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16/08/2010

Teoria e História II

Arquitetura e Urbanismo
da Idade Média e do Renascimento
Aula 03
Forma Urbana e Arquitetura Arabe

Forma Urbana e Arquitetura

• Morfologia Urbana é o estudo da configuração e da estrutura


exterior das cidades. É a ciência que estuda as formas,
interligando-as com os fenomenos que a deram origem.
• Para a morfologia o que interessa são os instrumentos de
leitura urbanística e de arquitetura. É a leitura do urbano
como uma arquitetura:
• Aspectos quantitativos, de organização funcional,
qualitativo e figurativos

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• Fatores que explicam a expansão árabe:

• Queda do Império Romano

• Mudanças na organização política e social

• Unidade do mundo mediterrâneo é interrompida por causa da expansão


islâmica.

• No Oriente disputa continuada entre o império Bizantino e o Persa. Os


dois se combatiam há séculos, acabando por enfraquecer-se.

• No Ocidente:

• Fraqueza dos Estados germânicos

• Relativa liberdade religiosa aos povos vinculada ao pagamento do


imposto do infiel.

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• No segundo quarto do século VII, Maomé, o „último‟ dos profetas, levantou


um movimento confessional nos desertos da Arábia
• expansão em todo o Oriente mediterrâneo até à Índia, todo o Norte
de África, Sicília e Sardenha e quase toda a Península Ibérica. Mais
de metade do Império Romano de Justiniano caiu nas suas mãos.
• Maomé nasceu em Meca em 570 ou 571 d.C. Aos 15 anos de idade entrou
para o comércio de caravanas. Nas suas viagens, Maomé entrou em contato
com o cristianismo e o judaísmo, que se tornaram a base do islamismo
(monoteísmo)

• Mapa do território conquistado pelos árabes

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• Segundo BENEVOLO (1993) “os árabes invadem as costas do


Mediterrâneo na metade do século VII; encontram primeiro as
zonas fortemente urbanizadas do Oriente helenístico, se
apoderam das cidades existentes -- Alexandria, Antioquia,
Damasco, Jerusalém -- e adaptam-nas às suas exigências:
Damasco se torna a primeira capital dos califas Omíadas (de 660
a 750 d.C.) e no recinto sagrado da cidade surge a primeira
mesquita”.

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“o que caracteriza as cidades da civilização • 670 -Kairouan na Tunísia
islâmica é a sua semelhança, desde o
Atlântico ao Golfo Persa” Goitia (1992) • 674- Xiraz na Pérsia

• “Tanto quanto a arquitetura é causa, é o • 711- Córdoba (Espanha)


refúgio onde o espírito do homem, a • 762- Bagdá- a nova capital dos califas
alma, o corpo e encontrar refúgio e Abássidas - na Mesopotâmia
abrigo” (trecho extraído do Manual de
gestão urbana de Ibn Abdun, juiz • 808- Fez no Marrocos
andaluz do século XII)
• 827- Palermo (Sícilia)
• A expansão árabe teve como
característica a fundação de novas • 969- Cairo no Egito
cidades segundo a tradição dos califas

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• Contribuições da influência árabe na cultura ocidental:

• Agricultura: novos produtos agrícolas e novas técnicas de cultivo.

• Artesanato: artigos refinados em couro, seda e metal.

• Artes: Arquitetura das mesquitas,, introdução do minarete (torre da mesquita) e a


decoração com letras do alfabeto (arabescos).

• Ciências: notáveis progressos na Física, Química, Matemática, Astronomia;.

• Literatura: contos As Mil e Uma Noites, o Livro dos Reis e Rubayat, de Omar
Khayan.

• Filosofia: obra do médico e filósofo Ibn Rushd (Averróes), de Córdova, que


traduziu as obras de Aristóteles para a língua árabe e introduziu-as no Ocidente.

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• Princípios culturais de ordenamento da combinação entre estruturas tribais e
cidade árabe: do clã familiar com vida religiosa.

• Cada grupo étnico religioso tem seu • O sagrado dentro da cidade islâmica
bairro distinto, e o príncipe reside numa não se destaca na paisagem como um
zona periférica protegida dos tumultos elemento concentrado e de forma
(tradição islâmica-ex. Madinath Al- isolada, mas se espalha por todo o
Zahra). tecido urbano como um todo.
• Forte relação entre o modo de vida • Vida pública: MESQUITA E
altamente formalizada e orientado pela MERCADOS (complexo
vida religiosa (direitos individuais e arquitetônico coerente)
sociais, fixados pelas convenções
religiosas ). • Vida privada: espaço residencial
voltado para pátios e conjugado
• Ausência do planejamento formal da como um todo continuo e
cidade árabe indiferenciado
• Espaço Sagrado: resultado da

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• A transição do público ao • O ambiente construído representa
sagrado, ambas incluídas no uma lembrança contínua do
mesmo seção pública do tecido divino: homogeneidade dos
urbano, é realizado por algumas espaços urbanos e estruturas
etapas, que permite a fácil internas diferenciadas
interação entre a mesquita e o
mercado.

• Espaço de oração tem de cumprir


requisitos especiais de limpeza-
marcada por portas e soleiras,
onde os visitantes tiram os
sapatos.

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Cordoba e a relação da Mesquita com o tecido urbano

A Mesquita de Córdoba :espaços internos

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• Características das cidades no Império Islâmico:

• Regularidade das cidades romanas e helenística é


abandonada;

• Não existe administração municipal;

• Casas geralmente são térreas – quando


assobradadas sombreamento das ruas e casas
vizinhas;

• Ruas estreitas – labirintos Cidade compacta - muros


– separam a área civilizada da inculta e natural

• Muros diferenciam recintos:

• Medina – centro da cidade (Mesquita é o Centro


cultural/Ensino/Religioso/Administrativo/Tribunal da
cidade)

• Bazar – loja dos comerciantes;

• Príncipe governante – Alcazaba/Fortificada dentro


da Medina ou nos arrabaldes da cidade;
estrutura típica de um aglomerado de casas pátio em torno
de um beco sem saída ramificada

A cidade árabe “Kabash”

• Kasbah, ou 'casbá': significa nas cidades árabes, o 'palácio fortificado do soberano'

• Possuía mais de 100 fontes d'água, 50 termas [hammams] ou banhos públicos, 13 grandes
mesquitas e mais de 100 salões de culto.

Kabash-1575
Imagem: historic-cities.huji.ac.il

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Kabash-1905
Imagem: www.library.uq.edu.au

Kabash-1905
Imagem: www.library.uq.edu.au

Kabash-1905 Kabash-2006
Imagem: www.library.uq.edu.au Imagem: www.library.uq.edu.au

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Kabash-2006

Kabash-2006

A cidade real árabe de Madinat Al-Zahra

• Fundada em 929 pelo Califa Abd al-Rahman al-Nasir a


oeste de Córdoba.

• O nome Al-Zahra foi tirado de uma amante do califa mas


também significa “cidade radiante”.

• Reflete nova ordem política: independência do califado al-


andalus de Bagda.

• Critérios para escolha do lugar da cidade: topografia,


defesa, paisagem, cursos d´água e fatores astrológicos.

A cidade real árabe de Madinat Al-Zahra

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A cidade real árabe de Madinat Al-Zahra

A cidade real árabe de Madinat Al-Zahra

Alcazar, casa militar e


administração

Jardins e praça cívica

Mesquita e praça militar e


comércio

A cidade real árabe de Madinat Al-Zahra

• Infra-estrutura

• Rede viária pavimentada com pedras.

• Abastecida por aquedutos (Valdepuentes) com poços de


ressalto na forma de trincheira

• Abastecimento feito por gravidade no interior de Al-


Zahra

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Principais características da
cidade árabe
Condicionantes bioclimáticos e
culturais

Privacidade ao extremo: casas


fechadas e profundas

Espaços públicos estreitos: proteção


contra o vento seco e o sol forte

Pátios internos onde a água umidifica


o ambiente

Lisboa: Bairro alto e Mouraria

Assis, Itália (cidade “espontânea”)

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Berna, Suíça (cidade planejada)

Bagnaia, Itália

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Diferenças importantes em comparação com os complexos urbanos do mundo helênico
e de Roma:

• Cidades árabes não tem foros, basílicas, teatros, anfiteatros, estádios, ginásios,
mas somente habitações particulares - casas ou palácios

• Cidades árabes tem e dois tipos de edifícios públicos:

• os banhos para as necessidades do corpo, que correspondem às termas


antigas.

• as mesquitas para o culto religioso.

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• As ruas são estreitas e formam um labirinto de passagens tortuosas -- muitas vezes
também cobertas -- que levam às portas das casas mas não permitem uma orientação
e uma visão de conjunto do bairro.

• O Islã acentua o caráter reservado e secreto da vida familiar.

• As casas são quase sempre de um andar só (como prescreve a religião) e a cidade


se torna um agregado de casas que não revelam, do exterior, sua forma e sua
importância.

• A cidade se torna um organismo compacto, fechado por uma ou mais voltas de


muros que a diferenciam em vários recintos.

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• A porta de entrada é muitas vezes um
edifício monumental e complicado (com
uma porta externa, um ou mais pátios
internos e uma porta interna) e funciona
como vestíbulo para a cidade inteira”.

• É um elemento primordial na cidade


muçulmana, pois, além de um valor
simbólico preponderante, tinham
também um valor funcional.

• Na maioria dos casos as portas eram


verdadeiras composições arquitetônicas,
às vezes de grande complexidade

Referencias bibliográficas
• Bianca, Stefano. Urban form in the Arab world:
past and present, Thames & Hudson, Londres
2000

• Leonardo Benevolo, A História da Cidade.

• http://www.youtube.com/watch?v=llcOOm2vwv8

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