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INDULTO NATALINO 2010

Solicitante: Órgão:
• GEDER LUIZ ROCHA GOMES • CNPCP/MJ: Ofício 268/2010

Protocolo n° 10265/2010 - Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional de


Santa Catarina
• Destinatário: Comissão de Assuntos Prisionais - CAP
• Presidente: João Moacir Corrêa Andrade
• Relatora: Daniela Felix Teixeira, Msc.
• Revisor: Victor José de Oliveira da Luz Fontes

Objeto de Análise:
• Sugestões de alteração do Decreto de indulto vigente (Decreto n° 7.046,
de 22 de dezembro de 2009), a modificado para o ano de 2010.

Fundamentações das alterações:


• CONSIDERANDO-SE que o Decreto de Indulto tem como finalidade
histórica a concessão do perdão (total ou parcial) da pena por parte do Estado, por
meio de ato exclusivo do Exmo. Presidente da República, ao Apenado que reúne
condições para tanto;
• CONSIDERANDO-SE a comprovação, científica e empírica, das situações
degradantes e desumanas de muitos estabelecimentos prisionais, locais esses onde
milhares de Apenados encontram-se cumprindo penas de reclusão e internação, sem
quaisquer Assistências por parte do Estado, nos termos da Lei de Execuções Penais -
LEP;
• CONSIDERANDO-SE que os termos e intenções em que a Lei de
Execuções Penais foi concebida, no ano de 1984, merecem ser resgatados pelo Estado,
devendo esse ser o fio condutor das Políticas Criminais, sendo a principal função da
aplicação da pena privativa de liberdade a reintegração dos Apenados com condições
mínimas de dignidade e de cidadania,;
• CONSIDERANDO-SE que é constatado que os cárceres e outras
instituições de segregação não cumprem as funções reais e declaradas, o que
comprova a inviabilidade de restituir o Apenado à sociedade em condições de pleno
exercício de suas Cidadanias;
• CONSIDERANDO-SE a falência das Políticas Criminais que perseguem as
longas condenações em regimes de segregação fechada;
• CONSIDERANDO-SE que as estatísticas do DEPEN apontam à
preponderância de condenações por crimes de natureza patrimoniais e contra a saúde
pública, o que se leva à conclusão - explicitada por muitos Criminólogos brasileiros e
estrangeiros, especialmente, Dra. Vera Regina Pereira de Andrade, Dr, Nilo Batista, Dra
Vera Malaguti Batista, Dr. Juarez Cirino dos Santos, Dr. Alexandre Morais da Rosa, Dra.
Maria Lúcia Karam, Dra, Ana Lúcia Sabadell, Dr. Geraldo Prado, Dr. Cláudio Alberto
Gabriel Guimarães, Dra. Márcia Aguiar Arend, Dra. Leda Maria Hermann, Dr. Eugênio
Raúl Zaffaroni, Dr. Loïc Wacquant, Dr. Alessandro De Giorgi, Dr. Alessandro Baratta,
dentre muitos outros -, de graves problemas de naturezas estruturais do Estado
Democrático de Direito;
• CONSIDERANDO-SE o alto custo do Sistema Prisional brasileiro, que
persegue a vigilância e controle permanente pelo Estado aos Apenado e que não se
apresenta como uma saída viável à reintegração social;
• CONSIDERANDO-SE a necessidade de repactuação do contrato social,
com vistas à inclusão social e, para tanto, constata-se a necessidade investimentos
maciços em outras esferas do Poder Público, tais como saúde, educação, saneamento,
alimentação, trabalho, assistência social, reforma agrária, transporte e cultura;
• CONSIDERANDO-SE a diferenciação da equação do Apenado Reincidente
no benefício concedido pelo Decreto Indulto, incorre na sua dupla penalização (bis in
idem), uma vez que na segunda fase da dosimentria da pena, por ocasião da sentença
penal condenatória, já teve o acréscimo no quantum da pena face a agravante da
reincidência (art. 68 c/c art. 61, I, do CP) e, ainda, haver Recurso Extraordinário com
repercussão geral reconhecida aguardando julgamento em que será analisada a
constitucionalidade do art. 61, I, do CP (RE 591563 RG, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO,
julgado em 02/10/2008, DJe-202 DIVULG 23-10-2008 PUBLIC 24-10-2008 EMENT VOL-
02338-11 PP-02114);
• CONSIDERANDO-SE, por fim, estar o Estado brasileiro num processo de
transformação democrático, plural e de emancipação social,
• PROPÕEM-SE as seguintes medidas compensatórias:

Alterações concretas:
1. a redução do tempo de cumprimento de penas e medidas de segurança,
com vistas a ampliação do número de beneficiados pelo Decreto de Indulto;
2. a extinção da diferenciação entre reincidentes e não reincidentes,
aplicando-se, assim, a mesma fração ou decurso de tempo a todos os apenados
indistintamente;
2.a. optanto-se pela extinção da reincidência no Decreto a ser promulgado,
conderam-se as tabelas abaixo na proporção e quantia de cumprimento de pena como
se primário fossem;
2.b. não sendo acatada esta sugestão proposta, consideram-se, de igual
forma, a redução das frações ou lapsos temporais na medida sugerida nas tabelas
abaixo;
3. por via de consequência, a diminuição das frações de tempo constantes
no Decreto de 2009, nas seguintes proporções:

Em 2009 Para 2010

2/3 (0,6667) 3/5

3/5 (0,6) 1/2

1/2 (0,5) 2/5

2/5 (0,4) 1/3

1/3 (0,3333) 1/4

1/4 (0,25) 1/5

1/5 (0,2) 1/6

1/6 (0,1667) 1/8

1/8 (0,125) 1/10 (0,1)

4. Aumento da abrangência da Comutação da Pena

Em 2009 Para 2010

1/8 (0,125) 1/10 (0,1)


1/6 (0,1667) 1/8

1/5 (0,2) 1/6

1/4 (0,25) 1/5

1/3 (0,3333) 1/4

2/5 (0,4) 1/3

1/2 (0,5) 2/3

3/5 (0,6) 1/2

2/3 (0,6667) 3/5

5. Redução das previsões por cumprimento de pena

Em 2009 Para 2010

20 anos 15 anos

15 anos 10 anos

6 anos 4 anos

4 anos 3 anos

6. A supressão do tráfico ilícito de drogas como óbice (art. 8º, I) à


concessão do Indulto ou, alternativamente, a ressalva de possibilidade de concessão
no caso do crime autônomo de tráfico privilegiado.

7. A supressão da obrigatoriedade de parecer do conselho penitenciário


quando se tratar de benefícios que exijam apenas o cumprimento de requisitos
objetivos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ante a solicitação que foi passada à Relatora, Advogada Membro da
Comissão de Assuntos Prisionais, da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de
Santa Catarina, com vistas a sugestão de alterações no Decreto de Indulto vigente, a
fim de que se debatam suas possibilidades de alteração à sua promulgação no ano de
2010, sugerem-se estas alterações plausíveis no presente Decreto, dentro da
perspectiva de redução de danos e redução dos custos do Estado com a Segurança
Pública e Execução Penal.

Florianópolis, 21 de julho de 2010.

JOÃO MOACIR CORREIA DE ANDRADE


Presidente da Comissão de Assuntos Prisionais
Advogado – OAB/SC 17.981

DANIELA FELIX TEIXEIRA


Relatora
Advogada – OAB/SC 19.094

VICTOR JOSÉ DE OLIVEIRA DA LUZ FONTES


Revisor
Advogado – OAB/SC 23.025

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