0 оценок0% нашли этот документ полезным (0 голосов)
229 просмотров3 страницы
O Que Será" é uma canção composta por Chico Buarque em 1976 para o filme "Dona Flor e Seus Dois Maridos". A canção tem três versões que marcam passagens diferentes da trama. Chico Buarque foi inspirado por fotografias de Cuba, embora negue que a letra tenha relação com o país. O dueto com Milton Nascimento surgiu casualmente durante os ensaios. A canção foi sucesso e alvo de censura durante a ditadura.
O Que Será" é uma canção composta por Chico Buarque em 1976 para o filme "Dona Flor e Seus Dois Maridos". A canção tem três versões que marcam passagens diferentes da trama. Chico Buarque foi inspirado por fotografias de Cuba, embora negue que a letra tenha relação com o país. O dueto com Milton Nascimento surgiu casualmente durante os ensaios. A canção foi sucesso e alvo de censura durante a ditadura.
O Que Será" é uma canção composta por Chico Buarque em 1976 para o filme "Dona Flor e Seus Dois Maridos". A canção tem três versões que marcam passagens diferentes da trama. Chico Buarque foi inspirado por fotografias de Cuba, embora negue que a letra tenha relação com o país. O dueto com Milton Nascimento surgiu casualmente durante os ensaios. A canção foi sucesso e alvo de censura durante a ditadura.
Feita para o filme "Dona Flor e Seus Dois Maridos", a cano Feita para o filme Dona Flor e seus
seus dois maridos, de Bruno
"O Que Ser" tem trs verses, que marcam passagens Barreto, O que ser? ( flor da terra) no ficou marcada diferentes da trama: "Abertura", " Flor da Pele" e " Flor da apenas por estar presente em um grande clssico do cinema Terra". Cantada no filme por Simone, a verso " Flor da brasileiro. A cano foi censurada pela ditadura militar na Terra" (trs estrofes de doze versos) alcanaria grande justificativa de que o que Chico Buarque fazia era uma sucesso na gravao de Chico Buarque e Milton Nascimento, aluso Cuba. Porm, Chico explica at hoje que no que abre o elep Meus caros amigos, um dueto, alis, que entendeu o porque da censura, j que nem ele mesmo sabe aconteceu por mero acaso. Chico estava na gravadora o que ser e se soubesse no haveria sentido explicar, j ensaiando a cano com Francis Hime, quando Milton, de que a letra da msica uma pergunta. passagem pelo estdio, ouviu e gostou. Da surgiu o convite Tendo a explicao que o ouvinte quizer, a cano para a gravao, depois retribudo com a participao de belssima. Se for para retratar Cuba, a letra se enquadra Chico num disco de Milton, cantando com ele " Flor da bem, pois mostra bem a realidade cubana. Se for para Pele". Mas "O Que Ser", em qualquer das verses, uma criticar a ditadura, a letra tambm bastante apropriada. Se obra-prima, no nvel das melhores criaes de Chico for apenas um homem apaixonado que no sabe explicar o Buarque, com sua melodia forte e sua letra libertria, um que o amor, ento a letra perfeita. So essas hipteses tanto ambgua em certos aspectos: "O que ser que ser / que torna a composio de Chico to fantstica. que todos os avisos no vo evitar / porque todos os risos Se o objetivo do compositor era deixar algo vago, que nem vo desafiar / porque todos os sinos iro repicar / porque ele sabe explicar, O que ser? ( flor da terra)realmente todos os hinos iro consagrar..." Em 15.9.92, ao tomar cumpriu com as expectativas de seu autor. conhecimento do contedo de sua ficha no Dops-DPPS, em que h uma anlise de "O Que Ser", Chico Buarque O que ser declarou ao Jornal do Brasil: "acho que eu mesmo no sei o que existe por trs dessa letra e, se soubesse, no teria Chico Buarque cabimento explicar..." O que ser? uma cano do msico brasileiro Chico Fonte: Livro 85 anos de Msica Brasileira Vol. 2, 1 edio, Buarque, de 1976, composta para o filme Dona Flor e seus 1997, editora 34 dois maridos, baseado no livro homnimo de Jorge Amado. O Que Ser? A cano tem trs verses, que marcam passagens "O Que Ser? " uma cano composta em 1976 pelo diferentes da trama: Abertura, Flor da Terra e Flor da cantor e compositor brasileiro Chico Buarque em parceria Pele. com o compositor, arranjador e maestro Francis Hime, feita Segundo Chico Buarque, sua maior inspirao para compor para o filme "Dona Flor e Seus Dois Maridos", baseado foi Fotografias de Cuba, que o jornalista Fernando Morais no livro homnimo de Jorge Amado. A cano tem trs havia lhe mostrado, embora garanta que as trs letras no verses, que marcam passagens diferentes da trama: tenham a ver com o pas em questo. "Abertura", " Flor da Pele" e " Flor da Terra". [1] O dueto com Milton Nascimento foi casual. Aps ouvir ao Histria acaso Francis Hime tocar a cano ao piano, nos estdios da Segundo Chico Buarque, embora tenha visto copio em gravadora, o cantor mineiro gostou e sugeriu que fosse vrias ocasies, sua maior inspirao para compr cantada em duo. Chico Buarque e Francis Hime gostaram da foi fotografias de Cuba que o jornalista Fernando ideia e finalizaram os arranjos j considerando a voz de Morais havia lhe mostrado, embora garanta que as trs Milton Nascimento. O que ser? ( flor da terra) foi letras no tenham a ver com o pas.[2] lanada no lbum Meus Caros Amigos, de Chico O dueto com Milton Nascimento foi casual.[1] Aps ouvir ao Buarque (oua adiante!), enquanto O que ser? ( flor da acaso Francis Hime tocar a cano ao piano, nos estdios da pele) saiu no lbum Geraes, de Milton Nascimento (oua gravadora, o cantor mineiro gostou e sugeriu que fosse adiante!). cantada em duo. Chico Buarque e Francis Hime gostaram da Na verso para o filme de Bruno Barreto, O que ser? ideia e finalizaram os arranjos j considerando a voz de (Abertura) foi interpretada pela cantora Simone (oua Milton Nascimento.[2] "O que ser? ( flor da terra)" foi adiante!). lanada no lbum "Meus Caros Amigos", de Chico Buarque, Em 1992, Chico teve acesso ao contedo de sua ficha no enquanto "O que ser? ( flor da pele)" saiu no Dops-DPPS e achou curiosa a interpretao que os censores lbum Geraes, de Milton Nascimento. fizeram da letra. Em declarao ao Jornal do Brasil, o Na verso para o filme de Bruno Barreto, "O que ser? compositor disse: acho que eu mesmo no sei o que existe (Abertura)" foi interpretada pela cantora Simone. por trs dessa letra e, se soubesse, no teria cabimento Em 1992, Chico teve acesso ao contedo de sua ficha explicar. no Dops-DPPS e achou curiosa a interpretao que os Chico Buarque: As trs verses de O que ser? censores fizeram da letra.[2] Em declarao ao Jornal do 1- Abertura Brasil, o compositor disse: "acho que eu mesmo no sei o O que ser que ser que existe por trs dessa letra e, se soubesse, no teria E todos os meus nervos esto a rogar cabimento explicar."[1] E todos os meus rgos esto a clamar Uma verso mista portugus-italiano foi tambm gravada E uma aflio medonha me faz implorar pela cantora italiana Gigliola Cinquet.[3] O que no tem vergonha, nem nunca ter O que ser que ser, que todos os avisos no vo evitar O que no tem governo, nem nunca ter O que no tem juzo O que ser que lhe d O que ser meu nego, ser que lhe d Que no lhe d sossego, ser que lhe d O que ser que me d Ser que o meu chamego quer me judiar Que me bole por dentro, ser que me d Ser que isso so horas de ele vadiar Que brota flor da pele, ser que me d Ser que passa fora o resto do dia E que me sobe s faces e me faz corar Ser que foi-se embora em m E que me salta aos olhos a me atraioar companhia E que me aperta o peito e me faz Ser que essa criana quer me agoniar confessar Ser que no se cansa de desafiar O que no tem mais jeito de dissimular O que no tem descanso, nem nunca ter E que nem direito ningum recusar O que no tem cansao, nem nunca ter E que me faz mendigo, me faz suplicar O que no tem limite O que no tem medida, nem nunca ter O que ser que ser O que no tem remdio, nem nunca ter Que d dentro da gente e que no O que no tem receita devia O que ser que ser Que desacata a gente, que revelia Que d dentro da gente e que no devia Que feito uma aguardente que no Que desacata a gente, que revelia sacia Que feito uma aguardente que no Que feito estar doente de uma folia sacia Que nem dez mandamentos vo conciliar Que feito estar doente de uma folia Nem todos os ungentos vo aliviar Que nem dez mandamentos vo conciliar Nem todos os quebrantos, toda alquimia Nem todos os ungentos vo aliviar Que nem todos os santos, ser que ser Nem todos os quebrantos, toda alquimia O que no tem governo, nem nunca ter Que nem todos os santos, ser que ser O que no tem vergonha, nem nunca ter O que no tem descanso, nem nunca ter O que no tem juzo O que no tem cansao, nem nunca ter 2- flor da terra O que no tem limite O que ser que ser O que ser que me d Que andam suspirando pelas alcovas Que me queima por dentro, ser que me Que andam sussurrando em versos e trovas d Que andam combinando no breu das tocas Que me perturba o sono, ser que me d Que anda nas cabeas, anda nas bocas Que todos os tremores que vm agitar Que andam acendendo velas nos becos Que todos os ardores me vm atiar Que esto falando alto pelos botecos Que todos os suores me vm encharcar Que gritam nos mercados, que com certeza Que todos os meus rgos esto a clamar Est na natureza, ser que ser E uma aflio medonha me faz implorar O que no tem certeza, nem nunca ter O que no tem vergonha, nem nunca ter O que no tem conserto, nem nunca ter O que no tem governo, nem nunca ter O que no tem tamanho O que no tem juzo. O que ser que ser Que vive nas idias desses amantes Extrado de http://jornalggn.com.br Que cantam os poetas mais delirantes Feita para o filme Dona Flor e seus dois maridos, de Bruno Que juram os profetas embriagados Barreto, O que ser? ( flor da terra) no ficou marcada Que est na romaria dos mutilados apenas por estar presente em um grande clssico do cinema Que est na fantasia dos infelizes brasileiro. A cano foi censurada pela ditadura militar na Que est no dia-a-dia das meretrizes justificativa de que o que Chico Buarque fazia era uma No plano dos bandidos, dos desvalidos aluso Cuba. Porm, Chico explica at hoje que no Em todos os sentidos, ser que ser entendeu o porque da censura, j que nem ele mesmo sabe O que no tem decncia, nem nunca ter o que ser e se soubesse no haveria sentido explicar, j O que no tem censura, nem nunca ter que a letra da msica uma pergunta. O que no faz sentido Tendo a explicao que o ouvinte quiser, a cano O que ser que ser belssima. Se for para retratar Cuba, a letra se enquadra Que todos os avisos no vo evitar bem, pois mostra bem a realidade cubana. Se for para Porque todos os risos vo desafiar criticar a ditadura, a letra tambm bastante apropriada. Se Porque todos os sinos iro repicar for apenas um homem apaixonado que no sabe explicar o Porque todos os hinos iro consagrar que o amor, ento a letra perfeita. So essas hipteses E todos os meninos vo desembestar que torna a composio de Chico to fantstica. E todos os destinos iro se encontrar Se o objetivo do compositor era deixar algo vago, que nem E mesmo o Padre Eterno que nunca foi l ele sabe explicar, O que ser? ( flor da terra)realmente Olhando aquele inferno, vai abenoar cumpriu com as expectativas de seu autor. O que no tem governo, nem nunca ter Extrado de https://musicasbrasileiras.wordpress.com O que no tem vergonha, nem nunca ter Lanada por Chico Buarque em 1976, para a trilha sonora do O que no tem juzo filme Dona Flor e seus dois maridos, de Bruno Barreto, a 3 flor da pele cano O que ser recebeu uma contundente e passional interpretao da cantora Simone, no ano seguinte. De fato, a cano j rendeu algumas boas interpretaes, sempre investindo na interioridade do sujeito que fala. A propsito, h mais de uma verso para a letra de O que ser. No livro Histrias de cano: Chico Buarque, Wagner Homem rene as trs com seus subttulos Abertura, flor da pele e flor da terra. Em 2008, o trompetista alemo Till Bronner reuniu um belo repertrio no disco inteiramente dedicado ao Brasil: Rio. Entre os convidados brasileiros aparecem Milton Nascimento, Sergio Mendes, Luciana Souza e Vanessa da Mata. Coube a Vanessa cantar, de modo elegante e voz bem colocada, O que ser ( flor da terra) (Confira em O tempo no apagou). Sem a densidade dramtica das gravaes anteriores, a cano envereda pelo embalo gostoso da melodia jazzstica, mas com um qu de bolero. Este arranjo hbrido d novas direes letra. A delicadeza da voz de Vanessa da Mata encontra na suavidade do trompete de Bronner o parceiro perfeito para cantar o enigma do sujeito: a pergunta sem resposta, eternamente e desde sempre cantada pelos poetas mais delirantes, jurada pelos profetas embriagados e que vive nas ideias dos amantes. O sujeito canta a irresistibilidade disso: daquilo que todos os avisos no vo evitar; de algo to sagrado e to profano, to intensamente leve e arrebatador suspensor do juzo; to esperado e to temido por todos. Mas o que ser isto sem nome ou figura que nos comove? O sujeito d pistas: est na natureza, est no dia-a-dia das meretrizes. S cabe a ele circular (espalhar metforas ao redor) esta coisa neutra e abstrata. A ele tambm negado o acesso direto a isso sem decncia e sem censura que, ao longo da cano, vai invadindo o ouvinte: impregnando pele e terra de desejo.