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8.

O Sistema Respiratório

O Sistema Respiratório possui várias funções, que vão além da respiração,


como a de defesa e a de fonação. É importante, no entanto, saber que sua
principal função é a realização da entrada e saída de ar (gás) nos pulmões,
processo chamado de ventilação. Desta forma, o sistema respiratório é
comparado a uma "bomba vital" que trabalha 24 horas por dia, realizando
suas funções sem que se tenha consciência desse movimento.

A entrada do ar é extremamente importante para o organismo, pois ele é


composto pelo Oxigênio (21%), Nitrogênio (75%), Gás Carbônico e outros
gases. O metabolismo humano depende da contínua chegada de Oxigênio
(O2), retirado do meio ambiente.

As necessidades básicas de um adulto sadio em repouso, são em torno de


250 ml de 02. Por outro lado, é necessário que o Gás Carbônico (C02),
produto final de inúmeros processos metabólicos, seja continuamente
retirado do organismo. Com a ventilação, o 02 é abundantemente oferecido
ao corpo com a entrada de ar nos pulmões, enquanto que o CO2 é retirado
com a saída do ar.

As Vias Respiratórias

O ar entra pelo nariz e pela boca; passa pela faringe; laringe; traquéia;
brônquios e bronquíolos (no pulmão).
Cada uma dessas estruturas possui uma significativa função na respiração.
O nariz, além de servir de "porta de entrada e saída" do ar, o precondiciona
de vários modos, aquecendo-o (37°), umidificando-o e limpando-o. A faringe,
comumente chamada de garganta, divide-se em duas vias: na traquéia e no
esôfago. É nessa região que o alimento é separado do ar. O ar vai para a
traquéia, enquanto o alimento atinge o esôfago. Essa separação é
controlada por reflexos nervosos. A laringe forma a transição das vias
aéreas superiores e inferiores, e é nela que se localizam as cordas vocais.

Continuando-se com a traquéia, estão dois tubos de passagem de ar para


cada pulmão, os brônquios. Estes tubos vão diminuindo de espessura e se
dividindo cada vez mais à medida em que entram nos pulmões, num total de
23 divisões.

Ao final dessas divisões, estão os bronquíolos, que por sua vez dividem-se
em bronquíolos respiratórios. Até esse ponto, a "árvore brônquica" já possui
cerca de 1 milhão de tubos. No entanto, a troca gasosa ocorre apenas em
estruturas que encerram estas divisões, os alvéolos (explicados
posteriormente).

Os Pulmões

Os pulmões são órgãos essenciais da respiração, localizados dentro da


caixa torácica, um de cada lado do coração e revestidos por uma membrana
muito delicada, a pleura.

O volume pulmonar varia entre 4 a 6 litros, aproximadamente a quantidade


de ar contida numa bola de basquete.

O peso aproximado dos pulmões de uma pessoa com dimensões médias é


1 kg. A área de superfície pulmonar é considerável. Se o pulmão fosse
estendido, o tecido cobriria cerca de 60 a 80 m2. Isto é aproximadamente 35
vezes maior que a superfície corporal da pessoa, e superfície para cobrir
quase a metade de uma quadra de tênis.

Os Alvéolos e as Trocas Gasosas

Os alvéolos são sacos elásticos de parede muito fina, e em número de 300


milhões em cada pulmão. Na figura acima estão representados vários deles.
Cada pequeno globo é um alvéolo diferente.
Nos alvéolos, ocorrem as trocas gasosas, porque ao lado estão pequenos
vasos sangüíneos, os capilares. O O2 passa através da parede do alvéolo e
da parede do capilar, indo parar na corrente sangüínea; e o CO2 passa pela
parede do capilar e pela do alvéolo, sendo, então, possível eliminá-lo do
organismo.

Durante cada minuto em repouso, cerca de 250 ml de O2 deixam os


alvéolos e penetram no sangue, e aproximadamente 200 ml de CO2 saem
dos capilares e entram nos alvéolos.

9. Os Grupos Musculares da Respiração

Existe uma diferença de pressão entre o ar dentro dos pulmões e a


superfície de contato com a parede torácica, que faz com que os pulmões
fiquem aderidos ao interior dessa parede. Por isso, os pulmões
acompanham literalmente todos os movimentos, ou qualquer mudança no
volume do tórax.

Sozinhos, os pulmões não conseguem alterar seu volume, pois, para isso,
precisam dos músculos.

Os movimentos da caixa torácica, assim como qualquer outro movimento


corporal (andar, chutar, comer...) dependem de uma contração muscular.
O ato de respirar pode ser dividido em 2 momentos: a inspiração (entrada de
ar) e a expiração (saída de ar).

Existe um grupo de músculos responsável por cada uma das etapas. É


importante saber que nem todos eles são usados ao mesmo tempo, a
depender da situação, torna-se necessária a presença de apenas alguns
deles.

No entanto, em cada grupo, existem aqueles que são os mais solicitados, e


são tidos como os principais; e os demais, são tidos como acessórios.

O grupo dos inspiratórios é bem grande, com mais de 15 músculos, que


elevam as costelas ao se contraírem. Eles podem ser classificados como:

Músculos Inspiratórios Principais

• Diafragma (principal)

• Intercostais externos

Músculos Inspiratórios Acessórios

• Esternocleidoccíptomastoideo (ECOM)

• Escalenos

• outros

O grupo dos expiratórios é menor, com cerca de 8 músculos, que atuam no


sentido de abaixar as costelas:

Músculos Expiratórios Principais

• Intercostais Internos

Músculos Expiratórios Acessórios

• Músculos abdominais

• Outros

A Respiração

A diferença de pressão que existe entre o ar ambiente e o ar de dentro do


pulmão é que faz com que o ar entre. Algo parecido acontece com uma
seringa ou um aspirador de pó.
Dentro do pulmão, a pressão é negativa, e devido à gravidade, em uma
pessoa sentada ou de pé, a pressão da parte de baixo é mais próxima do
zero que a da parte de cima. Por isso o ar entra primeiro na parte de baixo,
e em seguida na de cima, e ao final da inspiração, todo o pulmão deve estar
cheio por igual. Daí a importância de uma boa postura durante a inspiração,
caso contrário, não é possível usar toda a capacidade pulmonar, o que
interfere diretamente no "fôlego" e nas trocas gasosas de uma pessoa.

Quando o processo dessas trocas termina, começa a expiração. A caixa


torácica vai voltando à sua posição inicial, empurrando o ar para fora. É
como um elástico esticado que tende a voltar ao normal.

A Inspiração

A contração dos músculos inspiratórios aumenta o volume da caixa torácica,


conseqüentemente do pulmão. Um exemplo deste movimento é a elevação
da alça do balde, representado a inspiração. Isto causa aquele efeito da
seringa, porque mais espaço para o ar vai surgindo.

O principal responsável por este efeito é o diafragma, por ser o mais forte.
Os intercostais também são muito importantes, principalmente para aqueles
que precisam de muito ar, como os cantores.

Há dois tipos de inspiração:


• relaxada, a normalmente usada, e realizada pelos inspiradores
principais;

• forçada, feita pelos inspiradores principais mais os acessórios.

Os músculos acessórios não devem ser usados na respiração normal,


principalmente para quem canta. Como a maioria deles está localizada na
região do pescoço, e sua contração (tensão) pode prejudicar o som
produzido pelas cordas vocais.

O Diafragma

O diafragma é um músculo plano, amplo, em forma de guarda-chuva, que


fica entre o tórax e o abdome, e está preso nas costelas e na coluna.

Ao se contrair o diafragma, suas bordas levantam as costelas, enquanto o


seu centro se abaixa, empurrando os órgãos do abdome.

Intercostais Externos

Os intercostais externos são, junto com o diafragma, fazem parte dos


músculos inspiratórios principais. Eles estão localizados entre cada uma das
costelas. Quando eles se contraem, eles elevam a caixa torácica,
aumentando o seu volume, e promovendo a entrada do ar. Na figura abaixo,
os intercostais externos estão representados pela cor vermelha. Leve em
consideração que a ilustração está indicando apenas um grupo de
músculos, entre um par de costelas. Na verdade, eles estão presentes
unindo todas as costelas.

Na cor verde, vemos os intercostais internos, responsáveis pela expiração,


explicada mais adiante. Observe na "visão superposta" como eles ficam
posicionados atrás dos intercostais externos. O fato de eles serem
inclinados em posições opostas causa os movimentos opostos de inspiração
e expiração. Os intercostais internos abaixam as costelas, fazendo com que
o ar saia na expiração forçada.

Esses músculos estão entre as costelas e atuam para que todas elas façam
o mesmo movimento durante a inspiração ou expiração e atuam para que
todas elas façam o mesmo movimento durante a inspiração ou expiração.

Acessórios

Estes músculos atuam no sentido de elevar as costelas na inspiração


forçada. Devem estar relaxados na hora de cantar. Na ilustração fica mais
visível que existem dois ECOMs, um de cada lado; com os escalemos
ocorre o mesmo, estão em pares.
ECOM Escalenos

Expiração

Existem dois tipos de expiração, a normal e a forçada. A expiração normal,


relaxada é uma ação natural, assim como a volta de um elástico puxado. O
diafragma e os intercostais externos simplesmente voltam ao normal. Os
músculos da expiração apenas devem entrar em ação quando se precisar
de uma expiração forçada, como soprar uma vela, numa tosse ou espirro,
por exemplo.

A expiração dura cerca de 2 a 3 vezes mais que a inspiração. Mas, mesmo


assim, um cantor deve ter total controle sobre o relaxamento do diafragma,
para que sua volta à posição inicial seja o mais lenta possível, de acordo
com a necessidade, e para não soltar o ar de vez.

10. Exercícios

Treino da Utilização Muscular

1. Respiração Diafragmática
Pessoa deitada com um livro no abdome. A intenção é elevar o livro.
2. Diafragma e Intercostais
Em pé, fazendo a respiração diafragmática, e expandindo as laterais do
tórax.

Treino do Aumento da Capacidade Pulmonar

1. Soluço Inspiratório
Inspirar aos poucos pelo nariz até encher o pulmão: inspirar - pausa -
inspirar pausa - inspirar o máximo - soltar o ar de vez pela boca.

2. Expiração Abreviada
Inspirar fundo normalmente (nariz) e soltar um pouquinho; inspirar fundo
outra vez e soltar um pouquinho; inspirar mais uma vez, até sentir o pulmão
o mais cheio possível, e soltar de vez pela boca.

Treino do Controle Diafragmático

1. Inspiração Profunda
Inspirar profundamente pelo nariz, e soltar pela boca, em "SSS", demorando
o maior tempo possível.

2. Exercício da vela
Soprar a vela a uma pequena distância (cerca de 1 palmo) sem apagar a
chama, e mantendo-a em equilíbrio na posição oblíqua.

11. O Pigarro

O Sistema Respiratório tem um mecanismo muito interessante para se


defender das muitas impurezas do ar respirado. Esse mecanismo é formado
por um sistema de células que possuem cílio, de células que fabricam muco
e de muco.

O mecanismo funciona como uma esteira rolante, pois a sujeira do ar gruda


no muco e os cílios tratam de empurrá-lo para cima, em direção da laringe.
Diariamente, a produção de muco chega a 100 - 150 ml em 24 horas. Sem o
muco, os cílios não funcionam, como no caso de uma desidratação séria. E
o excesso de muco pode dificultar muito o trabalho dos cílios, como nas
infecções ou ao inalar substâncias irritáveis, como fumo, álcool ou sedativos.

O ato de fumar modifica o efeito de esteira rolante, porque no fumante há


perda de cílios, e excesso de muco, entre outros problemas.

Comumente, o muco é chamado de pigarro quando interfere na voz, causa


tosse etc. O muco ou pigarro precisa ser eliminado do organismo, e quando
passa pelas cordas vocais, podem causar uma diferença na sua vibração,
modificando o som produzido.

A forma que o corpo usa naturalmente para eliminar o pigarro é através da


tosse.

12. Tosse

A tosse existe para eliminar as secreções do Sistema Respiratório, e por


isso precisa ser eficiente.

A melhor posição para tossir é a sentada ou a inclinada para frente, com o


pescoço voltado um pouco para baixo. A inspiração deve ser profunda, pelo
diafragma. A expiração deve ser forçada pelos músculos da barriga, os
abdominais, podendo fazer um som de "Q" durante a tosse, que deve ser
tripla, para ser mais eficiente.

O cantor deve ter cuidado ao tossir, para não agredir suas cordas vocais
com a força da grande quantidade de ar que passa por elas.

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