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DIRETRIZES DE TRANSFUSÃO DE HEMÁCIAS EM UTI PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES
American College of Critical Care Medicine of the Society of Critical Care Medicine and the Eastern Association for the Surgery of Trauma Practice Management Workgroup. Clinical practice guideline: Red blood cell transfusion in adult trauma and critical care. Crit Care Med 2009; 37: 3124 -57. 1. A transfusão de hemácias é recomendada no choque hemorrágico como primeira linha de tratamento. Assim, pacientes com evidência de hem
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DIRETRIZES DE Transfusa¦âo de concentrados de hema¦ücias EM UTI
DIRETRIZES DE TRANSFUSÃO DE HEMÁCIAS EM UTI PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES
American College of Critical Care Medicine of the Society of Critical Care Medicine and the Eastern Association for the Surgery of Trauma Practice Management Workgroup. Clinical practice guideline: Red blood cell transfusion in adult trauma and critical care. Crit Care Med 2009; 37: 3124 -57. 1. A transfusão de hemácias é recomendada no choque hemorrágico como primeira linha de tratamento. Assim, pacientes com evidência de hem
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DIRETRIZES DE TRANSFUSÃO DE HEMÁCIAS EM UTI PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES
American College of Critical Care Medicine of the Society of Critical Care Medicine and the Eastern Association for the Surgery of Trauma Practice Management Workgroup. Clinical practice guideline: Red blood cell transfusion in adult trauma and critical care. Crit Care Med 2009; 37: 3124 -57. 1. A transfusão de hemácias é recomendada no choque hemorrágico como primeira linha de tratamento. Assim, pacientes com evidência de hem
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American College of Critical Care Medicine of the Society of Critical Care Medicine and the Eastern Association for the Surgery of Trauma Practice Management Workgroup. Clinical practice guideline: Red blood cell transfusion in adult trauma and critical care. Crit Care Med 2009; 37: 3124 -57.
1. A transfusão de hemácias é recomendada no choque hemorrágico como
primeira linha de tratamento. Assim, pacientes com evidência de hemorragia por trauma ou hemorragia digestiva e com sinais de instabilidade hemodinâmica ou má perfusão tecidual devem receber concentrados de hemácias até estabilizarem e serem submetidos ao tratamento definitivo (abordagem cirúrgica/endoscópica). Porém, após a estabilização uma estratégia ³restritiva´ de transfusão deve ser usada, como descrita abaixo. 2. Uma estratégia transfusional ³restritiva´ (transfundir somente quando Hb<7g/dl, para manter o Hb entre 7 e 9g/dl) é tão efetiva quanto uma estratégia ³liberal´ (transfundir quando Hb<10g/dl, para manter o Hb entre 10 e 12g/dl) em pacientes hemodinamicamente estáveis, com exceção talvez de pacientes com síndromes coronarianas agudas. Essa recomendação é baseada principalmente no clássico estudo canadense TRICC, que randomizou pacientes graves para uma destas duas estraégias. Neste estudo, não houve diferença de mortalidade em 30 dias. Porém, a mortalidade hospitalar foi menor no grupo restritivo. Ainda, nos subgrupos de APACHE menor e em pacientes com menos de 55 anos, a estratégia liberal esteve associada a uma maior mortalidade em 30 dias. 3. O uso de um valor arbitrário para transfusão deve ser evitado. A decisão de transfundir deve ser baseada na volemia, perfusão, duração e extensão da anemia e parâmetros cardiopulmonares. Di versos estudos clínicos já mostraram que embora a transfusão associe-se a um aumento do Hb, isso nem sempre se reflete em aumento da oferta de oxigênio (DO 2) e raramente reflete-se em aumento do consumo de oxigênio (VO 2). 4. Quando houver decisão pela transfu são de concentrados de hemácias, na ausência de hemorragia, deve -se transfundir apenas uma unidade de cada vez e checar os valores de Hb/Ht após para decidir por novas transfusões. 5. Em pacientes sob ventilação mecânica, uma estratégia ³liberal´ não apresenta nenhum efeito benéfico adicional em relação a uma estratégia ³restritiva´. A correção de Hb para níveis superiores a 7 a 9g/dl não deve ser realizada como estratégia para facilitar o desmame da ventilação mecânica. 6. Em pacientes com doença cardiovascular estável, uma estratégia restritiva não é pior que uma estratégia liberal de transfusão. 7. Para pacientes com síndromes coronarianas agudas, parece haver um benefício em transfundir o paciente com Hb<8g/dl. No entanto, essa recomendação é baseada em estudos observacionais. 8. Não há evidências suficientes para determinar um valor específico de transfusão em sepse. Durante a reanimação, ou seja, nas primeiras 6 horas, uma estratégia que use transfusão e/ou dobutamina para atingir um Ht30% é recomendada baseada em um único estudo unicêntrico. Após essa fase, uma estratégia restritiva, com Hb alvo entre 7 e 9g/dl, deve ser usada. 9. Deve-se evitar ao máximo a transfusão em pacientes com LPA/SARA após a fase de reanimação inicial. A transfusão está associada com a TRALI (transfusion-related acute lung injury) que é, atualmente, a principal causa de morbimortalidade associada à transfusão. 10. Em pacientes com afecções neurológicas agudas (TCE e HSA), não há evidências suficientes para se fazerem recomendações de impacto. Embora a anemia pareça ser um fator de mau prognóstico em TCE e HSA, a transfusão não se associa a um melhor prognóstico. De forma geral, em TCE grave os limiares de transfusão devem ser os mesmos que em outros pacientes graves. E m HSA, alguns estudos sugerem haver maior incidência de vasoespasmo angiográfico com a transfusão. 11. Estudos epidemiológicos mostram que a transfusão é um fator independentemente associado a infecções (pneumonia associada à ventilação mecânica, sepse, infecção de ferida operatória), disfunções orgânicas, resposta inflamatória sistêmica, LPA/SARA, maior tempo de internação em UTI e hospitalar e maior mortalidade 12. Não há evidências suficientes de que a leucorredução diminua a taxa de complicações associadas à transfusão. 13. O uso de eritropoetina aumenta o número de reticulócitos e o hematócrito e parece reduzir a necessidade de transfusão. No entanto, a redução é pequena e considerando -se a incidência de complicações relacionadas à transfusão, o impacto na eritropo etina na sua redução não parece ser custo-efetivo. 14. Carreadores de oxigênio baseados na hemoglobina ainda estão em fase experimental. 15. O uso de tubos de coleta pediátricos ou que necessitem de menos volume reduzem a quantidade de sangue retirado do paciente para coleta de exames. 16. A redução do número e da freqüência de exames pedidos associa -se a uma redução da necessidade de transfusão sanguínea. Assim, deve -se evitar pedir exames de ³rotina´. 17. O uso do ³cell saver´ no intraoperatório reduz a necessidade de transfusão e a exposição a sangue alogênico.