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Prensa

ano 3 - número 14
Junho de 2003
Distribuição gratuita

Informativo da Delegacia de Foz do Iguaçu e Região do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Imagem Green Street Photos

Arquivos da ditadura
Arquivos da Polícia Federal abertos recentemente pelo governo federal revelam
capítulo obscuro da história de Foz do Iguaçu e região, com constante
perseguição a imprensa e jornalistas. São fatos políticos e sociais ocorridos
durante a ditadura militar registrados em informes, radiogramas, dossiês,
relatórios e outros documentos produzidos por agentes federais. Páginas 6 e 7

Sindicato tem Jornalitas ocupam A poesia


nova diretoria praça em Foz ambulante de Luz
Página 4 Página 3 Página 11
2 Prensa opinião

frases CARTA
“Esses números
representam quantos Após ler o Prensa, nº 13,
por cento da
população da
OPERÁRIOS DE PPAL
AL
ALAAVRA quero congratular o jorna-
lista Aluízio Palmar por tão
grande leitura que fez do
cidade?”, palestrante
Salette Lemos, sobre os
Os trabalhadores brasileiros es- pontos dos governos ditarão as re- momento em que vivemos.
tão repletos de desafios. Os maio- gras para problemas dos produto- É pena que muitas pessoas
1,2 mil empregos gerados
res vem de Brasília, seja na polêmi- res, dos consumidores e donos da não tiveram acesso a este
na rede hoteleira e 8 mil
no turismo anunciados ca reformulação das leis trabalhis- mídia, para o mercado publicitário, instrumento para deleitar-
pelo secretário municipal tas, na negociação da Alca, na re- para a formação superior em jor- se de tão brilhante matéria
Carlos Tavares, A Gazeta forma da previdência, tributária ou nalismo. Todos temas já abordados exposta, no que se refere
do Iguaçu, 12 de maio. na utópica humanização do capita- anteriormente neste jornal e que aos poderes Legislativo,
lismo. Prejudicado pela herança de aguardam uma solução ou ao me- Executivo e acima de tudo,
“A mão de Deus é pesada, FHC, o presidente Luiz Inácio Lula nos uma estabilização de suas ma- os interesses que nem
se os criminosos ou sempre o cidadão
da Silva lançou o debate ao mesmo zelas.
mandantes do crime não comum não imagina que
tempo que engessou o governo ao Enquanto o país gira, os profis-
forem punidos pela justiça possa ter ou concorrer no
ampliar o leque de alianças para sus- sionais de comunicação precisam
da terra, dos homens, vão meio político.
ser pela justiça divina, a tentar a propalada manter seu ritmo frenético. O dife- Mas uma questão deixou-
justiça de Deus”, Jane “governabilidade”. rencial, pelo menos em Foz, é que me perplexo pela falta de
Rabelo, sobre atentando Ainda dentro do Poder Públi- sobe de três para oito jornalistas sin- postura digna de quem
a Adilson Rabelo, Jornal co temos as administrações esta- dicalistas para observar a tudo e, governa o Município e o
do Iguaçu, 17 de maio. dual e municipal. A primeira está ao mesmo tempo, mobilizar a cate- Estado, quando descarta
cercada de medidas de impacto em goria na cidade e região, embora ne- motivação política para o
“Foz será a cidade mais
segura do Brasil”, seus cinco meses de mandato, pró- nhum deles seja liberado para a fun- atentado sofrido pelo
governador Roberto prias do estilo do governador ção sindical. Presidente da Câmara.
Requião (PMDB), A Roberto Requião (PMDB), que, Outras ações tomadas no perí- Por que falo isto?
Gazeta do Iguaçu, por enquanto, continua na jura de odo de “transição” engrossam essa Primeiro, o prefeito não
19 de maio. vencer a batalha contra os pedági- afirmativa . O Prensa é uma delas. poderia entrar no mérito,
os (principal promessa de campa- Depois de iniciar sua reformulação pois, se a motivação for de
“Não adianta colocarmos ordem política. Ele não
nha). na edição passada, o jornal passa
bravatas no documento”, seria um possível suspeito?
Em Foz do Iguaçu, a prefeitura de oito para 12 páginas, de 1 mil
Isa Ferreira, do Programa Estaria ele defendendo-se?
anuncia constantemente medidas e para 1,5 exemplares e amplia sua
de Prevenção e Segundo, quem diz o que
Eliminação da Exploração obras na mídia, no entanto, estatís- linha editorial.
ticas demonstram que dois anseios Nele, você identifica ações não é, será que não sabe o
Sexual Comercial de que é?, se isto for verda-
Crianças e Adolescentes da comunidade devem continuar a como o manifesto noticiado na pá-
deiro, não seria justo de
na Tríplice Fronteira, figurar na agenda do prefeito Sâmis gina ao lado. São iniciativas execu-
que, a autoridade o chame
rebate comentário de da Silva (PMDB) nos seus últimos tadas com objetivo garantir direi-
para prestar depoimento
Requião dizendo 17 meses de gestão: atos contra a tos da classe, o aperfeiçoamento para ajudar a elucidar tão
documento lançado em criminalidade e a retomada do mo- profissional, a credibilidade da im- repudioso crime
Foz “é água com açúcar”, vimento de turistas, com sua con- prensa e respeito à sociedade. Com- à instituição legislativa?
“é vazio, não leva a lugar seqüente geração de empregos. promissos estes que não temos o Mas isto tudo são
algum”, Folha de O resultados desses e outras porquê para adiar. conjecturas. O que ficou
Londrina, 19 de maio. patético foi na verdade o
“Eu não acredito nesse posiciona-mento tanto de
favorecimento a um como do outro, pois as
apadrinhados políticos ou possibilidades da motiva-
que quer que seja”, ção para o atentado são
vereador Vilmar inúmeras e nenhuma deve
Andreola, sobre “boatos” ser descartada, até que se
de irregularidade na chegue há uma conclusão,
concurso da Guarda e, tomara esta que não
Municipal, A Gazeta do demore. Valeu Aluízio!
Iguaçu, 6 de maio. Do seu amigo Zé Ruy
(José Ruy Alexandre).

Prensa
Jornal da Delegacia de Foz do Iguaçu e Região do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná. ESPAÇO ABERTO
Redação, edição e diagramação : Alexandre Palmar (Jornalista responsável MTB 3717) e Revisão: Douglas Furiatti Colaborações enviar para sindijorfoz@foznet.com.br
Impressão: Igrafoz - 1.500 exemplares - Textos assinados não refletem necessariamente a opinião do veículo. O Prensa se reserva o direito de
Telefone: 9967-5060 - Av. Paraná, 1610 – Bloco 6 – Ap. 801 – 85863-720 – Foz do Iguaçu - PR selecionar cartas e publicar trechos.
ação sindical Prensa 4

Jornalistas ocupam praça em Foz


Christian Rizzi Categoria levanta bandeira por qualidade de
informação, respeito à sociedade, pluralidade e ética

O ummanifesto do 7 de abril marcou


importante passo do jorna-
ra alternativa e crítica, já está em
curso. A iniciativa tem como preo-
lismo em Foz do Iguaçu. Profissio- cupação promover o intercâmbio de
nais e estudantes aproveitaram a data idéias a partir de leitura comparati-
para ocupar a Praça das Nações e va de veículos de comunicação de
percorrer colégios. O objetivo foi le- massa e da imprensa nanica.
vantar uma bandeira que nasce na ca- O movimento colheu mais de
tegoria, mas atinge à todos: a quali- 1,2 mil adesões no abaixo-assinado
Jornalistas foram à Praça das Nações para levantar uma ... dade de informação, respeito à soci- que reivindica a formação superior
Christian Rizzi edade, pluralidade e ética. em jornalismo como condição mí-
Eles realizaram debates e distri- nima para o bom jornalismo. A Jus-
buíram seis mil panfletos. tiça Federal de São Paulo suspen-
Secundaristas e população foram deu a obrigatoriedade do diploma
provocados a não aceitarem o pen- em todo Brasil neste ano. Os sindi-
samento único, a sempre buscar catos entraram com recurso.
mais de uma fonte de informação Para os organizadores, o resul-
e, principalmente, a diferenciar jor- tado é positivo porque a delegacia
nalistas de supostos jornalistas e a tem participado de bandeiras da so-
separar jornalistas de donos de veí- ciedade, mas não tem a prática de
culo de comunicação. sair às ruas para levantar uma causa
...bandeira que interessa à toda sociedade O segundo momento desse tra- ao lado do povo. E o melhor, foi
Fabrício Azambuja balho é a criação de clubes de leitu- bem recebida pela comunidade.

Exposições e teatro
O ato público contou com as Durante a concentração, a cau-
exposições “A língua do fotógrafo sa foi apresentada ao público com
e olhar do poeta” (sete discurso dos jornalistas Alexandre
fotojornalistas retratam o cotidiano Palmar e Simone Giacometti. O
de Foz), “Retratos da fronteira” (Fa- encerramento ficou por parte de
Faixas e cartazes deram o tom do movimento ao lado de... brício Azambuja), “Índio” (Áurea duas apresentações teatrais, uma da
Fabrício Azambuja
Cunha), “Passagem para a África” Cia de Teatro Foz e outra do Gru-
(Dalmont Benites) e fotos e traba- po Amadeus, além de perna-pau.
lhos produzidos por estudantes de O ato foi organizado pela Dele-
jornalismo. Também reuniu o his- gacia de Foz do Iguaçu e Região
tórico da regulamentação, painel do Sindicato dos Jornalistas Profis-
contra o ataque dos EUA ao Iraque, sionais do Paraná, em parceria com
mostra de poesias de Carlos Luz, um grupo de jornalistas voluntári-
banca de livros da Editora Casa os e do Centro Acadêmico de Jor-
Amarela e Travessa dos Editores. nalismo da UDC.
... exposições de fotojornaistas e acadêmicos
Rogerilson Meireles

Áurea Cunha Rogerilson Meireles

Apresentações teatro e debates sobre a formação superior marcaram o manifesto do Dia do Jornalista Movimento colheu 1,2 mil assinaturas
4 Prensa nova diretoria

carta Eleição tem participação


Confira abaix
abaixoo fragmentos da
carta de campanha dos chapa
massiva de jornalistas
Desafios Número de votantes superou em 56%
Os desafios para a delegacia são
grandes, mas experiências de trabalho
a segunda regional mais votada
comprovam que ações pensadas e exe-
cutadas juntamente com a categoria Douglas Furiatti nos próximos três anos, foram computados
obtêm resultados positivos. Foz tem op- 17 votos para a Chapa Profissão: Jornalista
tado por esse caminho. Mesmo sem dis- que disputou o controle estadual do
por de diretores liberados exclusiva- A diretoria regional da subseção de Foz do sindicato. Para o Conselho Fiscal os nomes
mente para o sindicato, a subseção tem Iguaçu do Sindicato dos Jornalistas mais votados na cidade foram Clarissa
obtido avanços e vitórias. Profissionais do Paraná foi legitimada com 38 Kowaleski, com 13 votos; Daniele Neves,
votos nas eleições realizadas nos dias 29 e 30 com 12; e Renata Sguissardi ficou empatada
Quadro adverso de abril. Apenas um eleitor optou pelo voto com Ana Lúcia Veloso, com dez.
O cenário desfavorável precisa ser branco e dez outros aptos para votar deixaram Em relação a diretoria estadual, votaram
encarado como o gancho para mobili- de exercer esse direito. em todo o Paraná 392 pessoas. A chapa,
zar a base, que tem pela frente o legado Com 97% da aprovação dos votantes, o única, Profissão Jornalista obteve 324 votos
neoliberal de FHC, a ameaça de altera- quórum local foi 56% maior do que em Ponta válidos, 56 brancos e 12 nulos. O quorum
ções da CLT e o arrocho empresarial Grossa, onde 25 jornalistas votaram. Em de metade mais um do total de
(com o desrespeito cínico de patrões aos relação a Cascavel a diferença foi superior a sindicalizados aptos ao voto foi obtido na
direitos trabalhistas e até a dignidade de 100%, pois lá 19 colegas exerceram o direito risca, com apenas três sufrágios a mais.
funcionários). O golpe mais recente é a do voto. Em Francisco Beltrão houve dez Antes da reforma do estatuto, o número
desregulamentação da profissão. votos para aquela regional, em Pato Branco de minimo de votantes era é de 2/3 dos
Cursos de jornalismo nove e em Guarapuava apenas quatro. sindicalizados aptos ao voto. Vale lembrar
A explosão dos cursos superiores em Além da ratificação dos oito membros da que as diretorias estadual e regional são
jornalismo no Paraná carece de um am- regional Foz que vão representar a categoria independentes.
plo debate. Em 1998, cinco universi-
dades de Curitiba, Londrina e Ponta
Grossa ofereciam 310 vagas; hoje as
Par ticipação
Participação
mais de 16 escolas espalhadas pelo Es- Em relação ao pleito de 2000, o núme- camente pelos novos diretores, cuja pos-
tado abrem cerca de 1,3 mil vagas. O ro de votantes em Foz aumentou 30%. Na se foi no dia 29 de maio.
sindicato deve preparar-se para rece- época 30 jornalistas votaram, sendo 29 Na opinião do vice-presidente da regi-
ber os graduados, que começaram a en- votos válidos e um nulo. onal Foz, Alexandre Palmar, o resultado
grossar o mercado no ano passado. Apesar do saldo positivo, dez colegas demonstra aprovação ao trabalho realiza-
deixaram de votar. Desses, duas viajavam do nos últimos meses, à democratização de
Perspectivas em férias, uma está em licença-maternida- espaço dentro da chapa regional e ao perfil
Foz tem , hoje com 90 jornalis- de e os outros sete preferiram não ratificar dos oito componentes dessa diretoria.
tas regulamentados (incluindo todas as os nomes dos membros da regional. “Além de permante tarefa de defender
especialidades), receberá em média 40 Os dois dias de eleição também foram a categoria, que começa a crescer na cida-
novos jornalistas por semestre, a partir uma oportunidade para o recebimento de de, os desafios da nova gestão são inúme-
de dezembro de 2003. Ou seja, em ape- sugestões, elogios e críticas. Isso será ali- ros, como debater a reforma trabalhista e
nas um ano, no fim de 2004, a mão- ado aos compromissos assumidos publi- aproximar-se do povo”.
de-obra qualificada quase será o do-
bro da atual. Isso sem contar os jorna-
listas de outras instituições do interior
e de Curitiba.
Diretoria de Foz do Iguaçu e Região
Compromisso Vice-presidente: Alexandre Palmar;
A chapa iguaçuense torna público Diretor de Defesa Corporativa: Douglas Furiatti;
o compromisso de enfrentar esses de- Diretora de Ação para a Cidadania: Áurea Cunha;
safios, de aproximar a entidade dos Diretora de Saúde e Previdência: Elisângela Carneiro;
seus associados, de defender os direi-
tos dos sindicalizados, de sempre in-
Diretor de Imagem: Fabrício Azambuja;
centivar o bom jornalismo, de defen- Diretora de Cultura: Simone Giacometti;
der uma imprensa ética e sempre en- Diretor de Fiscalização e Exercício Profissional: João Carlos del Rios;
dossar as lutas populares por uma so- Diretora de Formação: Patrícia Iunovich.
ciedade mais justa e igualitária.
ceaec Prensa 5

COSMOGRAMA • Centro tem 81,2 mil recortes de periódicos, a maioria jornais

A imprensa a serviço da evolução


Denise Paro descobertas científicas e eventos esportivos No Centro de Altos Estudos da Conscien-
compõem um mosaico da história da ciologia (CEAEC), situado em Foz do
Há quem diga que os jornais são humanidade. Notícias com tom carregado de Iguaçu, os pesquisadores já descobriram
um documento para a posteridade. negativismo refletem a imaturidade isso. Não é ao acaso que a instituição exibe
Nas páginas impressas graças à consciencial do homem e os rastros deixados hoje uma das maiores hemerotecas do
tecnologia criada por Gutenberg no por ele no planeta. Brasil, colocando Foz do Iguaçu no rol dos
século XV e aprimoradas ao longo A abrangência de informações dos jornais centros de informação. São nada menos
dos anos, regimes ditatoriais, aliada ao caráter de atualidade está sendo cada que 81.239 recortes de periódicos, a maioria
tragédias da natureza, guerras, vez mais valorizada e útil como fonte pesquisa. jornais. As notícias, dos mais variados tipos,
estão sendo usadas para a elaboração de
uma enciclopédia voltada ao estudo da
Divulgação

evolução humana, a Enciclopédia da


Conscienciologia.
Assíduo leitor desde a infância, o
pesquisador e médico Waldo Vieira, autor
da obra, consulta hoje 244 jornais de 13
países e 34 cidades, das quais, 19 são
brasileiras. No Holociclo, centro de
sistematização de pesquisas do CEAEC, ele
seleciona notícias de jornais do mundo
Vista aérea do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia, em Foz inteiro como do New York Times, Le
Monde e também da Gazeta do Iguaçu.

Cosmograma Laboratório
Por levar a sério o trabalho com abrangente a respeito do que se está estudando.
os jornais, Vieira criou um método Alguns temas de pesquisa estão implícitos, O CEAEC dispõe de um laboratório
específico para pesquisar periódicos, ou seja, não aparecem nos títulos, mas nas para quem quiser otimizar o estudo e
chamado Cosmograma. A técnica do entrelinhas das matérias, o que requer a aplicação da técnica do
Cosmograma é usada para a produção perspicácia e atenção no momento da leitura Cosmograma. O Laboratório do
da Enciclopédia e outras pesquisas do para a posterior classificação Cosmograma é uma espécie de sala de
CEAEC. Para aplicá-la, o interessado No CEAEC, o pesquisador independente estudos com jornais para consultas e
tem que dispor de um tema e ou sub- Waldo Vieira trabalha hoje com 5.235 temas uma listagem de temas de pesquisa.
temas de estudos. de pesquisa. Alguns deles como o Belicismo No local, o pesquisador ainda encontra
Depois de listar os assuntos, ele (letra B) e Consciência Reurbanizada - Consréu luvas próprias para manusear os
recorta notícias de interesse e as (letra C) são verbetes da Enciclopédia que se jornais e régua adequada para
classifica, o que resulta na formação tornaram temas de livros. Um deles, Consréu, recortar as páginas. Ao passar do
de um banco de dados atual de tem previsão de lançamento para este ano sob tempo, a prática do Cosmograma
informação que servirá como uma das o título de Homo reurbanisatus. Nas pode ajudar a pessoa a ter uma
fontes para elaboração de um texto, referências do livro há centenas de citações de conhecimento mais amplo sobre ela
livro ou um curso. Segundo o matérias com nomes dos mais variados jornais, mesma. Isso ocorre a partir do
professor Waldo, a técnica do os respectivos autores das matérias, número momento em que o pesquisador
Cosmograma otimiza a associação de da edição, data, editoria, além de outras começa analisar mais detalhadamente
idéias e proporciona uma visão mais informações. fatos que acontecem em seu cotidiano.

Mais informações:
O CEAEC e o Holociclo estão abertos a visitação pública. O telefone de contato é
(45) 525-2652 ou no endereço eletrônico www.ceaec.org
Sobre Cosmograma: Quem quiser acessar detalhes da técnica do Cosmograma,
pode consultar: 1) Boletins de Conscienciologia. Vol. II – Jan/Dez de 2000. Textos:
Técnica do Cosmograma; Equívocos/Cosmo-Análise e Unidade do Conhecimento. Denise Paro é jornalista
CEAEC Editora. 2) Revista Conscientia. Vol 2. No. 4 – Texto: Fatuística dos
Neologismos. CEAEC Editora.
6 Prensa

ARQUIVOS D
E MEMÓRIA IGUAÇUENSE
D urante 21 anos, o regime militar implantado no Brasil em 1964,
prendeu, torturou, exilou e assassinou quem ousou opor-se à ditadura.
Aluízio Palmar
O Estado Policial chegou ao seu mais do Iguaçu e região. Essa pesquisa só foi
alto grau de terror na década de 70, quan- possível porque eu fui credenciado pela
do todo o País foi entregue à sanha dos Secretaria Nacional de Direitos Huma-
agentes secretos e dos delatores. Era nos para investigar o paradeiro dos desa-
comum haver agentes policiais infiltrados parecidos políticos e as circunstâncias de
nas escolas, nos ambientes de trabalho e, suas mortes. Infelizmente, os arquivos da
sobretudo, nos órgãos de comunicação. Polícia Federal e das Forças Armadas ain-
Não faltaram também, como instrumen- da não foram plenamente abertos para a
tos de incentivo à delação, os IPMs (In- cidadania. Eles continuam sujeitos a res-
Montagem feita com imagens da Caros Amigos,
Revista Imprensa e Green Street Photos
quéritos Policiais-Militares) e as CGIs trições estabelecidas por leis anacrôni-
(Comissões Gerais de Inquérito). Estas cas e autoritárias.
foram instaladas em todos os órgãos de A redemocratização brasileira, afora
governo, inquirindo um a um os servi- de ter permitido a devolução dos direi-
dores e forçando-os a comprometer os tos civis e políticos a todos os brasilei-
demais. ros, serviu também ao propósito do es-
Este período de nossa história está quecimento do passado. Esta dubiedade
registrado nos quase vinte mil documen- reside no fato de que enquanto a cidada-
tos que fazem parte do acervo do arqui- nia precisa remexer nos arquivos para que
vo da Delegacia da Polícia Federal de Foz histórias sejam reconstruídas, os algozes
do Iguaçu. do período ditatorial e seus cúmplices
Recentemente eu tive acesso a esse fazem de tudo para que o passado per-
arquivo e nele encontrei um importante maneça intacto e possam, assim, termi-
conjunto de registros históricos de Foz nar em paz os seus dias.

Relação resumida d
1.Proibição de notícias sobre vazamento 9. Relatório sobre os acontecimentos na Es- 18. Investigação do Instituto de Estudos Políti-
do oleoduto de Cubatão (1972) cola Monsenhor Guilherme (1973) cos e Sociais de Foz do Iguaçu (1977)
2.Proibição de notícias sobre surto de me- 10.Visita de Ernesto Geisel à Foz (1976) 19. Relatório sobre advogado Antonio
ningite (1973) 11. Pedidos de dados sobre antecedentes Vanderli Moreira devido artigos publicados
3.Entrega de argentinos e paraguaios à re- político-ideológicos de candidatos a empre- na revista Painel (1976)
pressão de seus países (1972/1973) go na construção de Itaipu (1973/1985) 20. Pedidos de antecedentes político-ideoló-
4.Relação de militantes de esquerda procu- 12. Lista de militantes de esquerda argentinos gicos de candidatos a emprego no INPS
rados pela repressão (1972/1973) procurados no Brasil (1978) (1977)
5.Relação de brasileiros asilados no Chi- 13. Degravações de pronunciamentos feitos 21. Trocas de informações entre os servi-
le (1972/1973) por políticos oposicionistas (1978 a 1985) ços secretos do Brasil, Paraguai, Uruguai e
6.Relação de brasileiros asilados na Argenti- 14. Relatórios sobre atividades de asilados Argentina (1977)
na (1972/1973) paraguaios em Foz do Iguaçu (1977) 22. Relatório de investigação sobre políticos
7.Informes sobre as atividades de asilados 15. Relatório de investigação feito pelo ser- de Medianeira e outros municípios das regiões
e banidos no exterior (1972/1973/1974) viço secreto de Itaipu sobre o pároco cató- Oeste e Sudoeste (1977)
8.Pedido de investigação feito pelo Ministé- lico e pastor luterano de Santa Helena (1978) 23. Relatório sobre conflitos de terra na re-
rio da Guerra sobre incidentes ocorridos na 16.“A subversão na Igreja do Paraná” , docu- gião de Espigão do Norte (Feijão Verde), mu-
Escola Estadual Monsenhor Guilherme duran- mento produzido pelo CIE nicípio de Matelândia (1971)
te apuração de votos de eleição da associa- 17. Relatório sobre investigação a vereado- 24. Relação de vítimas do golpe da ordem de
ção municipal de estudantes (1973) res de Foz do Iguaçu (1978) comendador (1976)
Prensa 7

DA DITADURA A história
escondida
nos porões
Enquanto a Constituição assegura a todos
os brasileiros o direito a informação, as
Forças Armadas e a Polícia Federal
Algumas revelações continuam sonegando informações
arquivisticas sobre o período da ditadura
No arquivo da Delega- de fome ocorrida no canteiro de obras militar. No caso do arquivo da Polícia
cia da Polícia Federal de de Itaipu em outubro de 1975 e a apre- Federal o Ministério da Justiça liberou em
Foz do Iguaçu estão ensão em 1974 da primeira e única edi- 2002 o seu acesso apenas para a Comissão
registrados conflitos no ção do Jornal Binacional. O motivo da dos Mortos e Desaparecidos Políticos.
campo, movimento estudantil, repressão apreensão foi uma matéria sobre a trans- Para continuar ocultando os documentos
às organizações de esquerda, controle dos ferência de um grupo de colonos das pro- sobre o período ditatorial estas instituições
paraguaios asilados, dos árabes, clero, ximidades do Parque Nacional do Iguaçu se apegam a uma legislação anacrônica do
imprensa, MDB e Arena. Há ainda im- para o Projeto Integrado de Colonização, regime militar que estabelece prazos para o
portantes relatórios sobre a comunidade Pic-Ocoi, em São Miguel do Iguaçu. acesso a documentos públicos.
Avá-Guarani, rolo de terra, falsos agen- As seis páginas contendo depoimen- Um caso ilustrativo dos prejuízos que esta
tes do SNI, desapropriados pela Itaipu, tos dos desapropriados não agradaram os restrição está causando ao resgate histórico
rolos na prefeitura, Movimento dos Agri- militares e o diretor do jornal, Waldomiro aconteceu com o cineasta Ronaldo Duque,
cultores Sem Terra do Oeste (Mastro), de Deus Pereira, foi conduzido ao Bata- que foi proibido de consultar os arquivos
greve dos professores em 1982 e confli- lhão, duramente interrogado e expulso da do Exército sobre a Guerrilha do Araguaia
para a produção do filme intitulado “A
tos fronteiriços. cidade.
Conspiração do Silêncio”.
Enfim, quase todos os fatos políticos Outro caso envolvendo a imprensa, e
O dispositivo legal a que se apegou o chefe
e sociais ocorridos em Foz e região no que ilustra muito bem o espírito reinante
do Centro de Comunicação Social do
período ditatorial estão registrados nos na época, foi o rebuliço causado por uma Exército para justificar a não divulgação
informes, radiogramas, ofícios recebidos reportagem do jornal Rondon Hoje so- dos documentos é a Lei 8.159, de 8 de
e expedidos, dossiês, relatórios e outros bre as condições de vida das mulheres janeiro de 1991, assinada pelo ex-
tipos de documentos produzidos pela bu- que viviam na Zona de Baixo Meretrício. presidente Fernando Collor.
rocracia policial. Tem até uma portaria Apesar da matéria registrar um proble- A lei, que dispõe sobre a política de
emitida pelo prefeito de Santa Helena em ma social, real e contemporâneo, os mili- arquivos públicos e privados, diz, no
1975, Antônio Muniz, nomeando um tares consideraram que o jornal estava a parágrafo 2º do seu artigo 23, que ‘‘o
funcionário para exercer a função de serviço “do esquema subversivo elabo- acesso aos documentos sigilosos referentes
agente de espionagem no município. rado e preconizado pelo Movimento Co- à segurança da sociedade e do Estado será
Também vale a pena registrar a greve munista Internacional”. restrito por um prazo máximo de 30 anos,
a contar da data de sua produção,

dos registros podendo esse prazo ser prorrogado, por


uma única vez, por igual período’’.
Em 1997, o ex-presidente Fernando
25. Relatório de Luiz Bonato (ex-prefeito de 33. Dossiê sobre o jornal Henrique Cardoso editou o Decreto 2.134,
Medianeira) acusando professores do mu- semanário Nosso Tempo regulamentando o artigo 23 da lei sobre a
nicípio de subversivos (1976) (1980 a 1985) divulgação de documentos oficiais. O
26. Despejo de colonos do entorno do Parque 34. Conflitos entre brasilei- artigo 15 classifica os documentos públicos
Nacional e remoção dos mesmos para projeto ros e argentinos na frontei- sigilosos em ultra-secretos, secretos,
de colonização no Ocoí (1976) ra (região de Barracão e Santo Antonio) (1978) confidenciais e reservados, estabelecendo
27. Investigação sobre especulação de imo- 35. Investigação de pessoa suspeita de ser prazos distintos para a sua divulgação, de
biliárias na região do Lago de Itaipu (1976) Joseph Mengele (1968)
acordo com essas categorias.
28. Investigação das atividades do Padre 36. Investigação sobre irregularidades na pre-
Segundo o decreto, os prazos de
Zezinho na região (1976) feitura de Foz do Iguaçu (1968)
classificação dos documentos sigilosos são
29. Dossiê sobre seqüestro de Cezar Cabral, 37. Investigação sobre atividades da Comis-
Aníbal Abatte, Alejandro Stumpfs e Rodolfo são Justiça e Paz (1982) de 30 anos para os ultra-secretos, 20 anos
Monjelos (1974) 38. Investigação sobre jornal Hoje Foz (1978/ para os secretos, 10 anos para os
30. Relatórios sobre conflitos na Fazenda Pa- 1979/1980) confidenciais e cinco anos para os
droeira – Matelândia (1976) 39. Dossiê sobre o Movimento Justiça e Paz, reservados. Esses prazos são diferentes dos
31. Dossiê sobre comunidade indígena Avá- dos colonos desapropriados pela Itaipu 30 anos estabelecidos pela lei original.
Gurarani (1974) Binacional.(1981)
32. Inquérito sobre fraude eleitoral em Corbélia 40- Relatório sobre escravidão branca na Fa- Aluizio Palmar é jornalista e
(1982) zenda Rami, em Matelândia (1974) . foi exilado político durante a ditadura
8 Prensa debate

PRÊMIOS O fotojorna
qualidade de
P rêmio Impr ensa Embratel
Imprensa
Edição 2002/2003
Inscrições até 5 de julho de 2003
Informações: www.embratel.com.br/
imprensa/premio02-03/premio2003.html

III P rêmio P
Prêmio Prr evidência
Social de Jornalismo
Inscrições até 2 de agosto de 2003
Informações:
www.previdenciasocial.gov.br/
01_07_01.asp

Prêmio Natali para o


Jornalismo 2003
Informações: www.ifj.org/
ifjfrontpage.html
Na 2ª Guerra Mundial, o autor desta foto, Joe Rosenthal, chegou
3º P rêmio Ethos de Jornalismo
Prêmio atrasado no momento que fuzilileiros fincaram bandeira dos EUA
Inscrições até 20 de junho de 2003
e pediu para eles erguerem o mastro pela segunda vez
Informações: www.ethos.org.br/sistemas/
jornalismo/premio_jornalismo/index.asp
Fabrício Azambuja

Q
8º P rêmio Abr
Prêmio elpe de Reportagem
Abrelpe uando se trata de informação tex- (ano de uma das primeiras fotos de acon-
Inscrições até 1º de outubro de 2003 tual, a opinião é unânime: o jor- tecimentos, uma imagem das conse-
Informações: www.abrelpe.com.br nalista deve pautar-se pela verda- quências de um incêndio ocorrido em
de na tentativa de produzir uma notícia im- Hamburgo, publicada na The Illustrated
P rêmio de Inclusão parcial e fiel ao fato. Para que não pairem London News), existem relatos de foto-
Social em Saúde Mental dúvidas, ainda: o que aconteceria se um grafias forjadas ou no ato fotográfico ou
Inscrições até 31 de julho de 2003 jornalista inventasse uma informação na manipuladas em laboratório.
Informações: sua matéria? Tal atitude seria repudiada pe- A questão é polêmica e, embora mui-
www.premiodeinclusao.com.br los órgãos de defesa da qualidade de in- tos da área discriminem este tipo de con-
formação jornalística? Em outras palavras, duta, casos de manipulação no
1º P rêmio New Holland de
Prêmio é aceitável um jornalista enganar seu leitor fotojornalismo são comuns. Recentemen-
Fotojornalismo Agrícola com uma informação inverídica? A respos- te, o fotógrafo Brian Walski, do Los
Inscrições até 10 de outubro de 2003 ta, óbvia, é não. Angeles Times, que cobria a invasão
Informações: O problema da qualidade da informa- anglo-americana ao Iraque, foi demitido
www.premionewholland.com.br ção não é exclusivo de texto. Há muito tem- após editores constatarem que ele alte-
po os profissionais da imagem, particular- rou uma imagem no computador. Brian
(Extraído do portal da Fenaj mente os fotojornalistas, convivem com o Walski ganhou as páginas de todo o mun-
www.fenaj.org.br) fantasma da manipulação. Desde os do, pela bela imagem que construiu e por
primórdios da atividade, por volta de 1842 sua conduta anti-ética.

CONVÊNIOS A delegacia também está fechando contrato com a Fit Foz, para descontos
no pacote que inclui natação, ginástica e musculação. Para firmar o acordo,
LIVRARIA KUNDA E PARIS VÍDEO ssão os dois novos conveniados.
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da Fenaj, desde que ela não esteja vencida e CIRURGIÃ DENTISTA - Drª Vanessa Marques – Descontos sobre a
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debate Prensa 9

alismo e a premiação do jornalismo norte-americano.


diploma
TRF permite que

e formação Anos depois, fotógrafos que também re-


gistraram a cena denunciaram que o cole-
ga não estava no local no momento em
que a bandeira foi fincada. A verdade veio
DRT exija diploma
Em mais uma decisão favorável à
categoria, o Tribunal Regional Federal
(TRF) da 4ª Região decidiu, em 14 de
Pode-se dizer que o problema da cons- à tona: Rosenthal chegou atrasado ao lo- maio, por unanimidade, que a DRT de
trução imagética no fotojornalismo ganhou cal e pediu para os fuzileiros repetirem a Santa Catarina pode exigir o diploma
destaque na mídia devido ao crescente uso cena para que ele a fotografasse. de curso superior em jornalismo de Célio
de tecnologias digitais, cujos recursos e fa- Diante de casos de manipulação, cabe a Klein, redator do Diário Catarinense,
cilidades de manipulação seduzem os re- pergunta: até que ponto é aceitável alterar o jornal do grupo RBS. A medida suspen-
pórteres-fotográficos em busca de prestí- conteúdo de uma foto, seja através de edi- de os efeitos da sentença proferida pela
gio e sucesso. Todavia, a prática não é um ção digital ou de construções da realidade? Justiça Federal de Florianópolis em março
problema que nasceu com a fotografia di- Alterar o teor de uma foto de imprensa é de 2002. Klein ingressou com um man-
gital e sua manifestação na imprensa se dá inaceitável, em qualquer situação. Ética é a dado de segurança na 2ª Vara Federal da
desde séculos anteriores. palavra que deve prevalecer no dicionário capital catarinense para garantir o direi-
Em 1863, o fotógrafo Alexander daqueles que trabalham com fotojornalis- to de exercer livremente a profissão de
Gardner protagonizou um dos mo, pois são poucos os recursos jornalista, sem que o jornal fosse multa-
primeiros casos de encenação no “Problema para coibir tal prática. Se o pro- do pela DRT, em diligências solicitadas
fotojornalismo, durante a cober- da manipulação fissional tiver a intenção de ma- pelo Sindicato dos Jornalistas de SC.
tura da Guerra Civil Americana, ganhou nipular, ele o fará.
o primeiro evento a ser coberto destaque na A profissão nasceu para ver Foz na mídia
a exaustão pelos fotojornalistas. mídia com o o mundo como ele é, para le- O manifesto do Dia do Jornalista em
Na famosa fotografia “A Casa de crescente uso var a lugares distantes povos e Foz do Iguaçu foi destaque na edição
um Atirador Rebelde”, Gardner de tecnologias culturas exóticas, para denun- número 11 do Boletim Eletrônico em
teria utilizado o corpo de solda- digitais” ciar, para servir como um re- Defesa da Profissão, editado pela Fenaj
do sulista para conseguir uma gistro histórico, por mais banal e distribuído para jornalistas de todo o
das imagens mais marcantes do conflito. que seja esse registro. Nas palavras de Brasil.
A suspeita caiu sobre Gardner porque ele Henry Luce, fundador da Revista Life (re-
teria utilizado o mesmo corpo na foto “A ferência no fotojornalismo) em 1936: Defesa da Profissão
Última Casa de um Atirador Especial”. “...para ver a vida; para ver o mundo, ser Sindicatos se mobliziaram
Outro episódio clássico. Durante a II testemunha dos grandes acontecimentos, novamente pela formação superior em
Guerra Mundial, o fotógrafo Joe Rosenthal observar os rostos dos mais pobres e os jornalismo. Desta vez a data escolhida
imortalizou fuzileiros navais erguendo a gestos dos orgulhosos; ver estranhas coi- foi o 1º de junho, Dia da Imprensa. Os
bandeira dos EUA após a batalha contra o sas – máquinas, exércitos, multidões, som- atos engrossaram a bandeira levantada
exército japonês na ilha de Iwo Jima. A bras na selva e na lua...”, “...para ver e ter no 7 de Abril. Um novo manifesto da
imagem deu a Rosenthal a o prêmio prazer em ver; para ver e espantar-se; para Federação Nacional dos Jornalistas
Pulitzer de Fotografia, em 1945, a maior ver e ser instruído.” (Fenaj) foi distribuído à sociedade
durante os eventos.
Fabrício Azambuja é jornalista profissional formado pela Universidade Estadual de Londrina e
atua no fotojornalismo há 4 anos. Atualmente, dá aulas para alunos do curso de jornalismo da UDC. Livro da campanha
É Diretor de Imagem da Delegacia de Foz e Região do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Já está disponível no site da Fenaj
Paraná. Home-Page: www.retratosdafronteira.com - E-mail: retratos@retratosdafronteira.com (www.fenaj.org.br), em formato PDF, o
livro Formação Superior em Jornalismo:
Uma exigência que Interessa à
E X I JA SEUS DIREITOS! Sociedade. Organizado pelo jornalista
Francisco Karam, editado com o apoio
da Universidade Federal de Santa
Denuncie o descumprimento da Catarina, o livro traz a decisão da juíza
Convenção Coletiva de Trabalho, que Carla Rister e diversos argumentos de
entre seus 51 artigos determina piso salarial instituições, jornalistas, professores e
de R$ 1.299,23, horas extras remuneradas especialistas sobre a polêmica em torno
com 100% de acréscimo, banco de horas do diploma e da formação.
somente com aval do sindicato, anuênio de Contribuições para o novo livro devem
1% e cursos de formação. ser encaminhadas para o endereço
Cópias da CCT podem ser retiradas na jornalistas@sjsc.org.br.
delegacia ou no sítio www.sindijorpr.org.br (Notas extraídas do boletim da Fenaj)
10 Prensa homenagem

Roger Meireles

Palavras a
um colega
Simone Giacometti

Parecia um dia qualquer... não fosse a notícia


triste da morte de um amigo. Dia 24 de março, no
hospital Santa Casa em Foz do Iguaçu, Fernando
Câmara morreu vítima de um derrame, aos 38 anos.
Um jornalista que merece mais do que nunca
Crônica solar
Fernando Câmara
nossa homenagem e admiração. Formado pela
Universidade do Vale dos Sinos, em São Leopoldo Quando o sol se põe
no Rio Grande do Sul na década de 80, começou a Atrás de águas
carreira na cidade de Medianeira, no Jornal O Doces, salgadas
Mensageiro. O espírito inquieto, sempre em busca Frias, quentes
da informação, fez com que se mudasse para Foz
Transparentes, barrentas
do Iguaçu. Na fronteira, arranjou emprego na TV
Cataratas, onde ficou durante 11 anos.
Não é apenas o sol que aqueceu o corpo
Definido pelos colegas como um cara ranzinza e Enegrece a pele
até mal humorado, Fernando não se contentava Alimenta as folhas
com o jornalismo medíocre, embora as vezes fosse
vencido pela rotina. Na realidade, era dono de um O sol que mergulha
humor refinado, um bom gosto apurado para No giro incessante da terra
música clássica e uma sensibilidade que o fazia ver
Trespassando instantes
o mundo de um jeito único.
Os cabelos ruivos, a barba que nunca tirava, a
É a crônica da vida
paixão pelas orquídeas, a tara pelo cigarro e a Insistentemente reescrita
fascinação por uma boa conversa regada a cerveja Diariamente repetida, repetida noite e dia
ou uísque, eram marcas registradas. Ainda tinha
mais: adorava bicicletas e motos. E não dispensava Feito sina e contemplamos
as piadas...ria da morte, do medo, do preconceito. Com ingênuo encantamento
Amante dos livros, encontrou na mulher, Geni, a
Crônica dolorida, não percebemos
companheira ideal. Mas, nem mesmo ela foi capaz
de decifrar todos os mistérios da genialidade de Que de poente em ponte
Fernando. Íntegro, culto, capaz. Jornalista em tempo Nossa vida
integral. Poeta nos momentos de inspiração... Também um dia há de se por

E restará ao sol o triunfo


Simone Giacometti é jornalista
De poder voltar outros amanhã
Enquanto nós, que a sua vaidade alimentamos
Uma vez anoitecidos
Não podemos mais amanhecer
A Casa do Teatro, Movimento de

através de uma palestra-oficina do


A poesia ambulante
Cultura Popular Cuca Legal, editora
Travessa dos Editores em parceria com
a Fundação Cultural, Aculfi e Sindicato
dos Jornalistas, concluíram a segunda
fase do projeto “Mínimas poéticas”.
Levando até os estudantes do ensino
médio uma mostra de poesias,
camisetas, livros, e muita conversa,

poeta Carlos Luz, o projeto pretendeu,


ao mesmo tempo, popularizar e
desmitificar a poesia.
Segundo Luz, que lançou
recentemente o livro “Poesia Mínima”
editado pela editora curitibana Travessa
dos Editores, “ainda existe um conceito
muito forte de que a poesia é
uma linguagem artística
cultura

!
Ela pode fazer parte do dia-a-dia das
pessoas”.
“Por que a poesia é a arte literária que
menos vende? Enquanto forma de
despertar o senso crítico, a poesia pode se
transformar em um bem cultural
consumido em larga escala? A poesia
pode conviver com a sociedade moderna,
cada vez mais competitiva e sua industria
cultural consumista? A poesia como
matéria escolar, ajuda no processo de seu
consumo? Quem escreve poesia é,
necessariamente, um poeta?”. Com essas
e outras perguntas, o poeta Carlos Luz
tentou desvendar os mistérios que
envolvem a poesia.
“Tentamos chegar às respostas
coletivamente, com a participação de
toda a turma”, diz Luz, “para incentivá-
Novos caminhos
Prensa

“ Tirar a poesia das estantes e das


livrarias, fazendo com que o maior
número de pessoas tenha acesso à essa
arte”. Para Paulo Bogler, coordenador do
Movimento de Cultura Popular Cuca

“Mínimas Poéticas”.
O Cuca Legal, que foi um dos
promotores do projeto “A Praça em
Movimento”, tem vários outros projetos
ligados às escolas de ensino médio e
faculdades da cidade.
“A intenção do Cuca Legal é
popularizar a arte e, através dela, fazer
com que o jovem redescubra novos
11

Legal, essa é a principal tarefa do

valores”.
Devido ao calendário escolar as
elitista, que poucos los a seguir um raciocínio lógico”. faculdades Uniamérica e Unioeste
entendem e que versa No final de cada palestra oficina, o deverão receber o “Mínimas poéticas”
apenas sobre o lirismo. A poeta lança um desafio para os em junho, mas em outra iniciativa inédita
intenção principal do estudantes: a partir de um tema, do projeto, já estão sendo afixados
projeto é provar escolhido aleatoriamente no dicionário, cartazes com poemas do livro “Poesia
justamente o contrário. escrever um poema coletivo, mostrando Mínima” nos ônibus urbanos de Foz do
A poesia pode que a poesia não é só inspiração, mas Iguaçu, por onde circulam, todos os dias,
adquirir várias também muita técnica e trabalho. O milhares de pessoas. “Só existe uma
formas e não é resultado é um poema batizado pelo forma de popularizar a arte, é abrir
um ‘bicho-de- poeta como poema – parabola (vocábulo caminhos para que ela chegue à
sete-cabeças’. latim, que derivou o termo “palavra”). população”, defende Bogler.

COLT 45, arte de grosso calibre


O mercado editorial do Paraná ganhou mais um veículo Luz, Jeff Menzen, Walmor Marcellino, Índia Veia, Zé Beto
direcionado à cultura. O Colt 45 estreou em abril trazendo ao Maciel, Vera Gomes, Chico Guil, Shadia Menzen e Christiane
circuito poesias e contos numa revista que um formato pouco Donini Meredigya.
usual e um designer bastante atrativo. Ela pode ser encontrada Em seu primeiro número, a Colt 45 apresenta sua proposta
em livrarias de Foz do Iguaçu por apenas R$ 3,00. O retorno nas palavras de Jeff Menzen, um dos idealizadores do projeto.
vem com desfrute na leitura. “É, primeiramente, levar um pouco de poesia, arte e
Nela, o leitor encontrará trabalhos de poetas, escritores, conhecimento à nossa sociedade e também, porque não, fazer
designer gráficos, estudantes e ornalistas. O elenco de estréia é com que ela exerça a função de pensar, divagar, contestar, criticar,
composto por Helena Sut, Lena Gomes, Audrey Farah, Carlos enfim dar o seu grito”, descreve o poeta.

Centro Educacional Carrossel


Educação infantil
e ensino fundamental

Rua Marechal Deodoro, 943 - Centro Rua Xavier da Silva, 266 - Centro
Fone: (45) 523-5105 - Foz do Iguaçu - PR Fone: (45) 572-2624 - Foz do Iguaçu - PR
cultura Prensa 12

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