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Trata-se de Apelação interposta pelo Condomínio do Edifício Parthenon contra Alvaro Thadeu Araujo Maia de Carvalho, com a pretensão de reverter a sentença que, em primeira instância, julgou extinto o processo sem julgamento de mérito em decorrência da impossibilidade jurídica do pedido daquele então autor.
Trata-se de Apelação interposta pelo Condomínio do Edifício Parthenon contra Alvaro Thadeu Araujo Maia de Carvalho, com a pretensão de reverter a sentença que, em primeira instância, julgou extinto o processo sem julgamento de mérito em decorrência da impossibilidade jurídica do pedido daquele então autor.
Trata-se de Apelação interposta pelo Condomínio do Edifício Parthenon contra Alvaro Thadeu Araujo Maia de Carvalho, com a pretensão de reverter a sentença que, em primeira instância, julgou extinto o processo sem julgamento de mérito em decorrência da impossibilidade jurídica do pedido daquele então autor.
Trata-se de Apelao interposta pelo Condomnio do Edifcio Parthenon
contra Alvaro Thadeu Araujo Maia de Carvalho, com a pretenso de reverter a sentena que, em primeira instncia, julgou extinto o processo sem julgamento de mrito em decorrncia da impossibilidade jurdica do pedido daquele ento autor. A ao originria, conforme o procedimento ordinrio, objetivava o afastamento definitivo do ru das dependncias do referido Condomnio, tendo em vista sua conduta incompatvel com as normas de convivncia comunitria, extrapolando o comportamento antissocial e beirando o criminoso, naquele local. Alternativamente, solicitou a aplicao de multa ao ru. Sobreveio sentena, julgando extinto o processo, sem julgamento de mrito, em decorrncia da impossibilidade jurdica do pedido de afastamento permanente do ru do quadro condominial. Ato contnuo, o autor interps Apelao, asseverando que a sentena conflitava com o princpio da funo social da propriedade, e que seria possvel tolher o direito de propriedade do ru tendo em vista seu comportamento. Alegou tambm cerceamento de defesa, em virtude da no apreciao do pedido alternativo de aplicao de multa para o ru.
b) Objeto do litgio (quem quer, o que, de quem?) e normas
substantivas principais que tratam do assunto (por qu):
O Condomnio do Edifcio Parthenon ajuizou ao contra Alvaro Thadeu
Araujo Maia de Carvalho, pleiteando o afastamento permanente deste das dependncias do Condomnio, tendo em vista seu comportamento antissocial, incompatvel com a convivncia comunitria. As normas substancias que se encontram em aparente cotejo neste Acrdo so, de um lado, o princpio constitucional da funo social da propriedade, presente nos artigos 5, XXIII, e 170, III, ambos da Constituio da Repblica, e; de outro, o direito fundamental moradia (artigo 6 caput da Constituio), o direito de propriedade (artigos 5, XXII, e 170, II, da Constituio) e as disposies do Cdigo Civil que tratam da propriedade condominial, especialmente o caput e o pargrafo nico do artigo 1337 deste diploma legislativo, que estabelecem as possveis constries para o condmino que no cumpre com seus deveres condominiais e/ou adote reiterado comportamento antissocial.
c) a deciso dada pelo Tribunal e a fundamentao da deciso do
Tribunal:
A deciso proferida pela Dcima Stima Cmara Cvel do TJ/RJ foi no
sentido de negar provimento ao recurso, no permitindo, portanto, o afastamento do condmino de sua unidade residencial. A fundamentao adotada foi a de que, ainda que pratique atos profundamente antissociais, este ordenamento jurdico no prev como sano a excluso do condmino. No existe, conforme arguiu o Tribunal, lacuna legislativa na questo, que se encontra claramente disciplinada no artigo 1337 do Cdigo Civil, prevendo o pagamento de multas para a resoluo de conflitos condominiais desta natureza. Entendimento em sentido contrrio violaria, ainda, o princpio da legalidade e da separao de poderes, tendo em vista que tal interpretao expansiva criaria preceitos diversos do que consta no texto constitucional e legal. Ademais, atestou que no h necessidade de tutela jurisdicional para o arbitramento de multas ao condmino, visto que estas podem ser aplicadas pela Assembleia Condominial, administrativamente.
d) O posicionamento ideolgico e/ou poltico do Tribunal, se houver os
estiver claro:
O posicionamento do Tribunal foi de prestigiar o texto legal, no
permitindo uma interpretao expansiva do princpio de funo social da propriedade. Destarte, optou a Cmara pela via da autoconteno judicial, renunciando de um ativismo que poderia abrir precedentes para que a medida de excluso do quadro condominial se tornasse regra. e) Comentrios pessoais concordando ou discordando do posicionamento do Tribunal:
Analisando criticamente o posicionamento do Tribunal, observa-se que a
deciso foi realizada corretamente. De fato, no se trata de uma questo de lacuna legislativa, tendo em vista que o pargrafo nico do artigo 1337 do Cdigo Civil estabelece as constries de cunho pecunirio, to somente ao condmino que adotar comportamento antissocial. Ademais, verifica-se o receio de que a deciso pela excluso de um condmino de sua unidade residencial possa abrir precedentes para que tal posicionamento se torne a regra, fazendo do direito civil um instrumento aplicao de punies, de sanes, tal qual o o direito penal. Sabe-se que conflitos de vizinhana so bastante comuns e que uma boa parcela dos condomnios tem moradores que adotam condutas antissociais. Contudo, o legislador no elegeu o afastamento como medida cabvel neste caso, no autorizando, portanto, o Judicirio a tomar esta deciso.