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LEI Nº 842 DE 02 DE JANEIRO DE 1991


(Vide Regulamentação da Lei nº 2.113/2005)
2.113
(Vide Lei Complementar nº 40/2010)
40

DISPÕE SOBRE O ZONEAMENTO E ADEQUAÇÃO DO USO ÀS ZONAS.

HEITOR VALVASSORI - Prefeito Municipal de Içara, faço saber a todos os


habitantes deste município que a Câmara de Vereadores aprovou e eu sanciono a
presente Lei:

TÍTULO I
Das Normas Gerais

CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares

Art. 1º - Esta Lei regula o uso e a ocupação do solo urbano do município.

Art. 2º - Fazem parte integrante desta Lei os seguintes mapas em escala I:


10.000:

I - Zoneamento e sistema viário básico às Sede do município;

II - Zoneamento e sistema viário básico ao Balneário do Rincão.

Art. 3º - Compete à Prefeitura Municipal orientar, controlar a aplicação dos


dispositivos desta Lei, em conjunto com as disposições da Lei de parcelamento
de solo, Lei do Perímetro Urbano, Código de Obras e Código de Posturas, todas
competentes ao Plano Diretor Físico Territorial do Município.

Parágrafo Único - A Prefeitura Municipal não realizará nem licenciará obras


que estejam em discordância com qualquer disposição do Plano Diretor do
Município.

CAPÍTULO II
Das Disposições Administrativas

Art. 4º - Compete à Secretaria de Obras e Serviços Urbanos orientar e


controlar a aplicação do Plano, tendo em vista as disposições desta Lei e
outras normas que venham a ser estabelecidas no decorrer do processo de
planejamento, bem como as disposições contidas em Legislação Federal e

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Estadual pertinentes.

Art. 5º - São atribuições da Diretoria de Obras e Serviços Urbanos, relativos


ao Plano:

I - Supervisionar a implantação do Plano, realizar os trabalhos necessários à


sua constante atualização e efetuar sua revisão periódica, propondo variantes
em setores que apresentarem inviabilidade de implantação;

II - Coletar, organizar e atualizar todas as informações relativas ao


planejamento urbanístico, territorial e sócio-econômico do Município;

III - Assessorar o Prefeito nas decisões relativas ao desenvolvimento do


Município, particularmente no que se refere ao seu planejamento urbanístico,
territorial e sócio-econômico;

IV - Coordenar e supervisionar projetos específicos ligados ao planejamento,


quando designado pelo Prefeito ou na esfera de suas atribuições;

V - Articular-se com os órgãos de planejamento urbano da região e do estado;

VI - Participar da elaboração do Orçamento Programa e do Orçamento Plurianual


de Investimentos;

VII - Dar apoio técnico e administrativo ao conselho de Desenvolvimento


Urbano;

VIII - Analisar os processos administrativos referentes a ocupação e uso do


solo, principalmente loteamentos, desmembramentos, condomínios e projetos
integrados de urbanização.

Art. 6º - Fica criado o conselho de Desenvolvimento Urbano do Município - CDU,


composto de:

I - Dois representantes do Executivo, sendo que um obrigatoriamente da área de


planejamento.

II - Dois representantes da Câmara de Vereadores indicados por líderes das


duas maiores bancadas, ou blocos parlamentares.

III - Um representante do CDL - Clube dos Dirigentes e Lojistas de Içara.

IV - Dois profissionais liberais, convidados pelo Senhor Prefeito Municipal.

V - Um comerciante, convidado pelo Sr. Prefeito Municipal.

VI - Um agricultor, indicado pela respectiva associação, e um trabalhador


indicado pelos sindicatos com base territorial em Içara.

VII - Dois membros de associações de moradores, indicados pelas mesmas, ou na


falta de indicação, convidados pela administração Municipal.

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Art. 7º - Os membros do Conselho (CDU) não farão jus à remuneração pelo


exercício de suas funções.

Art. 8º - O Conselho se reunirá ordinariamente a cada mês e


extraordinariamente, quando convocado por dois de seus membros ou pelo
Prefeito.

Art. 9º - Os Conselheiros terão um mandato de 01 (um) ano.

Art. 10 - Compete ao Conselho de Desenvolvimento Urbano emitir parecer sobre:

I - Minutas os decretos, regulamentos e portarias que contenham preceitos de


natureza urbanística;

II - Elaboração de plano de desenvolvimento integrado;

III - Ampliação do Perímetro Urbano;

IV - Localização de áreas industriais e conjuntos habitacionais de interesse


social;

V - Decretos de regulamentação de Leis de alteração do Plano Diretor Físico -


Territorial Urbano;

VI - Projetos oriundos da esfera Federal ou Estadual para execução na área do


Município;

VII - Pedidos de aprovação de planos integrados de urbanização ou parcelamento


do solo cuja área seja superior a 4 ha (quatro hectares);

VIII - Pedidos de localização e construção em outras áreas do Município, para


as quais não foram ainda previstos critérios em Lei;

IX - Estudo de variantes ao Plano Diretor Físico-Territorial Urbano.

Parágrafo Único - O Prefeito pronunciar-se-á sobre os itens deste artigo,


ouvido o Conselho.

Art. 11 - O Conselho, dentro de 60 (sessenta) dias após aprovação desta Lei,


deverá apresentar ao Executivo o seu regimento interno, observando o seguinte:

I - As deliberações serão por maioria absoluta;

II - Deverão ser registrados e arquivados todos os trabalhos do Conselho.

Art. 12 - Fica o Executivo Municipal autorizado a proceder as adaptações


necessárias das normas de procedimento com vistas a implantação do Conselho de
Desenvolvimento Urbano.

TÍTULO II

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Do Zoneamento Para Uso e Ocupação do Solo

CAPÍTULO I
Generalidades

Art. 13 - Considera-se Zoneamento a divisão das áreas urbanas em Zonas


diferenciadas segundo sua destinação de uso e ocupação do solo.

Art. 14 - Uso do solo é o aproveitamento de uma área para uma determinada


atividade urbana e refere-se ao caráter qualitativo de utilização do solo.

Art. 15 - Ocupação do solo refere-se ao caráter quantitativo de utilização do


solo.

Art. 16 - A área urbana da Sede do Município, fica dividida em zonas cujos


limites estão indicados na planta de zoneamento, em anexo.

§ 1º - As zonas são delimitadas por vias, acidentes naturais, curvas de nível


e divisas de terrenos.

§ 2º - Os limites entre as diversas zonas serão ajustados quando verificada a


conveniência de tal procedimento, com o parecer do Conselho de Desenvolvimento
Urbano com vistas a:

I - Maior precisão dos limites;

II - Adequação às extremas dos terrenos;

III - Adequação ao sistema viário;

CAPÍTULO II
Da Classificação das Zonas e das Normas Específicas

Art. 17 - A área abrangida pela Lei de Zoneamento é composta pelas seguintes


Zonas:

I - Zonas Residenciais - ZR;

II - Zonas Mistas - ZM;

III - Zonas Industriais - ZI;

IV - Zonas Comunitário-Institucionais - ZCI;

V - Zonas de Interesse Turístico - ZIT;

VI - Zonas de Equipamentos Urbanos - ZEU;

VII - Zonas do Sistema Viário - ZSV;

VIII - Zonas de Preservação de Recursos Naturais - ZPN;

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IX - Zonas de Expansão Urbana - ZEX;

X - Zonas Rurais - ZRU;

XI - Zonas de Incentivo a Hotelaria - ZIH;

XII - Zonas de Alteração do Solo - ZAS.

SEÇÃO I
Das Zonas Residenciais - ZR

Art. 18 - As zonas residenciais são destinadas a função residencial, podendo


ser complementadas por funções diversas de caráter vicinal e de pequeno porte,
subdividindo-se em:

I - Zona Residencial Exclusiva - ZRE;

II - Zona Residencial Predominante - ZRP.

Art. 19 - As ZRE destinam-se a função habitação exclusiva e permanente.

Art. 20 - As ZRP destinam-se primordialmente a função habitação permanente e


estão classificadas em função das condições de infra-estrutura:

I - ZRP-1: Zonas com gabarito máximo de 4(quatro) pavimentos - térreo mais


três;

II - ZRP-2: Zonas com gabarito máximo de 2(dois) pavimentos - térreo mais


dois.

SEÇÃO II
Das Zonas Mistas - ZM

Art. 21 - As Zonas mistas concentram funções urbanas que fortalecem a


agregação da comunidade, como comércio e serviços, além de permitir o uso
residencial, subdividindo-se em:

I - Zona Mista Central - ZMC;

II - Zona Mista de Serviço - ZMS;

III - Zona Mista Diversificada - ZMD;

§ 1º - A ZMC destina-se ao uso comercial, de serviço, administrativo e


residencial.

§ 2º - A ZMS destina-se ao uso de serviço especializado, comércio, indústria


não incômoda e uso residencial.

§ 3º - A ZMD destina-se a localização de estabelecimentos de serviço, comércio

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e indústria de micro-porte que possam gerar circulação de veículos pesados.

SEÇÃO III
Das Zonas Industriais - ZI

Art. 22 - As zonas industriais são destinadas a implantação de atividades do


setor secundário, consideradas não incômodas e incômodas, bem como das
atividades que lhes são complementares, subdividindo-se em :

I - Zona Industrial Exclusiva - ZIE: destina-se a localização de indústrias de


médio porte;

II - Zona Industrial Predominante - ZIP: destina-se a localização de


indústrias de pequeno porte.

§ 1º - Os processos produtivos devem ser submetidos a métodos adequados de


controle e tratamento de efluentes.

§ 2º - As indústrias de grande porte e/ou nocivas deverão localizar-se fora do


perímetro urbano, ao longo da Rodovia BR - 101, numa faixa de 200m (duzentos
metros) para cada lado.

SEÇÃO IV
Das Zonas Comunitário-Institucionais - ZCI

Art. 23 - As zonas comunitáro-institucionais são destinadas a implantação de


equipamentos comunitários e aos usos institucionais referentes a educação,
cultura, pesquisa, lazer, esporte, saúde, assistência social, culto religioso,
meios de comunicação, segurança pública e administração pública.

Parágrafo Único - Os itens não determinados no mapa de zoneamento serão


classificados e localizados por Plano de rede hierarquizada, executado ou
aprovado pela Prefeitura Municipal, para o que serão consideradas as normas
Federais e Estaduais, e a respectiva área ou raio de influência de cada
equipamento, função do desenvolvimento da cidade.

Art. 24 - São considerados equipamentos comunitários e usos institucionais os


seguintes:

I - Educação, cultura, pesquisa e cultos: creche, jardim de infância, escolas,


centro de pesquisas, casa de cultura, museu, centro comunitário, biblioteca,
templo religioso, centro paroquial, capela, teatro, cinema, e semelhantes;

II - Esporte e Lazer: ginásio de esportes, cancha de esportes, estádio, pista


de atletismo, cancha de bocha, de bolão e boliche, clube social e esportivo,
piscinas, hipódromo, cartódromo, "bicicross", patinação, centro náutico
esportes ao ar livre e praças em geral;

III - Saúde e assistência social: posto de saúde, hospital, asilo, orfanato,


centro de assistência ao menor, albergue, centro médico, pronto socorro e
semelhantes;

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IV - Administração e segurança pública : Prefeitura, fórum, órgãos de


administração estadual e federal, e semelhantes;

V - Meios de comunicação: central telefônica, telefone público, rádio,


televisão, jornal, agência de correio e telégrafo, caixa coletora de correio e
semelhantes.

SEÇÃO V
Das Zonas de Interesse Turístico - ZIT

Art. 25 - Nas zonas de interesse turístico deverá ser mantida a cobertura


vegetal nativa, somente se permitindo o corte de árvores indispensáveis a
implantação das edificações admitidas na zona.

§ 1º - Considera-se superfície indispensável à edificações, até o dobro da


área de projeção no solo.

§ 2º - As árvores cujo corte for indispensável para implantação de edificações


deverão ser indicadas em projeto, devendo cada árvore abatida ser substituída
por outra no mesmo terreno.

§ 3º - Os acessos privados das edificações deverão se harmonizar com a


topografia existente e preservar a vegetação arbórea.

Art. 26 - Nas ZIT não será permitida qualquer movimentação de terra, bem como
serviços de drenagem para supressão de banhados.

SEÇÃO VI
Das Zonas Equipamentos Urbanos - ZEU

Art. 27 - As zonas de equipamentos urbanos destinam-se exclusivamente a


implantação de equipamentos públicos dos sistemas de abastecimento de água e
energia elétrica e de saneamento.

Art. 28 - A localização e implantação das ZEU deve observar as normas técnicas


específicas e ser aprovada pelo órgão municipal de planejamento.

SEÇÃO VII
Das Zonas do Sistema Viário - ZSV

Art. 29 - As zonas do sistema viário compreendem as rodovias, vias urbanas,


Ferrovias e respectivas faixas de domínio.

Art. 30 - O traçado de novas vias poderá ser adequado em função de divisas de


terrenos, acidentes geográficos ou qualquer ocorrência que justifique uma
adaptação.

Art. 31 - O sistema viário é caracterizado por uma malha de vias


hierarquizadas de acordo com suas funções, classificando-se em:

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I - Vias arteriais "SVA" são as rodovias:

A1 - Rodovia Federal - faixa de domínio 35m;

A2 - Ferrovia - faixa de domínio 20m;

A3 - Rodovias Estaduais - faixa de domínio 20m, exceto SC-444 no trecho entre


trevo de Vila Nova e Rio dos Porcos e SC-443, que são de 10m;

A4 - Rodovias Municipais - faixa de domínio 10m;

II - Vias especiais "SVE" são as vias com caixa ou traçado atípicos, tais como
as avenidas Centenário, Beira Mar, Leoberto Leal, Dilcio E. Silva, M. Rovaris
e Marginais;

III - Vias principais "SVP" têm a função de conciliar o tráfego de caráter


regional com o tráfego local;

IV - Vias coletoras "SVC" têm a função de coletar o tráfego das vias locais e
encaminhá-lo as vias principais, especiais e arteriais;

V - Vias locais "SVL" são as demais vias de circulação de veículos, com a


função de acesso direto as propriedades urbanas.

Parágrafo Único - As caixas, pistas, passeios e canteiros destas vias estão


definidos em croquis e em tabela anexo a esta Lei.

Art. 32 - Os passeios com largura superior a 2,00m (dois metros) deverão


dispor de espaço para o plantio de vegetação.

Art. 33 - As vias de circulação de veículos sem saída serão autorizadas quando


providas de praça de retorno no seu término e quando seu comprimento, incluído
o espaço de manobra, não exceder a 20 (vinte) vezes a sua largura.

§ 1º - As praças de retorno deverão possuir raio mínimo igual a largura da via


que não poderá ser inferior a 9m (nove metros), e passeio contornando todo o
perímetro do retorno com largura igual a dos passeios da via de acesso,
conforme os desenhos da figura n.º 1.

§ 2º - As vias poderão terminar sem praça de retorno nas divisas do terreno


parcelado quando seu prolongamento estiver previsto no traçado viário do
Município, ou quando o órgão de planejamento julgar necessária essa estrutura.

Art. 34 - A rampa máxima permitida nas vias de circulação de veículos será de


15% (quinze por cento), devendo apresentar abaulamento mínimo de 2% (dois por
cento) e máximo de 4% (quatro por cento).

Art. 35 - Nas vias de circulação de veículos cujo leito não esteja ao mesmo
nível dos terrenos marginais, serão obrigatórios taludes com declividade
máxima de 60% (sessenta por cento).

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Art. 36 - O poder público garantirá o livre acesso e circulação de pedestres


pela orla marítima, lacustre e fluvial, por via terrestre, no interesse geral
da pesca, da navegação, do lazer e do turismo.

§ 1º - Quando autorizada a construção de atracadouros, marinas e plataforma


pesqueira, deverá ser reservado local para a passagem de pedestres.

§ 2º - É proibida toda ocupação e uso das praias contrários a sua destinação


principal ao uso público comum.

Art. 37 - Os caminhos e servidões utilizados em comum pelos habitantes do


Município, como acesso a orla marítima, fluvial e lacustre, estão sob a guarda
e conservação do poder público municipal, constituindo bens públicos de uso
comum do povo.

Parágrafo Único - A proteção do poder público se estende às servidões que,


utilizadas para o acesso e circulação pelos montes litorâneos, constituam vias
de ligação entre povoações isoladas, ou se destinem ao escoamento da produção
agrícola, florestal e pesqueira, e a passagem de gado e animais de carga.

Art. 38 - Nos lugares em que a orla marítima fluvial e lacustre não possui as
características de praia, será destinada uma faixa de 15m (quinze metros) de
largura através dos terrenos de marinha, para a passagem e circulação
exclusiva de pedestres.

Parágrafo Único - Nas margens dos rios e lagoas fora do alcance das marés, o
caminho para passagem e circulação de pedestres a que se refere o "caput"
deste artigo, é instituído sobre a faixa de terrenos reservados (artigo 14, do
Decreto Federal n.º 24.643 de 11 de julho de 1934), sem prejuízo dos demais
usos públicos necessários.

SEÇÃO VIII
Das Zonas de Preservação de Recursos Naturais - ZPN

Art. 39 - As zonas de preservação de recursos naturais - ZPN destinam-se a


preservar recursos naturais, hídricos e do solo, e a recuperar ou manter
intactas condições ecológicas e paisagísticas.

Art. 40 - As ZPN são definidas com base na legislação Federal e Estadual.


(Redação dada pela Lei nº 981/1993)
981

Art. 41 Compete ao Município auxiliar o Estado e a União na fiscalização das


ZPN, no que respeita ao cumprimento da legislação Federal e Estadual relativas
à preservação do meio ambiente. (Redação dada pela Lei nº 981/1993)
981

Art. 42 - Ao longo das margens dos riachos, córregos, rios lagos e lagoas a
ZPN divide-se da seguinte forma:

I - Faixa de 0 a 15m (zero a quinze metros);

II - Faixa de 15 a 30m (quinze a trinta metros);

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III - Faixa de 30 a 50m (trinta a cinqüenta metros) na Lagoa do Faxinal;

IV - Faixa de 30 a 50m (trinta a cinqüenta metros) nos demais lagos e lagoas;

V - Faixa de 50 a 100m ( cinqüenta a cem metros) em todos os lagos e lagoas.

§ 1º - Será proibido manter cerca ou qualquer tipo de obstáculo a livre


circulação pública na faixa descrita na Alínea 1.

§ 2º - Será proibida a implantação de vias de acesso para veículos automotores


na faixa descrita na Alínea 1.

§ 3º - Serão consideradas "non aedificandi" as faixas descritas nas Alíneas I,


II e III.

§ 4º - Nos corpos da água canalizados com curso ou leito artificiais, será


permitida a construção em suas margens, desde que fique assegurado acesso e
circulação para manutenção.

Art. 43 - Caberá ao Poder Público Municipal definir e implantar vias de acesso


público às margens das lagoas as quais deverão terminar em praças de retorno.

Art. 44 - Nas ZPN serão admissíveis atividades rurais com projetos aprovados
por órgão responsável por meio ambiente e pela Prefeitura.

SUBSEÇÃO I
Das Terras de Marinha

Art. 45 - É considerada terra de marinha a faixa de 33m (trinta e três


metros), medidos horizontal e perpendicularmente a orla marítima ou margens
dos corpos da água sob influência de maré, a partir do início da vegetação
natural.

Art. 46 - As terras de marinha que forem de uso comum da população constituem


logradouros públicos municipais.

Art. 47 - Os acrescidos de terras de marinha formados natural ou


artificialmente, serão destinados a implantação de atividades de uso público.

Art. 48 - As terras de marinha que se encontrarem vagas ou ocupadas


irregularmente, poderão ser requeridas da União Federal pelo Município, sob
regime de cessão gratuita, conforme artigo 1º do Decreto Lei n.º 178/ 97.

Art. 49 - As terras de marinha são consideradas "non aedificandi", exceto para


implantação de obras de infra-estrutura urbana ou suporte ao veraneio.

Parágrafo Único - Os atracadouros e demais equipamentos dos portos de lazer,


dos portos de pesca artesanal e dos terminais pesqueiros, deverão possuir uma
distância mínima entre si de 4.000m (quatro mil metros).

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Art. 50 - Nas terras de marinha contidas em lotes de propriedade privada,


serão permitidos trabalhos de ajardinamento, horticultura e arborização, bem
como a implantação de equipamentos sumários de lazer.

Parágrafo Único - Considera-se equipamentos sumários de lazer e recreação, as


instalações de pequenas dimensões que não impliquem em edificações ou
impermeabilização do solo.

Art. 51 - Na faixa de marinha, as vedações dos terrenos legalmente


constituídos, não poderão ultrapassar a altura de 1,00m ( um metro), podendo a
vedação elevar-se acima desta altura com elementos que não impeçam a visão.

Art. 52 - São proibidas as obras de defesa dos terrenos litorâneos contra a


erosão provocada pelo mar, que possam acarretar diminuição da faixa de areia
de praia.

Art. 53 - As faixas de areia de praia são consideradas de preservação


permanente, sendo proibido a extração de areia, construção de rampas ou
pavimentação de qualquer natureza.

SEÇÃO IX
Das Zonas de Expansão Urbana - ZEX

Art. 54 - A urbanização das ZEX está condicionada a aprovação de planejamento


de integração às zonas adjacentes.

Parágrafo Único - As áreas inundáveis terão sua urbanização condicionada a


implantação de sistema de drenagem, afastando a possibilidade de inundação, e
com comprovada capacidade de absorção do solo, para o uso a que se destinar.

SEÇÃO X
Das Zonas Rurais - ZRU

Art. 55 - Zona rural é aquela formada pelos espaços não urbanizáveis


destinados a prática da agricultura, pecuária, silvicultura, conservação dos
recursos naturais e a contenção do crescimento da cidade.

Art. 56 - Na ZRU são permitidas as edificações destinadas ao uso residencial


unifamiliar e as atividades rurais.

Parágrafo Único - Num mesmo terreno ou gleba poderão ser construídas até 3
(três) edificações residenciais unifamiliares.

Art. 57 - Os parcelamentos do solo na zona rural não poderão resultar em lotes


com área inferior a 3 ha (três hectares).

Art. 58 - Na ZRU não será permitido o desmatamento.

SEÇÃO XI
Das Zonas de Incentivo a Hotelaria -ZIH

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Art. 59 - Nas zonas de incentivo a hotelaria ZIH as edificações destinadas a


hotel de lazer poderão beneficiar-se da liberação de gabarito desde que
obedecidos os itens que se seguem:

I - Enquadra-se na categoria Hotel de Lazer, de três a cinco estrelas segundo


a Resolução CNTUR 09/ 1983 e seu regulamento geral, ou em outras que a esta
vir a suceder para a classificação dos meios de hospedagem;

II - Situar-se a uma distância mínima de 1.500m ( um mil e quinhentos metros)


de outro empreendimento já beneficiado por este incentivo;

III - Não ultrapassar os seguintes limites de ocupação:

a) número máximo de pavimentos - 12 (doze);

b) índice de aproveitamento máximo - 0,5 (zero vírgula cinco);

c) taxa máxima de ocupação - 15% (quinze por cento);

IV - Estar afastado no mínimo 1/ 2 (um meio) de sua altura de todas as divisas


do terreno, obedecendo um mínimo de 8,00m (oito metros), sem prejuízo de
outras regras de afastamento exigidas por esta Lei;

V - Estar ligado a rede de esgoto cloacal com tratamento final ou inexistindo


esta, implantar estação compacta de tratamento de esgotos, segundo critérios e
especificações a serem definidos pelos órgãos competentes;

VI - Urbanizar uma área pública, indicada pela Prefeitura, com superfície


igual a 1/ 2 (um meio) da área do terreno do empreendimento.

Parágrafo Único - Aplicam-se aos meios de hospedagem, objeto deste incentivo,


as disposições específicas da legislação municipal que não conflitem com esta
Lei.

SEÇÃO XII
Das Zonas de Alteração do Solo - ZAS

Art. 60 - As zonas de alteração do solo compreendem as áreas de exploração de


jazidas de argila, areia, carvão e semelhantes, bem como as áreas afetadas.

Art. 61 - As ZAS deverão ter alvará de licença anual e projeto de recuperação


da área afetada, tendo em vista sua reutilização com outras atividades ou a
recomposição da paisagem, sendo que o projeto deverá ser aprovado por órgão
estadual de meio ambiente e Prefeitura Municipal.

CAPÍTULO III
Do Uso e da Ocupação do Solo

SEÇÃO I
Da Adequação dos Usos as Zonas

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Art. 62 - As diferentes formas de uso do solo são classificadas segundo a


espécie, o porte e a periculosidade.

Art. 63 - A adequação dos usos as zonas é determinada pela avaliação


simultânea da sua espécie, do seu porte e periculosidade, podendo os usos
serem Adequados (A), Toleráveis (T) ou Proibidos (P), conforme as tabelas em
anexo.

§ 1º - Usos Adequados são aqueles que estão em compatibilidade com a


destinação de cada zona.

§ 2º - Usos Toleráveis são aqueles de menor interesse ou menor compatibilidade


na sua localização em determinada zona, mas que são passíveis de se tornarem
Adequados, desde que obedecidas disposições especiais aprovadas pelo Órgão
Municipal de Planejamento.

§ 3º - Usos Proibidos são aqueles incompatíveis com a destinação de cada zona,


não sendo portanto permitidos.

Art. 64 - Quanto a espécie, os usos e atividades classificam-se conforme


tabela em anexo.

Art. 65 - O porte será controlado apenas nos usos comerciais, de serviços e


industriais.

§ 1º - Os usos comerciais e de serviços permitidos podem ser de:

I - Pequeno Porte, caracterizado por atividades que ocupam área construída até
100m2 (cem metros quadrados);

II - Médio Porte, caracterizado por atividades que ocupam área construída até
200m2 (duzentos metros quadrados);

III - Grande Porte, caracterizado por atividades que ocupam área construída
superior a 200m2 (duzentos metros quadrados).

§ 2º - Os usos e atividades industriais, classificam-se em:

I - Micro Porte: área máxima de terreno de 900m2 (novecentos metros


quadrados);

II - Pequeno Porte: área máxima de terreno entre 900m2 e 4.000m2 (novecentos e


quatro mil metros quadrados);

III - Médio Porte: área máxima do terreno entre 4.000 e 20.000m2 (quatro mil e
vinte mil metros quadrados);

IV - Grande Porte: área de terreno acima de 20.000m2 (vinte mil metros


quadrados).

Art. 66 - Quanto a periculosidade os usos classificam-se em :

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I - Perigosos: quando caracterizado pelo exercício de atividades que possam


originar explosões, incêndios, trepidações, emissão de gases, poeiras e
exalações que causem prejuízos a saúde, constituam ameaça para a vida das
pessoas e para a segurança das propriedades vizinhas ou por qualquer outra
forma ocasionem grave poluição ambiental;

II - Nocivos: caracterizados pelo exercício de atividades que implicam na


utilização de ingredientes, matérias primas e processos que produzem ruídos,
vibrações, vapores e resíduos prejudiciais a saúde, a conservação dos prédios
vizinhos, ou por qualquer outra forma causem poluição ambiental;

III - Incômodos: caracterizados pelo exercício de atividades que produzem


ruídos, trepidações, poeiras, exalações, odores ou fumaças, incômodas a
vizinhança.

IV - Não Incômodas: caracterizados pelo exercício de atividades que não


comprometem a qualidade ambiental, podendo localizar-se em zonas residenciais,
mas com a localização limitada de acordo com a solicitação sobre a estrutura
viária, evitando trânsito incompatível com usos comunitários.

Parágrafo Único - O grau de periculosidade dos usos industriais é determinado


por tabela do Anexo.

Art. 67 - Os usos não relacionados no Anexo desta Lei poderão ser autorizados
pelo Conselho Municipal Desenvolvimento Urbano, desde que estejam de acordo
com os objetivos, diretrizes e proposições consubstanciados no Plano Diretor
Físico - Territorial e na presente Lei.

Art. 68 - Os usos de edificações existentes ou executadas até a data de


publicação desta Lei, mas em desconformidade com a mesma, serão mantidos
observando o seguinte:

I - Não poderão ser substituídos por outros em desconformidade com a presente


Lei;

II - Não poderão sofrer ampliação ou reforma que implique no aumento da


ocupação do solo vinculada a atividade;

III - Não poderão ser restabelecidos após 6 (seis) meses de descontinuidade.

Art. 69 - Serão respeitados os alvarás de construção já expedidos desde que a


construção esteja em andamento ou se inicie após 30 (trinta) dias, contados da
vigência desta Lei.

Art. 70 - Quanto ao grau de periculosidade, os usos serão analisados em cada


caso pelo Órgão Municipal de Planejamento, podendo ser licenciados nas áreas
em que sejam adequados ou toleráveis quanto a espécie, e desde que sejam
adotados dispositivos para a eliminação dos efeitos poluidores e perigosos.

§ 1º - Para as atividades já instaladas na data desta Lei, o poder executivo

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fixará condições de prazos para a adoção dos dispositivos de que trata o


"caput" deste artigo, consultados previamente os órgãos estaduais competentes
em matéria de saúde e defesa ambiental.

§ 2º - O licenciamento das atividades nocivas e perigosas, especialmente das


industrias, dos postos de abastecimento de combustíveis, dos depósitos de gás
e outros produtos inflamáveis, tóxicos ou explosivos, depende do respeito as
normas editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e da
anuência dos órgãos competentes em matéria ambiental.

Art. 71 - Os usos tolerados terão sua localização analisada pela Secretaria de


Obras.

Art. 72 - Os usos e atividades urbanas que forem implantadas fora do perímetro


urbano, deverão ter projeto arquitetônico e de esgoto, a critério da
Prefeitura, ouvido o conselho de Desenvolvimento Urbano.

SUBSEÇÃO I
Do Uso Residencial

Art. 73 - O uso residencial multifamiliar é caracterizado em edificações com


mais de 2 (duas) unidades residenciais autônomas.

Art. 74 - A unidade residencial autônoma é composta de no mínimo dormitório,


instalação sanitária e cozinha.

Art. 75 - Os conjuntos habitacionais de interesse social para atendimento das


populações de baixa renda, além de terem seus projetos executados por
organismos especialmente autorizados para esse fim pelo Executivo Municipal,
deverão ser aprovados previamente pelo órgão estadual de saúde pública e
receber anuência do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano. (Vide Lei nº
1.202/1996)
1.202

Art. 76 - Nos condomínios e conjuntos residenciais unifamiliares, a fração


ideal de cada uma das unidades autônomas sobre a totalidade do terreno, não
poderá ser inferior a duas vezes a área do lote mínimo previsto para a zona.

Art. 77 - Nos condomínios e conjuntos residenciais unifamiliares as áreas de


uso exclusivo não poderão ser inferiores ao lote mínimo previsto para a zona.

Art. 78 - As áreas de uso comum, nos condomínios e conjuntos residenciais


unifamiliares, serão de no mínimo 40% (quarenta por cento) da área total do
terreno e incluem vias e áreas livres.

Art. 79 - O número máximo de unidades autônomas por condomínio será de 25


(vinte e cinco). (Revogado pela Lei Complementar nº 20/2007)
20

Art. 80 - O sistema viário interno dos condomínios deverá observar os


seguintes requisitos:

I - Todas as áreas de uso exclusivo deverão ter acesso através das áreas de

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uso comum;

II - As vias internas destinadas ao trânsito de veículos terão pista de


rolamento de no mínimo 6,00m (seis metros), e as passagens de pedestre terão a
largura mínima de 3,00m (três metros);

III - Dispor de locais de estacionamento na proporção mínima de uma vaga para


cada unidade autônoma;

IV - Dispor de apenas uma ligação com a via pública para tráfego de veículos
automotores, ressalvadas aquelas que, por características de traçado, o
sistema viário municipal exigir.

Art. 81 - Os terrenos sobre os quais se pretende a constituição de condomínio


ou conjunto residencial unifamiliar deverão ser servidos por redes de
abastecimento de água, energia elétrica e drenagem, devendo tais serviços
serem implantados de acordo com projetos técnicos aprovados pelos órgãos
competentes, e mantidos pelo condomínio ou conjunto residencial.

Art. 82 - A conservação das benfeitorias, equipamentos, instalações, acessos e


demais coisas comuns será de exclusiva responsabilidade do condomínio ou
conjunto residencial.

Art. 83 - Aplicam-se no que couber, as demais disposições das Leis Federais nº


4.591/64 e nº 6.766/79, da Lei Estadual nº 6.063/82, da Lei de Parcelamento do
Solo do Município e desta Lei.

Art. 84 - A construção de mais de uma edificação multifamiliar no mesmo


terreno obedecerá as normas dos condomínios residenciais multifamiliares,
consideradas independentemente para cada prédio.

SUBSEÇÃO II
Do Uso Industrial

Art. 85 - Nas instalações industriais deverão ser adotadas, independentes


entre si, as instalações de esgotos sanitários, esgotos pluviais e despejos
industriais.

Art. 86 - Somente em casos específicos e com prévia autorização dos órgãos


estaduais competentes das áreas de saúde pública e proteção ambiental, será
permitido o uso direto de corpo da água para resfriamentos de equipamentos
industriais, ou a perfuração de poços d`água, freáticos ou artesianos.

Art. 87 - A fim de evitar a poluição do ar, os estabelecimentos industriais


deverão adotar processos de dispositivos para limpeza de gases, vapores, fumos
e fumaças, de acordo com as normas técnicas do órgão estadual competente
(FATMA), atendida também a legislação federal pertinente.

Art. 88 - A disposição do lixo nas zonas industriais deverá ser aprovada pelo
Órgão Municipal de Planejamento, ouvida a FATMA e cumpridos, no mínimo, os
seguintes requisitos:

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I - Somente será permitida a queima de lixo e resíduos em incineradores


adequados;

II - Aos resíduos industriais não poderão ser adicionados lixos e outros


detritos que terão sistema próprio de coleta;

III - Os equipamentos de eliminação do lixo não poderão lançar substâncias


nocivas nas redes de esgoto ou corpos d`água;

IV - A coleta de lixo será feita através de tubos de queda ou outro tipo de


coletor, contando com depósito adequado, impermeável, de fácil acesso e
manuseio, e que evite a emanação de odores.

SEÇÃO II
Dos Limites de Ocupação do Solo

Art. 89 - Os limites de ocupação do solo são determinados pela aplicação


simultânea do índice de aproveitamento, da taxa de ocupação, do número de
pavimentos, do afastamento obrigatório, do número de vagas para estacionamento
de veículos, da área do lote e de suas dimensões.

§ 1º - O índice de aproveitamento, a taxa de ocupação, a altura e o número de


pavimentos, bem como os afastamentos, a área e a testada mínima dos lotes
estão definidos em tabela anexo a esta Lei.

§ 2º - O número de vagas de estacionamento exigido varia segundo a natureza


dos usos das edificações, conforme tabela em anexo.

§ 3º - Os limites de ocupação do solo definidos nesta Seção para quaisquer


terrenos, não excluem a aplicação de outros constantes das normas específicas
relativas as zonas.

SUBSEÇÃO I
Do Índice de Aproveitamento

Art. 90 - Índice de aproveitamento é o quociente entre o total das áreas


construídas e a área do terreno, constante no documento de propriedade,
segundo a fórmula seguinte:

I A (Índice de Aproveitamento) = AC (Soma das áreas constr) / At ( área do


terreno).

Art. 91 - Não serão computadas no cálculo do índice de aproveitamento as


seguintes áreas das edificações:

I - Subsolos, sobrelojas, mezaninos e pavimentos sob pilotis, quando abertos e


livres no mínimo em 70% (setenta por cento) de sua área;

II - Parque infantil, jardins e outros equipamentos de lazer ao ar livre,


implantados no nível natural do terreno ou no terraço da edificação;

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III - Garagens e áreas de estacionamento de veículos;

IV - Áticos ou andares de cobertura destinados ao uso comum dos condôminos,


quando a área coberta não ultrapassar 1/3 (um terço) da superfície do último
pavimento da edificação;

V - Poço de elevadores, casas de máquinas, de bombas, de transformadores e


geradores, caixas d`água, centrais de ar condicionado, instalações de
aquecimento de água e gás, contadores e medidores em geral, e instalações de
coleta e depósito de lixo;

VI - Sacadas privativas de cada unidade autônoma, desde que não vinculadas as


dependências de serviço, e com área inferior a 5% (cinco por cento) da
superfície do pavimento onde se situarem.

SUBSEÇÃO II
Da Taxa de Ocupação

Art. 92 - Taxa de Ocupação é a relação percentual entre a projeção horizontal


da área construída e a área do terreno constante no documento de propriedade,
segundo a fórmula seguinte:

TO (Taxa de Ocupação) = PAC (Projeção da área constr.) x 100 / AT (Área do


terreno).

Art. 93 - Não serão computadas no cálculo da taxa de ocupação as projeções das


seguintes áreas e dependências:

I - Piscina, parque infantil, jardins e outros equipamentos de lazer ao ar


livre, implantados no nível natural do terreno;

II - Pérgolas até 5,00m (cinco metros) de largura;

III - Marquises;

IV - Beirais até 1,20m (um metro e vinte centímetros);

V - Sacadas e balcões até 1,20m (um metro e vinte centímetros) de balanço e


inferiores a 5% (cinco por centro da área do pavimento onde se situarem.

Parágrafo Único - Se os beirais ultrapassarem o estipulado no inciso IV deste


artigo, estes serão computados em sua totalidade.

SUBSEÇÃO III
Do Número de Pavimentos

Art. 94 - A altura das edificações não poderá ultrapassar o número máximo de


pavimentos definido no mapa de zoneamento e na tabela anexo a esta Lei.

Art. 95 - Para cálculo do número de pavimentos a distância máxima entre pisos

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é fixada em 3,00m (três metros), com exceção do pavimento térreo, que poderá
ter a altura de 5,50m (cinco metros e cinqüenta centímetros) quando destinado
a usos comerciais e de serviços.

Parágrafo Único - Na hipótese de ocorrerem entre os pisos alturas maiores que


as referidas neste artigo, a soma dos excessos contará como um ou mais
pavimentos conforme o valor obtido.

Art. 96 - Os terrenos em desnível serão divididos em seções planas de 15m


(quinze metros) no sentido da inclinação, para efeitos de determinação de
altura de edificações.

Art. 97 - Não serão computadas para efeito de cálculo de altura das


edificações, as seguintes situações:

I - Sobrelojas e mezaninos desde que não ultrapassem 50% (cinqüenta por cento)
da área do pavimento, nem acresçam na altura máxima do pavimento, conforme
artigo anterior;

II - Subsolos não habitáveis e não destinados a permanência humana, em que a


face superior da laje de cobertura não ultrapasse a altura máxima de 1,50m (um
metro e cinqüenta centímetros) acima do nível do meio-fio da(s) vias(as) de
acesso, no ponto médio da(s) fachada(s) frontal (is);

III - Caixas d`água, casas de máquinas, chaminés e demais instalações de


serviço implantadas na cobertura, até um limite máximo de 7,20m (sete metros e
vinte centímetros);

IV - Áticos ou terraços cobertos destinados a recreação de uso comum;

V - Pavimentos em pilotis;

VI - Equipamentos em geral em edificações com uso não residencial.

SUBSEÇÃO IV
Dos Afastamentos

Art. 98 - Considera-se afastamento a menor distância entre o perímetro da


projeção horizontal da edificação e o limite do lote a que estiver referido,
podendo ser:

I - Frontal : entre a projeção horizontal da edificação e o limite do lote com


o logradouro público;

II - Lateral: entre a projeção horizontal da edificação e o limite lateral do


lote;

III - De fundos: entre a projeção horizontal de edificação e o limite de


fundos do lote.

§ 1º - Para determinação dos afastamentos será considerada a relação de h/5,

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("H" dividido por cinco) onde "H" é a altura entre o piso do primeiro
pavimento e a cobertura do último pavimento de uma edificação, podendo ser
considerada individualmente para cada pavimento.

§ 2º - Para fins de cálculo, o pavimento térreo tem altura máxima de 5,50m


(cinco metros e cinqüenta centímetros), e os demais pavimentos têm altura
máxima de 3,00m (três metros).

Art. 99 - Ao longo das rodovias federais e estaduais serão exigidos pela


Prefeitura os afastamentos frontais constantes em legislação, e as exceções
deverão apresentar autorização do DNER e DER respectivamente.

Art. 100 - Nas áreas de afastamento lateral dos terrenos em ZRP, ZMC e ZMS, é
permitida construção de cobertura térrea sem fechamento na frente e fundos,
com altura máxima de 3,00 (três metros) em relação ao extremante, e com até
6,00m (seis metros) de comprimento.

Art. 101 - Nas áreas de afastamento de fundos dos terrenos em ZRP, ZMS, é
permitida construção de edícula e telheiro térreos, com altura máxima de 4,00m
(quatro metros) em relação ao extremante, e com até 6,00m (seis metros) de
profundidade.

Art. 102 - Edificações térreas com uso residencial terão os seguintes


afastamentos laterais mínimos, em função de largura do terreno:

I - Sem afastamento para lotes com até 10m (dez metros);

II - 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) em uma das laterais para lotes
com até 16m (dezesseis metros);

III - 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) nas duas laterais para lotes
com mais de 16m (dezesseis metros);

IV - Sem afastamento para lotes de esquina com até 16m (dezesseis metros).

Parágrafo Único - O pavimento térreo de uma edificação com uso não residencial
está isento de afastamentos laterais.

Art. 103 - O afastamento lateral de edificações com mais de um pavimento é de


h/5, sendo de no mínimo 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).

Art. 104 - O afastamento de fundos de edificações é de h/ 5, sendo de no


mínimo 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).

SUBSEÇÃO V
Das Vagas de Estacionamento

Art. 105 - Nas zonas urbanizadas e de expansão urbana, a fim de garantir o


estacionamento de veículos particulares fora das vias públicas, serão exigidas
vagas de estacionamento em garagens, abrigos ou áreas descobertas, na
conformidade com a tabela em anexo.

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§ 1º - As vagas devem possuir dimensões mínimas de 2,40m (dois metros e


quarenta centímetros) x 5,00m (por cinco metros), devidamente demonstradas em
projeto.

§ 2º - Quando no mesmo terreno coexistirem usos e atividades diferentes, o


número de vagas exigidas será igual a soma das vagas necessárias para cada uso
e atividade.

§ 3º - o número de vagas para os usos e atividades não especificados será


calculado por analogia, respeitado o mínimo de uma vaga para cada 100m2 (cem
metros quadrados) de área construída ou utilizada.

Art. 106 - Nos usos e atividades que necessitarem estacionamento frontal, este
deverá ter uma profundidade mínima de 8,00m (oito metros), computados os
passeios.

Art. 107 - As rampas de acesso ou escadarias deverão ser construídas dentro


dos terrenos.

CAPÍTULO IV
Das Disposições Gerais

Art. 108 - A licença de construir poderá ser recusada independentemente das


demais disposições desta Lei quando a ocupação ou uso do solo:

I - Contrariar os objetivos e diretrizes do Plano;

II - Atentar contra a paisagem natural e urbana, a conservação das


perspectivas monumentais, o patrimônio cultural, e a salubridade e segurança
públicas.

Art. 109 - A divisão do solo autorizada por sentença judicial, que resultar em
terrenos com dimensões inferiores as admitidas para a área onde se situarem,
ou que incidirem áreas onde o parcelamento do solo não é permitido, não gera
aos respectivos donos o direito de ocupar o solo parcelado com construções de
qualquer natureza.

Art. 110 - O corte, a poda e o abate de árvores na zona urbana dependem de


licenciamento pelo Município.

Parágrafo Único - Na execução de qualquer tipo de obra ou serviço em


logradouros públicos deverão ser adotado também sujeito a licenciamento o
corte de raízes, ramos ou a remoção da vegetação.

Art. 111 - Nas áreas para tratamento e disposição final de esgotos sanitários
e águas pluviais, são admitidos em caráter temporário os mesmos usos das áreas
de exploração rural, cessando essa utilização provisória quando a área for
necessária para o uso a que se destina.

Art. 112 - Nas edificações dos postos de abastecimento e garagens comerciais é

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permitida a instalação de bar, café ou lanchonete, desde que não seja


descaracterizada a atividade principal do estabelecimento.

Parágrafo Único - Nos postos de abastecimento de combustíveis para veículos


automotores será também admitida a instalação de posto de venda de gás
liqüefeito de petróleo, banca de jornal, bazar e comércio de peças e
acessórios para veículos automotores.

Art. 113 - O parcelamento de imóvel rural para formação de sítios ou chácaras


deverá obedecer as seguintes exigências:

I - Atender a instrução n.º 17-b do INCRA, ou legislação complementar;

II - Aprovara projeto no órgão competente do Município, atendendo as


disposições da Lei de Parcelamento do Solo, com exceção de obrigatoriedade de
pavimentação de vias e implantação de redes de água e esgoto sanitário;

III - Aprovar o projeto junto aos órgãos estaduais competentes para a


preservação ambiental e a saúde pública;

IV - Ser constituído por lotes com área mínima de 30.000m2 (trinta mil metros
quadrados):

V - Possuir as vias de tráfego com dimensões iguais as previstas nesta Lei


para as rodovias municipais.

Art. 114 - As disposições desta Lei se aplicam a quaisquer pessoas físicas ou


jurídicas, públicas ou privadas.

Parágrafo Único - Os infratores das disposições desta Lei incorrerão em multas


estabelecidas pelo órgão competente da Administração Municipal, sem prejuízo
das responsabilidades criminal e civil que couberem.

Art. 115 - Os campings organizados, quanto as categorias, instalações e


serviços, deverão obedecer ainda a deliberação 632/ 72 da EMBRATUR/ CNTUR, ou
legislação subsequente.

CAPÍTULO V
Das Disposições Transitórias

Art. 116 - Os projetos licenciados sob o regime da legislação anterior,


perderão sua validade se não forem iniciadas as obras até 30 (trinta) dias
após a entrada em vigor desta Lei.

§ 1º - Considera-se obra iniciada aquela cujas fundações estejam concluídas


até o nível da viga de baldrame.

§ 2º - O início da construção, para o efeito da validade dos projetos de


conjuntos de edificações num mesmo terreno, será considerado separadamente
para cada edificação.

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Art. 117 - As obras que ficarem paralisadas durante mais de 180 (cento e
oitenta) dias somente poderão ser reiniciadas em conformidade com o projeto
aprovado, sob o regime da legislação anterior, quando a estrutura do primeiro
pavimento estiver concluída.

Art. 118 - A edificação existente que vier a sofrer modificações em mais de


60% (sessenta por cento) da sua estrutura, em virtude de reforma ou
reconstrução, deverá respeitar os limites de ocupação prescritos nesta Lei.

Art. 119 - Os usos desconformes já licenciados pelo Município serão mantidos,


sendo vedada porém:

I - A substituição por outro desconforme;

II - O restabelecimento do uso após decorridos 6 (seis) meses de cessação das


atividades;

III - A reforma ou ampliação das edificações onde forem exercidos;

IV - A reconstrução das edificações onde forem exercidos, após avaria que


tenha atingido 60% (sessenta por cento) da área total das construções.

Art. 120 - Quando for possível reduzir o grau de desconformidade de uma


atividade licenciada anteriormente a vigência desta Lei, de tal modo que ela
possa ser considerada como tolerável, o órgão municipal de planejamento
estabelecerá condições e prazos para essa adequação.

Art. 121 - Nos imóveis legalmente construídos em data anterior a vigência


desta Lei, e cuja superfície seja menor do que 80% (oitenta por cento) daquela
prevista para a respectiva área do zoneamento, serão aplicados os limites de
ocupação da área com dimensão de lote imediatamente inferior.

CAPÍTULO VI
Disposições Finais

Art. 122 - Constituem parte integrante desta Lei os seguintes anexos:

I - Mapa de zoneamento e sistema viário básico em escala 1: 10.000;

II - Tabela de adequação dos usos e atividades as zonas;

III - Tabela de periculosidade das atividades industriais;

IV - Tabela de limites de ocupação;

V - Tabela dos padrões para estacionamento;

VI - Tabela do sistema viário;

VII - Croquis dos perfis transversais de vias.

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Parágrafo Único - No mapa de zoneamento a que se refere o item I, somente


estão representadas as áreas que possuírem dimensões compatíveis com a escala
utilizada, sem prejuízo da aplicação desta Lei a outras áreas que não estejam
representadas.

Art. 123 - Esta Lei poderá ser alterada por iniciativa do Chefe do Poder
Executivo, ou por iniciativa de qualquer Vereador.

§ 1º - Durante a tramitação do projeto de alteração desta Lei, o Executivo


poderá suspender a aplicação da legislação, em vigor, pelo prazo máximo de 180
(cento e oitenta) dias caso o licenciamento dos usos e edificações possa
comprometer ou tornar mais onerosa a execução futura do Plano com a
modificação proposta.

§ 2º - O Prefeito terá 30 (trinta) dias de prazo da publicação da presente Lei


para compor o C.D.U.

Art. 124 - Fica o Poder Executivo autorizado a consolidar a legislação


urbanística do Município, sem alteração da matéria substantiva, bem como
regulamentá-la no que se fizer necessário.

Art. 125 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Paço Municipal Ângelo Lodetti, 02 de janeiro de 1991.

HEITOR VALVASSORI
Prefeito Municipal

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