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5826 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A Antigo 13.° Sancoes 1 — Constitui contra-ordenacao punivel com coima a aplicar ao dador de trabalho: a) De $0008 a 15 000$, a violagao do disposto no n.° 4 do artigo 4.° ¢ nos n.% 1 e 2 do ar- tigo $.° por cada trabalhador relativamente 20 qual se verifique a infraccdo; b) De 10 0008 a 20 0008, a violagio do disposto nos n.°* 1 a3 do artigo 4.° por cada trabalha- dor relativamente ao qual se verifique a in- fracgao; ©) De 0008 a 100 0008, a violagdo do disposto no n .° | do artigo 3.°, por cada infracgao, quando as substancias, equipamentos ou uten- silios sejam fornecidos pelo dador do trabalho ‘ou quando a violagdo seja consequéncia neces- saria da incumbéncia de trabalho; a) De 30 000$ a 150 000S, a violacdo do disposto no artigo 10.° por cada trabalhador contratado. 2—A falta de pagamento pontual da remuneracdo devida ao trabalhador no domicilio, bem como da com- pensagao prevista no n.° 5 do artigo 6.° e do subsid previsto no artigo 7.*, constitui contra-ordenagdo pu- nida com coima que pode ir até ao dobro das impor- tancias em divida, com o limite minimo de 5000S. 3 — As infracgdes no Ambito do regime de seguranca social previsto no artigo 11.° ficam sujeitas, na parte aplicdvel, ao disposto no Decreto-Lei n.° 64/89, de 25 de Fevereiro. ‘4 — Ao regime substantivo e processual das contra- -ordenagdes previstas nos n.°* 1 € 2 € aplicavel 0 dis- posto no Estatuto da Inspeceao-Geral do Trabalho © no Decreto-Lei n.° 491/85, de 26 de Novembro. Artigo 14.° ‘Tesbatho de menores Sao aplicaveis ao trabalho no domicili g0es relativas ao trabalho de menores. Artigo 15.° Aplicagto as Regidcs Auténomas presente regime ¢ aplicavel as Regides Autonomas, sem prejuizo de eventuais adaptagdes as especificida- des regionais por decreto legislativo regional. Artigo 16.° Entra © presente diploma entra em vigor 90 dias apés a sua publicasao. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 1 de Agosto de 1991. — Anibal Antonio Cavaco Silva Mario Fernando de Campos Pinto — Lino Dias Mi- ‘gue! — Luts Miguel Couceiro Pizarro Beleza — Alvaro José Brilhante Laborinho Lucio — Arlindo Marques da ‘Cunha — Luis Fernando Mira Amaral — Arlindo Go- N° 262 — 14-11-1991 ‘mes de Carvalho — José Albino da Silva Peneda — Fernando Manuel Barbosa Faria de Oliveira. Promulgado em 29 de Outubro de 1991. Publique-se © Presidente da Republica, MARIO SOARES. Referendado em 5 de Novembro de 1991 © Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva. Decreto-Lei n.° 441/91 0 14 de Novembro ‘A realizagdo pessoal e profissional encontra na qua- lidade de vida do trabalho, particularmente a que é fa- vorecida pelas condigdes de seguranga, higiene ¢ sade, uma matriz fundamental para o seu desenvolvimento. Nesta mesma perspectiva devera ser compreendido 0 relevo particularmente significativo que 0 ordenamento juridico-constitucional portugués reservou a matéria de seguranca, higiene e saiide no trabalho, na esteira, alids, do lugar cimeiro que estas matérias adquiriram no fo- rum mundial das questdes do trabalho e da satide, no- meadamente na Organizagao Internacional do Traba~ Tho e na Organizacao Mundial de Satide, bem como a importdncia de que se reveste para o conteido da dimensdo social do mercado tinico. Para além disso, as condigdes de seguranca, higiene satide no trabalho constituem o fundamento mate- rial de qualquer programa de prevengao de riscos pro- fissionais € contribuem, na empresa, para o aumento da competitividade com diminuigdo da sinistralidade. ‘A presente lei quadro visa realizar tais objectivos a sua ratio enformadora assentou, nomeadamente, nas seguintes linhas de forga: Necessidade de dotar 0 Pais de referéncias estra- tégicas e de um quadro juridico global que ga- ranta uma efectiva prevengdo de riscos profis- sionais; Necessidade de dar cumprimento integral as obri- gages decorrentes da ratificagéo da Convengao n.® 155 da OIT, sobre Seguranca, Satide dos Trabalhadores ¢ Ambiente de Trabalho, sem pre juizo da_plena validade e eficdcia da mesma Convencao no ordenamento juridico interno; Necessidade de adaptar o normativo interno a Di- rectiva n.° 89/391/CEE, relativa a aplicagio de medidas destinadas a promover a melhoria da se- guranca e da satide dos trabalhadores no tra- balho; Necessidade de institucionalizar formas eficazes de participacdo e didlogo de todos os interessados na matéria de seguranea, satide dos trabalhado- res ¢ ambiente de trabalho. Finalmente, serd de referir que 0 presente diploma acolhe parte substancial das propostas formuladas ao projecto relativo as bases sobre seguranca, higiene ¢ salide no trabalho, posto a discussdo publica na sepa- rata n.° 2 do Boletim do Trabalho e Emprego, enti- ‘quecida ainda pela apreciacdo em sede do Conselho Na- nal de Higiene ¢ Seguranca do Trabalho e, muito particularmente, pelas negociaydes com 0s parceiros s0- ciais em sede do Conselho Permanente de Concerta- 0 Social. N° 262 — 14-11-1991 Assim: Nos termos da alinea a) do n.° | do artigo 201.° da Constituicdo, 0 Governo decreta o seguinte: CAPITULO | Disposigdes gerais Artigo 1.° Odjecto presente diploma contém os principios que visam promover a segurana, higiene e sade no trabalho, nos termos do disposto nos artigos 59.° e 64.° da Consti- tuigao. Artigo 2.° Ambito 1 — O presente diploma aplica-se: 4) A todos os ramos de actividade, nos sectores piblico, privado ou cooperative ¢ socials b) Aos trabalhadores por conta ou ao servigo de outrem © aos respectivos empregadores, in- cluindo os trabalhadores da administragao pii- blica central, regional e local, dos institutos pi- blicos, das demais pessoas colectivas de direito Piiblico € das pessoas colectivas de direito pri- vado sem fins lucrativos © a todas estas enti- dades; ©) Ao trabalhador independente. 2 — Nos casos de exploragdes agricolas familiares, do exercicio da actividade da pesca em regime de «com- panha» ¢ da actividade desenvolvida por artesios em instalagées proprias, considerar-se-4 aplicavel o regime estabelecido para o trabalhador independente sempre ‘que nao se encontre prevista a adaptacdo do regime ge- ral aquelas situacoes. 3 — Os principios definidos neste diploma sero adaptados ao servico doméstico, sempre que se mos- trem compativeis com o trabalho prestado, através das normas especificas contidas no diploma regulamenta- dor do regime juridico do servigo doméstico e em le- gislacdo complementar. 4 —O presente diploma nao é aplicavel a activida- des da fungdo piiblica cujo exercicio seja condicionado por critérios de seguranga ou emergéncia, nomeada- mente das Formas Armadas ou da policia, bem como a actividades especificas dos servicos de proteccdo ci- vil, sem prejuizo da adopcao de medidas que visem ga- rantir a seguranca ¢ a satide dos respectivos trabalha- dores. Artigo 3.° Conceites Para efeitos do presente diploma entende-se por: @) Trabalhador — pessoa singular que, mediante retribuicdo, se obriga a prestar servico a um empregador, incluindo a Administragio Pu- blica, os institutos publicos e demais pessoas co- lectivas de direito publico, e, bem assim, 0 ti- rocinante, 0 estagidrio ¢ 0 aprendiz e os que estejam na dependéncia econémica do empre- DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE-A 5827 gador em razdo dos meios de trabalho ¢ do re- sultado da sua actividade, embora nao titula- res de uma relacdo juridica de emprego, piiblica ou privada; Trabathador independente — pessoa singular que exerce uma actividade por conta propria; ©) Empregador — pessoa singular ou colectiva com um ou mais trabalhadores ao seu servigo € responsével pela empresa ou pelo estabeleci mento ou, quando se trate de organismos sem fins lucrativos, que detenha competéncia para contratagdo de trabalhadores; @ Representante dos. trabalhadores — pessoa eleita nos termos definidos na lei para exercer fungdes de representagao dos trabalhadores nos dominios da seguranga, higiene e satide no tra- balho; Local de trabalho — todo o lugar em que o trabathador se encontra, ou donde ou para onde deve dirigir-se em virtude do seu traba- Iho, e em que esteja, directa ou indirectamente, sujeito ao controlo'do empregador; A) Componentes materiais do trabalho — os locais de trabalho, o ambiente de trabalho, as ferra- ‘mentas, as maquinas e materiais, as substancias € agentes quimicos, fisicos ¢ bioidgicos, os pro- cessos de trabalho e a organizagao do trabalho; 8) Prevengdo — aco de evitar ou diminuir os riscos profissionais através de um conjunto de disposigdes ou medidas que devam ser tomadas no licenciamento e em todas as fases de activi- dade da empresa, do estabelecimento ou do ser- vigo. D e Artigo 4.° Principios gernis 1 — Todos os trabalhadores tém direito a prestacao de trabalho em condigdes de seguranca, higiene e de protecgdo da satide. 2 — Deve assegurar-se que o desenvolvimento econd- mico vise também promover a humanizacao do traba- tho em condigdes de seguranga, higiene e sade, 3 — A prevengdo dos riscos profissionais deve ser dé senvolvida segundo principios, normas e programas que visem, nomeadamente: 4@) A definigao das condigdes téenicas a que de- vem obedecer a concepsdo, a fabricagao, a im- portagdo, a venda, a cedéncia, a instalacdo, a organizasdo, a utilizacdo e as transformagées dos componentes materiais do trabalho em fun- gio da natureza e grau dos riscos e, ainda, as Obrigagdes das pessoas por tal responsiveis; 5) A determinacdo das substancias, agentes ou processos que devam ser proibidos, limitados u sujeitos a autorizacao ou a controlo da au- toridade competente, bem como a definigdo de valores limites de exposicao dos trabathadores, € agentes quimicos, fisicos e bioldgicos e das normas técnicas para a amostragem, medigao € avaliagdo de resultados; ©) A promocdo ¢ vigilancia da saiide dos traba thadores; 4) O incremento da investigagio no dominio da seguranca, higiene e satide no trabalho; @) A educacao, formacao e informagdo para pro- mover a seguranga, higiene e satide no trabalho; 5828 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.9 262 ~ 14-11-1991 A) A cficdcia de um sistema de fiscalizagao do cumprimento da legislacdo relativa & seguranca, higiene e satide no trabalho. 4 — 0 desenvolvimento de programas ¢ a aplicagdo de medidas a que se refere o niimero anterior devem ser apoiados por uma coordenagdo dos meios dispor veis, pela avaliagéo dos resultados quanto diminui gdo dos riscos profissionais e dos danos para a salide dos trabalhadores e, ainda, pela mobilizagdo dos agen- tes de que depende a sua execucdo, particularmente 0s empregadores € os trabalhadores. CAPITULO II Sistema de prevencio de riscos profissionais Artigo 5.° Flementos integradores 1 — O sistema de prevencéo de riscos profissionais, visa a efectivagao do direito a seguranca e & proteccao da satide no local de trabalho por via da salvaguarda da coeréncia de medidas e da eficdcia de intervencao das entidades, piblicas, privadas ou cooperativas, que exercem, naquele Ambito, competéncias nas éreas da re- gulamentacdo, licenciamento, certificacao, normaliza- G40, investigagdo, formagdo, informacdo, consulta ¢ articipacdo, servigos técnicos de prevencao e vigilan- cia da satide € fiscalizagao. 2 — O Estado promoverd 0 desenvolvimento de uma rede nacional para a prevengdo de riscos profissionais constituida, de acordo com as areas de actuagio refe- ridas no niimero anterior, pelos servigos préprios apoiando e celebrando acordos com entidades privadas ‘ou cooperativas com capacidade técnica para a reali- zagao de acgdes nos dominios da seguranca, higiene € satide no trabalho. 3 — Nos dominios da seguranga, higiene e saide no trabalho deve procurar-se desenvolver a cooperacao en- tre o Estado ¢ as organizagdes representativas de em- pregadores ¢ trabalhadores €, ao nivel da empresa, es- tabelecimento ou servigo, entre 0 empregador ¢ os representantes dos trabalhadores ¢ estes. Artigo 6.° Definigio de polices, coordenagto ¢ avaliggdo de resultados 1 — Incumbe aos ministérios responsdveis pelas dreas das condicdes de trabalho e da satide propor a defini- eo da politica de promosao e fiscalizagdo da segu- Tanga, higiene ¢ saide no trabalho. 2— As propostas referidas no niimero anterior de- vem procurar desenvolver as complementaridades terdependéncias entre os dominios da seguranca, his e satide no trabalho ¢ o Sistema de Seguranea Social, © Servigo Nacional de Satide, a proteceao do ambiente € 0 Sistema Nacional de Gestéo da Qualidade. 3 — Os servicos da administracao central e local € servigos puiblicos auténomos com competéncias de li- cenciamento, de certificacdo ou relativos a qualquer ou- tra autoriza¢do para o exercicio de uma actividade ou afectagdo de um bem para tal exercicio devem desen- volver tais competéncias de modo a favorecer os ob- jectivos de promogao e fiscalizagao da seguranga, hi- giene € salide no trabalho, 4 — A coordenagao da aplicagio das medidas de po- litica e da avaliagdo de resultados, nomeadamente re- lativos a actividade fiscalizadora, cabe aos servicos competentes do rio responsdvel pela area das condigdes de trabalho. $ — Para além da divulgagéo a que se refere ar- tigo 20.° as medidas de politica adoptadas ¢ a avalia- ‘do dos resultados destas da acpdo fiscalizadora de- senvolvida serdo objecto de publicagéo anual ¢ de adequada divulgacdo. Artigo 7.° Consulta € partcipasio 1 — Na promogdo e avaliacdo, a nivel nacional das medidas de politica no dominio da seguranga, hi e satide no trabalho deve assegurar-se a consulta ¢ a participacdo das organizagdes mais representativas dos empregadores e trabalhadores. 2 — Para efeitos do disposto no nimero anterior, as organizagées de empregadores ¢ trabalhadores com as- sento no Conselho Econémico e Social devem integrar: @ O Instituto de Seguranga, Higiene ¢ Satide no Trabalho; 5) O Conselho Nacional de Higiene e Seguranca do Trabalho. 3 —A constituicdo, a competéncia ¢ 0 funciona- mento dos érgdos previstos no nuimero anterior serao objecto de regulamentacdo propria. CAPITULO III Direitos, deveres e garantias das partes Artigo 8.° Obrigacdes gernis do empregador 1 — O empregador ¢ obrigado a assegurar aos tra- balhadores condigdes de seguranca, higiene e satide em todos os aspectos relacionados com o trabalho. 2 — Para efeitos do disposto no mimero anterior, 0 empregador deve aplicar as medidas necessérias, tendo em conta os seguintes principios de prevenca @) Proceder, na concepsao das instalagdes, dos lo- cais € processos de trabalho, a identificasaio dos riscos previsiveis, combatendo-os na origem, anulando-os ou limitando 0s seus efeitos, por forma a garantir um nivel eficaz de protecca 6) Integrar no conjunto das actividades da em- resa, estabelecimento ou servigo € a todos os niveis a avaliagdo dos riscos para a seguranca € saiide dos trabalhadores, com a adopgdo de convenientes medidas de prevencao; ©) Assegurar que as exposigdes aos agentes quimi- cos, fisicos ¢ bioldgicos nos locais de trabalho ‘no constituam risco para a satide dos traba- thadores; d) Planificar a prevencdo na empresa, estabeleci ‘mento ou servigo num sistema coerente que te- nha em conta a componente técnica, a organi zagao do trabalho, as relagdes sociais € os factores materiais inerentes do trabalho; €) Ter em conta, na organizagao dos meios, nao s6 05 trabalhadores, como também terceiros susceptiveis de serem abrangidos pelos riscos € a realizagao dos trabalhos, quer nas instalacdes, quer no exterior; JD) Dar prioridade & protec¢ao colectiva em rela- do as medidas de proteccao individual; 8) Organizar o trabalho, procurando, designada- mente, eliminar os efeitos nocivos do trabalho monétono e do trabalho cadenciado sobre a satide dos trabalhadores; 1A) Assegurar a vigilancia adequada da satide dos trabalhadores em fungdo dos riscos a que se en- contram expostos no local de trabalho; i) Estabelecer, em matéria de primeiros socorros, de combate a incéndios e de evacuagao de tra- balhadores, as medidas que devem ser adopta- das a identificagao dos trabalhadores respon- sdveis pela sua aplicaca JD Permitir unicamente a trabalhadores com apt dao ¢ formacdo adequadas, ¢ apenas quando e durante 0 tempo necessério, 0 acesso a 20- nas de risco grave; }) Adoptar medidas € dar instrugdes que permi- tam aos trabalhadores, em caso de perigo grave € iminente que ndo possa ser evitado, cessar a sua actividade ou afastar-se imediatamente do local de trabalho, sem que possam retomar a ividade enquanto persistir esse perigo, salvo em casos excepcionais e desde que assegurada a protecydo adequada. 3 — Na aplicagio das medidas de prevengdo, 0 em- pregador deve mobilizar os meios necessarios, nomea- damente nos dominios da prevengao técnica, da for- magio e da informacao, ¢ os servigos adequados, internos ou exteriores & empresa, estabelecimento ou servigo, bem como 0 equipamento de protecgao que se torne necessério utilizar, tendo em conta, em qualquer caso, a evolucdo da técnica. 4 — Quando varias empresas, estabelecimentos ou servigos desenvolvam, simultaneamente, actividades com os respectivos trabalhadores no mesmo local de trabalho, devem os empregadores, tendo em conta a natureza das actividades que cada um desenvolve, coo- perar no sentido da protecgo da seguranga e da satide, sendo as obrigagées asseguradas pelas seguintes enti- dades: 4) A empresa utilizadora, no caso de trabathado- res em regime de trabalho temporério ou de c déncia de mio-de-obra; b) A empresa em cujas instalagdes outros traba~ Thadores prestam servicos a titulo de trabalha- dor por conta prépria, independente ou ao abrigo de contratos de prestagdo de servigos; ©) Nos restantes casos, a empresa adjudicatéria da ‘obra ou do servigo, para o que deve assegurar a coordenagao dos demais empregadores atra- vés da organiza¢ao das actividades previstas no artigo 13.°, sem prejuizo das obrigacdes. de cada empregador relativamente aos respectivos trabalhadores. 5 — As prescrigdes legais ou convencionais de segu- ranga, higiene ¢ sade no trabalho estabelecidas para serem aplicadas na empresa, no estabelecimento ou ser- vigo devem ser observadas’ pelo proprio empregador. DIARIO DA REPUBLICA 1 SERIE-A_ 5829 6 — Para efeitos do disposto no presente artigo, com as devidas adaptagdes, 0 trabalhador independente € equiparado ao empregador Artigo 9.° Informagio ¢ consulta dos trabathadores 1 — Os trabalhadores, assim como os seus represen- tantes na empresa, estabelecimento ou servigo, devem dispor de informagdo actualizada sobre: 4) Os riscos para a seguranga e saiide, bem como as medidas de proteccdo ¢ de prevencao ¢ a forma como se aplicam, relativos quer a0 posto de trabalho ou fungao, quer, em geral, A em- presa, estabelecimento ou servico; b) As medidas e as instrucdes a adoptar em caso de perigo grave ¢ iminente; ©) As medidas de primeiros socorros, de combate a incéndios € de evacuagéo dos trabalhadores em caso de sinistro, bem como os trabalhado- res ou servigos encarregados de as por em pré~ tica 2.— Sem prejuizo da formagdo adequada, a infor- magdo a que se refere o niimero anterior deve ser sem- pre proporcionada ao trabalhador nos seguintes casos: a) Admissao na empresa; b) Mudanga de posto de trabalho ou de fungdes; ©) Introdugao de novos equipamentos de trabalho ou alteraco dos existentes; @) Adopsao de uma nova tecnologia; @) Actividades que envolvam trabalhadores de di- versas empresas. 3 — Os representantes dos trabalhadores ou, na sua falta, 0s préprios trabalhadores devem ser consultados sobre: a) As medidas de higiene e seguranga antes de se- Tem postas em pratica ou, logo que seja possi- vel, em caso de aplicagao urgente das mesmas; b) As medidas que, pelo seu impacte nas tecnolo gias e nas fungdes, tenham repercussdo sobre a seguranca ¢ a saiide no trabalhi ©) © programa e a organizagao da formacao no dominio da seguranga, higiene e satide no tra- balho; d) A designagao e a exoneragao dos trabalhado- res referidos no artigo 13.°; ©) A designagdo dos trabalhadores encarregados de pdr em pratica as medidas de primeiros so- corros, de combate a incéndios e da evacuacao dos trabathadores. 4 — Os trabalhadores e os seus representantes podem apresentar propostas, de modo a minimizar qualquer risco profissional. 5 — Para efeitos do disposto nos mimeros anterio- res, deve ser facultado 0 acesso: a) As informagoes técnicas objecto de registo e aos dados médicos colectivos, nao individualizados; b) As informagées técnicas ‘provenientes de servi: {0s de inspeccao € outros organismos compe- tentes no dominio da seguranca, higiene e satide no trabalho, 5830 Artigo 10.° Representantes dos trabathadores 1 — Os representantes dos trabalhadores para a se- guranga, higiene e satide no trabalho sdo eleitos pelos trabalhadores por voto directo e secreto, segundo 0 principio da representagdo pelo método de Hondt. 2. — So podem concorrer listas apresentadas pelas or- ganizacdes sindicais que tenham trabalhadores repre- sentados na empresa ou listas que se apresentem subs- critas, no minimo, por 20% dos trabalhadores da empresa, nao podendo nenhum trabalhador subscrever ou fazer parte de mais de uma lista 3 — Cada lista deverd indicar um nimero de candi- datos efectivos igual ao dos lugares elegiveis e igual m mero de candidatos suplentes 4 — Os representantes dos trabalhadores nao pode- rao exceder: a) Empresas com menos de 61 trabalhadores — um representante; 6) Empresas de 61 a'150 trabalhadores — dois re- presentantes; ©) Empresas de'1S1 a 300 trabalhadores — trés re- presentantes; d) Empresas de 301 a 500 trabalhadores — quatro representantes; ©) Empresas de 501 a 1000 trabalhadores — cinco representantes; A) Empresas de 1001 a 1500 trabalhadores — seis representantes; 8) Empresas com mais de 1500 trabalhadores — sete representantes. 5 — O mandato dos representantes dos trabalhado- res & de trés anos, 6 — A substituicdo dos representantes s6 ¢ admitida no caso de rentincia ou impedimento definitivo, ca~ bendo a mesma aos cuidados efectivos e suplentes pela ordem indicada na respectiva lista. 7 — Os representantes dos trabalhadores a que se re- ferem os niimeros anteriores dispdem, para 0 exerci cio das suas fungdes, de um crédito de'cinco horas por 8 — O crédito de horas referido no nimero anterior ndo € acumuldvel com créditos de horas de que 0 tra- balhador beneficie por integrar outras estruturas repre- sentativas dos trabalhadores. Artigo 11." Comissies de higiene © seguranga no trabalho 1 — Por convengdo colectiva de trabalho podem ser criadas comissdes de higiene ¢ seguranca no trabalho de_composicao paritéria. 2 — Os representantes dos trabalhadores previstos no artigo anterior escolherao de entre si, com respeito pelo principio da proporcionalidade, os respectivos membros da comissio de higiene e seguranca no trabalho. Artigo 12.° Formasio dos trabathadores 1 — Os trabathadores devem receber uma formacao adequada e suficiente no dominio da seguranca, higiene e satide no trabalho, tendo em conta as respectivas fun- Bes © © posto de trabalho. DIARIO DA REPUBLICA SERIE-A ° 262 1991 2 — Aos trabalhadores referidos no artigo 13.° deve ser assegurada formagao permanente para 0 exercicio das respectivas fungdes. 3 — O empregador deve ainda proporcionar condi- Ges para que os representantes dos trabalhadores na empresa, estabelecimento ou servico que desempenhem fungdes especificas nos dominios da seguranca, higiene € satide no local de trabalho possam receber uma for- magdo adequada, concedendo, para tanto, se necessé- rio, licenca com retribuigao ou sem retribuigao nos ca- sos em que seja atribuido a esses trabalhadores, por outra entidade, subsidio especifico. 4 — Para efeitos do disposto nos n.** 1, 2 € 3, oem- pregador e as respectivas associagdes representativas po- dem solicitar 0 apoio das autoridades competentes quando carecam dos meios ¢ condigdes necessdrios & realizagdo da formagdo, bem como as organizacdes re- presentativas dos trabalhadores no que se refere a for- magdo dos respectivos representantes. '5— A formagdo dos trabalhadores da empresa so- bre seguranga, higiene ¢ satide no trabatho prevista nos nuimeros anteriores deve ser assegurada aos trabalha- dores ou seus representantes de modo que nao possa resultar qualquer prejuizo para os mesmos. Artigo 13.° Organtaasio das actividades de seguranca, higene esuide no trabalho 1 — Para a realizagao das obrigagdes definidas neste diploma, o empregador deve garantir a organizagao das idades de seguranca, higiene ¢ satide no trabalho. 2 — Para efeitos do disposto no mimero anterior, es- tas actividades poderdo ser desenvolvidas por um ou mais trabalhadores, por um tinico servico ou servicos distintos, internos ou exteriores & empresa ou ao esta- belecimento, bem como, na parte relativa & higiene seguranga, pelo préprio empregador, se tiver prepara- G0 adequada, tendo em conta a natureza das activi- dades, a dimensdo da empresa, estabelecimento ou ser- vigo € 0 tipo de riscos profissionais e respectiva prevencdo existente, e verifique ser invidvel a adopcao de outra forma de organizagdo das actividades. 3 — O empregador designard ou contratard os tra- balhadores suficientes e com a qualifi de modo a assegurar as referidas a 4 — 05 trabalhadores designados devem exercer as fungdes especificas com zelo € ndo podem ser preju cados pelo exercicio destas actividades, pelo que o em- pregador deve, nomeadamente, proporcionar-Ihes 0 tempo necessério e a informacdo ¢ meios adequados ao exercicio daquelas funcdes. 5 — Os trabalhadores ou os servigos a que se refere 0 n.2 2 deste artigo, para além das actividades ineren- tes as suas fungdes, devem: 4a) Ter disponiveis os resultados das avaliagdes de riscos especiais relativos aos grupos de traba- Ihadores a eles expostos; 6) Elaborar uma lista de acidentes de trabalho que tenham ocasionado incapacidade para 0 traba- Iho superior a trés dias tteis; ©) Assegurar a elaboragaio de relatorios sobre os acidentes de trabalho previstos na alinea ante- rior. 6 — Aos trabalhadores independentes, aos trabalha- dores na situacao prevista na parte final do n,° 2 do N° 262 — 14-11-1991 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A 5831 presente artigo € a outros cuja especificidade da acti- vidade torne praticamente impossivel a integracdo no servico previsto no n.° 1, nomeadamente nos casos de exploragdes agricolas familiares, de pesca em regime de «companhan, de artesos em instalagdes préprias, de trabalho no domicilio, de servico doméstico, 0 direito as actividades de promogao e vigiléncia da’ sade no trabalho ser assegurado pelo Servico Nacional de Satide. Artigo 14.° ‘Comunicagdes ¢ partcipasses Sem prejuizo de outras notificagdes previstas em | sislagdo especial, 0 empregador deve comunicar a Inspecgdo-Geral do Trabalho, nas 24 horas seguintes a ocorréncia, os casos de acidentes mortais ou que evi- denciem uma situaso particularmente grave. Artigo 15.° Obrigagdes dos trabsthadores 1 — Constituem obrigagéo dos trabalhadores: a) Cumprir as prescricdes de seguranca, higiene € satide no trabalho estabelecidas nas disposicées legais ou convencionais aplicaveis e as instru- GOes determinadas com esse fim pelo empre- gador: ) Zelar pela sua seguranca e satide, bem como pela seguranca ¢ satide das outras pessoas que possam ser afectadas pelas suas acgdes ou omis- s6es no trabalho; ©) Utilizar correctamente, e segundo as instrugdes transmitidas pelo empregador, maquinas, apa- relhos, instrumentos, substancias perigosas e outros equipamentos € meios postos & sua dis- posigdo, designadamente os equipamentos de proteceao colectiva e individual, bem como cumprir 05 procedimentos de trabalho estabe~ lecidos; 4) Cooperar, na empresa, estabelecimento ou ser- vigo, para a methoria do sistema de seguranca, higiene ¢ sade no trabalho; e) Comunicar imediatamente a0 superior hierdi quico ou, no sendo possivel, aos trabalhado- Tes a que se refere o artigo 13.° as avarias € deficigncias por si detectadas que se Ihe afigu- rem susceptiveis de originarem perigo grave ¢ iminente, assim como qualquer defeito verifi- cado nos sistemas de proteceao; A) Em caso de perigo grave e iminente, nao sendo possivel estabelecer contacto imediato com 0 su- perior hierérquico ou com os trabalhadores que desempenham fungdes especificas nos dominios da seguranga, higiene ¢ satide no local de tra- batho, adoptar as medidas ¢ instrucdes estabe- lecidas para tal situagdo. 2 — Os trabalhadores no podem ser prejudicados em virtude de se terem afastado do seu posto de tra- batho ou de uma drea perigosa em caso de perigo grave e imediato que ndo possa ser evitado, nem por terem adoptado medidas para a sua prépria seguranca ou de outrem, a ndo ser que tenham agido com dolo ou ne- sligéncia grave. 3 — As medidas e actividades relativas & seguranca, higiene e satide no trabalho ndo implicam encargos fi nanceiros para os trabalhadores, sem prejuizo da res- ponsabilidade disciplinar e civil emergente do incum- Primento culposo das respectivas obrigacdes. CAPITULO IV Outros instrumentos de accio Artigo 16.° Eucagio, formasio « lnformasdo para a seguranga, Iigiene € saiide no trabalho 1 —A integracdo dos contetidos de seguranca, hi- giene ¢ satide no trabalho nos curriculos escolares deve ser prosseguida nos varios niveis de ensino, tendo em vista uma cultura de prevengdo no quadro geral do sis- tema educativo € a preveng&o dos riscos profissionais como preparagdo para a vida activ 2 — A integracéo de contetidos sobre seguranca, hi giene e satide no trabalho nos programas de formacdo Profissional deve ser concretizada por forma a permi: tir a aquisiggo de adequados conhecimentos € habitos de seguranga para o desempenho da profissio. 3 — A formacao técnica necesséria ao exercicio das actividades previstas no artigo 13.° seré definida pela entidade competente ¢ a qualificagéo adquirida ser ob- jecto de cettificacdo. 4— 0 Estado deve fomentar, em matéria de segu- ranca, higiene e satide no trabalho, acgdes de forma- cdo € informagdo destinadas a empregadores, gestores, quadros ¢ trabalhadores, especialmente para os que as- seguram as actividades previstas no artigo 13.° 5—O Estado deve promover accdes de esclareci mento das populagdes nos dominios da seguranca, hi- giene € satide no trabalho. Axtigo 17.° nvestigapio e formacio especiallzada 1 — 0 Estado deve assegurar condigdes que garan- tam a promogdo da investigagdo cientifica na area da seguranca, higiene ¢ satide no trabalho. 2. — A acgdo do Estado no fomento da investigagao deve orientar-se, em especial, pelos seguintes vectores: @) Apoio a criagdo de estruturas de investigagao € a formacdo prés-graduada de especialistas € de investigadores; ) Promogio de colaboragdo entre as varias estru- turas nacionais interessadas; ©) Divulgacdo de informacao cientifica que con- tribua para o avango do conhecimento e pro- sresso da investigagdo na area da seguranca, hi- giene ¢ saiide no trabalho; @) Incentivo a participagéo nacional em programas internacionais. 3 —O fomento da investigagao, do desenvolvimento experimental e da demonstracao deve orientar-se pre- dominantemente para aplicagdes técnicas que promo- vam a melhoria do nivel da prevengao dos riscos pro- fissionais ¢ da proteccdo da satide no trabalho. Artigo 18.° Normalizagto 1 — As normas e especificacdes técnicas na area da seguranca, higiene ¢ satide no trabalho, relativas a me- todologias ¢ procedimentos, critérios de amostragem, certificago de equipamentos ¢ outras, sAo aprovadas, no Ambito do Sistema Nacional de Gestéo da Quali- dade. 2 — As normas ¢ demais especificagdes técnicas cons- tituem referéncia indispensavel & adopedo de procedi- mentos ¢ medidas exigidos em legislagao aplicavel no dominio da seguranca, proteccdo da saiide dos trabi thadores € meio de trabalho, constituindo, complemen- tarmente, uma orientagdo para varias actividades, no- meadamente as produtoras de bens € equipamentos ara utilizagao profissional. Artigo 19.° Licenciamento ¢ autorizagdo de Iaboracio 1 — Os processos de licenciamento e autorizagao de laboragao sao objecto de legislagdo especifica, devendo integrar as especificagdes adequadas A prevengdo de ris- cos profissionais ¢ a protecgao da saiide. 2 — Toda a pessoa singular ou colectiva que fabri- ‘que méquinas, aparelhos, ferramentas, instalacdes ¢ ou- ‘105 equipamentos para utilizagdo profissional deve pro- ceder as investigagOes e operagdes necessdrias para que, na fase de concepeao e durante a fabricacdo, sejam, na medida do possivel, eliminados ou reduzidos ao mi- imo quaisquer riscos que tais produtos possam apre- sentar para a satide ou para a seguranga das pessoas ¢ garantir, por certificagdo adequada antes do langa- mento no mercado, a conformidade com os requisitos de seguranga e de satide aplicaveis. 3 — Toda a pessoa singular ou colectiva que im- porte, venda, a ceda a qualquer titulo ou colo- que em exposi¢ao maquinas, aparelhos, ferramentas ou instalagdes para utilizagtio profissional deve: @) Proceder ou mandar proceder aos ensaios ¢ controlos que se mostrem ou sejam necessérios para se assegurar que a construgio e 0 estado de tais equipamentos de trabalho sto de forma a nao apresentar riscos para a seguranga ¢ a saiide dos trabalhadores, desde que a utilizagao de tais equipamentos seja feita correctamente € para o fim a que se destinam, salvo quando 08 referidos equipamentos estejam devidamente certificados; +) Tomar as medidas necessérias para que as mé- quinas, aparelhos, ferramentas ow instalagdes para utilizagdo profissional sejam anexadas ins- irugdes, em portugues, quanto a montagem, utilizagdo, conservagdo € reparaco das mes- mas, em que se especifiquem, em particular, ‘como devem proceder os trabalhadores incum- bidos dessas tarefas, de forma a prevenir ris- cos para a sua seguranga ¢ satide ¢ de outras pessoas. 4 — Toda a pessoa singular ou colectiva que proceda & montagem, colocacdo, reparacdo ou adaptacdio de maquinas, aparelhos, ferramentas ou instalagdes para DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N° 262 — 14-11-1991 utilizacdo profissional deve assegurar-se, na medida do possivel, de que, em resultado daquelas operagdes, tais equipamentos nao apresentam perigo para a seguranga € salide das pessoas se a sua utilizagdo for efectuada correctamente. 5 — As maquinas, aparelhos, ferramentas e instala- Ges para utilizagao profissional s6 podem ser forneci- dos ou colocados em servigo desde que contenham a marcacdo de seguranga, 0 nome ¢ 0 endereco do fa- bricante ou do importador, bem como outras informa- es que permitam identificar claramente os mesmos € prevenir 0s riscos na sua utilizacdo. 6 — Nos casos de feiras ¢ demonstracdes ou exposi- ses, quando as maquinas, aparelhos, ferramentas ¢ instalagdes para utilizacdo profissional se encontrarem sem as normais protecgdes de seguranca, devem estar indicadas, de forma bem visivel, as precaugdes de se- guranga, bem como a impossibilidade de aquisic&o des- tes equipamentos tal como esto apresentados. 7 — As autoridades competentes para 0 licencia mento divulgardo, periodicamente, as especificagdes a respeitar na drea de seguranga ¢ higiene no trabalho, por forma a garantir uma prevengdo de concepcao € facilitar os respectivos procedimentos administrativos. Artigo 20.° Estatistlens de acidentes de tra 1 — 0 Estado assegura a publicagio regular ¢ a di- vulgagdo de estatisticas anuais sobre acidentes de tra- balho e doengas profissionais. 2— A informacao estatistica deve permitir a carac- terizagdo dos acidentes e das doencas profissionais, de molde a contribuir para os estudos epidemiolégicos, Possibilitar a adopgao de metodologias e critérios apro- priados a concepelio de programas e medidas de pre- vengdo de ambito nacional e sectorial e ao controlo pe- riédico dos resultados obtidos. Artigo 21.° Inspeegio 1 — A fiscalizagéo do cumprimento da legislagéo re- lativa a seguranga, higiene ¢ side no trabalho, assim como a aplicacdo das correspondentes sangdes, com- pete, em geral, a Inspecedo-Geral do Trabalho, sem prejuizo de competéncia fiscalizadora especifica atri- buida a outras entidades. 2 — Compete a Inspec¢do-Geral do Trabalho a rea- lizagao de inquéritos em caso de acidente de trabalho mortal ou que evidencie uma situagao particularmente grave. 3 — Nos casos de doenga profissional ou quaisquer outros danos para a satide ocorridos durante 0 traba- Iho ou com ele relacionados, a Direvgéio-Geral dos Cui- dados de Satide Primérios, através das autoridades de saiide, bem como a Caixa Nacional de Seguros de Doengas Profissionais, podem, igualmente, promover a realizagao de inquéritos. 4 — Os representantes dos trabalhadores devem po- der apresentar as suas observagdes por ocasido das vi- sitas € fiscalizagdes efectuadas por autoridade compe- tente & empresa, estabelecimento ou servigo. N.° 262 ~ 14-11-1991 CAPITULO V Disposigdes gerais Artigo 22.° 1 — Mantém-se em vigor a legislagdo ¢ regulamen tagdo especificas que nao contrariem o regime constante do_ presente diploma. 2 — As disposigdes deste diploma nao prejudicam a aplicagao de normas mais favordveis & prevengao dos riscos profissionais e proteccdo da sade no trabalho. Antigo 23.° Legistasio complementar 1 — A regulamentagao do presente diploma deve ser publicada até 30 de Abril de 1992, ocorrendo a sua en- trada em vigor na data prevista'no artigo 25.° 2— Sem prejuizo da regulamentacao derivada da transposigdo para o direito interno das directivas co- munitérias, a regulamentacdo referida no numero an- terior deve contemplar, prioritariamente, os seguintes dominios: a) Servigos de seguranga, higiene ¢ saide no tra- balho ¢, bem assim, a formacao, capacitacao € qualificagdo exigiveis para o exercicio de tais actividades a que se refere o artigo 13.° e, no- meadamente, as condig6es em que essas fungdes podem ser exercidas pelo proprio empregador; Processo de eleigdo dos representantes dos tra balhadores previstos no artigo 10.° e o respec tivo regime de proteccao; Definigdo das formas de aplicago do presente diploma & Administragao Publica; @) Grupos de trabalhadores especialmente sensiveis a certos riscos, nomeadamente jovens ¢ mulhe- res gravidas; e) No caso da agricultura, da pesca e da marinha de comércio, desenvolvimento de adaptacdes ») °) __DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE-A __ 5833 que tenham em conta a especificidade da res- pectiva actividade organizacdo empresarial, nomeadamente quanto ao representante dos tra” balhadores ¢ sua eleigao por empresa ou zona ‘geografica; J) Revisdo do regime de penalizagdes por pratica de infracgdes. Artigo 24.° Regides Auténomas Nas Regides Auténomas dos Agores e da Madeira, a execucdo administrativa do presente diploma cabe aos servigos competentes das respectivas administracOes re- gionais, Artigo 25.° Entrada em vigor presente diploma entra em vigor no dia 1 de Ju- Tho de 1992, Visto € aprovado em Conselho de Ministros de 1 de Agosto de 1991. — Antbal Anténio Cavaco Silva — Mario Fernando de Campos Pinto — Lino Dias Mi- guel — Luis Miguel Couceiro Pizarro Beleza — Luis Francisco Valente de Oliveira — Luis Fernando Mira Amaral — Roberto Artur da Luz Carneiro — Arlindo Gomes de Carvalho — José Albino da Silva Peneda — Alfredo César Torres — Carlos Alberto Diogo Soares Borrego. Promulgado em 29 de Outubro de 1991 Publique-se. Presidente da Republica, MARIO Soares. Referendado em 5 de Novembro de 1991 O Primeiro-Ministro, Antbal Antonio Cavaco Silva.

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