Em alguns poemas, lvares de Azevedo surpreende o leitor, pois alm de poeta triste e
sofredor, mostra-se irnico e com um grande senso de humor, como no trecho do poema
"Lagartixa": "A lagartixa ao sol ardente vive,/ E fazendo vero o corpo espicha:/ O claro de
teus olhos me d vida,/ Tu s o sol e eu sou a lagartixa".
lvares de Azevedo encara a morte como soluo de sua crise e de suas dores, como expressou
no seu famoso poema "Se eu morresse amanh": "Se eu morresse amanh, viria ao menos/
Fechar meus olhos minha triste irm;/ Minha me de saudades morreria/ Se eu morresse
amanh!".
Em 1848, lvares de Azevedo volta para So Paulo, ingressa na Faculdade de Direito do Largo
de So Francisco, onde passa a conviver com vrios escritores romnticos. Nessa poca fundou
a revista da Sociedade Ensaio Filosfico Paulistano; traduziu a obra Parisina, de Byron e o
quinto ato de Otelo, de Shakespeare, entre outros trabalhos.
lvares de Azevedo vivia em meio a livros da faculdade e dedicado a escrever suas poesias.
Toda sua obra potica foi escrita durante os quatro anos que cursou a faculdade. O sentimento
de solido e tristeza, refletidos em seus poemas, era de fato a saudade da famlia, que ficara no
Rio de Janeiro.
lvares de Azevedo doente, abandona a faculdade. Vitimado por uma tuberculose e sofrendo
com um tumor, operado mas no resiste. Morre no dia 25 de abril de 1852, com apenas 21
anos. Sua poesia "Se Eu Morresse Amanh!", escrita alguns dias antes de sua morte, foi lida, no
dia de seu enterro, pelo escritor Joaquim Manuel de Macedo.
lvares de Azevedo no teve nenhuma obra publicada em vida. O livro "Lira dos Vinte Anos",
foi a nica obra preparada pelo poeta.
A Lagartixa
T...
Ai, Jesus!
Amor
Anjinho
Anjos do Cu
Anjos do Mar
Cantiga
Canto Primeiro
Canto Segundo
Cismar
Desalento
Desnimo
Dinheiro
Idias Intimas
Lgrimas da Vida
Lgrimas de Sangue
Luar de Vero
Malva Ma
Meu Amigo
Meu Desejo
Meu Sonho
Na Minha Terra
No Mar
O Leno Dela
O Poeta Maribundo
Plida Inocncia
Saudades
Se Eu Morresse Amanh
Solido
Sonhando
Tarde de Outono
Trindade
ltimo Soneto
Um Cadver de Poeta
Vagabundo
Vi