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DISCIPLINA
CONTABILIDADE PÚBLICA
CONTABILIDADE PÚBLICA
PROGRAMA DE CONTABILIDADE PÚBLICA
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Contabilidade Pública
O objetivo é atingido pelo registro em contas, através das quais são escriturados os
atos (alguns) e fatos administrativos pelo método das partidas dobradas.
O método das partidas dobradas foi mostrado ao mundo em 1494 através da obra
Summa Prima de Aritmética Proportioni e Proportionalitá do frei Luca Pacioli e baseia-se
no princípio de que haja pelo menos uma conta devedora em contrapartida com uma ou mais
contas credoras. Ou, o inverso, uma ou mais contas devedoras em contrapartida com pelo
menos uma conta credora.
A Lei Orçamentária deve ter a aprovação pelo Legislativo e para isso as Constituições
ou Leis Complementares, vêm estabelecendo prazos para serem cumpridos.
Em resumo, a Contabilidade Pública, é regulada pela Lei 4320/64, que estatui normas
gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União,
dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
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È o ramo da Contabilidade que tem por objetivo aplicar os conceitos, Princípios e
Normas contábeis na gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos Órgãos e Entidades da
Administração Pública e finalmente, oferecer de maneira transparente e acessível, o
conhecimento amplo da ação dos gestores aos órgãos fiscalizadores e principalmente à
sociedade que terá condições de avaliar se foi alcançado o escopo principal que pretendem
para o setor público, uma administração menos burocrática e mais gerencial com efetiva
cobrança de resultados.
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Art. 86 - A escrituração sintética das operações financeiras e
patrimoniais efetuar-se á pelo método das partidas dobradas.
Administração Pública
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desenvolvimento econômico e social constitui desvio, levando a que seja considerada prática
da corrupção. Não mais vigora a administração patrimonial alheia aos fins do Estado.
Com o surgimento do capitalismo, houve mudança, que resultou na separação da
atividade doméstica, que objetivava dar status e condições de subsistência ao soberano, para
uma atividade profissional voltada para o Estado, em termos não exclusivamente de oferecer
proteção contra ingerências externas, mas de segurança e condições de desenvolvimento
econômico e social interno, com separação nítida desses ambientes com a profissionalização
dos agentes do Governo.
O período ao final do século XIX ficou caracterizado como Administração
Burocrática, cujos princípios e características eram baseados nas diretrizes do exército
prussiano. Esta administração era conhecida pelo exercício de atividades de gestão pública
por um quadro administrativo composto por funcionários que eram absolutamente livres,
obedecendo somente às obrigações objetivas do seu cargo, nomeados por seleção de melhor
qualificação profissional, remunerados com salários fixos exercendo seus cargos como
profissão única ou principal, seguindo rigorosas normas internas e submetidos a um rígido
sistema de disciplina e controle de serviço.
As vantagens da administração burocrática que consistiam em precisão, continuidade,
disciplina, rigor e confiabilidade na máquina governamental, fizeram o sucesso dessa
metodologia, que consolidou-se tanto nos sistemas econômicos capitalistas como socialistas.
Contrariamente aos excessos da administração patrimonial, a administração
burocrática, caracterizou-se pela rigidez nos controles e na disciplina o que fez com que a
administração com o tempo, se tornasse pesada e ineficiente, principalmente por sua ênfase
nos controles centralizados.
Estamos entretanto, em novos tempos, as grandes transformações tecnológicas que
estão ocorrendo, a globalização, estão fazendo com que o setor público se modernize, se abra
e se redimensione, sob pena de, se não o fizer estar fadado à falência e ao ostracismo.
Tais transformações vêm se desenvolvendo a partir da Segunda Guerra, assumindo
uma dinâmica mais acelerada a partir da década de 80. A queda do muro de Berlim em 1989,
a dissolução da União Soviética em 1991-1992 a interdependência das nações, menor poder
auto regulador facilitaram a movimentação internacional de fluxos financeiros e comerciais,
dificultando a capacidade de decidir de forma autônoma.
O crescente descontentamento com o excesso de burocracia, promoveram o inicio e
posteriormente a implantação, no setor público de formas de gestão importadas diretamente
do setor privado, onde a ênfase maior recai no objetivo de cortar custos e aumentar a
produtividade. Foi-se buscar na iniciativa privada formas de administração que dessem maior
impulso na atividade governamental. O grande problema é que o modelo é inadequado à
administração pública por ser essencialmente técnico e totalmente apolítico.
Na administração privada a política e mercado devem constituir esferas separadas. A
política surge sempre que há conflito de interesse e conflitos surgem sempre que há um ser
existindo. O grande gancho dessa administração é a eficiência operacional sempre
conseguida através de planejamento técnico, que é desenvolvido dentro de planos e metas pré
estabelecidas.
Na administração pública essas metas são mudadas conforme decisão política da
administração, razão pela qual tem que haver maior flexibilidade nas decisões. Esta é a razão
pela qual entende-se que no setor público o planejamento estratégico é mais adequado, pois
em nível gerencial e operacional inclui também a definição de setores envolvidos, suas metas,
objetivos e atribuições das responsabilidades inerentes a cada área a partir do nível mais
elevado. Atualmente o papel do Estado mudou. A ênfase governamental está voltada para a
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meta de propiciar condições à iniciativa privada de competir em nível global e não apenas
internamente. O Brasil procura acompanhar o ritmo. A meta é diminuir o tamanho do Estado
e intervir cada vez menos na economia, propiciando ao setor privado alcançar tais objetivos
em proveito da coletividade.
PATRIMONIO
Muitos dos nossos tratadistas têm conceituado o Patrimônio como sendo um conjunto
de bens, direitos e obrigações, vinculados a uma pessoa física ou jurídica e avaliado em
moeda.
Outros conceituaram-no simplesmente através da chamada “ Equação Patrimonial “.
Para que este conceito se refira também ao Patrimônio Público, é necessário que este
seja examinado sob os seguintes grupos:
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O “Balanço Patrimonial” deve também evidenciar os bens, direitos e obrigações das
Autarquias, Órgãos que, apesar de descentralizados e de terem autonomia administrativa e
financeira, se vinculam ao Patrimônio do Município.
A Autarquia, por ser pessoa jurídica de Direito Público Interno, possui acervo que,
como tal, deve integrar-se ao patrimônio econômico do Estado ou Município, para que a
administração pública tenha uma visão global do conjunto.
Esses valores são demonstrados no Balanço Patrimonial nos dois grupos que o
constituem ou seja, o “ATIVO’ e o ‘PASSIVO’.
ATIVO
2. Extra – orçamentária ; todos os bens obtidos através de legados ou outros de acordo com
autorizações em leis especiais.
1. Imóveis, por sua natureza, por destino ou pelo objeto a que se referem, conforme o
estabelecido no Código Civil.
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2. Móveis, por sua natureza ou por determinação de Lei, compreendendo-se entre esses
diversos materiais para o serviço público, o dinheiro, valores e títulos.
PASSIVO
PASSIVO FINANCEIRO
Constituem este sub agrupamento as obrigações que, para seu resgate, independam de
autorização especial ou orçamentária, sendo pois débitos de caixa, resgatáveis a qualquer
momento. È a Dívida Flutuante, tradicionalmente classificada como Depósitos Públicos,
Depósitos de Diversas Origens e Depósitos Especificados.
Outras que independam de autorizações orçamentárias, mas ordenadas em leis especiais e que
possam criar obrigações para os Municípios, e as que se intitulam superveniências passivas.
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1. Os Restos a Pagar, que se constituem de despesas empenhadas e não pagas até 31/12.
Originam-se de créditos orçamentários anuais ou de créditos orçamentários de vigência
plurianual ( créditos especiais); neste caso os empenhos são inscritos em Restos a Pagar
somente no último ano de vigência dos créditos. Esses compromissos devem ser
classificados de acordo com as normas financeiras vigentes no País, em Processados e
Não Processados.
2. Os Restos a Pagar Processados, são representados pelo saldo de despesas liquidadas e não
pagas, representam aqueles valores que já atingiram o estágio da liquidação, ou seja, ao
final do exercício já estavam prontos para o pagamento, porque o credor já cumpriu com
as suas obrigações, através da entrega do material, da prestação do serviço ou entrega da
obra, dentro do exercício, tendo por conseguinte o direito líquido e certo de receber.
2. Serviços da Dívida a Pagar, que se constituem de empenhos feitos e não pagos, até o dia
3l de dezembro, de juros e amortizações da Dívida Pública.
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
Variações Ativas são as contas que representam o aumento dos valores ativos ou de
diminuição de valores do passivo.
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Variações Passivas são as contas que representam a diminuição do Ativo ou aumento do
Passivo
Receita Pública
Corresponde á entrada de recurso aos cofres públicos, bem como qualquer ingresso de
bens ou outros valores que sejam obtidos por força de contrato ou de lei, oriundo de fins
específicos que pertençam ou possa vir a pertencer ao Poder Público.
Toda máquina governamental participa dessas atividades e o esforço para a
arrecadação desses recursos e todo o complexo e trabalho desenvolvido de planejamento, a
exação e fiscalização volta-se para o atingimento da meta precípua que é fornecer as
condições necessárias para execução das ações resultantes dos programas de trabalhos
elaborados para bem servir a comunidade.
Classificação
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A Lei de Orçamento, atendendo ao princípio da universalidade, deverá compreender
todas as receitas incluindo-se, também, as operações de créditos autorizadas em leis.
E, pelo descrito no seu parágrafo , as exceções de entradas que, pela sua natureza, se
constituíram em simples compensação no ativo e passivo financeiros.
Ressalta-se claramente dois tipos de receita, como sejam, as que devem compreender-
se na Lei do Orçamento e dela fazer parte, e as que devam constituir-se em simples entradas
compensatórias financeiras e que não devem ser consideradas naquela Lei Orçamentária.
Portanto, a receita pública classifica-se quanto à afetação do orçamento, classifica-se em
dois grupos:
a) Receita Orçamentária; e,
b) Receita Extra – orçamentária
Receita Orçamentária
Classificação Econômica
Receitas efetivas;
Receitas não- efetivas ou por mutações patrimoniais.
Receitas efetivas
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elementos patrimoniais por recursos financeiros, tais como: alienação de bens, amortizações e
empréstimos concedidos, cobrança da dívida ativa , operações de crédito realizadas, etc.
Quanto a coercitividade
São aquelas derivadas do exercício do poder que Estado tem de tributar os lucros ou
rendimentos e os bens da coletividade. Estas receitas são caracterizadas pela imposição legal
do Estado para a sua arrecadação. São exemplos de receitas derivadas os tributos, as
contribuições, os empréstimos compulsórios, etc.
A classificação da receita sob a ótica da origem dos recursos é mais adotada nos grandes
orçamentos (União, Estados, DF e Municípios, Capitais). A finalidade desta classificação é se
fazer a separação dos recursos do tesouro e dos recursos de outras fontes, vinculados e de
transferências. As origens principais dessa classificação são :
Recursos do tesouro;
Recurso de outras fontes
Recurso do Tesouro
São representados pelos recursos arrecadados pelo Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal
referentes a todas as receitas arrecadadas pelos órgãos da Administração Direta, inclusive
aquelas arrecadadas pelos fundos. Estas receitas são classificadas em ordinárias ( representam
as receitas normais da administração direta) e vinculadas (representam as receitas de
convênios, fundos,etc).
Estágios
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Estágios da Receita Pública são as etapas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e
percorridas pelos órgãos e repartições encarregados de executa-las. A receita deverá percorrer
três estágios, a saber:
Previsão;
Lançamento; e
Arrecadação e Recolhimento.
Somente a receita orçamentária reúne condições de percorrer esses três estágios, porquanto a
receita extra-orçamentária não caracteriza a necessidade de previsão pela sua própria
natureza.
Previsão
Lançamento
Arrecadação e Recolhimento
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Receita Extra-Orçamentária
A Receita extra-orçamentária, segundo grupo da receita pública, é aquela que não integra o
orçamento público e, portanto, independe de autorização legislativa. Por conseguinte, o
Estado é obrigado a arrecadar valores que, em princípio, não lhe pertencem. O Estado figura
apenas como depositário dos valores que ingressam a esse título, como por exemplo: as
cauções, as fianças, as consignações e outras, sendo a sua arrecadação classificada como
receita extra-orçamentária.
Em termos contábeis, devemos observar que “todas as operações que resultam débitos e
créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução orçamentária, serão também
objeto de registro, individualização e controle contábil”.
Isto em última análise quer dizer que a receita extra-orçamentária será registrada através da
escrituração contábil, devidamente individualizada.
O recolhimento referir-se-á a uma receita classificável como extra-orçamentária, pois, não
pertencendo ao Poder Público, configurar-se-á como uma entrada compensatória no ativo e
passivo financeiro e, por via de conseqüência, deverá ser desenvolvida ou paga a quem de
direito, assim que forem cumpridas as formalidades necessárias.
No que se relaciona com a Caução e a Fiança Bancária, são valores que, a critério da
autoridade competente, em cada caso, poderão ser exigidos para prestação de garantia nas
licitações e contratações de obras, serviços e compras. As cauções e fianças devem
corresponder a, no máximo, 10% do valor do orçamento ou do contrato, que será devolvido
ao término dos contratos.
A fiança geralmente é prestada por entidade bancária, através da formalização de uma carta de
fiança emitida pelo estabelecimento bancário, onde fica estipulado o valor, o prazo de
validade e os dados relativos ao contrato ou ajuste que deverá garantir, como sejam: a
construção da obra, a prestação do serviço e/ou material adquirido.
Isto ocorre porque as firmas contratantes nem sempre possuem numerários ou títulos
disponíveis para serem dados em garantia, mas possuem crédito em estabelecimento bancário,
capaz de lhes viabilizar a obtenção de uma carta fiança, onde fica configurada a co-
responsabilidade do estabelecimento bancário. Em termos práticos, caso a firma contratante
cometa alguma irregularidade no cumprimento do contrato, e for por isso penalizada com uma
multa, por exemplo, a cobrança dessa infração será feita em primeiro lugar à contratante, que
não atendendo ao depósito ou respectivo pagamento, ensejará providencias no sentido de que
o fiador, no caso o estabelecimento bancário que emitiu a carta fiança, em vista da sua co-
responsabilidade, faça a cobertura da multa que deverá ser de valor igual ou inferior aquele
que se comprometeu. Posteriormente, supõe-se que o estabelecimento bancário deva proceder,
retroativamente, à cobrança de seu cliente a quem deu a carta de fiança. Caso o objeto
contratual seja regularmente cumprido, e nada havendo a desabona-lo, a fiança deverá ser
devolvida ao contratante, da mesma forma que já mencionamos para as cauções, pois também
neste caso ela torna-se disponível.
As consignações são valores retidos em nome de entidades, para que, cumpridas as
formalidades necessárias, sejam pagos a quem de direito. É o caso das retenções das
contribuições previdenciárias, das associações de classe ou desportiva.
Divida Ativa
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Constituem Divida Ativa as importâncias relativas a tributos, multas e créditos da fazenda
Pública, lançados mas não cobrados ou não recebidos no prazo de vencimento, a partir da data
de sua inserção.
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Se o fato for verificado somente no ano seguinte, a receita poderá ser restituída após emissão
do empenho á conta de dotação de indenizações e restituições, onerando o exercício no qual
foi autorizada a devolução, compensando-se a receita indevidamente recebida no ano anterior.
As Despesas
Ocorre que no setor público não se apura o resultado do exercício como nas entidades com
fins lucrativos, estabelecendo a diferença entre as receitas ganhas no período, em confronto
com os custos e despesas para obtenção dessas receitas.
Nos dizeres de Kohama, constituem ‘Despesas Públicas, os gastos fixados na lei orçamentária
ou em leis especiais e destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos
patrimoniais; à satisfação dos compromissos da divida publica, ou ainda à restituição ou
pagamento de importâncias recebidas a titulo de cauções, depósitos, consignações, etc...”
Quanto á natureza
Quanto à competência político-institucional
Quanto à afetação patrimonial
Quanto à regularidade
Orçamentária – que é o que integra o orçamento, deriva da lei orçamentária ou dos créditos
adicionais.
Extraorçamentária – que é a despesa que não consta no orçamento compreendendo as saídas
de numerário decorrentes do levantamento de cauções, pagamento de depósitos, resgate de
operações de crédito por antecipação de receita, enfim, todos pagamentos que se referirem a
entradas extra – orçamentárias.
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Federal – quando de responsabilidade da União
Estadual – quando de responsabilidade do Estado
Municipal - quando de responsabilidade dos Municípios
Despesa Efetiva é o conjunto de despesas que contribuem para o decréscimo patrimonial, são
as despesas com pessoal e encargos, juros e encargos da divida interna e/ou externa, outras
despesas correntes.
Despesas por Mutações Patrimoniais são aquelas que não alteram o patrimônio líquido, são
oriundas de mutações. São as despesas com investimentos, inversões financeiras, amortização
da divida interna ou externa, outras despesas de capital.
Quanto à regularidade, a despesa pode ser desdobrada em:
Quanto ao aspecto legal a despesa pode ser estudada nos seguintes aspectos:
Jurídico
Econômico
Administrativo- legal
Fixa
Variável
As despesas fixas são as que têm caráter permanente, são estabelecidas por lei e só podem
ser alteradas por lei. Ex : as despesas com pessoal, custeio do serviço e outras fixadas em lei.
A origem das despesas fixas pode ser:
Constitucional
Legal
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destinadas à amortização da divida pública e aos serviços de juros.As Despesas Variáveis –
são as que somente serão realizadas de acordo com as necessidades do serviço como: diárias,
ajuda de custo, serviços extraordinários, investimento, etc...
Despesas Correntes
Despesas de Capital
Institucional
Funcional- Programática
Econômica
Fontes de Recursos
Estágios da Despesa
O artigo 58 da Lei 4320/64, conceitua o empenho que é o primeiro estágio da despesa ato
emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente
ou não de implemento de condição.
No artigo 60 da Lei veda a realização de despesa sem prévio empenho. Caso
haja alguma autorização de despesa não cumprindo este dispositivo o ordenador de despesa
estará sujeito a um processo de tomada de contas.
O artigo 63 da Lei 4.320/64 define a liquidação que é a verificação do direito do
credor e tem por objetivo apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância
exata a pagar e quanto pagar.
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- Ordinários – quando destinados a atender a despesa cujo pagamento se processe
de uma só vez.
- Estimativa – quando destinado a atender despesas que não se possa estipular o
valor exato.
- Global – quando destinado a atender a despesas contratuais e outras, sujeitas a
parcelamento, cujo montante exato possa ser determinado.
- A nota de empenho deverá conter :
- Nome do credor
- Especificação da despesa
- Importância da despesa
- Declaração de ter sido o valor deduzido do saldo da dotação própria, assinatura do
servidor encarregado e visto da autoridade competente
- Declaração expressa, quando se tratar de despesa de caráter secreto ou reservado
Pagamento
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O decreto 93872/86 detalha as despesas de exercícios anteriores como :
Despesas que não se tenham processado na época própria, aquela cujo empenho tenha sido
insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do
prazo estabelecido, tenham tido sua obrigação comprida pelo credor.
Restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição em Restos a Pagar
tenha sido cancelada, mas que em relação à qual ainda vige o direito do credor.
Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento
criada em virtude de lei , mas em relação à qual o direito do reclamante só é reconhecido após
o exercício financeiro correspondente. A Lei de Responsabilidade Fiscal ao preconizar a
aplicação do regime de competência para as despesas e estabelecendo que elas sejam
reconhecidas dentro do exercício financeiro, estabelecendo sanções para os administradores
que assumirem dívidas para serem quitadas por seus sucessores, terminará por extinguir este
tipo de despesa que na sua essência se mostra ilegal e inconstitucional.
Se ao terminar a vigência do orçamento, e o processo empenhado em Despesas de Exercícios
Anteriores não tiver sido pago, poderá ser relacionado como Restos a Pagar daquele exercício.
Adiantamentos
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Serão considerados em alcance os responsáveis por adiantamentos que não apresentarem a
comprovação dentro do prazo fixado e neste caso estarão sujeitos a multa e a competente
tomada de contas.
Uma vez aprovada a prestação de contas, o processo voltará ao órgão contábil para:
Escrituração, no sistema patrimonial, quando se tratar de compra de material permanente, ou
de execução de obras.
Baixa na responsabilidade do servidor
Se a comprovação for impugnada, a autoridade ordenadora devolverá o processo ao órgão
contábil para o registro definitivo da responsabilidade do servidor e a formalização da
respectiva tomada de contas, cuja tramitação obedecerá à as normas estabelecidas tanto pelo
órgão de controle interno como pelo Tribunal de Contas.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Sendo o orçamento um instrumento de controle da administração financeira do ente
governamental é absolutamente necessário que hajam regras a serem seguidas ainda que nem
todos autores sejam unânimes ao elencar os princípios orçamentários. Lino Martins da Silva
em seu livro “ Contabilidade Governamental” analisa os Princípios Orçamentários sob dois
aspectos relacionados ao fins a que se propõe o orçamento: gerais e específicos.
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Equilíbrio - As teorias que sempre defenderam um orçamento equilibrado se tornam
discutíveis diante das teorias modernas que acumulam na perspectiva de assegurar cobertura
para as despesas governamentais e sobretudo meios para o Estado intervir na economia,
exercendo pressão sobre a estrutura produtiva, modificando a distribuição de renda. O
desequilíbrio orçamentário só se transforma em problema quando apresenta déficit continuado
no decorrer de vários exercícios, porque transfere para a população do futuro o ônus do
desequilíbrio presente.
È criticável se ocorrer déficit da Despesa Corrente com utilização de recursos do crédito
público para cobrir despesas operacionais,.
Exclusividade – O artigo 165 da Constituição estabelece que somente matéria de orçamento
será constante da Lei Orçamentária para evitar que outros assuntos fossem tratados nessa lei
que pelo fato de ter prazos para o seu encaminhamento, circula mais rapidamente nos canais
burocráticos do Legislativo. Fica ressalvada a autorização para abertura de créditos
suplementares, e contratações de operações de créditos, ainda que por antecipação de receita e
trata da autorização para destinação do superavit ou cobertura o déficit.
Especificação - È um aspecto formal do orçamento e tem por finalidade vedar as autorizações
globais na lei orçamentária. Como conseqüência desse princípio encontraram as seguintes
proibições de natureza Constitucional.
Inicio de programas e projetos não incluídos no orçamento
Realização de despesas ou assunção de compromissos que excedam os créditos orçamentários
ou adicionais
Transposição, remanejamento ou transferência de recursos de uma categoria de programação
para outra ou de um órgão para outro sem autorização legislativa.
Concessão de créditos ilimitados
Utilização sem autorização, legislativa específica, de recursos do orçamento fiscal e da
seguridade para cobrir déficit de empresas, fundações e fundos
Instituições de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
O artigo 166 § 8º da Constituição reforça a aplicabilidade deste princípio quando explicita;
“os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa”
Publicidade – O conteúdo orçamentário deve ser divulgado, portanto, publicado através dos
veículos oficiais de divulgação para conhecimento público e para a eficácia de sua validade
que é o princípio para todos os atos oficiais do Governo. A publicação deve ser feita no Diário
Oficial.
A Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal trazem inovações no que diz
respeito a este princípio.
Clareza – Não basta a publicidade se não houver clareza no documento apresentado ao
Legislativo.
Sem descuidar das exigências técnicas, o orçamento deve ser claro e compreensível para
qualquer individuo .
Uniformidade – Também chamado de consistência. Não se pode mudar critérios de
classificação das receitas e despesas públicas. Os dados têm que conter homogeneidade no
decorrer dos exercícios financeiros.
Não Afetação da receita - È o princípio que postula o recolhimento de todos os recursos a
uma caixa única do Tesouro, sem discriminação quanto a sua destinação.
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Entretanto, a norma constitucional consagrou este princípio apenas para as receitas
provenientes de impostos vedando sua vinculação a determinado órgão, fundo ou despesa
ressalvados as repartições dos produtos da
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Num primeiro estágio da administração pública seus bens eram tratados como
propriedade particular com utilização pelos próprios representantes do Estado e esse fato era
encarado como normal. Confundia-se o Estado com quem o representava e seus agentes,
orientando sua ação exclusivamente no seu fortalecimento econômico para manutenção do
poder e fortalecimento patrimonial. Hoje o conceito de Estado evoluiu e qualquer ação em
benefício dos seus representantes ou que não tenha como fundamento o bem estar ou o
desenvolvimento econômico e social constitui desvio, levando a que seja considerada prática
da corrupção. Não mais vigora a administração patrimonial alheia aos fins do Estado.
Com o surgimento do capitalismo, houve mudança, que resultou na separação da
atividade doméstica, que objetivava dar status e condições de subsistência ao soberano, para
uma atividade profissional voltada para o Estado, em termos não exclusivamente de oferecer
proteção contra ingerências externas, mas de segurança e condições de desenvolvimento
econômico e social interno, com separação nítida desses ambientes com a profissionalização
dos agentes do Governo.
O período ao final do século XIX ficou caracterizado como Administração
Burocrática, cujos princípios e características eram baseados nas diretrizes do exército
prussiano. Esta administração era conhecida pelo exercício de atividades de gestão pública
por um quadro administrativo composto por funcionários que eram absolutamente livres,
obedecendo somente às obrigações objetivas do seu cargo, nomeados por seleção de melhor
qualificação profissional, remunerados com salários fixos exercendo seus cargos como
profissão única ou principal, seguindo rigorosas normas internas e submetidos a um rígido
sistema de disciplina e controle de serviço.
As vantagens da administração burocrática que consistiam em precisão, continuidade,
disciplina, rigor e confiabilidade na máquina governamental, fizeram o sucesso dessa
metodologia, que consolidou-se tanto nos sistemas econômicos capitalistas como socialistas.
Contrariamente aos excessos da administração patrimonial, a administração
burocrática, caracterizou-se pela rigidez nos controles e na disciplina o que fez com que a
administração, com o tempo, se tornasse pesada e ineficiente, principalmente por sua ênfase
nos controles centralizados.
Estamos entretanto, em novos tempos, as grandes transformações tecnológicas que
estão ocorrendo, a globalização, estão fazendo com que o setor público se modernize, se abra
e se redimensione, sob pena de, se não o fizer estar fadado à falência e ao ostracismo.
Tais transformações vêm se desenvolvendo a partir da Segunda Guerra, assumindo
uma dinâmica mais acelerada a partir da década de 80. A queda do muro de Berlim em 1989,
a dissolução da União Soviética em 1991-1992 a interdependência das nações, menor poder
auto regulador facilitaram a movimentação internacional de fluxos financeiros e comerciais,
dificultando a capacidade de decidir de forma autônoma.
O crescente descontentamento com o excesso de burocracia, promoveram o inicio e
posteriormente a implantação, no setor público de formas de gestão importadas diretamente
do setor privado, onde a ênfase maior recai no objetivo de cortar custos e aumentar a
produtividade. Foi-se buscar na iniciativa privada formas de administração que dessem maior
impulso na atividade governamental. O grande problema é que o modelo é inadequado à
administração pública por ser essencialmente técnico e totalmente apolítico.
Na administração privada a política e mercado devem constituir esferas separadas. A
política surge sempre que há conflito de interesse e conflitos surgem sempre que há um ser
existindo. O grande gancho dessa administração é a eficiência operacional sempre
conseguida através de planejamento técnico, que é desenvolvido dentro de planos e metas pré
estabelecidas.
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Na administração pública essas metas são mudadas conforme decisão política da
administração, razão pela qual tem que haver maior flexibilidade nas decisões. Esta é a razão
pela qual entende-se que no setor público o planejamento estratégico é mais adequado, pois
em nível gerencial e operacional inclui também a definição de setores envolvidos, suas metas,
objetivos e atribuições das responsabilidades inerentes a cada área a partir do nível mais
elevado.
Atualmente o papel do Estado mudou. A ênfase governamental está voltada para a
meta de propiciar condições à iniciativa privada de competir em nível global e não apenas
internamente. O Brasil procura acompanhar o ritmo. A meta é diminuir o tamanho do Estado
e intervir cada vez menos na economia, propiciando ao setor privado alcançar tais objetivos
em proveito da coletividade.
Controle e Avaliação
Até encerrar-se o século XX, os dirigentes brasileiros tiveram uma visão distorcida
com relação à avaliação. Elaboram-se tabelas, preparam-se relatórios estatísticos, e avalia-se.
No entanto, a maior parte dessas contas tem relações com insumos. Quanto foi despendido,
quantas pessoas foram atendidas, quantas doses de vacinas foram aplicadas, e que serviços
cada pessoa recebeu . Mas e os resultados? Na verdade não é fácil avaliar o resultados.
Normalmente serão precisos vários anos para desenvolver medidas ou critérios de avaliação
adequados.
Finalmente nossos administradores se conscientizam que não basta medir processos. Existe
uma diferença fundamental entre medir eficiência e efetividade. A eficiência mede o custo de
cada unidade de produção e efetividade mede a quantidade dos resultados, o grau em que ela
atingiu o resultado desejado. Existe compensação ou satisfação em saber que fazemos com
eficiência um trabalho que não deveria continuar a ser feito?
As escolas medem o número de alunos matriculados ou que conseguiram completar o
primeiro grau, quando avaliação de resultado poderia ser quantos conseguiram emprego,
quanto se conseguiu baixar o índice de criminalidade, quanto se diminuiu no pagamento do
seguro desemprego, etc...
Ainda veremos nos orçamentos públicos a meta para construção de estradas não os km
construídos e/ou asfaltadas, mas o prazo de vida útil das estradas!
W.Edwards Deming aponta que as organizações podem solucionar seus problemas mais
rapidamente se os empregados se resolverem na busca de soluções. Ainda que o
Administrador possa diagnosticar o problema sem os empregados é difícil solucioná-la. Por
isso, a Administração de Qualidade Total utiliza equipes e empregados geralmente
conhecidos como times de qualidade, para por fim à maior parte de problemas em seus locais
de trabalho.
Assim, nas medidas de desempenho é primordial o envolvimento dos funcionários para
implementar os critérios e os parâmetros.
Antes, o controle se resumia em analisar o cumprimento legal das normas, hoje ele se
completa com a avaliação de desempenho.
A função de controle como uma das componentes das funções quanto ao objeto, devem ser
exercidas em todos os níveis e em todos os órgãos.
O controle deve ser exercido pela chefia competente compreendendo a execução dos
programas e a observância das normas que governam as atividades especificas do órgão
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controlado, bem como a aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens pelos órgãos
próprios do sistema de contabilidade e auditoria.
Entende-se também como parte integrante da função a observância dos serviços executados
mediante racionalização e simplificação dos processos suprimindo-se os controles que se
evidenciarem puramente formais ou cujo custo se defina como superior ao risco.
O controle pode ser classificado como controle contábil que compreende a salvaguarda dos
ativos e a idoneidade dos registros. Caracteriza-se por ser preventivo e escritural. Seu objetivo
é a segurança da veracidade do registro das operações no que se refere a legalidade dos atos e
a fidelidade funcional dos agentes da administração.
O controle pode ser efetuado em vários momentos em relação aos fatos administrativos, assim
ocorrem os controles antecedentes, concomitantes e subsequentes.
SISTEMAS DE CONTAS
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Comparando-se com a contabilidade da iniciativa privada, a contabilidade pública apresenta-
se na verdade bem mais complexa devido à gama de informações que ela fornece através de
seus relatórios para o gestor.
Assim, na contabilidade Pública são apresentados os Balanços Financeiro, Patrimonial,
Demonstração das Variações Patrimoniais, Balanço Orçamentário e de Compensação, como
resultado dos lançamentos efetuados nesses sistemas que funcionam independentes
autônomos e estanques.
O sistema financeiro registra os recebimentos e pagamentos de receitas e despesas
orçamentárias e extra-orçamentárias e ativos e passivos financeiros. Neste sistema são
registrados os fatos que se relacionem com entrada e saída de recursos financeiros, Caixa ,
Bancos, Despesa Orçamentária, Receita Orçamentária, Fornecedores, Pessoal a Pagar, etc.
As contas do sistema Patrimonial registram os Móveis, Imóveis, Créditos, Valores,
Movimento de Almoxarifado, inscrição e baixa de ativos e passivos, incorporações e
desincorporações de bens independentes da execução orçamentária e as superveniências e
insubsistências ativas e passivas.
Ativo
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Orçamentária ; todos os bens adquiridos ou obtidos com autorizações em leis especiais e no
orçamento.
Os Bens Públicos são inalienáveis. Mas essa inalienabilidade não é absoluta, porquanto a
alienação pode ser autorizada em lei. Sem lei especial, que desafete o bem, e expressamente o
autoriza, nenhum bem público poderá ser vendido.
os bens dominicais: aqueles que constituem o patrimônio público , objeto de direito pessoal
ou real dessa entidade, como os valores os e outros.
- Imóveis, por sua natureza, por destino ou pelo objeto a que se referem, conforme o
estabelecido no Código Civil.
- Móveis, por sua natureza são suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força
alheia ou por determinação de Lei, os direitos reais sobre objetos, móveis os direitos de
obrigação e as ações correspondentes, bem como os direitos de autor. compreendendo-se
entre esses diversos materiais para o serviço público, o dinheiro, valores e títulos.
- Bens de Defesa Nacional – São os empregados nos serviços de defesa nacional como:
- Quartéis, hospitais militares, arsenais, navios de guerra, diques, depósito de material bélico,
escolas e colégios militares, campos de aviação e de exercícios, fábrica de pólvora e artefatos
de guerra.
- Bens científicos e artísticos são arquivo nacional e estadual, biblioteca nacional ou estadual,
museus, jardim botânico, observatórios , jardim zoológico.
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- Bens de Natureza agrícola são:
- Bens Semoventes – Os animais que se destinam a tração de veículo do serviço público desde
que esse serviço não se enquadre nos de caráter industrial, agrícola ou pastoril.
- Créditos- Os créditos são representados pelos resíduos ativos ou pela dívida ativa, bem
como, pelos direitos a receber por responsabilidades impostas a servidores da entidade e por
motivo de extravio, danificação, furto ou roubo de valores. Estas contas constituem o grupo
de contas do PERMANENTE do Ativo da Entidade.
Ativo Financeiro
Ativo Financeiro
Disponível
Caixa
Bancos Conta Movimento
Aplicações Financeiras
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Créditos em Circulação
Rede Bancária Arrecadação
Restos Orçamentários a Receber
Créditos Diversos a Receber
Impostos a Compensar
Salário Família
Salário Maternidade
Auxílio Natalidade
Realizável
Diversos Devedores
Responsabilidades Impostas
Diversos Responsáveis
Pendentes
Responsabilidades Abonadas a Regularizar
Despesas Diferidas
Outras Contas Pendentes
Ativo Real
O Ativo Real representa o somatório dos bens e direitos existentes em cada unidade, ou seja,
os valores contidos no Ativo Financeiro e no Ativo Não Financeiro.
No Balanço Patrimonial o Ativo Real será demonstrado logo abaixo do Ativo Não Financeiro
e será obtido pela equação:
Ativo Real= Ativo Financeiro + Ativo Não Financeiro.
Ativo Compensado
Passivo
30
Passivo Financeiro
Constituem este sub agrupamento as obrigações que, para seu resgate, independam de
autorização especial ou orçamentária, sendo pois débitos de caixa, resgatáveis a qualquer
momento. È a Dívida Flutuante, tradicionalmente classificada como Depósitos Públicos,
Depósitos de Diversas Origens e Depósitos Especificados, os Restos a Pagar,etc...
Outras que independam de autorizações orçamentárias, mas ordenadas em leis especiais e que
possam criar obrigações para os Municípios, e as que se intitulam Superveniências Passivas.
- Os Restos a Pagar, que se constituem de despesas empenhadas e não pagas até 31/12.
Originam-se de créditos orçamentários anuais ou de créditos orçamentários de vigência
plurianual ( créditos especiais); neste caso os empenhos são inscritos em Restos a Pagar
somente no último ano de vigência dos créditos. Esses compromissos devem ser
classificados de acordo com as normas financeiras vigentes no País, em Processados e Não
Processados.
- Os Restos a Pagar Processados, são representados pelo saldo de despesas liquidadas e não
pagas, representam aqueles valores que já atingiram o estágio da liquidação, ou seja, ao final
do exercício já estavam prontos para o pagamento, porque o credor já cumpriu com as suas
31
obrigações, através da entrega do material, da prestação do serviço ou entrega da obra, dentro
do exercício, tendo por conseguinte o direito líquido e certo de receber.
- Os Restos a Pagar Não Processados, ou saldo de despesas empenhadas e não liquidadas são
os valores das despesas que estando empenhadas não conseguiram, por algum motivo, atingir
o estágio da liquidação até o dia 3l de dezembro. Essas despesas estão na dependência da
prestação do serviço, do fornecimento do material ou da execução da obra ou parte do credor,
portanto o seu direito ainda não foi apurado. Os Decretos e encerramento de exercício devem
dar as orientações com respeito aos saldos dos empenhos, se forem declarados insubsistentes,
ou devem ser relacionados em Restos a Pagar não processados.
- Serviços da Dívida a Pagar, que se constituem de empenhos feitos e não pagos, até o dia 3l
de dezembro, de juros e amortizações da Dívida Pública.
São uma espécie de Restos a Pagar e as normas estabelecidas para neles se inscreverem os
empenhos não pagos são as mesmas dos Restos a Pagar.
As contas componentes do Passivo Financeiro podem ser relacionadas como:
Restos a Pagar - Processados e Não Processados, Retenções de Terceiros e Depósitos de
Terceiros e Débitos de Tesouraria.
Correspondem todas a Operações classificadas como Extra-orçamentárias.
Passivo Real
Passivo Compensado
Variações Patrimoniais
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São contas específicas que demonstram as variações ocorridas nas operações patrimoniais.
O artigo 100 da Lei 4320/ 64 estabelece: “ As alterações da situação líquida patrimonial, que
abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes
dessa execução e as superveniências e insubsistências ativas e passivas, constituirão
elementos da conta patrimonial”.
Essas contas, que são oriundas de fatos modificativos, representam as alterações ocorridas nos
bens, direitos e obrigações que modificaram o patrimônio líquido independentes do
orçamento.
TOTAL 7.060.000
DESPESA
GABINETE DO PREFEITO
PESSOAL .600,000
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INVESTIMENTO 290.000
SECRETARIA DE AGRICULTURA
PESSOAL 500.000
INVESTIMENTO 500.000
SEC. EDUCAÇÃO
INVESTIMENTO 5.170.000
TOTAL 7.060.000
Responda:
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a) Qual foi o resultado de Previsão
b) Qual o resultado de Execução
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
RECEITA DESPESA
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RECEITAS CRÉDITOS
CORRENTES ORÇAMENTÁ
RIOS E
Receita SUPLEMENT
Tributária ARES
Receita
Patrimonial CRÉDITOS
ESPECIAIS
Receita Industrial
Transferências CRÉDITOS
Correntes EXTRAORDI
NÁRIOS
Receitas
Diversas
RECEITAS DE
CAPITAL
SOMA
DÉFICITS
TOTAL
BALANÇO FINANCEIRO
RECEITA DESPESA
Títulos R$ R$ R$ Títulos R$ R$ R$
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ORÇAMENTÁRIA ORÇAMENTÁRIA
A Prefeitura de Sonho Azul do Oeste encerrou o Balanço Patrimonial em 2006 com os seguintes valores:
ATIVO PASSIVO
Ativo Financeiro 440.000 Passivo Financeiro 170.000
Caixa 20.000 Restos a Pagar 130.000
Bancos 420.000 Depósitos 10.000
37
Débitos de Tesouraria 30.000
REALIZÁVEL
Div.Responsáveis 50.000
38
Títulos R$ R$ R$ Títulos R$ R$ R$
RESULTANTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
RECEITA
ORÇAMENTÁRIA
Receitas Correntes
Receita Tributária
Receita Patrimonial
Receita Industrial
Transferências
Correntes
Receitas Diversas
Receitas de Capital
MUTAÇÕES PATRIMONIAIS
A Prefeitura de Portal da Amazônia encerrou o Balanço Patrimonial em 2007 com os seguintes valores:
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ATIVO PASSIVO
Ativo Financeiro 440.000 Passivo 170.000
Financeiro
Caixa 20.000 Restos a Pagar 130.000
Bancos 420.000 Depósitos 10.000
Débitos de 30.000
Tesouraria
REALIZÁVEL
Div.Responsáveis 50.000
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BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Títulos R$ R$ R$ Títulos R$ R$ R$
ATIVO FINANCEIRO PASSIVO
FINANCEIRO
Disponível
Caixa Restos a Pagar
Bancos e Serviço da Dívida a
Correspondentes Pagar
Exatores Vinculado Depósitos
Em C/C Bancária Débitos de
Realizável Tesouraria
SALDO PATRIMONIAL
SALDO
Passivo Real PATRIMONIAL
Descoberto
Ativo Real Líquido
ATIVO COMPENSADO
PASIVO
Valores em Poder de COMPENSADO
Terceiros
Valores de Terceiros Contrapartida de Valores
Valores Nominais Em Poder de Terceiros
Emitidos Contrapartida de Valores
Diversos de Terceiros
Contrapartida de Valores
Nominais Emitidos
Diversos
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Despesas Fixadas 1.400
Receitas Previstas 1.400
Receitas Arrecadadas 1.300
Despesas Empenhadas 1.000
Despesas Pagas 600
Aquisição de Bens 400
Amortizações da Dívida 200
Cobrança da Dívida Ativa 20
Alienação de Bens 300
Empréstimos Tomados 180
Doações de Bens Recebidos 80
Inscrição da Dívida Ativa 20
Doações de Bens Concedidos 20
Cancelamento da Dívida Ativa 30
a- ( ) aumentado
b- ( ) diminuído
c- ( ) rolado
d- ( ) pelo demonstrativo não tem condições de concluir
e- ( ) aumentado em 20
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BIBLIOGRAFIA
Pires, João Batista Fortes de Souza - Contabilidade Pública. Teoria e Pratica. Franco &
Fortes – 2001
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