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CONTEÚDO

PROFº: PANTOJA
04 GRÉCIA - ATENAS 02
A Certeza de Vencer MA180408

5.3 A DEMOCRACIA ATENIENSE rurais, conseguiria assim impor o seu governo pessoal dos
eupátridas e demiurgos.
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A popularidade que este tirano alcançou junto aos


indivíduos menos abastados de Atenas se deve
fundamentalmente a algumas de suas medidas: ao
confiscar terras de seus inimigos aristocratas, Psístrato fez
um arrendamento aos camponeses pobres, desenvolveu
uma série de obras públicas que acabou por absorver
grande parte da mão-de-obra livre e estimulou largamente
o comércio e a cerâmica. Segundo alguns autores,
Psístrato ainda faria a concessão de ajuda material aos
homens do campo como um artifício para adiar a partilha
das terras exigidas por estes.
Psístrato governou Atenas até o dia de sua morte,
A) PRECEDENTE – A TIRANIA: Conforme vimos no no ano de 527 a.C., quando foi sucedido por seus filhos
tópico anterior, as reformas de Sólon embora tenham Hiparco e Hipias, que governariam até 510 a.C., quando
produzido alguns avanços também tiveram limitações, um levante popular poria fim no período da Tirania e
além disso, não foram do agrado de todos os habitantes iniciaria a mais importante fase da história ateniense: a
desta pólis. Os eupátridas sentiram-se prejudicados pela Democracia.
perda do monopólio político e da possibilidade de usar o
próprio credor como calção pelo empréstimo concedido. B) AS REFORMAS DE CLÍSTENES: Contando com um
As camadas populares esperavam por reformas bem mais amplo apoio popular Clístenes iniciaria a criação de uma
profundas, como a redistribuição da propriedade privada série de reformas que resultariam na implementação do
da terra, estes fatores faziam com que as disputas regime democrático ateniense, este é indiscutivelmente o
tivessem prosseguimento. Em meio a essas agitações, momento mais importante da história de Atenas, é neste
assistimos o aparecimento dos governantes tirânicos que tempo que a cidade gozará do prestígio de centro da
alcançavam o poder com o apoio das massas populares. cultura grega e alcançara a posição de maior pólis dentre
Psístrato (560-527 a.C.) foi o maior dos tiranos desta civilização. Observemos as principais medidas de
gregos, líder do partido diacriano é visto por alguns Clístenes:
historiadores como um político demagogo que fez uso do
discurso favorável às massas como uma ferramenta capaz Reforma Urbana: Para conter os conflitos sociais entre
de sublevá-los contra os eupátridas. Tendo conseguido o os diferentes espaços da cidade – litoral, planície e
seu intento, Psístrato acabou sendo atacado montanha, Clístenes substitui a antiga divisão em quatro
sucessivamente por fundiários e comerciantes, chegando a tribos de origem gentílica por dez novas, tomando o
ponto de ser expulso da cidade, quando passou doze anos cuidado para que em cada uma delas haja um setor para
exilado. O retorno de Psístrato a Atenas, e ao poder, é cada uma das três partes e depois, subdivide as tribos em
narrado como um verdadeiro espetáculo para a época, número variável de demos – áreas administrativas. Com
dando provas de seu talento para manipular as massas: tal atitude o reformador pretendia anular as bases de
segregação de Atenas.
“No décimo segundo ano, Mégacles, repelido
pelos partidos em luta, entrou em negociações com Reforma Cívica: Abre possibilidades maiores para que
Psístrato, sob a condição de este desposar sua filha; e um indivíduo tenha direito à cidadania ateniense,
reconduziu-o de maneira simples e à moda antiga. entendendo que os critérios necessários seriam: pertencer
Propagou a notícia de que Atena trazia Psístrato de ao gênero masculino, ser maior de dezoito anos, ter
volta, procurou uma mulher alta e bela – segundo nascido em Atenas e ser filhos de pais atenienses.
Heródoto, originaria do dèmes de Peânia; segundo
outros, tratava-se de uma ramalhateira trácia chamada Obs.: Nasceria aqui o princípio da isonomia ateniense,
Flia, que habitava em Colito -; vestiu-a de deusa e fê-la segundo o qual todos os cidadãos seriam iguais perante a
entrar em Atenas com Psístrato, que avançava numa lei. Observe nas palavras de Claude Mossé:
carruagem com a mulher a seu lado, e os habitantes
reberam-no prostrando-se em sinal de respeito”. “É esta isonomia que traduz a reforma do espaço cívico
VESTIBULAR – 2009

MOSSÉ, Claude. “Op.cit”. p. 19. e, mas simplesmente, o fato de que, doravante, um


ateniense não mais se nomearia pelo nome do pai, mas
pelo nome do pai, mas pelo do seu demos de origem”.
Tendo ainda sido expulso uma segunda vez, MOSSÉ, Claude. “Op.cit”. p.23
Psístrato acumulou riquezas no exterior para finalmente
desembarcar em Atenas apoiado pelas massas urbanas e
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Reforma Política: Para adequar o aparelho político A palavra “democracia” seria traduzida como um
ateniense às reformas que vinha empreendendo, Clístenes “governo para a maioria”. No entanto, observamos que
reformulou as atribuições e competências aos órgãos mulheres, menores de 18 anos, estrangeiros e escravos
políticos da cidade, dentre os quais mereciam destaque o não apresentavam direitos políticos, estes personagens
Bule e a Eclésia. O primeiro receberia o acréscimo de cem históricos somados formariam a esmagadora maioria da
membros, sendo transformado de Conselho dos população, mas ainda assim atenienses importantes do
Quatrocentos em Conselho dos Quinhentos, onde cada porte de um Péricles defendiam a isonomia universal:
uma das dez tribos deveria indicar 50 representantes, cuja
função seria a preparação de projetos de lei. O segundo “Nossa constituição política não segue as leis
se tornaria mais importante órgão da democracia de outras cidades, antes lhes serve de exemplo. Nosso
ateniense, pois sendo a assembléia popular da cidade, governo se chama Democracia, porque a
englobava todos os cidadãos que reunidos na agora (praça administração serve aos interesses da maioria e não de
pública) aprovavam as leis e decidiam as questões uma minoria.
importantes. De acordo com nossas leis somos todos iguais
no que se refere aos negócios privados. Quanto à
Ostracismo: Seria uma penalidade imputada a todo e participação na vida pública, porém, cada qual obtém a
qualquer cidadão que constituísse uma ameaça ao regime consideração de acordo com seus méritos e mais
democrático ateniense, consistia no banimento pelo importante é o valor pessoal que a classe a que se
período de dez anos, no qual o acusado perderia todos os pertence; isto quer dizer que ninguém sente o
seus direitos políticos e a permissão para estar em Atenas. obstáculo de sua pobreza ou condição social interior
Os condenados ao ostracismo recebiam esta punição após quando seu valor o capacite a prestar serviços à
uma votação sigilosa (voto dentro de uma ostra, daí o cidade. (...) Por estas razões e muitas mais, nossa
nome) ocorrida na Eclésia. Esta seria uma maneira para cidade é digna de admiração”.
evitar qualquer perigo de levante ou conspiração. PÉRICLES. In: AQUINO, Rubim. “op.cit.” p. 201

C) O Século de Péricles: Embora Clístenes tenha sido o


líder do levante e o autor das primeiras reformas que Uma pergunta plausível após a leitura deste
instituíram a democracia, muitos autores consideram que tempo seria: Péricles acreditava em seu discurso sobre um
o pai deste regime inventado pelos gregos tenha sido governo para a maioria? A resposta é sim, uma vez que
Péricles, uma vez que no período em que este esteve entre os atenienses, a maioria a ser tratada em pé de
como estratego (dirigente supremo da Atenas igualdade seria a maioria dos “iguais”, ou seja, daqueles
democrática), a cidade alcançou o seu “período de ouro”, que preenchiam os critérios da cidadania, os demais
verdadeiramente o seu apogeu militar, intelectual e seriam considerados “inferiores” e sequer constariam em
político. Buscando endossar esta argumentação uma hipotética estatística”.
recorremos às palavras de Claude Mossé:
Democracia e escravismo são duas palavras
“A influência que Péricles exerceu deveu-se à filosoficamente contraditórias, como admitir que uma
consideração com que era cercado e à profundidade de sociedade que exaltava sua capacidade de tratar todos os
sua inteligência. Com um desprendimento absoluto, cidadãos como “iguais” estivesse alicerçada no uso do
sem atentar contra a liberdade, dominava a multidão trabalho escravo, uma forma de trabalho que o cativo está
que conduzia, muito mais do que esta o conduzia. Não absolutamente desprovido de liberdade, sofre castigos
precisava lisonjear a plebe, uma vez que adquirira freqüentes, é tratado como uma peça pelo seu senhor.
influência por meios honestos e, graças à sua
autoridade pessoal, podia se opor a ela e, até, “No décimo segundo ano, Mégacles, repelido pelos
manifestar-lhe irritação. Todas as vezes que os partidos em luta, entrou em negociações com Psístrato,
atenienses, extemporaneamente, entregavam-se à sob a condição de este desposar sua filha; e
insolência e ao orgulho, Péricles fazia-os recuar reconduziu-o de maneira simples e à moda antiga.
temerosos; quando se amedrontavam sem motivo, ele Propagou a notícia de que Atena trazia Psístrato de
lhes infundia confiança. Este governo, chamado de volta, procurou uma mulher alta e bela – segundo
democracia, era na verdade, o de um só homem”. Heródoto, originaria do dèmes de Peânia; segundo
MOSSÉ, Claude. “op.cit”. p.35 outros, tratava-se de uma ramalhateira trácia chamada
Flia, que habitava em Colito -; vestiu-a de deusa e fê-la
entrar em Atenas com Psístrato, que avançava numa
Embora a experiência democrática de Atenas
carruagem com a mulher a seu lado, e os habitantes
tenha sido uma inovação para o seu tempo, mesmo que
reberam-no prostrando-se em sinal de respeito”.
alguns autores de gerações posteriores, e até
M OSSÉ, Claude. “Op.cit”. p. 19.
contemporâneos, exaltem o valor deste sistema político, é
VESTIBULAR – 2009

preciso que se observe que este apresentava contradições


e limitações. Em seguida apresentaremos alguns dos
aspectos mais evidentes destas imperfeições.

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