio. Nem hé grande coisa a dizer acerca das estruturas, ainda que a pelavra — e a coisa — no das incertezas © das discussies!*. E til também insistir mulio nas palavras sincronia jacronia; elas se definem por si mesmas, ainda que sew - papel, num estudo concreto do social, seja menos facil 12 delimitar do que parece. Com efeito, na linguagem da histéria (tal como eu a imagino), nfio pode haver sincronia perfeita: uma parada instantdnea, suspenden- ages, 6 quase absurda em si, ot, 0 que rs, Vs Segio €h Ecole Prat wi 59 ; do mesmo modo, vem a dar no mesmo, bastante fic uma descida segundo a pensével sento sob a forma de idade de descidas, segundo os diversos e inumerdveis tios do tempo. Essas breves chamadas ¢ euidados bastario, para © instante, Mas & preciso ser mais explicito n conceme & histéria inconsciente, aos modelos, is ma- i Esses comentérios indisponsdiveis se jem alhures, ov — espero-o — no tardara auma problemética comum as ciéncias soci A hisidria inconseiente & bem entendido, a histé- ria das formas inconscientes do social. “Os homens fazem a histéria, mas ignoram que a fazem”3, A for. mula de Marx esclazece, mas nao explica o problema i De fato, sob um novo nome, Ou menos aperfeigoados, por vezes ainda artesa, Problema do tempo curto, do “microtempo”, do factual 'y as modelos. Os moceios no sio mais do que Finptessdo. ccna pos omens Sempre tiveram a F..'= hipdteses, sistemas de explicacdo solldamene ligados roles any tivendo seu tempo, de apreender seu desen- f= tegundo a forma da equasso cc a fungGo: isso é igual rolar no dia a dia. Essa historia consciente, é aquilo ou determina aquilo. Mas uma certa realidade abusiva, como muitos histoziadores, ja ha m indo aparece sem que uma outra no a acompanhe e, concordam em consideré-le? Onter, desta para aquela, zelagses extcitas © constonter ve car Gitava tirar tudo das pala ‘lam. O modelo estabelecido com cuidado permitiré, de tirar tudo dos eventos. Mais de um de nossos con ols, colocar em questio, fora do meio social observa Gon maraneos acreditaria-de bom grado que tudo veio KE Goa partie do qual foi, em suma, etiado — outros dos acordos de Talta ou do Poisdam, dos acidentes de meios sociais de mesma natureza, através do tempo ¢ Dicer Bien-Phu ou de Sakthiet-Sdi-luset, on desse outro espace, fh teu aie recorrente, evento, importante de outro modo, 6 verdade, 0 lance. Es Rises! dibtamag de de Mento dos sputnis. A. hist6tia inconsiente se desen- segundo 0 temperamen,o silculo ou ealne Gane rola além dessas Iuzes, de seus flashes. Admiti pois adress mplexos, qualitadivn uma certa distincia, um inconsciente so f plexos, § OU quan [2° Aitativas, estéticos ou dindmicos’ ee |. Admiti, além disso, esperando o melhor, que esse cos. Retomo em Claude 1 x ingio. Mecénico, io da real exbida do que se costuma dizer. Cada um de nés, além de sua propria vida, tem o sentimento de uma histéria de. massa cuja poténcia e pulsos reconhece melhor, & verdade, do que as leis ou a diregdo, E se © Gs8a consoiéncia, hoje, é cals vew mais viva, ela nao ata apenas de ontem. (IE 0 que acontece no tocante 2 ist6ria ccondmica.) A revolugao, pois, & uma re. “yolusio no espirito, consists: em abardar de frente coon semi-obscuridade, em the conceder um lugar cada vez “ maior ao lado, até em detrimento, do factual. Nessa prospeesio em que a histéria nao est’ sé (20 contratio, cla nada _mz's fez sendo seguir nesse dominio os pontos de vista des novas ciéncias soci % adaptéelos ao seu uso), no ‘ simento e investigagao foram construidos: temos ass es variam 20 infinite sj2 considerado cientificamente mais rico a superficie cintilante & qual nossos ollios esto ha- Bituados; cientificamente mais rico, isto 6 mais sim. ples, mais facil para explorar — sendo para descobri Mas a separagao entre superticie clara ¢ profundezas obscuras — entre rufdo ¢ siléncio — ¢ dificil, aleatoria, Acrescentemos que a wonsciente”, em parte

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