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Morte e Vida Severina uma pea de teatro em versos. O autor resgata uma forma
popular os versos curtos para tratar de um assunto que atingia particularmente o povo
nordestino: a seca.
Alm disso, o nome prprio Severina usado como adjetivo no ttulo,
sugerindo uma ampliao de sentido que confirmada logo nas primeiras
palavras do retirante, que, ao tentar se apresentar, evidencia que sua situao
particular , na verdade, uma metonmia do que ocorre com outros sertanejos,
igualmente vtimas da seca.
Em seu caminho em direo ao litoral, Severino alterna dilogos e
monlogos. Os primeiros representam os encontros sucessivos com figuras
simblicas da morte irmos de almas, carpideiras, rezadeiras, funeral ,
inseridas no fundo social da pea, que a disputa pela terra. J os monlogos
mostram as reflexes do retirante, que tenta redefinir seus rumos depois de cada
dilogo.
POESIA COMENTADA
Tecendo a Manh
1.
Um galo sozinho no tece uma manh:
ele precisar sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manh, desde uma teia tnue,
se v tecendo, entre todos os galos.
2.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entre todos,
se entretendo para todos, no toldo
(a manh) que plana livre de armao.
A manh, toldo de um tecido to areo
que, tecido, se eleva por si: luz balo.
Joo Cabral de Melo Neto
PROFESSOR: Roberto
Evelem Candida
Franciele Ferreira
Sandryele Costa
Thais Maria
Vinicius Ricardo
Viviane Adeila
3 Ano D
CAMARAGIBE 2017