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CONTEÚDO

PROFº: CHÁRCHAR
06 SOCIEDADE MINERADORA II
A Certeza de Vencer GE230408 – AB / CN(N)

APRESENTAÇÃO: ouro extraído deveria ser levado


e fundido em barras, já retirada a
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“No momento em que as expedições bandeirantes quinta parte, que era de direito
encontraram as primeiras jazidas de ouro, no que viria a ser da coroa.
a região mineralógica, desenvolveu-se a chamada corrida Com o passar dos anos,
pelo ouro; momento em que uma verdadeira legião de a produção aurífera aumentava
forasteiros passou a ocupar a região das minas, em busca progressivamente, ficando cada
de enriquecimento e ascensão social. vez mais difícil para a metrópole
Então, a metrópole lusitana tratou logo de organizar estabelecer um controle eficaz
um complexo sistema burocrático para efetivar o controle e a nesta região, pois justamente
regulamentação da atividade mineradora, através da com o aumento da produção aurífera, aumentava-se o
cobrança de variadas taxações, impostos e regras para a contrabando e o roubo.
exploração do ouro. “ Os artifício usados para burlar o fisco atingiam uma
Este complexo sistema burocrático tinha como razoável sofisticação. As imagens de santos trabalhadas em
principal objetivo aproveitar ao máximo a atividade mineira madeiras muitas vezes levavam o metal em seu bojo.”
no Brasil para encher os cofres da coroa portuguesa, o que ( Mendes, Antônio Júnior ).
no final acabou não ocorrendo. Mas isso você vai saber no
final da aula. Vamos à ela!” Desta forma, para aumentar ainda mais a fiscalização e
(Julio Chárchar) os impostos, criou-se em 1735 o Sistema de Capitação, que
constituía na cobrança de um imposto do minerador por cabeça
I – DATAS, REGIMENTOS, INTENDÊNCIAS, DERRAMA E de escravo e por estabelecimento como oficinas, hospedarias e
MUITA BUROCRACIA: matadouros.
Em 1750, o Sistema de Capitação foi abolido, mas foi
A burocratização para a fixado o pagamento de 100 arrobas de ouro anualmente.
extração aurífera era Posteriormente, o governo português criou a Derrama, que seria
extremamente acentuada, e o a cobrança só de uma vez de todos os tributos atrasados, o que
primeiro passo da coroa lusa contribuiu para a culminância de várias sublevações contra os
para melhor fiscalizar esta impostos abusivos da metrópole, iniciando o processo de
atividade foi desenvolver a decadência da sociedade mineira.
distribuição das chamadas datas, II – A DIVERSIFICADA SOCIEDADE NA MINERAÇÃO:
que eram unidades de
exploração do ouro. Ou seja, Se efetivarmos uma
quando descobria-se uma jazida relação com a sociedade
de ouro, esta era dividida em açucareira, perceberemos que
várias unidades e distribuída à a sociedade mineira
particulares que teriam a apresentou uma maior
responsabilidade de explorá-las. urbanização e diversidade.
Quando alguém descobria uma jazida, tinha obrigação Pois nesta sociedade,
de comunicar aos representantes do governo, que por sua vez, desenvolveram-se vilas que
distribuíam as datas cujos tamanhos variava de acordo com o hoje são cidades históricas, e
número de escravos que cada minerador possuísse. uma diversificada estrutura
Para aumentar o controle da metrópole na região das social composta por vários
minas, foi criado em 1702 a chamada Intendência das Minas, segmentos. Entretanto, deve-
que era uma espécie de governo especial para as regiões se ressaltar que, apesar de na sociedade mineira existir reais
auríferas. Nestas regiões era feita uma fiscalização detalhada possibilidades de enriquecimento com o descobrimento de
pelos superintendentes, que eram representantes da coroa jazidas de ouro, o que prevalecia era uma intensa pobreza de
portuguesa no território. uma grande maioria de miseráveis, que em sua maioria eram
A intendência da Minas tinha funções importantes, escravos.
como efetivar o policiamento do território, cobrar tributos, e
ainda funcionava como tribunal de justiça. III – A ORGANIZAÇÂO SOCIAL:
Os superintendentes, geralmente, eram pessoas
ligadas a atividade mineira, que conhecia a legislação 1. Os Ricos – Este segmento
desenvolvida pelo estado e apresentava interesse em defender era composto por grandes
os interesses da coroa. comerciantes responsáveis
As taxações e impostos cobrados pela coroa eram por várias atividades voltadas
bastante variados, mas a primeira forma de tributação veio com para o abastecimento, pois
a cobrança do Quinto, que significava um imposto de 20% sobre eram fornecedores de
a extração de qualquer metal da região mineira como direito da alimentos e carnes que
coroa. abasteciam as regiões
VESTIBULAR – 2009

Posteriormente, se passou a cobrar outros tributos auríferas e também as vilas.


como a Finta, que equivalia a uma cobrança anual de 30% de Esta elite mineira
todo o ouro extraído. Entretanto, mesmo com a criação de vários também era composta por
tributos, as fraudes e desvios eram constantes na região das contadores, governadores e funcionários do setor administrativo,
minas, o que levou o governo português a intensificar a onde muitos deles estavam ligados diretamente à coroa, ou
fiscalização, criando as casas de fundição, local onde todo o eram filhos da nobreza portuguesa. Os donos de tropas de
mulas também eram ricos.

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2. Os Mineiros – Diferente do que algum tempo foi cogitado, os burlar o fisco, até negros e negras carregavam ouro escondido
donos de minas raramente conseguiam enriquecer, pois estes entre os cabelos e nas partes íntimas.”
estavam submetidos ao pagamento de vultuosos impostos para ( Mocellin, Renato – cap.10, pg. 93 ).
a coroa, e ainda tinham que gastar grande parte do que
ganhavam na aquisição de escravos e ferramentas, que eram Os brancos, em sua minoria, tinham dificuldades em
mercadorias caríssimas indispensáveis para a realização de seu impedir as constantes fugas de escravos. Devido aos maus-
oficio. tratos e a péssima alimentação, os cativos se rebelaram
diversas vezes.
3. Os Intermediários – Na sociedade mineira, também existia Os negros chegaram a formar alguns quilombos, dentre
uma classe intermediária composta por comerciantes de os quais se destacaram o Quilombo do Ambrósio e o Quilombo
pequeno porte, artesãos, tropeiros menores, alguns membros da Grande, destruídos com dificuldades pelas autoridades
igreja e artistas de todos os tipos, onde alguns tinham bastante governamentais.
prestígio no interior desta sociedade como diz Laura de Melo
Souza: “ Os músicos constituíram também uma comunidade COMENTÁRIOS:
respeitada; mulatos na sua quase totalidade, eram
constantemente requisitados para tocarem em festas oficiais e
em missas, os seus contratos sendo, muitas vezes, anuais.
Possuíam certo grau de instrução e se encontravam bastante
atualizados no tocante às novidades européias, executando, no
coração da América do Sul, peças de Haendel, Mozart,
Bocherini. Os músicos mineiros eram altamente
profissionalizados, formando espécies de corporações que o
Senado da Câmara e as irmandades protegiam, e que atuavam
numa concorrência cordial.”
4. Os pobres - Em sua maioria, eram representados por ex-
escravos e mestiços que viviam em uma condição de acentuada
marginalização e miséria. Estes indivíduos, mesmo sendo
homens livres, muitas vezes tinham uma vida pior do que a de
alguns escravos.

Esta população miserável vivia geralmente em choças


miseráveis, sobrevivendo graças a trabalhos variados. O
casamento era algo muito raro, devido a burocracia eclesiástica
e pelo seu alto custo. Daí o grande número de uniões não-
legisladas, o que contribuía para a promiscuidade desenfreada.
A prostituição, também era uma atividade bastante
intensa nas gerais, pois para lá dirigiam-se muitas mulheres
fascinadas pela euforia do ouro, tornando-se meretrizes devido
as dificuldades econômicas.
Desta forma, percebe-se a existência de vários
prostíbulos chamados “Casas de Alcance”, que eram locais de
distração de viajantes e de pessoas em busca dos prazeres da
carne.
5. Os Escravos –
Representavam 70% da
população mineira, sendo a
principal força de trabalho
utilizada na extração
aurífera.

As condições de
vida e trabalho dos escravos
das minas era bastante
precária, pois viviam a maior
parte do tempo com a
metade do corpo dentro da
água, ficando vulneráveis a
insolações e pneumonias.
Os acidentes de
trabalho também eram
comuns na região das minas,
onde muitos escravos
morriam soterrados, pois os
deslizamentos nos túneis
que era cavados para a
extração de ouro, era muito
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comum, o que tornava a


expectativa de vida do negro
nas minas ainda mais baixa.
Raramente conseguiam burlar o fisco escondendo ouro
para posteriormente comprar sua liberdade. “Tudo se fazia para

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