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– Manifestações de piedade.
Cristo, Deus feito homem que vem salvar-nos, ama-nos com um amor único
e pessoal; “é um amante ciumento” que pede todos os nossos afectos. Espera
que lhe entreguemos aquilo que temos, seguindo a vocação pessoal a que um
dia nos chamou e a que continua a chamar-nos diariamente no meio dos
nossos afazeres.
II. DÁ- ME, MEU FILHO, o teu coração, e põe os teus olhos nos meus
caminhos4.
Em outras ocasiões, Deus trata-nos como uma mãe carinhosa que, sem que
o filho o espere, lhe dá um doce como prémio ou, simplesmente, quer
manifestar-lhe todo o seu afecto. E esse filho, que sempre amou a sua mãe,
fica imensamente feliz e até se oferece voluntariamente para fazer o que seja
preciso, no seu desejo de mostrar-se agradecido. Mas sem dúvida repudiará
todo o pensamento que possa induzi-lo a pensar que a sua mãe não o ama
quando não lhe dá guloseimas, ou – se tem um mínimo de senso comum –
quando lhe faz uma correcção ou quer levá-lo ao médico. Assim devemos
comportar-nos com o nosso Pai-Deus, que nos ama muito mais. Nas épocas
difíceis, devemos recordar os tempos dos consolos sensíveis, para tirar forças
e persistir com mais generosidade na luta diária, sabendo que a essência do
amor não está nos sentimentos.
III. O MEU CORAÇÃO tornou- se como cera, derrete- se dentro das minhas
entranhas8, diz a Escritura.
Para amar a Deus com todo o coração, temos de recorrer com frequência à
Santíssima Humanidade de Jesus – e talvez ler durante uma temporada uma
biografia de Cristo –: contemplá-lo como perfeito Deus e como Homem perfeito,
observar o seu comportamento com os que o procuram: a sua compaixão
misericordiosa, o seu amor por todos. De modo especial, meditaremos a sua
Paixão e Morte na Cruz, a sua generosidade sem limites quando mais sofre.
Noutros casos, dirigir-nos-emos a Deus com as mesmas palavras com que o
amor humano se expressa, e até poderemos converter em verdadeira oração
as canções que falam desse amor nobre e limpo.
(1) Mt 22, 34-40; (2) F. Ocáriz, Amor a Dios, amor a los hombres, 4ª ed., Palabra, Madrid, 1979,
pág. 22; (3) cfr. São Josemaría Escrivá, Forja, n. 506; (4) Prov 23, 26; (5) cfr. São
Tomás, Comentário ao Evangelho de São Mateus, 22, 4; (6) São João Crisóstomo, Homilias
sobre o Evangelho de São Mateus, 16, 7; (7) cfr. João Paulo II, Homilia, Ávila, 1-XI-1982; Santa
Teresa de Jesus, Castelo interior, IV, 1, 7; (8) Sl 21, 15; (9) São Josemaría Escrivá, Caminho,
n. 102; (10) cfr. J. M. Escartin, Meditación del Rosario, 3ª ed., Palabra, Madrid, 1971, pág. 63;
(11) São Josemaría Escrivá, Forja, n. 498.