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São Paulo, como lemos na primeira Leitura da Missa7, fala aos primeiros
cristãos de Tessalónica do modo como se comportou com eles enquanto lhes
pregava a Boa Nova de Jesus: Estais lembrados – diz-lhes – dos nossos
trabalhos e fadigas; trabalhando noite e dia para não sermos pesados a
nenhum de vós...8 E mais tarde, na segunda Epístola: Vós mesmos sabeis
como deveis imitar- nos; pois não vivi entre vós sem trabalhar, nem comi de
graça o pão de ninguém, mas trabalhei e cansei- me de noite e de dia para não
ser pesado a ninguém9. O Espírito Santo, com este exemplo, inculcava-nos um
princípio prático bem claro a seguir: Se alguém não quiser trabalhar, que não
coma.
Hoje, na nossa oração serena e sossegada, temos que ter presente que o
Senhor também espera de nós esse mesmo espírito de laboriosidade, de
trabalho intenso, que se viveu entre os primeiros cristãos. Um dos escritos
cristãos mais antigos – a Didaquê – deixou-nos este admirável testemunho:
“Todo aquele que chegar a vós em nome do Senhor, seja recebido; depois,
examinando-o, vireis a conhecê-lo [...]. Se quem chega é um viajante, não
permanecerá entre vós mais do que dois dias ou, se for necessário, três. Mas,
se quiser estabelecer-se entre vós, tendo um ofício, que trabalhe e assim se
alimente. E se não tiver ofício, provede conforme a vossa prudência, de modo
que não viva entre vós nenhum cristão ocioso. Se não quiser fazer assim, é um
traficante de Cristo; estai alerta contra esses”10.
Durante a sua vida pública, o Mestre chamou para junto de si pessoas que
estavam habituadas ao trabalho: São Pedro, pescador de ofício, voltará às
suas tarefas de pesca logo que tiver a primeira oportunidade13; São Mateus é
convidado a seguir o Senhor num momento em que estava ocupado no seu
ofício de cobrador de impostos, e o mesmo aconteceu com os outros
Apóstolos.
(1) João Paulo II, Enc. Laborem exercens, 14-IX-1981, I, 9; (2) ib.; (3) cfr. Gen 1, 28; (4) cfr.
Gen 3, 17; (5) São Josemaría Escrivá, Carta, 14-II-1950; (6) São João Crisóstomo, Homilia
sobre Priscila e Áquila; (7) 1 Tess 2, 9-13; Primeira leitura da Missa da quarta-feira da vigésima
primeira semana do TC, ano I; (8) 1 Tess 2, 9; (9) 2 Tess 3, 7-8; (10) Didaquê ou Doutrina dos
Doze Apóstolos; (11) São Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 14; (12) R. Gómez
Pérez, La fe y los dias, pág. 20; (13) cfr. Jo 21, 3; (14) cfr. Act 18, 1-3.