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fw] Estrategia CONCURSOS Aula 03 Nogées Sobre Direito das Pessoas com Deficiéncia p/ TRE-PE (Todos os Cargos) coisa ter-1k OM Koco (U1) rr. Direito das Pessoas com Deficién 7 Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques para TRE-PE AULA 03 RESOLUCAO CNJ 230/2016 1 - Consideragées Iniciais .2 = INtrodUgSO wsessessssssssseceesessnssssnsssssssusvssssssssssesseeneeneanssisassstsnsssssnsssessssseeeeasensanssessensss 2 3 - Preémbulo 3.1 - Disposicdes Preliminares . 4 = Disposiges relacionadas a todas as pessoas com deficiéncia 4.1 - Igualdade e suas Implicagées 4.2 - N&o Discriminacdo....ecssssssseesuesssseecnnnsnseeenisunseccenunnneecensunssseersnnnsssecennnascersni 17 4.3 - Protecdo da Integridade Fisica e Psiquica .....s.0 ssseseeses A 5 - Disposigées relacionadas aos servidores com deficiéncia 5.1 - Aplical 5.2 - Avaliagdo fade dos Capitulos Anteriores .. 5.3 - Inclusdo de Pessoa com Deficiéncia no Servigo PUDICO......ssssssesssssieiessssessssssssesses 19 5.4 - Horario Especial deficiéncia. 6.1 - Facilitagéo dos Cuidados . 6.2 - Hordrio Especial... 7 - Disposigées Finais 8 - Questées.. 8.1 - Questdes sem Comentarios ..cssssssseeessussseesesunanseeerssnsseeesnnnsscersunsasseeennnanserenes 26 8.2 = Gabarito vsessssessssssseesnnnsneeessnsnseeennsnneeensuunseesenunanssseesuunsseeesnnnanseeennnanseeses 2B) 8.3 - Questdes com Comentérios 9 - Resumo 10 - Consideracées Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br ide 38 rf Direito das Pessoas com Deficién wi] Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques RESOLUCAO CNJ 230/2016 1 - Consideracgées In A Chegamos a nossa Ultima aula do curso referente aos Direitos das Pessoas com Deficiéncia especificamente preparado para o concurso do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco. para TRE-PE Nesse encontro vamos analisar a Resolugdo CN) 230/2016, que é a norma infralegal que trouxe essa matéria para 0 nosso concurso. De toda forma, como vocé perceberd esse assunto acaba por reproduzir novas j4 estudadas no Estatuto das Pessoas com Deficiéncia. Importante destacar que néo temos questées sobre o assunto, razdo pela qual efetuamos algumas questées inéditas para simular como o tema pode ser cobrado em provas. Bons estudos! Pee cede) A Resolucao CNJ 230 foi aprovada em junho de 2016 e tem por finalidade orientar a atuagao do Poder Judicidrio no que diz respeito & observancia das normas nacionais e internacionais de protecao & pessoa com deficiéncia Retomando brevemente assuntos jd estudados por nés, a aprovacéo internacional e interna da Convengo Internacional sobre o Direito das Pessoas com Deficiéncia (Convengao de Nova Iorque) e 0 seu Protocolo Facultative impés ao Brasil uma série de deveres. Esse tratado internacional de Direitos Humanos foi internalizado em nosso ordenamento juridico como norma com status de emenda constitucional, 0 que acabou por exigir a adocéo de uma série de medidas legislativas e administrativas, especialmente com a adocdo de politicas publicas. Foi editada a Lei 13.146/2015, conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiéncia, que reforcou a protecio ao grupo vulneravel. O resultado dessa norma ordem legislativa reverberou no ambito do Poder Judiciério. Primeiramente, foi adotada a Recomendacao CNJ 27/2009 e, mais recentemente, © 6rg8o adotou a Resoluco CNJ 230/2016, que estudamos nesta aula. Antes de comecar, uma observacao relevante, A resolucdo constitui uma espécie de ato normativo de carater secundario. E secundario porque ao Poder Legislative & conferida a atribuicao de editar leis em nosso ordenamento juridico. Contudo, aos demais poderes - entre eles o Poder Judicidério - poderdo atipicamente editar atos normativos. Como no é func&o principal do Poder Judiciario essas normas serao secundarias, de forma que devem respeitar as normas de quem detém efetiva competéncia para edita-las Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 38 rf Direito das Pessoas com Deficién y| Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques para TRE-PE E porque os érgdos do Poder Judicidrio precisam editar normas? Pelo simples fato de que o Poder Legislative nao tem condicées de disciplinar todas as especificidades de todos os poderes e érgos. Ele disciplina os assuntos de modo geral, de forma que os demais poderes precisam editar normas secundarias de carater regulamentar. Dito de outro modo, essas normas visam explicitar melhor as regras definidas pela legislacao primaria. Isso traz uma consequéncia importante! Os atos normativos do CNJ, por se tratarem de diplomas legais de caréter regulamentar, nao poderao, de modo algum, contrariar ou violar as regras da CF e da legislagdo infraconstitucional, sob pena de ilegalidade. Portanto, "puxando” o assunto para a realidade do nosso estudo, atengao! Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 38 rf Direito das Pessoas com Deficiéncia para TRE-PE y| Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques Logo: Construrcéo FEDERAL + CONVENCAO DE Nova IoRQUE E PROTOCOLO FACULTIVA ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIENCIA ResoLuacAo CNJ 230/2016 Dessa piramide, note ‘S A Convencao de Nova Iorque e o respectivo Protocolo Facultativo integra 0 bloco de constitucionalidade. ‘% A norma primaria que disciplina a protecdo a pessoa com deficiéncia é 0 Estatuto, j4 estudado por nés. % A Resolucdo CN) 230/2016 é norma secundaria de carater regulamentar que nao pode contrariar a CF, a Convengao de Nova Iorque e Protocolo Facultativo e 0 Estatuto da Pessoa com Deficiéncia, sob pena de ilegalidade. Abordados os aspectos introdutérios e técnicos do posicionamento hierérquico da Resolugdo, vamos estudd-la! 3 - Preambulo Em relacdo ao preambulo devemos ser objetivos. Em sintese essa parte da legislacdo tem por finalidade apresentar determinado texto, tragando os objetivos eas diretrizes que levam a elaboracdo da norma. Com a finalidade de tornar 0 mais objetivo possivel o seu estudo, citamos o pre&mbulo, o qual sugere-se rdpida leitura, e, na sequéncia, vamos citar os pontos mais relevante que vocé deve ter em mente para a prova O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTICA, no uso de suas atribuicées, CONSIDERANDO que, conforme o art. 5°, caput, da Constituicéo de 1988, todos séo Iguais perante a lel, sem distingao de qualquer natureza, garantindo-se a inviolabilidade do direito a igualdade; CONSIDERANDO os principios gerais estabelecidos pelo art. 3° da aludida Convencéo Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiéncia, quals sejam: a) 0 respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 4de38 rr. Direito das Pessoas com Deficiéncia para TRE-PE wi] Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques préprias escolhas, e a independéncia das pessoas; b) a no discriminacao; c) a plena e efetiva participacao e incluso na sociedade; d) o respeito pela diferenga e pela aceitacéo das pessoas com deficiéncia como parte da diversidade humana e da humanidade; e) a igualdade de oportunidades; f) a acessibilidade; 9) a iqualdade entre 0 homem e a mulher; eh) o respeito pelo desenvolvimento das capacidades das criangas com deficiéncia e pelo direito das criancas com deficiéncia de preservar sua identidade; CONSIDERANDO a Convencdo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiéncia e seu Protocolo Facultativo, adotada em 13 de dezembro de 2006, por meio da Resolucé0 61/106, durante 261? sesso da Assembleia Geral da Organizacéo das Nagées Unidas (ONU); CONSIDERANDO a ratificaco pelo Estado Brasileiro da Convengao sobre os Direitos das Pessoas com Deficiéncia e de seu Protocolo Facultativo com equivaléncia de emenda constitucional, por meio do Decreto Legislativo n® 186, de 9 de julho de 2008, com a devida promulgacao pelo Decreto n° 6.949, de 25 de agosto de 2009; CONSIDERANDO que nos termos desse novo tratado de direitos humanos a deficiénci: um conceito em evolugao, que resulta da interagao entre pessoas com deficiéncia e as barreiras relativas as atitudes e ao ambiente que impedem a sua plena e efetiva articipacao na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas; CONSIDERANDO que a acessibilidade foi reconhecida na Conven¢éo como principio e como direito, sendo também considerada garantia para o pleno e efetivo exercicio de demais direitos; CONSIDERANDO que a Convengo determina que os Estados Partes devem reafirmar que as pessoas com deficiéncia tém 0 direito de ser reconhecidas em qualquer lugar como pessoas perante a lei e que gozam de capacidade legal em igualdade de condices com as demais pessoas em todos os aspectos da vida, sendo que deverso ser tomadas medidas apropriadas para prover o acesso de pessoas com deficiéncia ao apoio que necessitarem no exercicio de sua capacidade legal; CONSIDERANDO que os artigos 3° e 5° da Constituicéo Federal de 1988 tém a igualdade como principio e a promog3o do bem de todos, sem preconceitos de origem, raca, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminacao, como um objetivo fundamental da Republica Federativa do Brasil, do que decorre a necessidade de promocéo e protecdo dos direitos humanos de todas as pessoas, com e sem deficiéncia, em igualdade de condicées; CONSIDERANDO 0 disposto na Lei n° 7.853, de 24 de outubro de 1989, Decreto n° 3.298, de 21 de dezembro de 1999, Lei n° 10.048, de 08 de novembro de 2000, Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e no Decreto n? 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que estabelecem normas gerais e critérios basicos para a promocao da acessibilidade das pessoas com deficiéncia ou mobilidade reduzida, mediante a supressao de barreiras e de obstdculos nas vias, espacos e servicos puiblicos, no mobilidrio urbano, na construgao & reforma de edificios e nos meios de transporte e de comunicag3o, com prazos determinados para seu cumprimento e implementa¢ao; CONSIDERANDO que ao Poder Ptiblico e seus érgaos cabe assegurar as pessoas com deficiéncia 0 pleno exercicio de seus direitos, inclusive 0 direito ao trabalho, e de outros que, decorrentes da Constitui¢ao e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econémico, cabendo aos drgaos e entidades da administracao direta e indireta dispensar, no Ambito de sua competéncia e finalidade, aos assuntos objetos desta Resolucso, tratamento prioritério e adequado, tendente a viabilizar, sem prejulzo de outras, medidas que visem garantir 0 acesso aos servicos concernentes, 0 empenho quanto ao surgimento e 4 manutencao de empregos e a promocéo de acdes eficazes que propiciem a incluséo e a adequada ambientacSo, nos locais de trabalho, de pessoas com deficiéncia; CONSIDERANDO que a efetiva presta¢do de servicos publicos e de interesse puiblico depende, no caso das pessoas com deficiéncia, da implementacao de medidas que assegurem a ampla e irrestrita acessibilidade fisica, arquitet6nica, comunicacional e atitudinal; Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 38 Direito das Pessoas com Deficiéncia para TRE-PE oi} Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques CONSIDERANDO que a Administragao Publica tem papel preponderante na criacdo de novos padres de consumo e producao e na construcéo de uma sociedade mais inclusiva, razdo pela qual detém a capacidade e o dever de potencializar, estimular e multiplicar a utilizago de recursos e tecnologias assistivas com vistas 4 garantia plena da acessibilidade @ a incluso das pessoas com deficiéncia; CONSIDERANDO a necessidade de aperfeicoamento da Recomendagao CNJ 27/2009 pelo advento da Lei 13.146/2015 (Lei Brasileira de Incluséo); CONSIDERANDO a ratificagao undnime da medida liminar concedida nos autos dos Pedidos de Providéncias 0004258-58.2015.2.00.0000 e 0004756-57.2015.2.00.0000, pelo Plenério do Conselho Nacional de Justica; CONSIDERANDO a deliberagSo do Plendrio do CNJ no Procedimento de Comiss&o 006029- 71.2015.2.00.0000, na 2328 Sessao Ordindria, realizada em 31 de maio de 2016; Primeiramente, o predmbulo faz referéncias as normas de estatura stitucional con: ba rt. 5°, caput, da CF: Art. 5° Todos so iguais perante a lei, sem distingdo de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pais a inviolabilidade do direito 4 vida, liberdade, a igualdade, seguranca e a propriedade, nos termos seguintes: (...) rt. 3° da Convengao sobre as Pessoas com Deficiéncia: Artigo 3 Principios gerais Os principios da presente Convengo sé a) O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as préprias escolhas, e a independéncia das pessoas; b) A no-discriminacao; ©) A plena e efetiva participacao e incluso na sociedade; d) O respeito pela diferenca e pela aceitacdo das pessoas com deficiéncia como parte da diversidade humana e da humanidade; e) A igualdade de oportunidades; 1) A acessibilidade; 9) A igualdade entre o homem e a mulher; h) O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das criancas com deficiéncia e pelo direito das criancas com deficiéncia de preservar sua identidade. Assim, a Resolucdo leva em consideraco o principio da igualdade em sentido material e na adocdo das politicas ptblicas voltadas para a proteco de pessoas com deficiéncia. Esse principio é subsididrio pelos principios gerais estabelecidos no diploma internacional. Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 38 rf Direito das Pessoas com Deficiéncia para TRE-PE wi] Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques dignidade inerente autonomia individual nao-discriminagao aceitacdo das pessoas com deficiéncia como parte da diversidade humana e da humanidade plena e efetiva participacso incluso na sociedade igualdade de oportunidades; igualdade entre o homem acessibilidade; ea mulher; desenvolvimento das direito das criangas com capacidades das criancas |_| deficiéncia de preservar com deficiéncia sua identidade Nao obstante esses parametros iniciais, 0 preambulo reforca que 0 conceito de deficiéncia constitui um conceito em evolucao e que esté atrelado a incapacidade de a sociedade atender a todos em condicées de igualdade, o que resulta na necessidade de serem adotadas politicas de acessibilidade. No 4mbito do Poder Judiciério a acessibilidade é tratada no apenas como um principio, mas como direito e garantia na medida em que propicia aos servidores com deficiéncia a possibilidade de exercer suas funcdes em igualdade de condigdes com demais servicos. Muito além disso, 0 Poder Judicidrio deve desenvolver instrumentos que viabilizem 0 acesso a Justiga das pessoas com deficiancia. Na dicc&o preambular, um servico judiciério efetivo é aquele que propicia 0 acesso irrestrito aos jurisdicionados com deficiéncia. Feito isso, vamos as regras! 3.1 - Disposicgées Preliminares O art. 1° explicita 0 que vimos inicialmente, sobre os documentos internacionais que embasam a Resolucao: Art. 19 Esta ResolucSo orienta a adequago das atividades dos érgaos do Poder Judicidrio e de seus servicos auxiliares em relagio 8s determinacées exaradas pela Convencéo Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiéncia e seu Protocolo Facultativo Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 38 rr. Direito das Pessoas com Deficiéncia para TRE-PE y| Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques (promulgada por meio do Decreto n° 6.949/2009) e pela Lei Brasileira de Inclusao da Pessoa com Deficiéncia (Lei n° 13.146/2015). Pardgrafo Unico. Para tanto, entre outras medidas, convola-se, em resolucéo, a Recomendacao CNJ 27, de 16/12/2009, bem como institui-se as Comissées Permanentes de Acessibilidade e Incluséo. No art, 2° temos alguns conceitos importantes. Esses conceitos trazidos na Resolucao, entretanto, reproduzem conceitos j4 estudados no Estatuto da Pessoa com Deficiéncia. Assim, com a finalidade de revisar a matéria vamos reanalisar os conceitos, agora, com outra didatica. Veja, primeiramente o rol de conceitos: Art. 2° Para fins de aplicacéo desta Resolugéo, consideram-se: I - “discriminac&o por motivo de deficiéncia” significa qualquer diferenciacéo, excluséo ou restric30, por aco ou omisséo, baseada em deficiéncia, com o propésito ou efeito de impedir ou impossibilitar 0 reconhecimento, 0 desfrute ou o exercicio, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos Ambitos politico, econémico, social, cultural, civil ou qualquer outro, incluindo a recusa de adaptacies razodveis e de fornecimento de tecnologias assistivas; II - “acessibilidade” significa possibilidade e condi¢éo de alcance para utilizacéo, com seguranga e autonomia, de espacos, mobiliérios, equipamentos urbanos, edificacdes, transportes, informacéo e comunicacao, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros servicos e instalagées abertos ao public, de uso publico ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiéncia ou com mobilidade reduzida; IIT - "barreiras” significa qualquer entrave, obstéculo, atitude ou comportamento que limite ou impega a participacao social da pessoa, bem como 0 goz0, a frui¢ao e o exercicio de seus direitos & acessibilidade, 3 liberdade de movimento e de expresséo, comunicacéo, a0 acesso informaco, compreensio, 4 circulago com seguranca, entre outros, classificadas em: a) "barreiras urbanisticas”: as existentes nas vias e nos espacos puiblicos e privados abertos 20 puiblico ou de uso coletivo; b) "barreiras arquiteténicas": as existentes nos edificios publicos e privados; ¢) “barreiras nos transportes”: as existentes nos sistemas e meios de transportes; @) “barreiras nas comunicacées e na informacao”: qualquer entrave, obstdculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite @ expresso ou o recebimento de mensagens e de informagées por intermédio de sistemas de comunicagio e de tecnologia da informacéo; e) “barreiras atitudinais”: atitudes ou comportamentos que impecam ou prejudiquem a participacao social da pessoa com deficiéncia em igualdade de condigées e oportunidades com as demais pessoas; € f) “barreiras tecnolégicas”: deficiéncia as tecnologias. as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com IV - “adaptacao razodvel” significa as modificacées e os ajustes necessérios e adequados que no acarretem énus desproporcional ou indevido, quando requeridos em cada caso, 2 fim de assegurar que as pessoas com deficiéncia possam gozar ou exercer, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos humanos e liberdades fundamentais; V- "desenho universal” significa a concepcao de produtos, ambientes, programas e servicos a serem usados, na maior medida possivel, por todas as pessoas, sem necessidade de Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 38 rr. Direito das Pessoas com Deficiéncia para TRE-PE wi] Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques adaptacao ou projeto especifico. O “desenho universal” nao excluird as ajudas técnicas para grupos especificos de pessoas com deficiéncia, quando necessérias; VI - “tecnologia assistiva” (ou “ajuda técnica”) significa produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, prdticas e servicos que objetivem promover a funcionalidade, relacionada 4 atividade e 4 participagéo da pessoa com deficiéncia ou com mobilidade reduzida, visando 4 sua autonomia, independéncia, qualidade de vida e inclusao social; VII - “comunica¢ao” significa forma de interacdo dos cidaddos que abrange, entre outras opcées, as linguas, inclusive a Lingua Brasileira de Sinais (Libras), a visualizacao de textos, 0 Braille, 0 sistema de sinalizacdo ou de comunicacao tatil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimidia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicagao, incluindo as tecnologias da informagao e das comunica¢ées; VIII - “atendente pessoal” significa pessoa, membro ou nao da familia, que, com ou sem remuneracéo, assiste ou presta cuidados basicos e essenciais 4 pessoa com deficiéncia no exercicio de suas atividades didrias, excluidas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissées legalmente estabelecidas; € IX - “acompanhante” significa aquele que acompanha a pessoa com deficiéncia, podendo ou n&o desempenhar as funcées de atendente pessoal. O conceito de discriminagao é extenso. Contudo, a compreensio é simples. Para no errar 0 conceito, se exigide em prova, vocé pensar que toda atitude que crie diferenciagées, que implique na exclusdo, na restric&o de direitos em razéo da deficiéncia sera considerada discriminacao. A acessibilidade, como vimos, constitui, ao mesmo tempo, um principio que orienta tudo 0 que disser respeito as pessoas com deficiéncia. Esse principio revela-se como direito e como garantia as pessoas com deficiéncia. De toda forma, a esséncia da acessibilidade esté em criar condicdes favoraveis as pessoas com deficigncia a fim de possa gozar dos seus direitos em igualdade de condiges. © conceito de barreiras é 0 conceito central do nosso estudo. Sé ha deficiéncia porque existem barreiras na sociedade. Se todos pudessem exercer seus direitos em condicées de igualdade nao teriamos deficiéncia, ainda que houvesse alguma limitacao. As barreiras recebem classificacbes: BARREIRAS Urbanistica Barreiras existentes nas vias e espacos pliblicos (publicos ou privados de uso coletivo) ‘Transportes Barreiras nos meios de transporte. Comunicagies ena 4 ‘ 5 Barreira na expresso ou recebimento de mensagens. informacao. Atitudinais Barreiras comportamentais. Tecnolégicas Barreiras nos instrumentos de tecnologia. Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 38 rr. Direito das Pessoas com Deficiéncia para TRE-PE y| Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques Ha, entretanto, situagdes em que nao é possivel adotar instrumento que iguale o gozo de direitos em relacdo aqueles que possuem deficiéncias. Para essas situagdes surge o conceito de adaptacio do razoavel, que implica nas modificages ou ajustes que visem criar condigdes 0 maximo isonémicas. A plena acessibilidade ou a superacao das barreiras é alcancada com a utilizaco de desenhos universais, que constitui técnica de concepc3o de bens e servicos plenamente acessiveis. Outro conceito relevante é 0 de tecnologia assistiva, que nada mais é do que colocar os instrumentos tecnolégicos a favor da criag&o de desenhos universais e de instrumentos de acessibilidade. Assim, para nao se confundir com os conceitos, tenha em mente: tratamento diferenciado em razdo da deficiéncia DISCRIMINAGAO criagdo de condicées favoravels de gozo de direito ACESSIBILIDADE em igualdade de condigGes entre todos impedimentos na sociedade e na atitude das BARREIRAS pessoas que obstaculizam o exercicio de direitos Por todas as pessoas em igualdade de condicées DESENHO UNIVERSAL criagdo de bens e servicos plenamente acessiveis técnica intermediria que viabiliza a acessibilidade ‘0 maximo possivel quando ndo for possivel 0 desenho universal ADPATACAO RAZOAVEL utilizagaé de instrumentos de tecnologia a favor da acessibilidade TECNOLOGIA ASSISTIVA Na sequéncia passamos a analisar as regras protetivas. A Resolucao distingue regras a serem aplicdveis a todas as pessoas, apenas aos servidores publicos e aos cénjuges ou parentes de servidores que estejam em tal condigo. Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 38 rf Direito das Pessoas com Deficiéncia para TRE-PE wi] Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques ert mele Oe Bele ee el Pali deficiéncia 4.1 - Igualdade e suas Implicacées Igualdade e da Inclusdo O art. 3° da Resolucdo prevé uma regra de ago ao Poder Judicidrio, que consiste na promogao de medidas com vistas a eliminar barreiras presentes na sociedade. O mais importante, entretanto, é que essas politicas devem ser desenvolvidas com urgénci Essas medidas urgentes devem ser adotadas para a protecdo dos direitos de % jurisdicionados com deficiéncia, ou seja, das partes que eventualmente venham postular em juizo e apresentem alguma limitacdo; e % servidores e serventudrios com deficiéncia que atuem perante tribunais. Confira: Art. 3° A fim de promover a igualdade, adotar-se-do, com urgéncia, medidas apropriadas para eliminar e prevenir quaisquer barreiras urbanisticas, arquiteténicas, nos transportes, nas comunicagées e na informacao, atitudinais ou tecnolégicas, devendo-se tir mm deficiéncia = servidores, serventudrios extrajudicial iti = quantas adaptacées razodveis ou mesmo tecnologias assistivas sejam necessarias para assegurar acessibilidade plena, coibindo qualquer forma de discriminago por motivo de deficiéncia. Acessibilidade com Seguranca e Autonomia A fim de garantir acessibilidade dentro do Poder Judiciario, o art. 4° prevé que devem ser promovidas trés espécies de acées centrais: % desenvolvimento do atendimento ao piiblico com deficiéncia; % adaptacdio arquiteténica; e % acesso facilitado ao transporte. Veja: Art. 4° Para promover a acessibilidade dos usudrios do Poder Judiciério e dos seus servicos auxiliares que tenham deficiéncia, a qual nao ocorre sem seguranca ou sem autonomia, dever-se-d, entre outras atividades, promover: 1 atendimento ao publico - pessoal, por telefone ou por qualquer meio eletrénico - que seja adequado a esses usudrios, inclusive aceitando e facilitando, em trémites oficiais, 0 uso de linguas de sinais, braille, comunicacao aumentativa e alternativa, e de todos os demais meios, modos e formatos acessiveis de comunicagSo, 4 escolha das pessoas com deficiéncia; II - adaptagées arquitet6nicas que permitam a livre e auténoma movimentacao desses usuarios, tais como rampas, elevadores e vagas de estacionamento préximas aos locais de atendimento; e IIT - acesso facilitado para a circulagao de transporte publico nos locais mais préximos possiveis aos postos de atendimento. Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br Li de 38 rr. Direito das Pessoas com Deficiéncia para TRE-PE y| Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques § 1° A fim de garantir a atuago da pessoa com deficiéncia em todo 0 processo judicial, 0 poder ptblico deve capacitar os membros, os servidores e terceirizados que atuam no Poder Judiciério quanto aos direitos da pessoa com deficiéncia. § 2° Cada érgé0 do Poder Judiciério deveré dispor de, pelo menos, CINCO POR CENTO de servidores, funciondrios e terceirizados capacitados para o uso e interpretacao da Libras. § 3° As edificacées publicas j4 existentes devem garantir acessibilidade 4 pessoa com deficiéncia em todas as suas dependéncias e servicos, tendo como referéncia as normas de acessibilidade vigentes. § 4° A construcdo, a reforma, a ampliacéo ou a mudanga de uso de edificacées deverdo ser executadas de modo a serem acessiveis. § 5° A formulacao, a implementacéo e a manutengdo das acées de acessibilidade atenderdo as seguintes premissas basicas: I = elei¢éo de prioridades, elaboracéo de cronograma e reserva de recursos para implementagao das ages; e II - planejamento continuo e articulado entre os setores envolvidos. § 6° Para atender aos usudrios externos que tenham deficiéncia, dever-se-é reservar, nas dreas de estacionamento abertas ao puiblico, vagas prximas aos acessos de circulagao de pedestres, devidamente sinalizadas, para veiculos que transportem_pessoas_com deficiéncia e com comprometimento de mobilidade, desde que devidamente identificados, em PERCENTUAL EQUIVALENTE A 2% (DOIS POR CENTO) DO TOTAL, GARANTIDA, NO MiNIMO, 1 (UMA) VAGA. § 7° Mesmo se todas as vagas disponiveis estiverem ocupadas, a Administraco deveré agir com 0 maximo de empenho para, na medida do possivel, facilitar 0 acesso do usuario com deficiéncia 4s suas dependéncias, ainda que, para tanto, seja necessario dar acesso a vaga destinada ao puiblico interno do érgao. Para consecug&o dessas atividades faz-se necessdrio, segundo §§ do art. 4°, dispor de: % capacitac&o de servidores e terceirizados; % capacitagao especifica em Libras de, pelo menos, 5% dos servidores e terceirizados; % adaptac&o e construgdo de novos iméveis de acordo com padrées de acessibilidade; % viabilizac8o de vagas especificas de estacionamento a razéo de 2%, assegurando-se, ao menos, 1 vaga. © art. 5° trata da discriminag&o pelo custo em razéo da oferta de servico as pessoas com deficiéncia. O dispositivo, consentaneo com o Estatuto da Pessoa com Deficiéncia, € claro em explicitar que tais custos néo podem ser diferenciados. Confira Art, 5° E PROIBIDO ao Poder Judicidrio e seus servicos auxiliares impor ao usuario com deficiéncia custo anormal, direto ou indireto, para o amplo acesso a servico ptiblico oferecido. Para realizacdo de obras e contratacéio de servicos, a Administracdo Publica Judiciaria se vale do procedimento licitatério, previsto na Lei 8.666/1993. O art. Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 38 rf Direito das Pessoas com Deficiéncia para TRE-PE y| Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques 6° impée que as licitagées sejam efetuadas com observancia das normas relativas & protecio @ pessoa com deficiéncia, especialmente com o uso do desenho universal como regra geral. Quando néo for possivel e construcdo ou o servico nos padrées do desenho universal deve ser exigido das empresas contratadas a adaptacao razoavel. Confira Art. 6° TODOS os procedimentos licitatérios do Poder Judiciério devergo se ater para Produtos acessiveis as pessoas com deficiéncia, sejam servidores ou néo. § 1° O desenho universal seré sempre tomado como regra de cardter geral. § 2° Nas hipdteses em que comprovadamente o desenho universal _ndo possa ser ndido, devi razodvel O art. 7° da Resolucéo toca em um ponto sensivel dos tribunais brasileiros: a acessibilidade digital. Os tribunais cada vez mais tém adotado sistemas informatizados de tramitag&o dos processos. A informatizacao é defensdvel por varios aspectos, notadamente pela agilidade no tramite processual e também pela questo ambiental. Contudo, hd um grande desafio que vem imposto na Resolugdo como obrigacao aos érgdos judiciarios: a acessibilidade. Prevé o dispositivo que os érgdos do Poder Judiciério deverao, com urgéncia, providenciar a acessibilidade aos usuarios do processo judicial eletrénico, seja ele parte, advogado, testemunha, perito, enfim, todos que atuarem perante o Judiciario. Veja Art. 7° Os 6rgdos do Poder Judiciério deveréo, com urgéncia, proporcionar aos seus usudrios processo eletrénico adequado e acessivel a todos os tipos de deficiéncia, inclusive as pessoas que tenham deficiéncia visual, auditiva ou da fala. § 1° Devem ser oferecidos todos os recursos de tecnologia assistiva disponiveis para que a pessoa com deficiéncia tenha garantido o acesso a justica, sempre que figure em um dos polos da aco ou atue como testemunha, participe da lide posta em juizo, advogado, defensor puiblico, magistrado ou membro do Ministério Pablico. § 2° A pessoa com deficiéncia tem garantido o nteido_de todos os atos i interesse, inclusive no exercici ivocacl No mesmo sentido do art. 5, acima estudado, o art. 8° estabelece que os servidos notoriais e de registro n’o podem criar condicées ou custos diferenciados para atender as pessoas com deficiéncia. Art. 8° Os servicos notariais e de registro NAO podem negar ou criar dbices ou condicées diferenciadas & prestacdo de seus servicos em razdo de deficiéncia do solicitante, devendo reconhecer sua capacidade legal plena, garantida a acessibilidade. Pardgrafo nico. O descumprimento do disposto no caput deste artigo constitui discriminag&o em razao de deficiéncia. Assim... Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 38 rf Direito das Pessoas com Deficiéncia para TRE-PE wi] Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques tratamento a imposiclo de custos diferenciados dos usuarios com deficiéncia VEDA-SE criac&o de dbices, condicdes ou custos diferenciados de servicos das pessoas com deficiéncia Para encerrar 0 tépico, confira-se 0 art. 9° do Estatuto da Pessoa com Deficiéncia: Art. 9° Os Tribunals relacionados nos incisos II a VII do art. 92 da Constituico Federal de 1988 e 0s servicos auxiliares do Poder Judiciério devem adotar medidas para a remogao de barreiras fisicas, tecnolégicas, arquiteténicas, de comunicacao e atitudinais para promover o amplo e irrestrito acesso de pessoas com deficiéncia 3s suas respectivas carreiras e dependéncias e o efetivo gozo dos servicos que prestam, promovendo a conscientizagéo de servidores e jurisdicionados sobre a importancia da acessibilidade para garantir o pleno exercicio de direitos. Comissdes Permanentes de Acessibilidade e Inclusdo © art. 10 estabelece a criag&o das denominadas Comissées Permanentes de Acessibilidade e Inclusdo. Vocé deve ter percebido no estudo até aqui que a maioria das regras impde deveres ao Estado. E dever de respeitar, de promover politicas, de adotar medidas compensatérias, de criar mecanismos de acessibilidade. Um dos grandes problemas enfrentados quando se trata de direitos fundamentais promocionais é a efetivacao de tais direitos. Nao se admite mais a antiga classificacdo que atribuia a determinados direitos 0 cardter de meramente programdticos, a fim de que fossem implementados progressivamente. © entendimento atual é no sentido de que determinadas politicas e ages do Estados merecem tratamento destacado, de forma que, para se exigir e para proporcionar um acompanhamento mais préximo da execucao dessas atividades, so criados érgos fiscalizadoras. A Comisséo da qual tratamos no art. 10 tem justamente essa finalidade: fiscalizar, planejar, elaborar e acompanhar projetos para a adogdo das regras de acessibilidade. Essa comissdo, segundo prevé o dispositive abaixo, deverd ser instituido no prazo de 45 dias. Os incisos desse dispositivo prevé uma série de metas a serem adotadas, cuja leitura é o suficiente para fins da nossa prova. Vamos Ia! Art. 10. Sero instituidas por cada Tribunal, no PRAZO MAXIMO DE 45 (QUARENTA E. CINCO) DIAS, Comissées Permanentes de Acessibilidade e Incluso, com carter multidisciplinar, com participacio de magistrados e servidores, com e sem deficiéncia, objetivando que essas Comissées fiscalizem, planejem, elaborem e acompanhem os projetos arquiteténicos de acessibilidade e projetos “pedagégicos” de treinamento e capacitagao dos profissionais e funciondrios que trabalhem com as pessoas com deficiéncia, com fixacéo de metas anuais, direcionados a promocéo da acessibilidade para pessoas com deficiéncia, tais quais as descritas a seguir: Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 38 rr. Direito das Pessoas com Deficiéncia para TRE-PE wi] Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques I ~ construcio_e/ou reforma_para_garantir_acessibilidade para pessoas com termos da normativa técnica em vigor (ABNT 9050), inclusive construgéo de rampas, adequacao de sanitdrios, instalagao de elevadores, reserva de vagas em estacionamento, instalaco de piso tatil direcional e de alerta, sinalizac3o sonora para pessoas com deficiéncia visual, bem como sinalizag6es visuais acessiveis a pessoas com deficiéncia auditiva, pessoas com baixa visio e pessoas com deficiéncia intelectual, adaptacéo de mobilirio (incluindo pilpitos), portas e corredores em todas as dependéncias e em toda a extensSo (Tribunais, Féruns, Juizados Especiais etc); II - locacdo de iméveis, aquisico ou construces novas somente deverao ser feitas se com acessibilidade; III ~ permissdo de entrada e permanéncia de cées-quias em todas as dependéncias dos edificios e sua extensao; IV ~ habilitagio_de_servidores em cursos oficiais de _Linguagem Brasileira de_Sinais, custeados pela Administracéo, formados por professores oriundos de instituicées oficialmente reconhecidas no ensino de Linguagem Brasileira de Sinais para ministrar os cursos internos, a fim de assegurar que as secretarias e cartérios das Varas e Tribunais disponibilizem pessoal capacitado a atender surdos, prestando-Ihes informacées em Linguagem Brasileira de Sinais; V = nomeacdo de tradutor e intérprete de Linquagem Brasileira de Sinais, sempre que figurar no processo pessoa com deficiéncia auditiva, escolhido dentre aqueles devidamente habilitados e aprovados em curso oficial de traducao e interpretacao de Linguagem Brasileira de Sinais ou detentores do certificado de proficiéncia em Linguagem Brasileira de Sinais ~ PROLIBRAS, nos termos do art. 19 do Decreto 5.626/2005, 0 qual deverd prestar compromisso e, em qualquer hipétese, seré custeado pela administracdo dos érgaos do Judiciério; VI - sendo a pessoa com deficiéncia auditiva participe do proceso oralizado e se assim o preferir, 0 Juiz deverd com ela se comunicar por anotacées escritas ou por meios eletrénicos, © que inclui a legenda em tempo real, bem como adotar medidas que viabilizem a leitura labial; VII - nomeago ou permisséo de utilizacdo de guia-intérprete, sempre que figurar no processo pessoa com deficiéncia auditiva e visual, 0 qual deveré prestar compromisso e, em qualquer hipdtese, ser custeado pela administracao dos érgdos do Judiciério; VIII ~ registro da audiéncia, caso o Juiz entenda necessério, por filmagem de todos os atos nela praticados, sempre que presente pessoa com deficiéncia auditiva; IX ~ aquisi¢éo_de_impressora_em Braille, produg3o e manutengéo do material de comunicagao acessivel, especialmente o website, que deverd ser compativel com a maioria dos softwares livres e gratuitos de leitura de tela das pessoas com deficiéncia visual; x- 5 F 5, reserva de cargos para pessoas com deficiéncia, inclusive nos que tratam do ingresso na magistratura (CF, art. 37, VIII); XI ~ anotacio_na_capa_dos autos da_prioridade_concedida_a tramitacéo_de_processos administrativos cuja parte seja uma pessoa com deficiéncia e de processos judiciais se tiver idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doenca grave, nos termos da Lei n. 12.008, de 06 de agosto de 2009; XII ~ realizagao de oficinas de conscientizacdo de servidores e magistrados sobre os direitos das pessoas com deficiéncia; XIII ~ utilizagSo de intérpre Linguagem Brasileir inal comunicac3o_em linguagem acessivel em todas as manifestagdes publicas, dentre elas propagandas, pronunciamentos oficiais, videos educativos, eventos e reunides; Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 38 rr. Direito das Pessoas com Deficiéncia para TRE-PE y| Analistas e Técnico Aula 03 - Prof. Ricardo Torques XIV ~ disponibilizacio_de_equipamentos_de_autoatendimento_para_consulta_processual acessiveis, com sistema de voz ou de leitura de tela para pessoas com deficiéncia visual, bem como, com altura compativel para usudrios de cadeira de rodas. Na sequéncia, veja a redacdo do art. 11: Art. 11. Os 6ra%os do Poder Judicidrio relacionados nos incisos II a VII do art. 92 da Constituic¢ao Federal de 1988 devem criar unidades administrativas especificas, diretamente vinculadas a Presidéncia de cada 6rgao, responsdveis pela implementagao das agées da respectiva Comisséo Permanente de Acessibilidade e Incluséo. Esse dispositivo trata da criago de unidade administrativas especificas, que estarao vinculadas & Presidéncia do érgao judicidrio, para a implementacao das agdes da Comissdo. © curioso desse dispositivo que ele ndo engloba os incs. I e I-A do art. 92 da CF. Veja Art. 92. Sdo érgaos do Poder Judiciario: I - 0 Supremo Tribunal Federal; I-A 0 Conselho Nacional de Justiga; (Incluido pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004; I - 0 Superior Tribunal de Justica; I-A - 0 Tribunal Superior do Trabalho; acluido pela Emenda Constitucional n° 92, de 2016 IIT - 0 Tribunais Regionais Federais e Juizes Federais; IV - 08 Tribunais e Juizes do Trabalho; V- 0s Tribunals e Juizes Eleitorais; VI - 08 Tribunais e Juizes Militares; VII - os Tribunals e Juizes dos Estados e do Distrito Federal e Territérios. Pergunta-se: Tais regras nao obrigam o STF e o CNJ? Obrigam sim, é que no Ambito de tais érgao, existe normativa especifica para tratar da questo relacionada & criagdo de entidade administrativa para assegurar efetividade da atuacdo da comissao. Ademais, a Resolucdo destina-se a criar mecanismos para exigir a observancia de tais regras dos demais tribunais brasileiros. © art. 12 prevé que a Comissio ira elaborar relatérios sobre a implementacao das obrigagdes assumidas Art. 12. E indispensdvel parecer da Comisséo Permanente de Acessibilidade e Incluséo em questées relacionadas aos direitos das pessoas com deficiéncia e nos demais assuntos conexos a acessibilidade e incluso no 4mbito dos Tribunais. Por fim, o art. 13 estabelece que os prazos e custos envolvidos na implementagaio dessas despesas serao definidos no planejamento estratégico de cada tribunal. Art. 13. Os prazos e as eventuais despesas decorrentes da implementagio desta Resoluco sero definidos pelos tribunais, ouvida a respectiva Comisséo Permanente de Acessibilidade e 0 6rgao interno responsdvel pela elaboraco do Planejamento Estratégico, com vistas 4 sua efetiva implementacéo. Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 38

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