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A Renova é uma companhia de energia renovável constituída em 2006, que possui ativos de geração e um
amplo portfolio de projetos, compostos por (i) 3 PCHs em operação, totalizando 41,8 MW de capacidade
instalada; (ii) 45 projetos de PCH em processo de autorização da ANEEL, totalizando 400 MW; (iii) 43
inventários de rios, que incluem 83 PCHs, totalizando 868MW; e (iv) projeto do maior complexo eólico do
país, formado por 40 parques contíguos que juntos totalizam 1.105 MW. Tal projeto de geração de energia
eólica, em si, é quatro vezes maior que a capacidade eólica instalada atualmente no Brasil e representa 1,1%
da atual capacidade instalada total do Brasil.
Atualmente, existem aproximadamente 5,7 GW em PCHs no Brasil, incluindo projetos em operação, os quais
totalizam cerca de 2,0 GW, em construção e autorizações outorgadas. Segundo o CERPCH, o potencial
estimado de geração de energia elétrica por meio de PCHs é, atualmente, de 25,9 GW. Em relação a
empreendimentos eólicos, existem hoje cerca de 4,6 GW incluindo projetos em operação, em construção e
autorizações outorgadas. No entanto, apenas 248 MW encontram-se em operação, representando apenas
0,18% do potencial de energia eólica estimado brasileiro de 143 GW, de acordo com o Atlas Eólico
Brasileiro.
Novos projetos de geração de energia no Brasil visam o atendimento de uma forte demanda impulsionada
pelo crescimento econômico. Entre 1995 e 2007 o crescimento médio anual do consumo de energia elétrica
no Brasil foi 23% superior ao crescimento do PIB. Segundo projeções da EPE – Empresa de Pesquisa
Energética, os requisitos para expansão do sistema elétrico interligado serão de 2.600 MW ao ano (valor
médio entre 2007 e 2012) e de 3.050 MW ao ano (valor médio entre 2012 e 2017). A necessidade de
expansão da capacidade instalada é calculada entre 3.500 MW e 4.500 MW e entre 4.000 MW e 5.200 MW
pelo EPE em cada um desses qüinqüênios, respectivamente. Acreditamos que essa demanda será apenas
parcialmente atendida pelos projetos atualmente existentes e que, portanto, o projeto de geração de energia da
Companhia conta com um cenário extremamente favorável.
Além da forte demanda por novos projetos de energia, projetos de PCHs, tais como os da Companhia,
possuem alguns benefícios, como 50% de desconto nas tarifas de transmissão e distribuição da energia gerada
pelas fontes alternativas, quando comercializadas a Consumidores Livres (consumidores que podem negociar
a aquisição de energia elétrica livremente com quaisquer fornecedores de energia que atuam no mercado, por
meio da celebração de contratos bilaterais no Ambiente de Contratação Livre, cuja demanda excede 3 MW,
em tensão igual ou superior a 69kV ou em qualquer nível de tensão, se o fornecimento começou após 7 de
julho de 1995). Ademais, Consumidores Especiais (consumidores com demanda contratada entre 0,5 MW e 3,0
MW, elegíveis para contratar energia de fontes energéticas alternativas, incluindo PCHs, usinas eólicas, térmicas de
biomassa e energia solar) podem comprar exclusivamente energia gerada por fontes alternativas, incluindo
PCHs, usinas eólicas, térmicas de biomassa e energia solar.
2.500
2.000
1.100
1.500
950
1.000
650
PCH Eólica
* Foram realizados arrendondamentos para a elaboração do Plano de Negócios. Dessa forma, os números indicados
neste gráfico podem não coincidir com as informações constantes .
A Companhia iniciou suas atividades no setor elétrico em 2000, quando sua controlada Enerbras Centrais
Elétricas S.A. começou atuar na prospecção de negócios, em comercialização e no desenvolvimento de
aproveitamentos hidrelétricos. Nesse período, participou ativamente das discussões para o aprimoramento de
marcos regulatórios para fontes de energia renováveis, por meio da participação na Associação dos Pequenos
e Médios Produtores de Energia Elétrica – APMPE desde a sua fundação, em julho de 2000. No primeiro
trimestre de 2008, contando com a experiência de sua administração e especialização de seu corpo técnico, foi
concluído, com sucesso a implementação de 3 PCHs em operação: (i) PCH Cachoeira da Lixa, com
capacidade instalada de 14,8 MW; (ii) PCH Colino I, com capacidade instalada de 11,0 MW; e (iii) PCH
Colino II, com capacidade instalada de 16,0 MW, todas situadas no Complexo Hidrelétrico Serra da Prata, no
sul do Estado da Bahia. Estas PCHs têm assegurada contratualmente a venda de toda a energia gerada à
Eletrobrás até 2028, no âmbito do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica -
PROINFA.
Além disso, a energia limpa gerada pelas PCHs e pelos parques eólicos conferem outros aspectos favoráveis,
quais sejam:
• Venda de energia por meio de leilões exclusivos para fontes alternativas. No setor elétrico estão
previstos leilões exclusivos para fontes alternativas que podem ser mais atrativos em termos de
preço, celeridade e garantia de escoamento do que a venda no mercado livre. Além disso, a
Abeeólica, organização que representa os agentes do setor eólico brasileiro, vem envidando esforços
para viabilizar, junto ao Governo Federal, leilões específicos para energia eólica no Brasil, que
tenham preços máximos mais elevados, visando estimular essas fontes de energia. Acredita-se que
tais leilões tem boas possibilidades de serem implementados e poderão ser formas atrativas de
comercializar a energia da Companhia;
• Estabelecimento de parcerias com grandes consumidores visando a auto-produção. A
Companhia poderá realizar parcerias com grandes clientes que desejem realizar auto-produção de
energia elétrica. A geração de energia elétrica em regime de auto-produção permite a isenção de
encargos setoriais, como a Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis - CCC, Conta de
Desenvolvimento Energético - CDE e encargos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia
Elétrica - PROINFA;
• Baixo impacto sócio-ambiental e rentabilidade atrativa. Dado seu menor porte, PCHs e usinas
eólicas têm baixo impacto sócio-ambiental em relação às alternativas de geração por meio de
grandes usinas hidrelétricas ou termelétricas que utilizam combustíveis fósseis, reduzindo, assim, os
riscos de atrasos na implementação dos projetos, sobrecusto ou mesmo inviabilidade de
investimentos em razão de questões ambientais. Além disso, o prazo e custo de implementação de
usinas desses tipos são relativamente menores, há isenção de determinadas taxas setoriais
obrigatórias, alavancando seu retorno financeiro. Por fim, essas usinas podem gerar créditos de
carbono, que podem representar fonte adicional de receita a Companhia.
PONTOS FORTES
• Geração de Energia Limpa. Seu portfolio de projetos é composto exclusivamente por fontes de
energia limpa, com baixo impacto ambiental na sua implementação e operação. Há uma crescente
dificuldade na viabilização de grandes projetos de geração de energia elétrica no Brasil, em
decorrência dos elevados impactos sócio-ambientais a eles associados, tais como emissões de
carbono pela geração termelétrica ou alagamento de extensas áreas pelas grandes hidrelétricas,
impactando significativamente o meio ambiente. As PCHs são caracterizadas pela formação de lagos
pequenos, com área de reservatório inferior a 3,0 km 2, o que minimiza o impacto ambiental e social
de suas atividades. A geração de energia eólica, por sua vez, é uma fonte complementar igualmente
limpa e de baixo impacto ambiental. Acredita-se que o baixo impacto ambiental e social de seu
portfolio constitui um importante ponto favorável de seu negócio, não apenas pela significativa
redução no risco de obtenção das licenças e autorizações necessárias para construção e operação das
usinas, mas também por não estar exposto a flutuação de preços de combustíveis fósseis e pelo
potencial de valorização destes ativos, tendo em vista a possibilidade de geração de créditos de
carbono pelos mesmos.
PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS
O principal objetivo da Companhia é criar valor para seus acionistas a partir do desenvolvimento e execução
de projetos de geração de energia elétrica por fontes renováveis. Para alcançar esse objetivo, a Companhia
tem como principais estratégias:
• Obter Benefícios da Flexibilidade nas Vendas de Energia. A Companhia pretende vender sua
produção de energia elétrica nos diversos mercados, de modo a maximizar o retorno aos seus
acionistas. Atualmente, o ACL oferece melhores condições de preço para venda de energia.
Entretanto, eventualmente a Companhia poderá participar de leilões de compra e venda de energia
elétrica no ACR caso os mesmos se mostrem uma boa opção comercial no âmbito de seu Plano de
Negócios. Além disso, poderá estabelecer parcerias visando a autoprodução de energia, beneficiando
se da isenção de encargos setoriais (CCC, CDE e encargos do PROINFA).
• Investir Continuamente na Busca e Retenção de Equipe Qualificada e Alinhada com seu Plano
de Negócios. A Companhia implantou um sistema de gestão profissional em todos os níveis de sua
administração, com objetivo de atrair, desenvolver, motivar e reter profissionais qualificados, tendo
em vista que suas atividades são intensivas em recursos humanos. Como parte dessa estratégia,
possuímos um plano de opção de ações elaborado com objetivo de alinhar os interesses de seus
profissionais aos objetivos previstos em seu Plano de Negócios. A Companhia pretende, por meio da
adoção de um programa de tal natureza, criar o incentivo correto para que todos seus colaboradores a
auxiliem a melhorar constantemente suas operações, alinhando os seus objetivos pessoais aos
objetivos da Companhia.
• Otimizar a Utilização dos seus Recursos Financeiros. A Companhia pretende, como é usual em
investimentos em geração de energia elétrica, desenvolver seus projetos com razoável alavancagem
financeira, sendo que o índice de dívida poderá representar mais de 70% do investimento total de
cada uma de suas controladas. Acredita-se que esta utilização de recursos de baixo custo,
principalmente de bancos de fomento nacionais e internacionais, tais como BNDES, BNB (FNE),
BB (FCO), BID, SUDENE (FDNE) e SUDAM (FNO), poderá incrementar os retornos esperados em
seu Plano de Negócios. Além disso, instalará um comitê de investimento, composto por profissionais
de alta capacitação técnica, para assessorar o Conselho de Administração da Companhia nas decisões
estratégicas que envolvam investimentos de grande porte. Dessa forma, pretende-se fazer com que
seus recursos sejam usados em investimentos considerados por tal comitê e por seus consultores
como os de maior rentabilidade e menor risco no âmbito de seu Plano de Negócios.
• Acessar Ativamente o Mercado de Créditos de Carbono. A geração de energia por PCHs e usinas
eólicas é limpa, com menor emissão de gás carbônico, sendo possível emitir créditos de carbono, o
que contribui para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa. Para que sejam
comercializados, os créditos devem ser emitidos e certificados em consonância com o Protocolo de
Kyoto. Como parte da estratégia da Companhia, pretende-se qualificar cada um de seus projetos para
a certificação de créditos de carbono. A venda desses certificados poderá conferir fonte de receita
adicional. Acredita-se que a crescente preocupação de diversos agentes da sociedade com o tema do
aquecimento global poderá valorizar significativamente esse ativo da Companhia. Nesse sentido, a
Companhia trabalha em parceria com a Haztec Tecnologia e Planejamento Ambiental S.A., visando
à qualificação dos seus projetos junto ao Comitê Executivo (Executive Board) da ONU, para a
obtenção dos CER. Acredita-se que a geração de créditos de carbono poderá ser uma importante
ferramenta para atrair grandes consumidores de energia com visão de sustentabilidade em seus
negócios, e que queiram associar suas marcas à geração de energia limpa.
A Renova Energia S.A. foi constituída em 2006 por meio de uma reorganização societária do grupo. Em
2000, seus controladores indiretos constituíram a Enerbras Centrais Elétricas S.A., dando início a sua atuação
na prospecção de aproveitamentos hidrelétricos. Já em 2004, a Enerbras constituiu a Energética Serra da
Prata, uma SPE que hoje controla diretamente as 3 PCHs em operação.
O organograma simplificado a seguir apresenta a estrutura societária atual, destacando os acionistas com mais
de 5% do capital social da Companhia.
Ricardo Lopes Delneri Renato do Amaral Figueiredo
65,00% 35,00%
InfraBrasil RR Participações
8,10% 91,80%
RRI Participações
99,90%
100,00%
Enerbras
100,00%
Espra
Recentemente a Companhia passou por um processo de reorganização societária, que envolveu a transferência
das ações de sua emissão detidas por seus controladores indiretos, Ricardo Lopes Delneri e Renato do Amaral
Figueiredo, para a RRI Participações, uma sociedade holding detida por eles, de forma que a RRI
Participações se tornou a acionista controladora direta. Ademais, após tal reorganização societária, o
InfraBrasil subscreveu novas ações da RRI Participações, tornando-se acionista indireto da Companhia.